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22/02/2016 1 HIDROLOGIA Disciplina: Hidrologia Professor: Marcelo Jacomini Moreira da Silva Fundamentos Geofísicos da Hidrologia # # # # # &\%[ Dem 288 - 323 324 - 359 360 - 395 396 - 431 432 - 467 468 - 503 504 - 539 540 - 575 576 - 611 Watershed Outlets # Manually added Outlet &\ Weagages %[ Raingages Cursos_ agua3_ lin.shp HIDROLOGIA - Atmosfera 2 • Grande reservatório de vapor d’água • Apresenta, sob condições específicas, regiões com água na forma liquida (fase condensada) ou sólida (gelo) Reservatório • Sistema de distribuição de água atmosférica no planeta por meio de correntes atmosféricas Transporte • Absorve seletivamente parte da radiação solar (pequenos comprimentos de ondas) • Retém a radiação calorifica indireta emitida pela terra Coletor de Calor M o vi m en to s co n ve ct iv o s e Ev ap o ra çã o d e ág u a n a su p er fí ci e te rr es tr e HIDROLOGIA - Atmosfera 3 Espessura Teoricamente indefinida Considera-se 45km a partir do nível do solo Não se distribuem igualmente no planeta Para fins meteorológicos influencia até 15km Massa Estima-se: 5,6 x 1015 toneladas Distribuição desuniforme vertical Primeiros 5km: 50% da massa atmosférica Primeiros 10km: 75% da massa atmosférica 4 22/02/2016 2 HIDROLOGIA - Atmosfera 5 Variações das grandezas físicas mais rápidas na vertical do que na horizontal Variações das grandezas físicas mais rápidas na vertical do que na horizontal Pressão 1/10.000 Temperatura 1/1000 Correntes de Ar: Quase horizontais Justificativa: Diferença nas dimensões HIDROLOGIA - Atmosfera 6 Composição da atmosfera estimada para até 25km de altitude, sendo praticamente inalterada até 45km HIDROLOGIA - Atmosfera 7 O ar pode ser considerado um gás perfeito (química) Vapor d´água no Ar Atmosférico • Grande variação de peso por m3, sendo indicado a medição em: • ����� �� ����� ��á��� ����� �� �������� ��á��� = ������� �����Í���� (��) • Valor Médio = 25 g/kg (ar tropical) e 0,5 g/kg (ar polar) HIDROLOGIA - Atmosfera 8 Propriedades do Vapor Atmosférico • Em uma mistura de gases, cada componentes exerce uma pressão parcial, que independe dos demais componentes • A pressão parcial causada pelo vapor d’água é chamada tensão de vapor (ea) Quantidade de Vapor d’água presente no ar • Depende da temperatura mas não depende da pressão • Quando o ar está com a quantidade máxima de vapor para sua temperatura diz-se: AR SATURADO • A partir da condição de ar saturado qualquer vapor d’água adicional será condensado (gotículas) • A condensação da água gera 600cal/gH2O 22/02/2016 3 HIDROLOGIA - Atmosfera 9 HIDROLOGIA - Atmosfera 10 HIDROLOGIA – Umidade absoluta (atual) Sendo a mistura vapor d’água + ar considerada um gás perfeito, pode-se: �. � = �. �. � ��. � = ��. �. � Definindo umidade absoluta como: �� = �� � �� = �� �� �� = 2,169 �� � Ua - umidade absoluta, kg.m-3; ea - pressão parcial de vapor d’água, kPa; T - temperatura do ar, K HIDROLOGIA – Umidade especifica Já definimos a umidade específica como a relação entre as massas �� = �� �� + ��� ��. � = ��. �. � �� = 0,622. �� ���� − 0,378. �� Ue - umidade específica, kg/kg; ����. � = ���. �. � 22/02/2016 4 HIDROLOGIA – Umidade relativa É a relação entre tensão de vapor e a tensão de vapor de saturação, para determinada temperatura do ar �� = �� �� �� = �� �� A umidade relativa está ligada a sensação fisiológica (sensação térmica) Geralmente aumenta a partir do nível do solo, chegando a 100% nas