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BATERIAS E PILHAS Apresentador : Eng. Manuel Adão TECNISAT – 2011, Luanda-Angola 1 2 Tema: Baterias e Pilhas Cronologia � 1800-Volta demonstrou a Napoleão a pilha Volta, a primeira pilha não recarregável. � 1854- Sinstede usa pela primeira vez placas de chumbo em ácido sulfúrico para armazenar electricidade. � 1859- Planté melhora a capacidade das baterias ácidas com uma técnica ainda utilizada actualmente, (placas tipo plante). 3 Cronologia � 1882- Gladstone e Tribe descrevem as operações básicas das baterias ácidas. � Tudor, abre no Luxemburgo uma fábrica de baterias ácidas. � 1904- é utilizada madeira de cedro nos separadores das baterias. � 1915-Willard introduz os separadores de borracha nas baterias. � 1958- Jache descreve as baterias VRLA de gel. 4 Cronologia � 1965- começam a ser utilizadas as baterias SLI(starting, lighting, ignition) nos � automóveis. � 1968- são desenvolvidas as baterias SLI sem manutenção. � 1980- são desenvolvidas as baterias VRLA baseadas na tecnologia AGM. � 1990- revolução das baterias ácidas nos telefones celulares 5 Pilhas e Baterias ( cronologia) � As pilhas e baterias foram sendo desenvolvidas ao longo do tempo com a contribuição de diversos cientistas. Somente a partir da descoberta de Volta, de que dois metais diferentes ligados electricamente por uma solução electrolítica serviam como fonte de tensão, que se começou a buscar pelos melhores eléctrodos que tornavam as pilhas e baterias mais eficientes e praticas. 6 Pilhas e Baterias ( cronologia) � 1800 – Pilha de Volta - Alessandro Volta � 1836 – Pilha de Daniell - John Frederic Daniell � 1839 – Pilha de Grove -William Robert Grove � 1839 – Célula de combustível -William Robert Grove � 1859 - Gaston Planté – Bateria de chumbo-ácido � 1866 – Pilha de Leclanché - Georges Leclanché � 1899 – Pilha de níquel cádmio -Waldmar Jungner � Décadas de 1970 e 1990 – Pilhas de lítio e íons de lítio � 2000 - Células de combustível – a bateria do futuro 7 Pilhas e Baterias � Basicamente as baterias são dispositivos que convertem energia química em energia eléctrica, sob a forma de corrente contínua, quando estão no processo de descarga, e energia eléctrica em energia química quando em carga. Durante o processo de carga e descarga as baterias perdem energia sob a forma de calor, devido às reacções químicas internas, pelo que apresentam um rendimento inferior a100%. 8 Pilhas e Baterias � Todos nós conhecemos e as utilizamos no dia-a-dia, elas estão nas lanternas, rádios, controles remoto de tv, brinquedos , viaturas, etc. � Mas afinal como funcionam ? 9 História da electricidade 10 � No século XVII, Otto Von Guericke inventou a primeira máquina para produzir electricidade. � Na segunda metade do século XVIII, Luigi Aloisio Galvani inociou pesquisas sobre a aplicação terapêutica da electricidade. História 11 � Após dez anos de pesquisa fez uma publicação sobre as forças elétricas nos movimentos musculares, onde concluiu que os músculos armazenavam electricidade (do mesmo modo que uma garrafa de Leiden) e os nervos conduziam essa electricidade. História 12 � No século XVIII, Alessandro Volta, pondo em prática uma experiência de Luigi Galvani, descobriu algo curioso. Verificou que, se dois metais diferentes forem postos em contacto um com o outro, um dos metais fica ligeiramente negativo e o outro ligeiramente positivo. � Foi então em 1800 que o cientista italiano Alessandro Volta anunciou a invenção da pilha eléctrica. Sobrepondo peças de metais intercalados com papel umedecido no sal, Volta conseguiu a passagem de corrente eléctrica. História 13 � Estabelece-se entre eles uma diferença de potencial ou seja, uma tensão eléctrica. Usando esta experiência como base, concebeu uma pilha, a que deu o nome de pilha voltaica. História � A pilha era composta por discos de zinco e de cobre empilhados e separados por pedaços de tecido embebidos em solução de ácido sulfúrico. Esta pilha produzia energia eléctrica sempre que um fio condutor era ligado aos discos de zinco e de cobre, colocados na extremidade da pilha. � Em 1812,Davy produziu um arco voltaico usando eléctrodos de carvão ligados a uma bateria de muitos elementos. 14 O que é uma pilha � Pilha, célula galvânica, pilha galvânica ou ainda pilha voltaica é um dispositivo que utiliza reações de óxidação-redução para converter energia química em energia elétrica. A reação química utilizada será sempre espontânea. 15 Pilha/Bateria � Pilha ◦ Uma célula ◦ Dimensões pequenas ◦ Pode ser não recarregável ou recarregável � Bateria ◦ Duas ou mais células ◦ Dimensões grandes ◦ No geral é sempre recarregável 16 Pilhas � Neste dispositivo, têm-se dois electrodos que são constituídos geralmente de metais diferentes, que fornecem a superfície na qual ocorrem as reações de oxidação e redução. 17 Pilhas � Estes electrodos são postos em dois compartimentos separados, imersos por sua vez em um meio contendo íons em concentrações conhecidas e separados por uma placa ou membrana porosa, podendo ser composta por argila não- vitrificada, porcelana ou outros materiais 18 O que é uma bateria � Em ciência e tecnologia, uma bateria tal como a pilha é um dispositivo que armazena energia química e a torna disponível na forma de energia elétrica. � Baterias consistem de dispositivos , conjunto de elementos eletroquímicos com duas ou mais células galvânicas, células combustíveis , células de fluxos, ou vasos interligados em série ou paralelo 19 O que é uma bateria � ELEMENTO ou VASO: É um acumulador, um conjunto de duas ou mais placas de polaridades opostas, isoladas entre si e banhadas pelo mesmo electrólito, num mesmo recipiente. 20 Baterias e as Pilhas � As baterias e as pilhas podem ser considerados como verdadeiros tanques de armazenamento de energia. Uma bateria comum tem eletrodos positivo e negativo e o electrólito que pode ser em pasta ou líquido. Os electrodos dissolvem-se no electrólito, formando íons, o que cria um excesso de carga nos electrodos. Quando a bateria é ligada a um circuito, essa carga produz uma corrente elétrica. 21 Baterias e Pilhas � Quando ao processo de carga, podem ser � Não recarregáveis ◦ Ex. pilhas, em que a reacção química que se produz no processo de descarga é irreversível � Recarregáveis ◦ Algumas pilhas e baterias ◦ A reacção química que se produz no processo de descarga é reversível, permitindo que depois de descarregadas possam de novo ser carregadas 22 Pilhas � Tipos ◦ Seca comum ◦ Alcalina ◦ Mercurio ◦ NiCd ◦ MiMH ◦ Ions Litio 23 Pilha seca (Pilha de Leclanché) � Inventada pelo francês George Leclanché EM 1865. � É utilizada em lanternas, rádios, gravadores, etc. � No pólo negativo, tem o zinco Zn metálico. � No pólo positivo estão o carvão em pó e dióxido de manganês (MnO2). � Entre os pólos existe uma pasta húmida que contém cloreto de amônio (NH4Cl), cloreto de zinco (ZnCl2) e água (H2O). 