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Curva ABC

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Classificação ABC ou Pareto 
Nos dias atuais, uma das áreas que mais se desenvolvem dentro das 
organizações sem dúvida e a Gestão dos Estoques. Nem sempre a Gestão dos 
Estoques foi uma área com que os administradores tanto se preocupassem, 
pois os altos estoques foram sinônimos de poder de liquidez e para muitos 
significavam estratégias competitivas. Hoje percebe-se que os investimentos 
em itens de estoque que ficam parados por períodos de tempo muito longos e 
sem necessidade retêm um alto investimento de capital das empresas. Diante 
disso, essas empresas passaram a estudar melhor seus estoques enxergando 
que é necessário abastecer as cadeias produtivas levando em consideração a 
necessidade de baixar os recursos investidos em estoques que não giram. O 
grande e novo desafio dos administradores de materiais e recursos 
patrimoniais é manter as cadeias produtivas utilizando melhor os recursos. Este 
estudo foi realizado com o objetivo de verificar como a curva ABC pode estar 
ajudando o administrador de estoques a analisar as condições e necessidades 
dos estoques em relação aos itens que demandam maior consumo e valor 
financeiro. 
Palavras-chave: estoque. gerenciamento. análise. recursos. 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
No mundo competitivo em que se vive a administração dos materiais e 
recursos patrimoniais é imprescindível para o sucesso das organizações. 
Administrar estoques é uma arte resultante de uma série de técnicas que 
podem e devem ser utilizadas pelos administradores para buscar alternativas 
que possibilitem baixar cada vez mais a necessidade que as empresas têm de 
disponibilizar altos valores em recursos financeiros na compra e no 
armazenamento de materiais sem a necessidade de aquisição. 
De acordo com o autor Pozo (2007), o just-in-time é um termo cada vez mais 
comum na rotina de trabalho dos administradores de estoques, hoje em dia não 
se enxerga os altos estoques como vantagem competitiva e sim como recurso 
financeiro utilizado incorretamente. 
As cadeias produtivas são abastecidas em tempo real, no momento certo. 
Dessa forma, o aproveitamento dos recursos financeiros da empresa é mais 
eficiente, e os desperdícios que antes aconteciam devido à aquisição de 
materiais em tempos não planejados já não são mais responsáveis pelo capital 
estagnado no estoque. 
Para sistematizar o abastecimento das cadeias, é necessário acima de tudo 
conhecer suas reais necessidades, ou seja, saber quais os materiais que 
representam o maior consumo. Uma das formas mais eficazes de analisar o 
consumo de uma cadeia produtiva e buscar o equilíbrio entre necessidade e 
disponibilidade de recurso é o sistema de análise ABC. Através dele o 
administrador poderá visualizar qual item do estoque representa o maior 
consumo da cadeia, e qual o item do estoque que necessita de maior recurso 
para se manter. A partir do sistema de análise ABC o administrador poderá 
planejar o suprimento dos estoques focando os itens que dentro de um todo 
são necessários para o funcionamento contínuo das atividades da empresa. 
Diante da importância de diagnosticar os itens disponíveis em estoque para 
relacionar com as necessidades da cadeia produtiva, pode-se observar o 
sistema de análise ABC como possível ferramenta de auxílio, e surge então o 
seguinte questionamento: 
Até que ponto o sistema de análise ABC é útil no gerenciamento dos estoques? 
Questionamento esse que surgiu a partir do pressuposto de que o 
administrador necessita saber como se comportam os itens que possui em 
estoque em relação ao consumo e ao capital empregado. 
O artigo tem como objetivo verificar a importância da ferramenta ABC na 
Gestão de Estoque. 
O artigo foi elaborado através do método de revisão bibliográfica onde foram 
abordados os seguintes autores: POZO (2007); DIAS (2003); CRUZ; SANTOS 
JUNIOR; OLIVEIRA (2006); MARTINS; ALT (2005) e OLIVEIRA JUNIOR; 
CUNHA; VIGNOLI (2003). 
