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Dinâmica de Ecossistema - Manguezal

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ECOSSISTEMA MANGUEZAL 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS 
 
 
Professor Orientador: Luís Fernando Perello 
Disciplina: Dinâmica de Ecossistemas 
Curso: Engenharia Ambiental e Sanitária 
Autores: Mateus Flores Ledur 
    Juan Terra Garcia 
               Lucas Feilstrecker 
 
 
Este trabalho visa trazer esclarecimentos sobre o ecossistema do tipo 
manguezal, localizado em Rio Tavares, na ilha de Florianópolis em Santa 
Catarina. Além de abordar as características gerais do tipo de ecossistema, 
este artigo traz situações aplicadas especificamente ao ecossistema desta 
região. Ao longo do artigo serão trazidos esclarecimentos acerca 
respectivamente, do local e ipo de ecossistema escolhido, da sua estrutura e 
paisagem, sua demanda energética, cadeia alimentar presente, estabilidade 
esperada do sistema em caso de perturbação e por fim os diferentes tipos de 
serviços ambientais promovidos pelo ecossistema em questão. 
 
 
 
 
 
 
 
ECOSSISTEMA MANGUEZAL 
O Manguezal do Rio Tavares está           
localizado na porção sudoeste da         
Ilha de Santa Catarina conforme         
mostra a Figura 1, mais         
especificamente na Baía Sul, sendo         
parte do município de Florianópolis –           
SC, entre as coordenadas       
geográficas 27º 38` 40`` e 27º 40`             
06`` de Latitude Sul e 48º 30` 17`` e                 
48º 33` 39`` de Longitude Oeste,           
fazendo divisa com os bairros         
Costeira do Pirajubaé, Carianos,       
Tapera, Rio Tavares e Campeche,         
com cerca de 740 hectares de á   
 
 
 
Figura 1: Mapa de Florianópolis 
identificando todos os mangues da região. 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA E PAISAGEM DO MANGUEZAL     
Os manguezais são formados pela associação de árvores halófitas, arbustos e                     
outras plantas crescendo em águas salinas, em áreas protegidas e sujeitas à                       
influência das marés, estão nas regiões costeiras tropicais e subtropicais. Esse                     
ecossistema é uma transição do ambiente marinho e terrestre. No Brasil,                     
grande parte dos manguezais encontram­se inseridos no espaço urbano, como                   
é o caso do Manguezal do Rio Tavares. 
Entre raízes suspensas e subterrâneas, ali está maior parte da biodiversidade                       
catarinense. A área total, estimada em 1.744 hectares abriga centenas de                     
espécies de animais e plantas em um território que, no passado, teve o dobro                           
do tamanho. Foi perdendo espaço para a construção civil, a ocupação irregular,                       
a exploração predatória. Ainda assim, Florianópolis tem o segundo maior                   
manguezal localizado em uma área central da cidade, atrás apenas de Recife,                       
segundo o Instituto Mangue Vivo. 
A lama do manguezal é decorrente de quando a maré alta encontra a água                           
doce do rio, presente no solo da região. Os sedimentos transportados pelo mar                         
se unem com a água doce, dando origem á lama do manguezal, cheia de                           
matéria orgânica. 
No mangue da bacia do Rio Tavares, podemos encontrar as três principais                       
espécies arbóreas que compõem um manguezal: 
Mangue­branco (​Laguncularia racemosa​): As mais afastadas do mar, as folhas                   
apresentam glândulas que expelem o sal absorvido pela planta. Contém flores. 
Mangue­preto (​Avicennia schaueriana​): Menos afastadas do mar. Têm raízes                 
de baixo da superfície, com estruturas que alcançam o nível acima da água e                           
auxiliam na respiração. 
Mangue­vermelho (​Rhizophora mangle​): Formações mais próximas da maré,               
raízes aéreas, podendo partir do caule ou de galhos mais altos, o que garante                           
sustentação. 
DEPENDÊNCIA ENERGÉTICA DO SISTEMA 
O solo do manguezal é riquíssimo em detritos orgânicos, originados das folhas,                       
frutos, flores e galhos das árvores de mangue, e de nutrientes que chegam                         
com a água salgada nas épocas de cheia. Essas são consideradas as mais                         
importantes fontes de energia do ecossistema. A decomposição desse material                   
é feita por microorganismos e disponibilizada aos consumidores. Este material                   
orgânico pode ser consumido dentro do manguezal ou ser exportado direto                     
para o ambiente marinho, fornecendo energia diretamente para peixes e                   
moluscos. 
A energia disponível é relativamente grande pois a própria lama formada                     
naturalmente, serve de alimento para plantas adaptadas ao ambiente, embora                   
o solo seja salgado e pobre em oxigênio. 
Esse é um ambiente de troca de energia e de transformação de matéria                         
constante. O mangue é um ecossistema de transição, caracterizada pelo                   
encontro de águas doce e salgada em áreas de estuário. O que possibilita que                           
as espécies da fauna e flora se readaptem a cada mudança. 
A geologia da área é caracterizada pelo acúmulo de sedimentos                   
“siltico­argilo­arenosos” com matéria orgânica típicos de áreas de mangue                 
areais e cascalhos, do período Holoceno. 
Em escala de tempo geológica, o Holoceno teve origem na era Cenozoica que                         
se iniciou há cerca de 11,5 mil anos, portanto é um ecossistema jovem                         
geologicamente falando.  
Esse ecossistema jovem, depende de maior parte de sua energia voltada ao                       
crescimento do mesmo, por isso não reage com tanta estabilidade as                     
intervenções de fora. Essa região por ser litorânea é mais vulnerável a                       
alterações devido a maior concentração populacional e atividades econômicas .                   
E o urbanismo é o exemplo claro, as espécies pertencentes ao meio estão                         
perdendo espaço para construções e acabam em contato com os seres                     
humanos. 
CADEIA ALIMENTAR PRESENTE NO ECOSSISTEMA 
 