24 Pilhas em resumo � As pilhas secas também podem conter uma pasta electrolítica de cloreto de alumínio. Os electrodos são de zinco (negativo) e de carbono (positivo). O eletrodo de zinco é própria caixa da pilha � As pilhas secas alcalinas possuem electrodos de zinco e carbono e contém uma pasta electrolítica de hidróxido de potássio. 25 Pilha seca (cuidados) � Após um longo período de uso, as substâncias que compõem a pilha se modificam, algumas sofrem corrosão outrassofrem deposição, acarretando uma redução de voltagem. � As pilhas mesmo não estando descarregadas devem ser retiradas dos aparelhos se estes não forem usados por um período prolongado, pois pode haver um vazamento da substância pastosa que compõe a pilha que, além de tóxica, pode danificar o aparelho, corroendo suas partes metálicas. 26 Pilhas secas (outras) � Pilhas secas, são pilhas cujo os eletrodos, zinco e carvão, estão mergulhados em uma massa de cloreto de zinco e sal amoníaco. Na pilha seca também existe MnO2 (dióxido de manganês) que atua como despolarizante. A acção química dessa massa sobre os electrodos (zinco e carvão) é responsável pela liberação da energia elétrica que se obtém nos terminais da pilha. 27 Pilha Alcalina � Esse tipo de pilha é um aprimoramento da pilha comum. � No pólo negativo está o zinco metálico. No pólo positivo está o MnO2. E a pasta envolvida é KOH. � Essa pilha fornece uma corrente elétrica mais eficiente com uma vida média de 5 a 8 vezes maior que a outra pilha. � Pode ser empregada nos mesmos instrumentos que a outra 28 Composição � A pilha alcalina é composta de um ânodo de zinco poroso imerso em uma solução (mistura electrolítica) alcalina (pH~14) de hidróxido de potássio ou de hidróxido de sódio (bases), e de um cátodo de dióxido de manganês compactado, envoltos por uma capa de aço niquelado, além de um separador feito de papel e de um isolante de nylon. 29 Composição � Apesar de a pilha comum e a alcalina serem ambas compostas de dióxido de manganês e zinco, o processo de fabricação é diferenciado: � Na pilha comum, a mistura eletrolítica é de cloreto de amônio (sal ácido) e o zinco é o envoltório do mecanismo. � Na alcalina, o zinco ocupa o centro da pilha. � As pilhas secas alcalinas podem ainda possuir electrodos de zinco e carbono e uma pasta electrolítica de hidróxido de potássio. 30 Aplicações � A pilha alcalina é um tipo de fonte portátil de energia. Tem voltagem de 1,5 V e não é recarregável. É indicada para equipamentos que requerem descargas de energia rápidas e fortes, como brinquedos, câmeras fotográficas digitais, MP3 players, lanternas, walkmans, discmans etc. 31 Comparação Seca/Alcalina � Comparando-a com a pilha seca comum, a alcalina é mais cara, mantém a voltagem constante por mais tempo e dura cerca de cinco vezes mais. Isso ocorre porque o hidróxido de potássio ou sódio é melhor condutor electrolítico, resultando em uma resistência interna muito menor do que na pilha comum ou seca. 32 Comparação Seca/Alcalina � A pilha alcalina é capaz de fornecer correntes mais elevadas, tem óptimo desempenho em baixas temperaturas, bom rendimento em equipamentos de alto consumo e excelente protecção contra vazamentos. � Ela não sofre reacções paralelas durante o período de armazenamento, podendo ser guardada por até quatro anos, mantendo cerca de 80% de sua capacidade original. 33 Pilha de Mercurio � Esse tipo de pilha é utilizado em dispositivos sensíveis como, aparelhos contra surdez, instrumentos científicos, relógios, etc. � O pólo negativo contém amálgama de zinco (zinco dissolvido em mercúrio). � O pólo positivo contém óxido de mercúrio (II). 34 Pilha de Mercurio � A substância pastosa é hidróxido de potássio (KOH). � Essa pilha fornece uma voltagem bem mais constante que as anteriores. 35 Pilhas de Níquel Cádmio � Essas pilhas também são conhecidas como pilhas NiCad (níquel/cádmio). � São recarregáveis e empregadas em filmadoras, computadores portáteis, câmeras fotográficas digitais, telefones celulares e telefones sem fio. 36 Pilhas de Níquel Cádmio � O pólo negativo é formado por cádmio metálico. � O pólo positivo é formado por uma substância que contém níquel. � Nesse tipo de bateria, a pasta interna é um composto que contém solução concentrada de KOH. � Ela é mais leve e facilmente miniaturizada, porém é bem mais cara que pilhas secas comuns. 37 Pilhas de Níquel Cádmio � O efeito memória acontece quando resíduos de carga na pilha induzem a formação de pequenos blocos de cádmio. A melhor maneira de evitar o problema é não fazer recargas quando a bateria está parcialmente descarregada. É melhor esperar até a pilha "ficar fraca" e você não conseguir mais utilizá-la em seu aparelho para então recarregá-la. � As pilhas NiCd estão cada vez mais em desuso, pois além do efeito memória, de terem menor capacidade e menor tempo de vida útil, esse tipo de bateria é muito poluente, já que o cádmio é um elemento químico altamente tóxico e prejudicial ao meio ambiente 38 Pilhas de Níquel Metal Hibrido � As pilhas NiMH são o tipo mais usado actualmente, pois oferecem maior capacidade, maior tempo de vida, suportam mais recargas se comparado ao NiCd (dependendo do fabricante, isso pode não ser verdadeiro) e são menos poluentes, já que não utilizam materiais pesados, como o cádmio. Outra vantagem desse tipo é a não existência do efeito memória. 39 Pilhas de Ions de Litio � LiIon (Lithium Íon), também conhecido como Lítio Íon. Baterias que usam esse padrão são as mais vantajosas, pois possuem tempo de vida útil maior e podem ter maior capacidade de carga, porém são mais caras e é difícil encontrar pilhas nos formatos AA e AAA com essa tecnologia 40 Tipos de baterias � Em função da construção ou do tipo de metal, as baterias podem ser de: ◦ NiCd (Níquel Cádmio) ◦ NiMH (Hidretos Metálicos de Níquel) ◦ Ácidas (Chumbo-Ácido) � Chumbo-Cálcio, Chumbo-antimónio, Chumbo-Selénio ◦ Lítio-Íon (Iões de Lítio) ◦ Lítio-Íon Polímero (Iões de Lítio com electrólito de polímero) ◦ Daniel, de Bunsen, de Dicromato de potássio, de Weston, Alcalina, de Mercúrio, de Combustível, Atômica, etc 41 Baterias � Tensão e densidade de potência 42 Baterias ácidas � Quando ao tipo de electrólito ◦ Entre os vários tipos destacam-se as ◦ Fluidas VLA (Valve Lead Acid Battery), � Húmidas (líquido) ◦ Secas (pasta silica) � Gel VRLA ◦ Secas (pasta fibra de vidro absorvente ) � AGM VRLA 43 Baterias � húmidas são assim chamadas porque os electrodos, cobre e zinco, são colocados dentro de uma solução liquida ácida, básica ou salina húmida. 