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Risco estrutural e confiabilidade estrutural Confiabilidade estrutural A confiabilidade de uma estrutura é a capacidade que ela tem de cumprir seu propósito de projeto por um determinado período de tempo. Para quantificar a segurança de uma determinada estrutura pode ser utilizadas técnicas de confiabilidade estrutural. Sistemas estruturais devem ser projetados considerando-se sua funcionalidade e custos de construção e operação. Os custos estão relacionados aos riscos que a estrutura oferece, e os riscos, por sua vez, à probabilidade de falha e aos custos da falha. Os custos esperados com falhas reduzem à medida em que se aumenta a segurança da estrutura. A segurança de uma estrutura está relacionada com os coeficientes de segurança utilizados no projeto e a redução de custos de uma estrutura, vai depender, consequentemente, da otimização da sua segurança, que é feita através de confiabilidade. FORM Com o objetivo de reduzir o tempo com simulação computacional com a determinação de índices de confiabilidade diversos métodos têm sido propostos, como o método FORM (First Order Reliability Method). O método FORM ou Método de Confiabilidade de Primeira Ordem, foi originalmente desenvolvido para avaliar a confiabilidade de estruturas. O nome FORM vem do fato de que a função de desempenho é aproximada pela expansão de Taylor de primeira ordem (linearização). SORM Como o próprio nome indica, o Método de Confiabilidade de Segunda Ordem (SORM – Second Order Reliability Method) usa a expansão de Taylor de segunda ordem para aproximar a função de desempenho. Estado Limite Como a definição de falha é relativa, o conceito de estado limite é utilizado para definir a falha de uma estrutura no contexto de confiabilidade. O estado limite é um contorno, a borda entre o que é desejável e o que não é desejável com relação a performance de uma estrutura. O desempenho de determinada estrutura deve ser descrito em termos de um conjunto de estados limite que separam estados desejados de funcionamento de estados adversos. Os estados limites são divididos em classes: 1. Estados limites últimos: São relativos ao colapso da estrutura ou qualquer outra forma de ruína da estrutura e sua completa paralisação; 2. Estados limites de serviço: São relativos à durabilidade da estrutura, ou sua degradação gradual, aparência, conforto, etc. 3. Estados limites de fadiga: São relativos à perda de resistência da estrutura devido ao carregamento cíclico. Para cada estado limite as variáveis relevantes devem ser identificadas. A probabilidade de falha é uma medida probabilística de violação de estados limite e é representada por uma função de desempenho. Probabilidade de falha A confiabilidade também pode ser considerada como a probabilidade de segurança, ou como comumente definida, é o complemento da probabilidade de falha (= 1 - pf). Geralmente, as estimativas de probabilidade baseiam-se na noção de que a incerteza associada a uma variável básica pode ser representada por uma função densidade de probabilidade. No entanto, nem sempre é possível calcular as probabilidades dessa forma sem que se perca informação. Uma estimativa de falha baseada em probabilidade deve incorporar também outros fatores como, por exemplo, descrever a qualidade de um dano, ou a probabilidade de erro humano. Classificação de consequência da falha As classes de consequência de falhas de estruturas, baseada no quociente entre custos totais (custos de construção e custos diretos de falhas) e custos de construção, são: • Leves: Os riscos à vida ou os riscos econômicos associados à falha são pequenos ou negligenciáveis. • Moderadas: Os riscos à vida ou os riscos econômicos associados à falha são médios ou são consideráveis. • Graves: Os riscos à vida ou os riscos econômicos associados à falha são altos ou significativos. • Extrema: Nestes casos, os riscos são muito altos, deve-se considerar não construir a estrutura. Atividade extra A busca pela otimização da relação custo x benefício nos projetos de engenharia têm motivado análises baseadas em confiabilidade. Assim, muitos estudos têm sido feitos buscando as melhores ferramentas e métodos para este tipo de análise. O trabalho de Ferreira, E. Guasti, cujo título é Análise de confiabilidade estrutural via método SORM DG. (Tese de Doutorado em Engenharia Civil, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2015.), apresenta informações sobre o método SORM, além de falar sobre o FORM e sobre o método Monte Carlo. Este trabalho está disponível em: Referência Bibliográfica • Andrzej S. Nowak; Kevin Collins. Reliability of Structures. First Edition, McGraw-Hill, 2000. • Robert E. Melchers; André T. Beck. Structural Reliability Analysis and Prediction. Third Edition, John Wiley & Sons Ltd, 2018. http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/6411 • Procópio, C. Revisão Sobre Confiabilidade Estrutural Aplicada Em Problemas Mecânicos. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2016.