Figura 2: Representação ilustrativa de uma cadeia alimentar marinha básica. 
Plâncton e Algas (produtores) 
Crustáceos e Moluscos (consumidor primário) 
Sardinhas e Garoupas (consumidores secundários) 
Garças e Guarás (consumidores terciários) 
Fungos e Bactérias (decompositores) 
Os mangues estão entre um dos biomas mais férteis e biodiversos do planeta,                         
por isso são chamados de “berçários naturais”, tanto para espécies típicas para                       
o ambiente quanto para outras espécies como peixes, aves e alguns                     
mamíferos, que encontram no manguezal condições ideais para reprodução,                 
alimentação, criadouro e abrigo. Por isso estão dentro de todas cadeias                     
alimentares do ecossistema. 
 
 
 
 
ESTABILIDADE ESPERADA NO SISTEMA DO MANGUEZAL EM CASOS               
DE PERTURBAÇÃO  
Em um dos cenários mais comuns de impacto antrópico em manguezais,                     
observa­se a pesca predatória, aterramentos para construção urbana e o                   
despejo de efluentes. Em quaisquer que sejam os cenários, nota­se                   
primeiramente uma redução da biodiversidade. Para realizar um estudo                 
prolongado na região, é possível usar insetos como bioindicadores,                 
principalmente formigas, que são uma das espécies de insetos mais ricasneste                       
tipo de ecossistema úmido. O acompanhamento a longo prazo, dos                   
crescimentos de colônias em diferentes pontos da região de interesse do                     
estudo, fornecem dados fundamentais para a compreensão dos impactos, tanto                   
local quanto regionalmente.  
No caso da impactação por pesca predatória, nota­se que a própria atividade                       
em si já causa um impacto de imediato, pois ecossistemas com predadores de                         
topo de cadeia, denotam rica atividade biológica no ecossistema em questão, e                       
possivelmente relações de mutualismo que beneficiarão a outras espécies, que                   
por sua vez, podem conceder serviços reguladores. Na ausência destes                   
predadores de topo, a riqueza da cadeia alimentar entra em desequilíbrio. 
Durante um processo de aterro para construção urbana por exemplo, podemos                     
inferir que haja um desequilíbrio a nível regional, e que a alteração chegue a                           
impactar outros ecossistemas vizinhos mesmo a curto prazo. Uma sucessão de                     
mudanças pode provir desde o desaparecimento total de espécies da fauna da                       
região, seguido de impactos bioquímicos. Estes seriam advindos tanto da                   
alteração da cadeia alimentar presente, interferindo nos seus serviços                 
reguladores de ecossistema, quanto na própria impactação pela construção                 
civil, que envolveria fatores diversos como danos por transporte, poluição                   
atmosférica, perturbações sísmicas, despejos de materiais e efluentes               
indesejáveis, e por fim a total saturação da biodiversidade na área de atuação. 
Em alguns casos, os manguezais sofrem impactos por conta do despejo de                       
efluentes, apesar de não sofrerem os mesmos impactos súditos como no caso                       
de um aterro para construção civil. Os manguezais se mantém em equilíbrios                       
químicos, cujo ecossistema já está preparado para suportar, ou no caso                     
beneficiar­se. Micro­organismos, mantém­se em uma população equilibrada em               
um manguezal intacto, formando assim a base alimentar de nutrientes que                     
supre todo o resto da cadeia. Caso haja um aumento expressivo na quantidade                         
de nutrientes disponíveis no local, por conta de despejo de efluentes orgânicos,                       
a sua população aumentará consideravelmente. Com isso, as propriedades                 
químicas da água também serão alteradas e colocarão em risco a estabilidade                       
de outras espécies que necessitam de uma certa disponibilidade de alimento                     
para sobreviverem. O aumento excessivo na população de plânctons e de                     
microalgas pode tornar o ambiente saturado demais, e a decomposição de sua                       
biomassa também criará outras alterações no equilíbrio. 
Já no caso dos despejos de origem industrial, uma série de outras reações                         
pode ser apontada. Dependendo do tipo de produtos e substâncias químicas                     
presentes nos efluentes despejados, eles podem causar uma elevada                 