44 Baterias � As Fluidas ou “Células Molhadas” são o tipo mais comum dentro das baterias ácidas e as mais utilizadas. Neste tipo de baterias o líquido electrolítico move-se livremente nos compartimentos das células, podendo o utilizador adicionar água destilada. Dentro deste tipo de baterias também as há seladas, sofrendo apenas uma pequena alteração na sua estrutura básica. 45 Baterias húmidas � Na bateria existe um ânodo de chumbo e um cátodo de dióxido de chumbo. Durante a descarga tanto o ânodo quanto o cátodo são convertidos à sulfato de chumbo. No processo de recarga o sulfato de chumbo é convertido à chumbo e dióxido de chumbo, regenerando o ânodo e o cátodo, respectivamente. Nas baterias automótivas actuais, este material é suportado em grades de ligas de chumbo. 46 Baterias secas � São assim chamadas porque os electrodos, cobre e zinco, são colocados dentro de uma solução pastosa ácida, básica ou salina. 47 Fluidas � As Fluidas ou “Células Molhadas” são o tipo mais comum dentro das baterias ácidas e as mais utilizadas. Neste tipo de baterias o líquido electrolítico move-se livremente nos compartimentos das células, podendo o utilizador adicionar água destilada. Dentro deste tipo de baterias também as há seladas, sofrendo apenas uma pequena alteração na sua estrutura básica ou “Células Molhadas” são otipo mais comum dentro das baterias ácidas e as mais utilizadas. 48 Fluidas � Neste tipo de baterias o líquido electrolítico move-se livremente nos compartimentos das células, podendo o utilizador adicionar água destilada. � Dentro deste tipo de baterias também as há seladas, sofrendo apenas uma pequena alteração na sua estrutura básica 49 Baterias de Gel � As baterias de Gel contêm um aditivo de sílica que envolve o electrólito. No gel, que envolve o electrólito, formam-se micro fendas que permitem as reacções e recombinações entre a placa positiva e a placa negativa. Estas baterias usam a tecnologia VRLA (Valve Regulated Lead Acid Battery), ou seja, são seladas e possuem um mecanismo de válvula de regulação que permite o escape dos gases, hidrogénio e oxigénio, durante o processo de carga. A tensão de carga, neste tipo de baterias, é mais baixa que nos outros tipos de baterias ácidas. 50 Gel � As baterias de gel substituem as baterias de chumbo permitindo uma vida útil mais prolongada. Basicamente não têm evaporação electrolítica e suas consequências, como acontece com as baterias ácidas. Existem baterias de reduzidas dimensões especialmente concebidas para aplicações RFID. � Radio Frequency Identification (RFID) 51 Gel � Vantagens - Não têm evaporação electrolítica (mínima), maior resistência a temperatura elevadas, choque e vibração � Desvantagens - Preço mais elevado do que as baterias de chumbo 52 AGM � As baterias AGM (Absorved Glass Mat) ou seja (fibra de vidro absorvente), são o último passo na evolução das baterias ácidas. Nestas baterias, o electrólito é absorvido numa malha de fibra de vidro entre as placas por acção capilar. Em vez de usarem gel, as AGM usam fibra de vidro a envolver o electrólito, o que contribui para que sejam as mais resistentes aos impactos. Estas baterias também utilizam a tecnologia VRLA, fazendo tudo o que as de Gel fazem e melhor. 53 AGM � A série AGM de ciclo profundo foi concebida para ser utilizada em sistemas de telecomunicações. Com painéis de acesso frontais e uma área ocupada reduzida, estas baterias são ideais para os sistemas de bastidores. Da mesma forma, podem ajudar a solucionar as limitações de espaço e os problemas de acesso a bordo das embarcações e dos veículos 54 AGM VRLA � Devido ao uso de grelhas de cálcio-chumbo e de materiais de elevada pureza, as baterias AGM VRLA podem ser armazenadas durante longos períodos sem recarga. A taxa de autodescarga é inferior a 2% por mês a 20 ºC. � A autodescarga duplica em cada aumento de temperatura de 10 ºC. � Baixa resistência interna � Aceita taxas de carga e de descarga muito elevadas. � Elevada capacidade cíclica � Mais de 500 ciclos a 50% de descarga 55 Bateria AGM 56 Fluidas � Dentro das baterias fluidas podemos ainda distinguir três tipos � As baterias tipo “starting”, também chamadas baterias SLI (starting, lighting, ignition)-Arranque � As baterias “Deep-cycle” � As baterias Marine Deep-Cycle 57 Starting (arranque/automotivas) � As baterias tipo “starting”, também chamadas baterias SLI (starting, lighting, � ignition), constituídas por muitas chapas finas de chumbo com aspecto esponjoso � (para uma maior superfície de contacto com o electrólito). Este tipo de constituição permite que as baterias forneçam uma grande quantidade de energia num curto espaço de tempo, 58 Starting � pelo que são utilizadas para o arranque de sistemas que necessitam de elevada corrente de arranque. Esta característica das baterias também tem influência no processo de carga, ou seja, como as placas têm uma maior superfície de contacto com o electrólito, o tempo necessário para a carga é menor 59 Deep-cycle (estacionarias) � As baterias “Deep-cycle”, estas baterias têm menos placas, que as SLI, mas são � mais espessas e sólidas. Esta concepção permite a utilização de uma pequena � quantidade de energia durante um grande período de tempo. Como a superfície de � contacto com o electrólito é menor, relativamente às baterias starting (SLI), a carga é mais lenta e moderada. Estas baterias são indicadas, por exemplo, para aplicações domésticas e de painéis solares 60 Marine Deep-Cycle (estacionarias) � As baterias Marine Deep-Cycle, são híbridas, situando-se entre as Starting (SLI) e as “Deep-Cycle”. São normalmente utilizadas em embarcações (como o próprio nome indica), para permitir o arranque do motor e para alimentar o sistema de iluminação e eléctrico quando o navio está ancorado. Assim sendo, neste caso, é necessário um pouco das duas tecnologias de baterias, Starting (SLI) e “Deep-Cycle”, para satisfazer as necessidades. 61 62 Capacidade de uma bateria � A capacidade de uma bateria de armazenar carga é expressada em ampère-hora (1 Ah = 3600 coulombs). Se uma bateria puder fornecer um Ampére (1 A) de corrente (fluxo) por uma hora, ela tem uma capacidade de 1 Ah em um regime de descarga de 1h (C1). Se puder fornecer 1 A por 100 horas, sua capacidade é 100 Ah em um regime de descarga de 100h (C100). Quanto maior a quantidade de electrólito e maior o eléctrodo da bateria, maior a capacidade da mesma 63 Caracteristicas 1) BATERIAS de CHUMBO ACIDO com SOLUÇÃO LIQUIDA (tipo automotivas e estacionárias ) : Vazam se forem viradas de posição pois o acido electrolito é liquido que envolve a parte eléctrica e as caixas plásticas possuem respiradores. 