2. GESTÃO DE ESTOQUE 
Atualmente, nas organizações, a maximização do lucro sobre o capital 
investido é prioridade nos planejamentos estratégicos. Rumo ao objetivo de 
lucratividade em alta e custo em baixa, as organizações estão cada vez mais 
buscando desenvolver suas áreas através da melhoria contínua de suas 
atividades. Entre todas as estratégias utilizadas para aumentar a rentabilidade 
sobre capital investido, a administração dos estoques passa a ser um enfoque 
alvo para as organizações, pois entende-se que os estoques requerem um alto 
investimento. 
Diante disso, a ciência de se administrar estoques busca continuamente o 
desenvolvimento de técnicas eficazes que possibilitem o abastecimento 
necessário das cadeias produtivas utilizando o mínimo de investimento 
necessário. Então, conforme Dias (1993), o objetivo é aperfeiçoar o 
investimento nos estoques aumentando o uso eficiente dos meios internos da 
empresa minimizando a necessidade de capital investido. 
O que o autor confirma é que entende-se como função da administração de 
estoques, a habilidade ou as ações que são tomadas pela empresa no sentido 
de utilizar melhor os materiais diminuindo a necessidade de investimento de 
capital em altos estoques. 
Tempos atrás a administração do estoque não era vista com tanta importância 
pelos administradores. Pensava-se então que manter alto estoque na 
esperança de uma demanda favorável era uma estratégia lucrativa, porém, o 
tempo se encarregou de mostrar o contrário. 
O cenário que representa o mercado mundial de produtos e serviços que se 
pode visualizar a todo momento, exige que as organizações sejam cada vez 
mais competitivas caso queiram sobreviver. Competitividade é sinônimo 
também de capital disponível, capital esse que está investido em grandes 
quantidades de estoques parados nas organizações, e é justamente nesse 
quesito que a administração dos estoques tem atuado com mais ênfase. 
Otimização de recursos é a palavra chave do enfoque principal da 
administração dos estoques. Segundo Cabanas; Ribeiro (2005), as principais 
funções do estoque são: 
a) garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os efeitos 
de: demora ou atraso no fornecimento de materiais, sazonalidades no 
suprimento, ricos de dificuldade no fornecimento; b) proporcionar economias, 
pela flexibilidade do processo produtivo, pela rapidez e eficiência no 
atendimento às necessidades. 
Martins e Alt (2000), explicam que a gestão de estoques é composta de várias 
ações que permitem ao administrador verificar se os recursos investidos nos 
estoques estão sendo bem utilizados. 
Existem e são necessárias muitas técnicas e ferramentas para garantir o 
controle dos estoques. Muitos indicadores de produtividade podem ser 
utilizados em suas análises, sendo que se pode citar os mais utilizados como: 
comparativo entre inventário físico e contábil, acurácia dos controles, curva 
ABC e outros. 
2.1 Inventário Físico 
O inventário físico consiste na contagem física de todos os itens que constam 
em estoque levando em consideração o período de referência para o 
inventário. Caso seja encontrada alguma diferença seja no que diz respeito à 
quantidade ou ao valor do estoque, o departamento contábil da empresa 
deverá orientar as devidas correções. 
Segundo Martins; Alt (2003), o inventário físico pode ser realizado de acordo 
com os dois modos a seguir: 
a) periódico: quando realizado em períodos determinados, geralmente as 
empresas realizam no final de um exercício ou uma vez a cada semestre. b) 
rotativo: quando se contam permanentemente os itens do estoque, geralmente 
uma vez dentro de cada período fiscal. 
2.2 Acuracidade dos Controles 
Uma vez realizado o inventário, calcula-sea acurácia dos controles, que nada 
mais é que o valor dos itens corretos expresso em porcentagem. Pode-se 
calcular a acurácia dos estoques tanto para as quantidades de itens quanto 
para o valor dos itens. De acordo com Martins; Alt (2003), acurácia é igual ao 
número de itens corretos pelo número total de itens do estoque, ou o valor dos 
itens corretos pelo valor total dos itens do estoque. 
 
 
2.3 Curva ABC 
A curva ABC de estoques teve sua origem em estudos realizados pelo 
economista e sociólogo italiano Wilfredo Frederigo Samaso, ou mais conhecido 
como Vilfredo Pareto que viveu entre os anos 1848 e 1923. 