regiões com nuvens Acima de 6km a UR reduz rapidamente HIDROLOGIA – Razão de Mistura ou Taxa de Umidade É a relação entre a massa de vapor d’água e a massa de ar seco � = �� ��� ���� � = 0,622 �� ���� r – razão de mistura A indústria alimentícia denomina este parâmetro Umidade da Base Seca, e a umidade absoluta como: Umidade Base Úmida HIDROLOGIA – Radiação Solar Maior fonte de energia para a Terra, Principal elemento meteorológico Um dos fatores determinantes do tempo e do clima. Interfere em diversos processos: físicos: aquecimento, evaporação, bio-físicos (transpiração) e biológicos (fotossíntese) HIDROLOGIA – Órbita da Terra Obs: Achatamento exagerado Data exata do periélio e afélio não é fixa 22/02/2016 5 HIDROLOGIA – Órbita da Terra HIDROLOGIA – Radiação solar O solar emite ondas eletromagnéticas com comprimento até 4µm HIDROLOGIA – Radiação solar A radiação solar incidente na atmosfera tem o nome de constante solar, sendo em média: �� = 1,39 �� ��� Considerada como raios paralelos medidos em uma superfície perpendicular Alguns autores consideram essa variação é pequena ao longo do ano HIDROLOGIA – Radiação solar VERÃO INVERNO 22/02/2016 6 HIDROLOGIA – Radiação solar HIDROLOGIA - Atmosfera 22 • Grande reservatório de vapor d’água • Apresenta, sob condições específicas, regiões com água na forma liquida (fase condensada) ou sólida (gelo) Reservatório • Sistema de distribuição de água atmosférica no planeta por meio de correntes atmosféricas Transporte • Absorve seletivamente parte da radiação solar (pequenos comprimentos de ondas) • Retém a radiação calorifica indireta emitida pela terra Coletor de Calor M o vi m en to s co n ve ct iv o s e Ev ap o ra çã o d e ág u a n a su p er fí ci e te rr es tr e Para Hidrologia / Meteorologia o enfoque está no efeito térmico provocado pela radiação solar Nem toda radiação chega a atmosfera próxima da superfície terrestre O ar seco absorve pouca radiação em pequenos comprimentos de ondas HIDROLOGIA - Atmosfera 23 O ar seco absorve pouca radiação em pequenos comprimentos de ondas HIDROLOGIA - Atmosfera 24 Saara: Saara: Precipitação e Temperatura média 22/02/2016 7 HIDROLOGIA – Radiação solar Radiação Solar Difusão Refletida na direção contrária (perdida) Refletida na direção da superfície Absorç ão na atmosf era Incidente na Superfície Terrestre Refleti da pela Superfí cie Absor vida Refletida pela Superfície Absorvi da Absorção na Atmosfera Incidente na Superfície Terrestre HIDROLOGIA – Radiação solar 19 % é perdida por absorção pelas moléculas de oxigénio e ozónio da radiação ultravioleta (de alta energia) na estratosfera * 6% é perdida por difusão da luz solar de menor comprimento de onda - azuis e violetas - (o que faz com que o céu seja azul); * 24% é perdida por reflexão - 20% nas nuvens e 4% na superfície. (O albedo do planeta é de 30% (6% difusão+24% reflexão). * 51% é absorvida pela superfície. Considerando nuvens, e demais fatores a incidência máxima na superfície terrestre está entre 0,35 e 0,40 kW/m2 (média diária) HIDROLOGIA – Radiação solar MÉDIA ! HIDROLOGIA – Camadas da atmosfera Para fins didáticos a ar atmosfera em camadas com características semelhantes Decréscimo de temperatura em função da altitude (aprox 0,6°C a cada 100m Atinge altura média de 10km (6km nos polos e 17km no equador) Região com temperatura constante em função da altitude Se estende até aprox. 