2) BATERIAS de CHUMBO ACIDO tipo VRLA e AGM : NÃO vazam se forem viradas de posição, pois o acido está impregnado no tecido (fibra de vidro) que envolve a parte eléctrica (electrólito); 3) BATERIAS de CHUMBO ACIDO tipo VRLA GEL: NÃO vazam se forem viradas de posição, pois o acido é uma gelatina que envolve a parte eléctrica (electrólito) Capacidade de uma bateria � Por causa das reacções químicas dentro das pilhas, a capacidade de uma bateria depende das condições da descarga tais como o valor da corrente elétrica, a duração da corrente, a tensão terminal permissível da bateria, a temperatura, e os outros factores. Os fabricantes de bateria usam um método padrão para avaliar suas baterias. 65 Capacidade de uma bateria � A bateria é descarregada em uma taxa constante da corrente sobre um período de tempo fixo, tal como 10 horas ou 20 horas. Uma bateria de 100 amperes-hora é avaliada assim para fornecer 5 A por 20 horas na temperatura ambiente. A eficiência de uma bateria é diferente em taxas diferentes da descarga. 66 Capacidade de uma bateria � Ao descarregar-se em taxas baixas (correntes pequenas), a energia da bateria é entregue mais eficientemente do que em taxas mais elevadas da descarga (correntes elevadas). Isto é conhecido como a lei de Peukert. 67 Efeito memória � Efeito memória, também conhecido como vício de bateria, ocorre em algumas baterias mais antigas como as níquel cádmio (NiCd), enquanto em outros tipos não, como é o caso das de íons de lítio. Sem o devido cuidado nas recargas, as baterias propensas ao efeito, parecem adquirir uma capacidade de carga cada vez menor. 68 Efeito memória � O efeito acredita-se, seja causado por modificações químicas sofridas pelos materiais utilizados na confecção das células (por exemplo, a formação de cristais de Cádmio). 69 Efeito memória � No processo de descarga normal e gradual que acontece enquanto a bateria está em utilização pela câmara, ocorre uma pequena queda abrupta na voltagem fornecida pela bateria, próximo ao ponto em que quase não resta mais nenhuma carga. A câmara interpreta esta queda como sinal de que a energiafornecida pela bateria chegou ao fim e a desliga automaticamente. 70 Efeito memória � O problema ocorre quando o ponto de queda vai pouco a pouco se deslocando do ponto onde quase não resta mais nenhuma carga para pontos onde a bateria está no limiar do começo da descarga. A câmara passa a desligar-se nestes pontos, ou seja, com a bateria ainda carregada: é o chamado efeito memória. O termo memória originou-se de um fenómeno semelhante (queda abrupta da voltagem com a bateria ainda carregada) 71 Efeito memória � A segunda causa deste efeito - é acarretada por uma carga que se prolongou além do tempo necessário, ou seja, o cuidado que se deve ter, é não deixar baterias deste tipo no carregador além do tempo necessário para que se complete a carga (geralmente os carregadores possuem luzes indicativas de término de carga e alguns modelos de carregadores desligam-se automaticamente ao término 72 Efeito memória � Se a bateria for mantida no carregador em funcionamento, o mesmo começará a provocar mudanças químicas na estrutura da mesma (mudando o hidróxido de níquel de sua forma de cristais 'beta'- que produz mais energia - para sua forma de cristais 'gama' - que produz menos energia), 73 Efeito memória � O efeito memória também pode ocorrer se uma bateria de NiCd, do tipo não apropriado para carga rápida, for colocada em um carregador deste tipo. 74 Efeito memória � Alguns fabricantes vendem baterias NiCd do tipo 'no-memory' - na realidade, estas baterias fornecem uma voltagem ligeiramente superior (não suficiente para prejudicar a câmara) na tentativa de 'enganar' o circuito protector da câmara 75 Efeito memória � Outros modelos possuem um microchip instalado na bateria para impedir a carga além do tempo necessário. Outro cuidado com este tipo de bateria (que também evita o efeito memória) é não descarregá- la completamente antes de uma nova recarga (o processo de refresh, presente em alguns carregadores, atende esta observação, porque efectua a descarga da bateria, mantendo porém um mínimo de voltagem na mesma - cerca de 1V - antes de iniciar a nova recarga) 76 Efeito memória � Para aumentar a vida útil das baterias sujeitas ao efeito, deve-se sempre descarregá-las até que tensão atinja o valor indicado pelo fabricante para as baterias de NiCd) antes de submetê-las a um novo ciclo de carga. � Regra geral é 1,05V por elemento � Portanto, 10,5V para o caso de uma bateria de 12V 77 Recondicionamento das baterias de NiCd � Uma vez ocorrido o problema, a bateria pode ser recondicionada (recuperando-se sua estrutura química original) descarregando-a quase que totalmente e tornando-a a carregá-la. Porém este procedimento não deve ser efetuado sempre a cada utilização e sim esporadicamente, sob pena de encurtar o tempo de vida útil da bateria. 78 Tecnologias de armazenamento de energia � As tecnologias de armazenamento de energia podem dividir-se em dois grandes sub-grupos: 79 Tecnologias de armazenamento de energia � 1-Tecnologia para suprir energia durante períodos de tempo curtos (tipicamente alguns segundos), destinadas a implementar a designada capacidade de autosobrevivência das cargas em ambientes com qualidade e fiabilidade adversos. 80 Tecnologias de armazenamento de energia � II- Tecnologias com capacidade de armazenamento de grandes quantidades de energia, destinadas sobretudo à alimentação de todo o tipo de cargas durante longos períodos (tipicamente algumas horas). 81 Tipos de baterias � De acordo com sua finalidade as baterias podem ser: ◦ ARRANQUE (ciclo superficial) � Ex. baterias automotivas para automóveis ◦ ESTACIONÁRIOS (ciclo profundo) � Ex. baterias de no-break, solares. etc. ◦ TRACIONÁRIOS (clico profundo) � Máquinas eléctricas 82 Baterias de arranque � Bateria automótiva de Chumbo-Ácido � A sua composição básica é essencialmente, placas de metal, electrólito (ácido sulfúrico), água e materiais plásticos. O chumbo está presente na forma de chumbo metálico, ligas de chumbo, dióxido de chumbo e sulfato de chumbo. O ácido sulfúrico se encontra na forma de solução aquosa com concentrações variando de 27% a 37% em volume 83 Baterias de arranque � Automótivas (usadas em viaturas) ◦ Esta bateria foi projectada para oferecer grande quantidade de corrente por um curto período de tempo necessário somente para o arranque de um motor. ◦ No geral não permitem descargas acima de 20% da sua capacidade total 84 Tipos de baterias � Automótivas (usadas em viaturas) 85 Bateria automotiva de Chumbo-Ácido � A placa negativa é feita de chumbo e a placa positiva de dióxido de chumbo. Os eléctrodos são submersos numa solução electrolítica de ácido sulfúrico diluído (30% de ácido sulfúrico e 70% de água). � A diferença de materiais origina uma diferença de potencial entre os eléctrodos. 