Vilfredo Pareto estudou a distribuição de renda entre a população e ressaltou a 
existência de uma lei geral de má distribuição, ou seja, ele comprovou que uma 
parte menor da população absorvia uma grande porcentagem de renda, 
restando uma porcentagem significativamente menor de renda para a parte que 
representava o maior percentual da população. Segundo Pareto, a relação dos 
percentuais era na proporção de 80% e 20%, o que segundo seus estudos 
mostrava que 20% da população representavam a maior parte da renda e os 
80% restantes da população era composto pela parte que representava. 
Alguns anos mais tarde, a filosofia de distribuição de renda de Pareto começou 
a ser utilizada em diversas áreas, no entanto se mostra mais eficiente sendo 
utilizada na gestão de estoque. 
No início dos anos 50, a lei de Pareto foi adequada por alguns engenheiros da 
General Eletric (GE), para a administração dos estoques dando início ao 
sistema de análise ABC. Sob instruções de H.F. Dixie, a General Eletric (GE) 
logo após a segunda Guerra Mundial, pôs em prática para o controle de 
estoques o método de Pareto, sendo a primeira empresa a utilizar a filosofia na 
gestão de estoques. 
Atualmente, a curva ABC é um dos sistemas de análise de estoques mais 
utilizados pelas empresas devido à facilidade, praticidade e eficiência além de 
poder ser utilizada em qualquer empresa de qualquer segmento. 
A curva ABC busca o relacionamento entre o consumo do estoque, o 
investimento aplicado e a quantidade de itens que formam o estoque. 
Segundo Cunha; Oliveira; Vignoli (1983), o ponto principal a visualizar no 
sistema de análise ABC, é que em verdade os itens que representam o mais 
alto consumo são os itens que fazem parte do menor percentual de valor do 
estoque e o contrário disso, ou seja, os itens que fazem parte do maior 
percentual de valor do estoque são justamente os que representam a menor 
parte desse estoque. 
A curva ABC consiste em fazer uma análise do consumo dos materiais em um 
determinado espaço de tempo que normalmente varia entre 6 meses a 1 ano, 
levando em consideração o valor monetário e quantidade de itens do estoque, 
a fim de avaliar as condições e necessidades, planejando a partir desse ponto 
melhorias que possibilitem aos administradores atingirem os resultados 
desejados pela empresa. 
2.3.1 Classificação ABC 
Segundo o autor Martins; Alt (2005) a classificação dos materiais em grau de 
importância é necessária para avaliar os percentuais de itens que determinam 
a movimentação do estoque. A classificação dos itens é feita na ordem 
decrescente de importância. 
Aos materiais que compõem o estoque e estão em alto nível de valor de 
consumo e quantidade denomina-se itens classe A. 
Aos materiais que compõem o estoque e estão em nível intermediário de valor 
de consumo e quantidade denomina-se itens de classe B. 
Aos materiais que compõem o estoque e estão em nível baixo de valor de 
consumo e quantidade denomina-se itens de classe C. 
De acordo com Martins; Alt (2005), os itens da classe A são mais significativos 
em termos de valor e de consumo, e podem representar algo entre 35% e 70% 
do valor movimentado no estoque, os itens da classe B variam de 10% a 45%, 
e os itens da classe C representam o restante. 
Uma experiência realizada pelos autores demonstra que cerca 10% a 20% do 
total dos itens do estoque pertencem à classe A, enquanto que uma quantidade 
entre 30% a 40% dos itens pertencem à classe B, e em torno de 50% dos itens 
do estoque pertencem à classe C. 
Segundo a metodologia utilizada por Dixie, pode-se comprovar que a maior 
parte em percentual de um estoque é representada pelos itens de menor valor 
e de mais baixo consumo, e a menor parte em percentual de um estoque é 
representada pelos itens de maior valor de mais alto consumo. Isso comprova 
a eficiência da filosofia desenvolvida por Pareto na gestão dos estoques. 
A classificação ABC, permite identificar os materiais de acordo com à 
proporção que eles representam no consumo e relacionar com o seu valor de 
aquisição e quantidade disponível em estoque. 