35km 22/02/2016 8 HIDROLOGIA – Camadas da atmosfera HIDROLOGIA – Troposfera Decréscimo de temperatura em média 0,6°C a cada 100m Está sujeita a influencias locais do solo e umidadeGrande influencia de nebulosidade que reduz tanto incidência solar, como a radiação emitida pelo solo No inverno o solo frio faz com que a camada próxima ao solo tenha menor temperatura (inversão térmica) HIDROLOGIA – Relação Pressão x Temperatura Quando determinado volume de ar não saturado é submetido a um aumento de pressão seu volume diminui e sua temperatura aumenta Como pressão está relacionada com altitude Quando determinado volume de ar não saturado se eleva, seu volume aumenta e sua temperatura diminui HIDROLOGIA – Relação Pressão x Temperatura Na condição do ar não saturado, e considerando sem troca de calor (adiabático) Temos um gradiente de 1°C a cada 100m Temos um Gradiente de Temperatura Adiabático Seco, pois não havendo condensação a água não interfere no processo 22/02/2016 9 HIDROLOGIA – Relação Pressão x Temperatura Na condição do ar saturado, a diminuição da temperatura fará com que parte do vapor d’água de condense liberando calor latente Portanto o Gradiente de Temperatura Adiabático do Ar Saturado será menor Gradiente de Temperatura Adiabático do Ar Seco Aprox. 0,53°C a cada 100m Como esse valor á calculado retirando a água condensada diz: Pseudo-adiabática HIDROLOGIA – Estabilidade Térmica Quando, numa camada atmosférica, a distribuição de temperaturas é tal que um volume elementar de ar deslocado verticalmente tende a retornar para sua posição original diz-se que essa camada é estável Esse conceito permite caracterizar a possibilidade de movimentos verticais HIDROLOGIA – Estabilidade Térmica km C z T CRITICO 1 100 T(0) Temperatura (T) Altura (z) Gradiente de Temperatura Adiabático Seco km C z T 1 3,5 0 Gradiente de Temperatura Pseudo Adiabático Uma camada de ar não saturado, será estável se o gradiente de temperatura for menor que o adiabático seco Uma camada de ar saturado, será estável se o gradiente de temperatura for menor que o pseudo-adiabático Região condicional mente estável Camada é MUITO estável 0 z T Os movimentos verticais são FORTEMENTE restringidos. É o que ocorre na estratosfera e mesosfera (ou muito próximas ao solo em noites de inverno). A restrição ao movimento vertical ascendente impede totalmente a formação de nuvens nestas duas camadas. 22/02/2016 10 HIDROLOGIA – Campo de pressões e ventos • Pressão atmosférica ou pressão do ar – É o peso que o ar (atmosfera) exerce sobre uma superfície • As moléculas do ar ocupam espaço e têm peso • Quanto maior a altitude, menor a quantidade de ar, menor a pressão Variação de pressão no tempo: Regulares diurnas: função da temperatura Irregulares: sobrepõe as regulares e associadas a fenômenos meteorológicos HIDROLOGIA – Campo de pressões e ventos • Campo Horizontal de Pressões – Dois pontos próximos, a mesma altitude podem ter pressões atmosféricas diferentes o mesmo instante • Desequilíbrio Hidrodinâmico • Chama-se isobáricas as curvas de igual pressão – Um conjunto de isobáricas forma um relevo barométrico – O relevo barométrico tem definições semelhantes ao topográfico HIDROLOGIA – Carta Sinótica do Tempo Centros de baixa pressão ou ciclone (depressões) Centros de alta pressão ou anti-ciclone HIDROLOGIA – Ventos Desequilíbrio Hidrodinâmico Diferença de Pressão Movimentação de massas Ventos Difícil determinação exata Há interesse: em regime permanente (por ΔP fracos) Consideração como horizontal 22/02/2016 11 HIDROLOGIA – Ventos • Vento de Gradiente – Gerado pela diferença de pressão (gradiente barométrico horizontal = G = ∆� ∆� ) – Sendo ΔL a distancia horizontal medida perpendicularmente entre as linhas isobáricas – Devido a rotação da terra – Força de Coriolis – As linhas resultantes são desviadas para a esquerda no hemisfério sul – O equilíbrio das Forças gera o vento geostrófico (paralelo as isobáricas) HIDROLOGIA – Ventos • Quando as isobáricas são forem paralelas temos a ocorrência de força centrifuga • A resultante das 3 forças (gradiente de pressão, coriolis, centrifuga) é o Vento do Gradiente HIDROLOGIA – Ventos HIDROLOGIA – Ventos 22/02/2016 12 HIDROLOGIA – Ventos na camada de atrito • À baixas altitudes, até 1000m e próximas ao solo, o vento sofre influencia do atrito com o solo – Gerando uma força contrária ao sentido do vento que deverá ser equilibrar com as 3 forças citadas anteriormente – Neste caso os ventos deixam de ser horizontais e formam um ângulo entre 20 e 30º com a superfície HIDROLOGIA – Evolução Meteorológica • Não existe modelo matemático exato • É possível prever a situação meteorológica a partir de dados atuais com uma perspectiva de aprox 48horas, sujeitas a confiabilidade de resultados (estatística) Circulação Geral da Atmosfera Térmica Influencia da rotação Influencia da distribuição desigual de terras e mares HIDROLOGIA – Circulação Geral da Atmosfera • Circulação Térmica Meridional – Modelo mais simples proposto – Desconsidera rotação da terra e distribuição desigual de terras • Distingue 5 zonas bem definidas HIDROLOGIA – Circulação Térmica Meridional • Intensa radiação solar • Ascensão de massas úmidas Cinturão das Calmarias e das Baixas pressões equatoriais • Alísios – ventos de solo • Contra-alísios – ventos de altitude Zona dos alísios e contra alísios • Ventos Contra-alísios resfriam, • Região dos principais desertos Cinturão das altas pressões sub tropicais (Aprox 30º de Latitude) • Circulação atmosférica complexa • Ciclones Zonas Temperadas (Aprox 45º de Latitude) • Região de resfriamento das massa de ar • Tem grande influencia atmosféricaZonas Polares 22/02/2016 13 HIDROLOGIA – Circulação Geral da Atmosfera • Influencia da rotação da Terra – A força de Coriolis desloca a trajetória dos ventos para a direita ou esquerda conforme o hemisfério – Na Zona temperatura a intensidade dos ventos com diferentes características formam as frentes • Influencia da distribuição das terras e mares – Causa descontinuidade nas regiões de altas e baixas pressões, devido a diferença de temperatura entre mares e solo (Centros de Ação) HIDROLOGIA – Circulação Geral da Atmosfera HIDROLOGIA – Ciclones e Anticiclones HIDROLOGIA – Ciclones e Anticiclones 22/02/2016 14 HIDROLOGIA – Ciclones e Anticiclones Furação/Ciclone Catarina (março 2004) HIDROLOGIA – Massas de Ar / Frentes • Grande quantidade de ar atmosférico com características físicas “uniformes” – Temperatura, umidade, etc – Distribuída num plano horizontal – Movimentação distinta das regiões adjacentes – Formam-se quando grandes extensões estão em repouso, ou se deslocam lentamente • Frentes: – Superfície que divide 2 massas de ar – Diferenças entre as características de massas quando em contato iniciam ciclones HIDROLOGIA – Frentes • Quente: – movimentação de massa de ar quente • Fria: – movimentação de massa de ar fria HIDROLOGIA – Formação de ciclones 22/02/2016 15 HIDROLOGIA – Formação de ciclones
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