86 Tipos de baterias � Estacionárias ◦ usadas em sistemas de no-break, sistemas de telecomunicações, energia solar, energia eólica ◦ projectada para oferecer pequena quantidade constante de corrente por longos períodos de tempo e ciclos de carga/descarga profundas constantes. ◦ Para tal, uma bateria de ciclo profundo usa placas mais espessas. 87 Tipos de baterias � Estacionárias ◦ Para operações permanentes, durante períodos que vão de quinze a vinte anos, e em grandes instalações fotovoltaicas autónomas, as baterias estacionárias são uma escolha acertada. 88 Tipos de baterias � Estacionárias (energia solar) 89 Baterias estacionárias OPzS, OPzV São baterias de placas tubulares estão disponíveis como baterias húmidas, o tipo OPzS (as siglas provêm do alemão “Ortsfeste Panzerplatte Spezial” ou “Placa Tubular Estacionária Especial”), que contêm electrólito fluido e separadores especiais, ou então como baterias seladas, com electrólito de gel e válvulas de segurança do tipo OPzV (as siglas provêm do alemão “Ortsfeste Panzerplatte Verschlossen” ou “Placa Tubular Estacionária Selada”). Baterias estacionárias OPzS, OPzV Diferenciam-se das baterias solares e de arranque pelo desenho dos eléctrodos positivos, que são constituídos por placas tubulares. Nestas placas existem tubos permeáveis que rodeiam as varetas, através dos quais passa o electrólito. O tubo protector mantém mecanicamente a matéria activa no espaço interior e limita a sedimentação (queda de finas partículas da matéria activa no fundo da caixa da bateria). As placas tubulares são particularmente estáveis, incrementando os ciclos de vida da bateria Baterias estacionárias OPzS, OPzV Para uma profundidade de descarga até 50 %, as baterias OPzS e OPzV têm um ciclo de vida útil de aproximadamente 3.500 ciclos, atingindo os 5.000 ciclos quando a profundidade de descarga não ultrapassa 45 % da sua capacidade nominal. As baterias OPzS requerem cuidados de manutenção em cada 0,5 a 3,0 anos, enquanto que as baterias OPzV dispensam qualquer intervenção em termos de manutenção. Baterias OPzS, OPzV � Estacionárias (para sistemas energia solar) � Bateria OPzV Bateria OPzS 93 Baterias OPzS 94 Baterias de placa tubular inundada de longa duração. Vida útil: >20 anos a 20 ºC, >10 anos a 30 ºC, > 5 anos a 40 ºC. Previsão cíclica até 1500 ciclos a 80% de descarga, ou 4000 ciclos a 30% de descarga. Fabricadas em conformidade com as normas DIN 40736, EN 60896 e IEC 896-1. Baixa manutenção Em condições normais de funcionamento e a 20 ºC, a água destilada tem de ser adicionada a cada 2 – 3 anos.Tipos de baterias � Traccionarias ◦ Usadas, empilhadeiras eléctricas, prateleiras eléctricas, veículos eléctricos, trens e metro, mineração. ◦ projectada para oferecer pequena quantidade e constante de corrente por longos períodos de tempo e ciclos de carga/descarga profundas constantes. 95 Tipos de baterias � Traccionarias ◦ Produzidas no tipo chumbo-ácido, são oferecidas com capacidade de 110-2.170 Ah/8h,. Utilizam placas positivas do tipo tubular com tubetes quadrados (efeito Ironclad), operando com baixo consumo de corrente, o que reduz o calor dissipado pelos componentes, como motores e contatores elétricos, além de diminuir o período médio entre as manutenções (MTBF maior). As baterias da família Ironclad têm desempenho operacional com vida útil de até 1.500 ciclos, e com 80% de profundidade de descarga. 96 Tipos de baterias � Traccionarias (empilhadeira eléctrica) 97 Baterias de Chumbo-Ácido � chumbo-ácido inventada nos anos 1800, tem como componentes básicos o chumbo Pb, óxido de chumbo PbO2 e o ácido sulfúrico. H2SO4 � Vantagens: custo relativamente baixo, resistência a grandes variações de temperatura e grande durabilidade. 98 Baterias de Chumbo-Ácido � Desvantagens: pesada, consome bastante tempo para ser carregada, descarrega-se rapidamente, sofre queda (pequena, porém constante) de voltagem durante sua utilização e não pode ser recarregada totalmente com tanta frequência quanto os outros tipos. � Devem ser armazenadas carregadas. 99 Baterias de Chumbo-Ácido � Uso esporádico, uma vez que é desenhada para ser constantemente carregada e eventualmente descarregada � Utilizada em automóveis, sendo carregada com o motor em funcionamento e descarregada no arranque) . � Esta forma de utilização não é a comum em filmagens, onde o ciclo é carga total- descarga-total é constante, o que pode ocasionar falhas e/ou perda prematura. 100 O que acontece no processo de descarga da bateria ? � Neste processo, o ácido sulfúrico (H2SO4) dissocia-se passando os SO4 ao chumbo (Pb) de ambas as placas (positiva e negativa) formando nelas o sulfato de chumbo (PbSO4); os H2 roubam o oxigênio do óxido de chumbo (PbO2) da placa positiva, formando água (H2O) que diminui a concentração ácida do electrólito. � Pb + PbO2 + 2H2SO4 → 2PbSO4 + 2H2O 101 O que acontece no processo de descarga da bateria ? � Pb + PbO2 + 2H2SO4 → 2PbSO4 + 2H2O � que é por sua vez é resultado das duas semi- reações: � � Pb + H2SO4 → PbSO4 + 2H + + 2e - � � PbO2 + 2H+ + H2SO4 + 2e-→ PbSO4+ 2H2O 102 O que acontece no processo de descarga da bateria ? � A reacção química gera a corrente eléctrica (eléctrons livres que lentamente se reúnem nas placas negativas). Se o processo continuar, o electrólito pode se transformar em água pura e as placas podem ser cobertas de sulfatação (PbSO4) então a actividade eléctrica dentro da bateria poderá ser paralisada � A bateria estará descarregada 103 O que acontece no processo de carga da bateria ? � A corrente eléctrica fluindo ao contrário cria a decomposição do sulfato para a solução electrolítica. O processo faz a placa de chumbo e a solução voltarem à sua composição original. Pode-se ver bolhas que é o resultado da liberação de oxigénio e hidrogénio � PbSO4+ 2H2O+ 2e -→ Pb + H2SO4 +2H � PbSO4 + 2H → PbO2 + 2H2O 104 O que acontece no processo de carga da bateria ? � Neste processo há libertação de hidrogénio H e formação de água pela combinação dos gases oxigénio (O2) e hidrogénio(H) = (H2O) � Pelo facto de se libertar H, o nível do electrólito decresce em cada processo de carga, assim se deve completar o nível somente com água destilada. 105 Em resumo 106 Baterias de Gel e AGM de Chumb-Cálcio � As baterias da gama AGM têm uma resistência interna muito baixa, o que as torna particularmente adequadas para aplicações de elevada descarga de corrente como inversores, propulsores e guindastes, bem como para o arranque de motores. � Os modelos da gama GEL oferecem a melhor durabilidade do ciclo profundo e uma maior duração global. 