acidificação ou basificação no meio aquoso. Isso representa uma ameaça para                     
a estabilidade dos micro­organismos que são produtores de base na cadeia.                     
Por consequência disso, as espécies que se beneficiam sucessivamente                 
destes nutrientes, perderão riqueza e por fim, todo o ecossistema será                     
modificado em suas características. Principalmente a biodiversidade, riqueza               
de espécies, e as qualidades sanitárias da água e do ar. Além é claro, da                             
possibilidade de contaminação química do ambiente, caso produtos como                 
organoclorados, metais pesados, óleos muito densos ou cosméticos e produtos                   
farmacêuticos sejam despejados junto. 
O processo de urbanização, com ocupação populacional em torno do                   
manguezal do Rio Tavares vem gerando diversos danos ao ecossistema e as                       
espécies que dependem dele para a sobrevivência. Este processo já e                     
constatado por gerar poluição no ar, impermeabilização do solo, remoção da                     
cobertura vegetal, entre outros. O uso da ​fotointerpretação como processo de                     
análise ambiental mostra de forma clara o avanço urbano sobre a região do                         
manguezal que ocorreu de forma muito agressiva nos últimos 60 anos, onde os                         
resultados disso ficam evidentes nos dias de hoje. 
A invasão e modificação do manguezal tem feito com que muitos animais que                         
usufruem deste ambiente apareçam próximo a residências em busca de                   
alimentos ou pela perda do seu ambiente natural. Pode­se ocorrer também a                       
extinção de alguma espécie causando com isto um desequilíbrio no                   
ecossistema. Ocorreram danos também na área de estudo dessa região, sem                     
que fossem tomadas as devidas precauções. A falta de cuidado e também de                         
investimentos dos órgãos públicos faz com que este problema aumente e com                       
que a população pague por isto, pois sente o reflexo dos danos no dia a dia.                               
Uma solução para este problema seria o aumento da fiscalização por parte do                         
poder público no controle de habitações da área, evitando que inúmeras                     
residências avancem sobre o ecossistema.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERVIÇOS AMBIENTAIS FORNECIDOS PELO ECOSSISTEMA 
Dos serviços ambientais fornecidos pelo ecossistema do manguezal,               
destacam­se o uso de madeira para lenha, extração de peixes e carangueijos,                       
e ambientes próprios para aquicultura. Estes seriam os serviços de produção                     
do bioma para uso antrópico. Já entre os serviços de regulação fornecidos pelo                         
sistema, podemos considerar uma grande formação equilibrada de biomassa                 
advinda dos vegetais, e por conta disso uma grande quantidade peixes e                       
plânctons. Estes promovem também uma série de outros serviços reguladores,                   
como controle da qualidade da água, e suprimento da teia alimentar. 
O manguezal do Rio Tavares promove serviços ambientais culturais, como o                     
turismo, o que acaba também impactando negativamente a qualidade do                   
ambiente. 
Como serviços de suporte ao ambiente, podemos dizer que o manguezal, por                       
se situar em uma região de baixa estabilidade sedimentar, representa uma                     
adaptação importante. Esta formação estrutural, promove uma biodiversidade               
maior e cria um sistema de maior riqueza de espécies, convidativo para a                         
reprodução da vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
Os serviços fornecidos por um ecossistema, representam os recursos que o                     
próprio ecossistema fornece durante o seu ciclo de vida. Em um estado de                         
equilíbrio, todo o ecossistema pode ser interpretado como um organismo, em                     
que podem ser identificados diferentes processos e etapas de formação,deformação, suprimento, e controle. Dessas interações, entre as espécies                 
presentes na flora e na fauna, e das características do meio, surgem os                         
serviços ambientais, que muitas vezes utilizamos. Alguns diretamente, outros                 
de forma mais indireta, porém de importâncias indiscutíveis para o meio                     
ambiente como um todo.

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