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Danielly Nascimento PROFESSORA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - CAMPUS ANGICOS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS, HUMANAS E TECNOLÓGICAS - DCEHT CURSO DE GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A palavra estratégia vem do termo grego stratego, que literalmente significa general. A ideia de estratégia nasceu das campanhas militares, cujos resultados, foram fruto das mentes de bons ou maus estrategistas. Ao longo dos anos, muito se falou de grandes comandantes militares e de estratégia, desde a antiguidade. Questionamentos relacionados à estratégia: Quais são os fatores que devem ser considerados ao elaborar uma estratégia? Deve haver uma estratégia planejada ou será ela gerada na medida em que ocorrem os fatos? É possível uma receita para estratégias bem- sucedidas? Os primeiros textos que mostram pensamentos do que hoje chamamos estratégia remontam à antiguidade. O texto mais antigo que trata deste assunto é A Arte da Guerra, escrito pelo chinês Sun Tzu. A Arte da Guerra trata de princípios de caráter geral, que auxiliaram um soberano a triunfar na guerra. Para Sun Tzu, a Arte da Guerra é governada por cinco fatores: A Lei Moral – o grau da dedicação e confiança do povo em relação ao seu governante. O Céu – as condições climáticas. A Terra – as condições de terreno, de distâncias. O Chefe – “representa as virtudes de sabedoria, sinceridade, benevolência, coragem e retidão”. O Método e a Disciplina – a correta disposição do exército, os suprimentos e o controle dos gastos. “Se você se conhece e ao inimigo, não precisa temer o resultado de uma centena de combates”. Sun Tzu A obra de Sun Tzu teve influência no pensamento empresarial, havendo vários desdobramentos que focam diferentes aspectos das empresas na literatura de negócios. Teóricos que estudaram os sucessos de Napoleão na guerra. Von Clausewitz, para ele, a teoria da estratégia deveria ter um caráter descritivo e não prescritivo, ou seja, não haveria uma “receita” para o sucesso estratégico, mas seria possível aprender observando as experiências alheias. O estudo da estratégia com enfoque descritivo auxilia na formação do julgamento e intuição dos comandantes, mas não pode ser usado como fundamentos para a ação, dado que o comando é visto como essencialmente criativo. As decisões devem ser tomadas rapidamente e de acordo com as situações, que são essencialmente únicas. Assim, é difícil prescrever ações previamente. Porém, o comandante que conhecer as experiências pregressas poderá usá-las, de forma racional ou mesmo intuitiva, para tomar decisões melhores e mais rápidas. Para de Jomini, haveria princípios científicos para a estratégia militar que não somente poderiam ser prescritos, mas deveriam ser seguidos. Como havia muitos comandantes que estavam sequiosos de descobrirem os segredos dos sucessos militares de Napoleão, esta ideia de que seria possível transformá-los em um receituário passível de ser repetidamente usado era algo extremamente atraente. Nesta abordagem prescritiva, de Jomini considerava que os princípios da guerra seriam válidos sempre, independente da situação e da tecnologia empregada. Entre as escolas de pensamento sobre formulação de estratégia de caráter prescritivo, tem-se: Design (Estratégia como um processo de concepção) Esta escola vê o processo de formação estratégica essencialmente como o ajuste entre pontos fortes e pontos fracos internos e ameaças e oportunidades do meio externo. Planejamento (Estratégia como um processo formal) Posicionamento (Estratégia como um processo analítico) – baseia-se na ideia de que a estratégia pode ser reduzida a algumas posições genéricas que podem ser identificadas através de uma análise da situação do ramo em que está inserido. Nas escolas de pensamento sobre formulação de estratégia de caráter descritivo, classificam as seguintes: Empreendedorismo (Estratégia como um processo visionário) - Fundamenta o processo na intuição criativa de um líder visionário e na sua capacidade de controlar a implementação de suas ideias. Cognitivo (Estratégia como um processo mental) – baseia-se na capacidade de compreender o processo mental das pessoas, como a realidade percebida. Aprendizado (Estratégia como um processo emergente) Nas escolas de pensamento sobre formulação de estratégia de caráter descritivo, classificam as seguintes: Poder (Estratégia como um processo de negociação) Fundamenta o processo na intuição criativa de um líder visionário e na sua capacidade de controlar a implementação de suas ideias. Cultural (Estratégia como um processo social) baseia-se na cultura, que trata dos interesses comuns. Ambiental (Estratégia como um processo reativo) Incluem-se aqui a chamada Teoria da Contingência (acaso, eventualidade), que estuda quais as respostas das empresa em determinadas condições ambientais. Configuração (Estratégia como um processo de transformação) entende a empresa como uma configuração para cada situação. A estratégia como assunto da área de negócios surge nos anos 50 e floresceu nos anos 60, 70 e 80. Pensamento: As organizações necessitam conhecer a si mesmas, tanto no que têm de positivo como de negativo, de forma a poderem explorar adequadamente seu potencial, seus recursos, enquanto evitam que suas limitações possam colocá-las em situação de desvantagem. Ao mesmo tempo, é fundamental conhecer o ambiente no qual a empresa atua. A necessidade da estratégia está ligada à existência de competição, seja uma guerra, seja a conquista de um mercado. Na natureza, existe a competição entre as espécies pela sobrevivência, mas não se pode falar em estratégia na seleção natural. Princípio de Gause da exclusão competitiva – quando seres da mesma espécie ficam isolados em um ambiente com recursos limitados, nenhum deles sobreviverá. Contundo, se houver seres de espécies diferentes, a sobrevivência é possível. O que difere e o que é semelhante entre o que ocorre na natureza e o que ocorre no mundo dos negócios? Como na natureza, no ambiente empresarial não pode haver empresas competindo da mesma forma. A competição natural é evolucionária, dirigida pelas leis da probabilidades, a estratégia é revolucionária, aqui no sentido de romper com o curso natural das coisas, no sentido de intervenção deliberada. CARVALHO, Marly Monteiro de; LAURINDO, Fernando José Barbin. Estratégia competitiva. São Paulo: Atlas, 2007. Faça uma leitura de um dos capítulos a seguir, do Livro A Arte da Guerra de Sun Tzu, apresente quais estratégias foram utilizadas, e como seria a utilização destas no mundo dos negócios. Capítulo III - Da Arte de Vencer Sem Desembainhar a Espada . Capítulo IV - Da Arte de Manobrar as Tropas Capítulo VII - Da Arte do Confronto Capítulo VIII - Da Arte das Mudanças Capítulo XIII - Da Arte de Semear a Discórdia
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