107 Baterias de Gel e AGM de Chumbo-Cálcio � O uso de materiais de elevada pureza e de grelhas chumbo-cálcio garante uma auto descarga baixa, fazendo com que não fiquem sem carga em longos períodos sem carregamento. � A utilização de chumbo-cálcio garante uma grande redução na perda de electrólito por escape dos gases. 108 Construção da Bateria de Chumbo-Cálcio Construção da Bateria de Chumbo-Cálcio 1. Terminal tipo “L” 2. Respiro 3. Filtro Anti-Chama 4. Indicador de Teste 5. Poste Reforçado 6. Caixa Polipropileno 7. Grades Positivas fundias em Liga de Chumbo – Cálcio - Prata 8. Grades Negativas expandidas em Liga de Chumbo - Cálcio Construção da Bateria de Chumbo-Cálcio 9. Terminal da placa centralizado** com área 36% maior que a concorrência 10.Separador em Polietileno 11.Material Activo Negativo 12.Material Activo Positivo 13.Conexão 36% maior que a concorrência 14.Labirinto Construção da Bateria de Chumbo-Cálcio Feitas com uma liga dos elementos chumbo, cálcio - prata que caracteriza uma geração de baterias que realmente não necessitam de nenhuma manutenção ou adição de água. Além disso, podemos listar as seguintes vantagens: • Melhor condutividade; • Menor taxa de auto descarga; • Maior resistência à degradação térmica; • Maior resistência à corrosão. A Pilha a combustível PC � A Pilha de Combustível (PC), assemelha-se a uma bateria. Gera electricidade combinando hidrogénio e oxigénio através de um processo electroquímico sem ocorrência de combustão. � É frequenmente chamada de célula de combustível 113 Células de combustível O conceito de células de combustível existe há mais de 150 anos, é atribuída a paternidade da célula de combustível a William Grove, ele teve a ideia durante seus experimentos sobre electrólise de água, quando imaginou como seria o processo inverso , ou seja reagir hidrogénio com oxigénio para gerar electricidade, o termo célula de combustível surgiu em 1839, criado por Ludwig Mond e Charles Langer. A primeira célula de combustível bem sucedida aconteceu devido as descobertas do engenheiro Francis Bacon em 1932, problemas técnicos adiaram a sua realização até 1959 por Harry Karl Ihrig. Células de combustível As células de combustível são baterias (pilhas) que convertem energia química directamente em energia eléctrica e térmica, elas possuem uma operação contínua graças a alimentação constante de um combustível. A conversão ocorre por meio de duas reacções químicas parciais em dois eléctrodos separados por um electrólito apropriado: a oxidação de um combustível no ânodo e a redução de um oxidante no cátodo Células de combustível As células de combustível produzem energia a partir da reacção do hidrogênio com o oxigênio do ar, gerando apenas água, electricidade e calor como subprodutos. A tecnologia de célula de combustível mais promissora para uso em portáteis é a DMFC (Direct Methanol Fuel Cell), onde é utilizado metanol (um tipo de álcool combustível, produzido a partir do gás natural). Células de combustível O metanol é, neste caso, utilizado como um meio de armazenamento do hidrogênio, o que permite a construção de células muito mais compactas do que seria se fosse utilizado hidrogênio pressurizado. Ao invés de queimar o combustível, como faria um motor de combustão, a célula de combustível combina o hidrogênio do metanol com oxigênio do ar, um processo bem mais seguro A Pilha a combustível (PC) � A diferença entre umapilha de combustível e uma bateria convencional é que a PC não se esgota nem requer uma recarga. As pilhas a combustível produzem energia sob a forma de electricidade e calor, a partir do momento em que são alimentadas em hidrogénio e oxigénio, o único subproduto que se forma é a água � Não se descarregam, a menos que o hidrogénio se esgote. 118 A Pilha a combustível � O oxigénio (o comburente) necessário para as PC é muitas vezes obtido a partir do ar. No que respeita ao combustível, ela requer um gás rico em hidrogénio, no entanto, algumas PC funcionam a gás natural, biogás, metanol, propanol 119 A Pilha a combustível � O uso destes combustíveis obriga muitas vezes a um pré-tratamento – Process Reforming- que leva à obtenção de hidrogénio puro que irá alimentar a pilha de combustível. 120 A Pilha a combustível � Estes combustíveis quando são utilizados não originam a formação dos óxidos de enxofre e azoto responsáveis pelas chuvas ácidas 121 A Pilha a combustível � As PC podem ter diferentes tamanhos consoante o fim a que se destinam, podem produzir pequenas quantidades de potência eléctrica para alimentar computadores, rádios portáteis, ou então, grandes potências eléctricas destinadas a servir estações eléctricas 122 123 Reacções � Ânodo: H2(g) -> 2 H+(aq) + 2 e- Cátodo: 1/2 O2(g) + 2 H+(aq) + 2 e- -> H2O(g) 124 Profundidade de descarga � As baterias podem ser de profundidade de descarga: � -Profunda, 50 a 80%, ◦ Baterias estacionarias (OPzV, OPzS) � -Profunda, 50 a 80% ◦ Gel , AGM � -Superficial, 10 a 20% ◦ Baterias de arranque 125 Ciclo das Baterias Ácidas � Designa-se por ciclo completo de carga e descarga de uma bateria quando esta se encontra a 100% da sua capacidade, utiliza uma determinada profundidade de descarga e torna a recarregar novamente até aos 100%. � Quanto menor for a profundidade da descarga maior é o número de ciclos da � bateria, logo maior é a sua longevidade. 126 Ciclo das Baterias Ácidas � Se a profundidade de descarga de uma bateria for de 50%, esta dura duas vezes mais do que uma profundidade de descarga de 80%, como se pode ver na figura 3. Daí que o recomendado seja uma profundidade de descarga na ordem dos 50% (o que não invalida que por vezes a descarga vá até aos 80%), pois é o valor que proporciona um melhor factor custo/armazenamento, o que confere a este tipo de baterias uma longevidade entre os 500 e os 800 ciclos para o caso. 127 128 Ciclos de carga das baterias chumbo acido 129 Ciclos de carga das baterias NiCd, Li Ion, NiMH 130 � Ciclo de carga versus profundidade de descarga Características eléctricas � De acordo com suas características eléctricas as baterias podem ser: - de resistência interna normal - de resistência interna baixa - de resistência interna muito baixa (baterias de alta performance) 131 Característica das Baterias � Resistência interna (ohm): Influi na corrente fornecida pelo abateria e na tensão. A resistência interna depende dos terminais, das ligações dos bornes, do material activo, dos separadores, do electrólito, bem como da resistência de contacto do material activo com o electrólito 132 Resistencia interna � A resistência interna das baterias é um parâmetro importante, uma vez que condiciona o nível da transferência de energia das baterias para o exterior. � Uma resistência elevada diminui o fluxo de energia da bateria para o equipamento, e vice-versa 133 134 Longevidade das baterias � A sobrecarga das baterias provoca um sobreaquecimento do electrólito e consequentemente das placas o que pode levar à corrosão das mesmas. � No processo de descarga das baterias os iões de enxofre separam-se do ácido sulfúrico do electrólito e juntam-se ao chumbo das placas. 