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Papel das células de Sertoli na espermatogênese

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O papel das células de Sertoli
As células de Sertoli desempenham uma série de funções durante a espermatogénese, e suportam os gâmetas em desenvolvimento das seguntes maneiras:
Mantêm o ambiente necessário para o desenvolvimento e maturação, através da barreira hemato-testicular 
A barreira hemato-testicular é ainda importante na protecção dos espermatídeos do próprio sistema imunitário do indivíduo.
Segregam substâncias iniciadoras da meiose
Segregam fluido testicular
Segregam proteína ligadora de andrógenos (ABP), que concentra a testosterona em proximidade aos gâmetas em desenvolvimento 
A testosterona é necessária em concentrações elevadas, para a manutenção do tracto reprodutivo, e a ABP permite um nível muito mais elevado de fertilidade
Segrega hormonas que afetam a regulação hormonal da espermatogénese por parte da glândula pituitária, particularmente a inibina
São células-alvo da folículo-estimulina (FSH)
Fagocitose dos corpos residuais decorrentes da espermiogénese
Segregam a hormona anti-Mülleriana, que inibem o desenvolvimento dos ductos de Müller]
Fatores que influenciam a espermatogênese
O processo da espermatogénese é altamente sensível a flutuações no ambiente, particularmente no que diz respeito à concentração hormonal e à temperatura. A testosterona tem que estar presente em elevadas concentrações locais para manter o processo, algo que é assegurado pela proteína ligadora de andrógenos presente nos túbulos seminíferos. A testosterona é produzida por células intersticiais, também chamadas de células de Leydig, que se encontram numa região adjacente aos túbulos seminíferos.
O epitélio seminífero é sensível a temperaturas elevadas nos seres humanos e nalgumas outras espécies, e exposição a temperaturas tão elevadas como a própria temperatura corporal pode surtir efeitos adversos. É por este motivo que os testículos se encontram for do corpo, no saco escrotal. A temperatura óptima para a espermatogénese é de 2°C (no homem)–8 °C (no rato) abaixo da temperatura corporal. A termorregulação faz-se através da regulação do fluxo sanguíneo[9] e da distensão/contração dos músculos cremaster e dartos, que implica um afastamento/aproximação do testículo do resto do corpo.
Deficiências nutricionais (como a falta de vitamina B, E, e A), esteróides anabolizantes, metais (cádmio e chumbo), exposição a raios x, dioxinas, álcool, e doenças infecciosas podem afectar adversamente a taxa de espermatogénese. A linha germinativa é ainda susceptível a danos no DNA provocados pelo stress oxidativo que tem impactos significativos, provavelmente, na fertilização e na gravidez.[ A exposição a pesticidas também afeta a espermatogénese
Regulação hormonal
A regulação hormonal da espermatogénese varia de espécie para espécie. Nos seres humanos, o mecanismo não é completamente compreendido; todavia, sabe-se que a espermatogénese tem início na puberdade devido à interação do hipotálamo, hipófise, e das células de Leydig. Se se tiver procedido à remoção da hipófise, a espermatogénese ainda se inicia, devido à folículo-estimulina e à testosterona.
A folículo-estimulina estimula tanto a produção da proteína ligadora de andrógenos pelas células de Sertoli, como a formação da barreira hemato-testicular. A proteína ligadora de andrógenos é essencial para manter a testosterona testicular em concentrações suficientemente elevadas para iniciar e manter a espermatogénese, que podem ser 20-50 vezes mais elevadas do que a concentração desta hormona no sangue. A folículo-estimulina pode iniciar a retenção da testosterona nos testículos, mas apenas a testosterona é necessária para manter a espermatogénese. Todavia, o aumento dos níveis da folículo-estimulina faz aumentar a produção de espermatozóides ao previnir a apoptose de espermatogónias de tipo A. A hormona inibina actua de modo a reduzir os níveis da hormona folículo-estimulina. Estudos em roedores sugerem que as gonadotopinas (tanto a LH como a FSH) auxiliam o processo espermatogenético ao suprimir os sinais pro-apoptóticos e, por conseguinte, ao promover a sobrevivência de espermatogónias.
As células de Sertoli, por si só, mediam a espermatogénese através da secreção hormonal. São capazes de produzir as hormonas estradiol e inibina. As células de Leydig também produzem estradiol, para além da testosterona, o seu principal produto de secreção.

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