Uma vez classificados os materiais seguindo o sistema ABC, é importante a 
aplicação de graus de controles apropriados para as diferentes classes de 
produtos já que um determinado padrão de controle pode ser suficiente para 
um produto x e ao mesmo tempo insuficiente para um produto y. É necessário 
avaliar as diferenças existentes no estoque para determinar os melhores 
padrões de controle levando em consideração a necessidade de cada produto 
existente. Pode-se a partir daí estender a análise do estoque levando em 
consideração outras variáveis que podem impactar nos resultados como: a 
tendência, a perecividade, o espaço de armazenamento disponível, descontos 
oferecidos, etc. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
classe A: Itens de maior valor de demanda ou consumo anual; classe B: Itens 
de valor de demanda ou consumo anual intermediário; classe C: Itens de 
menor valor de demanda ou consumo anual. 
Embora reconheça-se que o percentual das classes de itens possa variar entre 
diferentes ramos ou diferentes atividades empresariais, o importante é observar 
que independente dessas diferenças, o principio ABC onde o menor 
Gráfico 1: Classificação dos Itens percentual de itens é o que representa o 
maior percentual de demanda ou do consumo anual, sempre ocorrerá da 
mesma forma para todas as empresas. 
A análise do sistema ABC de estoques, através da multiplicação do custo 
unitário pelo volume comprado, permite que cada classe tenha esse tratamento 
diferenciado. Por outro lado, essa análise pode ser prejudicial para a empresa, 
pois ela não considera a importância dos materiais como um todo no estoque e 
não permite ver o sistema integrado onde todos os itens são importantes para o 
bom funcionamento, pois ter-se-á situações distintas na empresa onde ambas 
podem impactar diretamente nos resultados das cadeias produtivas como itens 
de alto valor e consumo essenciais para o seu funcionamento e também itens 
de baixo valor e consumo mais que em um determinado momento a sua falta 
no estoque pode paralisar toda uma produção. 
Para resolver essa questão um tanto ineficaz das análises que envolvem o 
custo unitário e o volume adquirido, muitas empresas utilizam um conceito 
chamado criticidade dos itens de estoque. 
A criticidade é a avaliação dos itens quanto ao impacto que sua falta 
representa nas atividades da empresa, na imagem da empresa perante os 
clientes e na facilidade de reposição. 
Dentro do conceito de criticidade, os itens também podem ser classificados em 
ABC, segundo os autores Martins; Alt (2005) são: 
a) classe A: os itens da classe A são imprescindíveis, e sua falta pode 
ocasionar a ruptura da cadeia produtiva da empresa já que se trata de itens 
cuja à substituição ou reposição é difícil ou demanda muito tempo. b) classe B: 
os itens da classe B são importantes, porém sua falta em um período de curto 
prazo não impacta fortemente na cadeia produtiva. c) classe C: os itens daclasse C não afetam diretamente as cadeias produtivas, porém são 
necessários e contribuem para o funcionamento das cadeias de forma indireta. 
Através da Curva ABC pode-se analisar os estoques da empresa, bem como 
planejar as atividades de compras seguindo as necessidades em função da 
demanda dos itens. 
2.3.2 Aplicação e Montagem da Curva ABC 
Para ilustrar as etapas de confecção da curva ABC, apresentar-se-á um caso 
simplificado de apenas 15 itens sendo que todos os valores utilizados são 
fictícios. 
Esse procedimento pode ser utilizado para qualquer volume de itens. Na tabela 
1 há coleta dos dados (preço unitário x consumo anual). Nessa etapa é 
necessário relacionar todos os itens que formaram o estoque no período 
determinado. 
Para cada item registra-se o valor unitário, o consumo no período determinado. 
Com esses valores em mãos será possível calcular o valor do consumo do 
período sendo que este é o produto da quantidade consumida pelo valor 
unitário de cada item. 
Tabela 1: Cálculo do valor monetário consumido no período 
Itens Consumo 
(unidades/ano) Custo (unidades) 
Valor do consumo ($/Ano) 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
Na tabela 2 há ordenação dos dados (ordem decrescente segundo diagrama 
de Pareto). Nessa etapa, ordenam-se todos os itens, calcula-se o percentual 
distribuído e o percentual acumulado. 