135 Longevidade das baterias � No processo de carga o enxofre torna-se a juntar ao electrólito. Se a recarga das baterias não for efectuada de forma completa, o enxofre que fica nas placas vai formar uma placa de enxofre a qual vai diminuir a capacidade de armazenamento das baterias. � A profundidade do ciclo de descarga/carga 136 Longividade � No processo de carga, e para optimizar a vida das baterias, estas deverão carregar no máximo 10-20% da sua capacidade nominal por hora (por exemplo, uma bateria de100Ah deverá carregar um máximo de 20Ah). O processo de carga das baterias não é todo igual, isto é, nas primeiras quatro horas a bateria carrega cerca de 80% da sua capacidade e nas três horas seguintes carrega os restantes 20%. 137 Característica das Baterias � -Tensão (volts): Depende somente das propriedades físicas e químicas dos materiais activos, e independente da quantidade de matéria activa presente. A tensão de uma bateria é equivalente à soma da tensão dos vasos presentes nela (6 vasos, no caso das baterias de 12V automótivas). 138 139 Curva de carga 140 Descarga � A descarga das baterias, tal como a carga, deve respeitar um limite máximo de descarga por hora, neste caso igual a 30% da capacidade nominal da bateria. Por exemplo, uma bateria de 100Ah poderá ser descarregada a um ritmo de 30Ah. Caso a descarga da bateria se efectue mais rapidamente esta poderá ser gravemente danificada 141 Curva de descarga 142 Descarga � Quando a descarga é inicializada a tensão desce quase instantaneamente para um valor que depende da resistência interna da bateria (ohmic drop). � Devido ao fenómeno de cristalização, proporcionado pelas reacções químicas internas, a tensão desce até ao ponto conhecido por “coup de fouet”, nos primeiros 3 a10% da descarga. 143 Descarga � Seguidamente a tensão recupera um pouco, como é visível na figura. A partir deste momento é possível calcular o tempo de descarga. Esta descarga não deve passar de certos limites (80%) para evitar a libertação de gases, o aquecimento e a deterioração das células e para prolongar a longevidade da bateria como já foi referido 144 145 Efeitos da Temperatura na longevidade das baterias � A tensão de saída da bateria, aumenta com o aumento da temperatura, devido à ocorrência de reacções químicas que originam a redução da densidade do electrólito. Por outro lado, as altas temperaturas causam a destruição das placas e diminuem a vida das baterias 146 Efeitos da Temperatura na longevidade das baterias � A baixa temperatura tem o efeito oposto, isto é, o ácido torna-se mais denso, o que vai provocar uma descida da tensão. 147 Efeitos da Temperatura na longevidade das baterias � A percentagem de descarga, causada pelo efeito da temperatura, na capacidade das baterias é apresentada na tabela seguinte. Acima dos 20ºC, a capacidade das baterias aumenta 4% em cada 10ºC. Abaixo dos 10ºC, a capacidade das baterias vai descendo à medida que a temperatura desce, quando a temperatura atinge - 35ºC, metade da capacidade das baterias é perdida 148 149 Característica das Baterias � Capacidade (A/h): Pode ser expressa em ampére-hora ou watts-hora, sendo universalmente adotado a unidade de ampére-hora (A/h), que podemos simplificar dizendo que é a quantidade de corrente que pode ser consumida num período de 1 hora, até que ela atinja uma tensão de 9.6V (cerca de 20% abaixo da tensão nominal de uma bateria de 12 Volts). 150 Característica das Baterias � Capacidade de uma bateria, é a quantidade de energia que pode ser armazenada. É normalmente expressa em Ampère-Hora cujo símbolo é Ah. Esta medida é obtida pela multiplicaçãoda corrente em Ampères pelo tempo em horas de descarga até uma tensão de 1,75 V por elemento. Para baterias automotivas, é utilizado um espaço de tempo de 20 horas, por isso normalmente expressamos a capacidade de uma bateria da seguinte forma: XX Ah (onde XX é a capacidade Ex 45 Ah) em 20 horas ou simplesmente C20. 151 Característica das Baterias � Qual é a capacidade da minha bateria? Ex: Uma bateria de 45 A/h, consegue fornecer 45A durante uma hora até que a tensão atinja 9.6Volts. Ex: Se exigirmos 10A da bateria, e ele demorar 4 horas para chegar na tensão de 9,6Volts, indica que a bateria tem 10A*4h = 40Ah de capacidade. Esta mesma bateria, se exigirmos 40A, vai durar apenas uma hora para que atinja 9,6 Volts. Se exigirmos 80A, vai durar apenas meia hora. 152 Característica das Baterias � Qual é a capacidade da minha bateria? Ex: Uma bateria de 45 A/h, consegue fornecer 45A durante uma hora até que a tensão atinja 9.6Volts. Ex: Se exigirmos 10A da bateria, e ele demorar 4 horas para chegar na tensão de 9,6Volts, indica que a bateria tem 10A*4h = 40Ah de capacidade. Esta mesma bateria, se exigirmos 40A, vai durar apenas uma hora para que atinja 9,6 Volts. Se exigirmos 80A, vai durar apenas meia hora. 153 Característica das Baterias � RC (Capacidade de Reserva ou Reserve Capacity) (min): é o tempo em minutos que a bateria pode fornecer 25 amperes até atingir uma tensão final de 10,5 V a 27 o C. Ex: Se uma bateria tem Capacidade de Reserva de 120 minutos. Indica que pode fornecer 25A por 120 minutos até atingir a tensão de 10,5 Volts, a 27oC . 154 Característica das Baterias � Habilidade de Descarga (ou corrente de partida): É a habilidade da bateria fornecer uma determinada corrente sem uma queda de tensão apreciável, que também pode ser definida como a corrente em amperes que o acumulador pode fornecer partindo dele completamente carregado até a queda de tensão, num regime de descarga de 1 segundo. Serve para analisarmos a corrente de partida de um carro 155 Característica das Baterias � CCA (Amperagem de partida a frio) (Cold CrankingAmps): O número de ampéres que a bateria pode produzir (a 0º C) durante 30 segundos. Existem variações na medição deste valor, existe a norma SAE (-18º C) e DIN (+25º C) onde basicamente muda a temperatura de medição do valor CCA, o primeiro é medido a -18 graus Celcius enquanto que o segundo é medido a 25 graus Celcius. 156 Característica das Baterias � Ex: bateria CRAL CS70 Ah , 440A ( SAE - 18º) e 650A ( DIN 25º) . Note que o último valor é bem acima da primeira, portanto, preste atenção ao comparar o valor CCA de um fabricante com o valor CCA de outro fabricante, eles podem ter medido em temperaturas diferente. 157 Característica das Baterias � Em geral, uma bateria estacionária terá duas ou três vezes a Capacidade de Reserva (RC) de uma bateria de carro (de arranque), mas fornecerá apenas metade ou três quartos dos CCAs. Além disso, uma bateria de ciclo profundo pode suportar centenas de ciclos de descarga e recarga, enquanto uma bateria de carro não foi projectada para ser totalmente descarregada. 158 Regimes de carga 1 - Carga com corrente constante (conhecido como "carga lenta"); 2 - Carga com tensão constante (conhecido como "carga rápida"); 3 - Carga com tensão constante modificada; 4 - Carga de compensação (flutuação); 5 - Carga de equalização; Num automóvel, o sistema de carga utilizado é de compensação (ou regime de flutuação). A melhor carga é a carga lenta. 159 Carregadores de Baterias � No mercado existem diferentes tipos de carregadores, no entanto é necessário ter em atenção alguns aspectos � A corrente de carga, em Ampéres (A), deverá corresponder a 10% da capacidade nominal da bateria, em Ah. Por exemplo, para uma bateria de 75Ah, a corrente de carga deve ser de no máximo 7,5A. � Temos de ter em atenção o tipo de carregador quando ao regime de carga aceitável para a bateria 160 Principais defeitos das baterias � Uma bateria tende a apresentar a redução de sua capacidade com o passar do tempo. Essa redução é ocasionada por alterações na sua estrutura física ou química, que podem ser causadas pelo uso normal, ou por eventos que causam danos rápidos às baterias 161 Principais defeitos das baterias � Ex. � curto-circuito, descargas excessivas ◦ (uma bateria automótiva deve ser descarregada até 20% de sua capacidade nominal no máximo, para baterias estacionárias varia, podendo chegar até 80%) � cargas fora das especificações, baixa concentração de ácido, entre outros. � Os principais defeitos que surgem nos acumuladores de chumbo 162 Principais defeitos das baterias � Elementos com diferentes tensões ◦ Pode haver perda capacidade fazendo com que alguns elementos tenham tensão abaixo ao recomentado � Sulfatação ◦ No processo de descarga se forma o sulfato de chumbo nas placas positivas e negativas. Este é um fenómeno natural da descarga. ◦ Durante a carga, o sulfato deve se converter facilmente em matéria activa. De contrario a bateria não irá carregar. 163 Principais defeitos das baterias � Curto-Circuito interno podem ocorrer por vários motivos: por deterioração de um ou vários separadores entre as placas positivas e negativas; por sedimentação dos materiais no fundo dos recipientes ou por formação de acúmulo de material na face da placa de chumbo. 164 Principais defeitos das baterias � Corrosão da Grade das Placas Positivas Durante a carga de um acumulador, o sulfato de chumbo formado do material da grade (um dos componentes da placa), se transforma em peróxido de chumbo. Este processo de formação reduz o tempo de vida do acumulador. � A perda prematura da placa ocorre quando entre o peróxido de chumbo e a grade de chumbo existe grandes espaços cheios de electrólito. 165 Principais defeitos das baterias � Crescimento e Dobramento das Placas Positivas A inobservância das regras, fornecidas pelos fabricantes, para utilização, processo de carga e descarga, causa e mudança das dimensões das placas positivas bem como sua curvatura 166 Principais defeitos das baterias � Perda do Material Ativo Este fenômeno é uma das causas da prematura inutilidade da bateria. � Consiste principalmente do desprendimento do peróxido de chumbo das grades em forma de finos cristais ou grãos, cujas dimensões alcançam até 0,1 micron. 167 Principais defeitos das baterias � Impurezas no electrólito A impurificação do electrólito com agentes estranhos, principalmente sais metálicos e substância orgânicas, aumenta em grau considerável a corrosão das grades. As medidas para evitar este fenómeno são simples e se reduzem utilizando ácido sulfúrico puro, para acumuladores, e água destilada na preparação do electrólito. Algumas impurezas são mais nocivas tais como o cloro (presente na água da torneira), o ferro e os óxidos de nitrogénio. 168 169 Vida útil de uma bateria automotiva projectada pelo fabricante Vida útil a temperatura de –10ºC a 45ºC (baterias estacionárias) 170 171 A curva abaixo ilustra o impacto da alta temperatura nas baterias estacionárias com relação a sua vida útil 172 Precauções � As baterias foram concebidas para ter uma certa durabilidade, dependendo da � “profundidade do ciclo de carga/descarga” das baterias ácidas e da sua utilização. De � seguida indicamos alguns cuidados a ter: � As baterias devem ser carregadas em áreas ventiladas, pois sofrem reacções � químicas e consequentemente libertação de hidrogénio, e este em contacto com o � oxigénio forma umaatmosfera explosiva. 173 Precauções � A bateria e o local de instalação devem estar sempre limpos, mantendo o acesso ao local das baterias limitado a pessoal qualificado � A limpeza das baterias não pode ser feita com solventes ou químicos e não se devem utilizar panos sujos nas partes eléctricas, para evitar as descargas electrostáticas. 174 Precauções � Não fumar ou fazer chama junto ás baterias devido a libertação de gases inflamaveis no processo de carga. � A bateria deve ser carregada correctamente e totalmente; � A bateria deve manter o electrólito com o nível de água correcto. A verificação deste deve ser feita pelo menos de 12 em 12 meses; é necessário ter em consideração que a água em excesso pode provocar uma má regulação da tensão. 175 Precauções � Caso seja adicionado ao electrólito outra substância que não água destilada pura irão ser introduzidas impurezas que vão causar reacções químicas adversas e interferir com o normal funcionamento da bateria � A bateria não deve ser exposta a choques nem a vibrações; � Não devem ser ligadas entre si baterias diferentes tanto ao nível da capacidade como no tipo de voltagem. 176 O futuro � Actualmente existe uma grande tendência ao estudo de baterias de hidrogénio. Ela parece ser a solução para o grande problema no desenvolvimento tecnológico, a carência de energia. Já há algum tempo a NASA usa baterias de hidrogénio em missões no espaço. � O maior problema para a popularização do uso desta tecnologia está no elevadíssimo custo de cada célula de hidrogénio. 177 O futuro � Diversas universidades, estudam uma forma de tornar economicamente viável a aplicação desta tecnologia em massa. � Basicamente, o processo da extracção de energia consiste em separar as moléculas de oxigénio e hidrogénio usando estas para gerar energia. 178 Bibliografia � http://www.atersa.com � http://www.batersul.com/download/Vida_ Util_Baterias_HDP.pdf � Instituto Superior Politécnico de Viseu Escola Superior de Tecnologia ◦ TRABALHO FEITO POR: Cristina Sousa N.º 3478, Joel Murta N.º 3738 � http://www.brasilmergulho.com/port/artig os/2006/030.shtml � http://www.wikipedia.com 179
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