Tabela 2: Curva ABC 
Itens Valor 
Consumido 
Percentual de Consumo 
Percentual de Consumo Acumulado 
Ordenação 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
Com os dados ordenados pode-se construir a curva ABC, que é formada em 
um eixo cartesiano onde na abscissa são registrados os números de itens do 
estoque, e nas ordenadas, são registrados as somas dos valores de consumo 
acumulado. 
Figura 1: Modelo Curva ABC 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
A curva dessa forma construída é subdividida nas três classes A, B e C. 
Segundo Dias (1993), para se definir as classes deve-se adotar os critério 
abaixo: 
a) classe A: 20% dos itens; b) classe B: 30% dos itens; c) classe C: 50% dos 
itens. 
Portanto, através da curva ABC, é possível identificar qual tratamento deve ser 
dado a cada classe de itens. Os itens B e C necessitam de um tratamento 
diferenciado, pois representam os materiais com o maior consumo, porém não 
são parte do maior percentual de investimento ou faturamento da empresa, 
possivelmente, ao se tratar esses itens deve-se levar em consideração que o 
custo desse tratamento pode não ser válido já que eles não representam um 
valor alto de investimento, já os itens da classe A, representam o maior 
percentual de investimento ou faturamento da empresa, sendo válido a 
empresa investir em análises mais sofisticadas para gerenciar esses itens, pois 
é onde se concentram materiais de baixo consumo no estoque, porém que 
necessitam de maior investimento para mantê-los. Seguindo a ordenação dos 
itens proporcionalmente a suas respectivas classes, é possível determinar o 
grau de importância de cada item e determinar como serão efetuadas as 
reposições. 
3. CONCLUSÃO 
A administração dos estoques é fundamental para toda e qualquer 
organização, pois é justamente onde está localizada a maior parte do ativo 
circulante de uma empresa. 
É necessário a todo administrador de materiais e recursos patrimoniais, a 
habilidade em realizar análises detalhadas dos estoques, não somente pelo 
simples fato do volume de capital empregado em materiais mais também pelas 
vantagens competitivas que a empresa pode ter em relação aos seus 
concorrentes dispondo de mais velocidade na execução das atividades de 
armazenamento e no atendimento aos clientes, além de reduzir os custos com 
movimentação e armazenamento. 
Na busca da melhoria contínua e no crescimento da empresa o administrador 
dispõe hoje de uma série de ferramentas que podem ajudá-lo a se superar 
cada vez mais, e a galgar um posto cada vez mais à frente de seus 
concorrentes. 
Através deste estudo realizado, foi possível comprovar que o sistema de 
análise de estoque ABC, ou mais conhecido como Curva ABC de estoque é 
uma das ferramentas que podem estar auxiliando os administradores de 
materiais a controlar melhor suas atividades e analisar com mais precisão a 
condição dos itens em estoque. 
Pelo que foi possível avaliar com estes estudos, o ponto chave para o sistema 
de análise ABC é justamente a obtenção de informações sobre o consumo dos 
materiais e o investimento neles empregado. 
A partir dessas informações o sistema ABC poderá resultar em uma série de 
melhorias interessantes para o crescimento da empresa como: redução dos 
investimentos em estoques, melhoria do nível de serviço, redução do espaço 
necessário para armazenamento dos materiais e redução dos gastos com a 
movimentação dos materiais. 
 
4. REFERÊNCIAS 
CRUZ, M. C. et. al. Gestão de Estoque ( Monografia). UNISALESI; 2006. 
DIAS, M. A.P. Administração de Materiais: Uma abordagem Logística. 4. ed. 
São Paulo: Atlas, 2003. 
MARTINS, P. G.; ALT. P. R. C. Administração de Materiais e Recursos 
Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2005. 
OLIVEIRA JUNIOR, N. C. ; CUNHA, F. ; VIGNOLI, S. Técnicas de Previsão e 
Gestão de Estoques, 2003. 
POZO, H. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais: Uma 
abordagem Logística. 4. ed. São Paulo: Atlas,2007.

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