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Constitucional | resumo organização política part. 2

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DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
DOCENTE: Msc. PROFESSORA ELIANE COSTA DOS SANTOS
SEMESTRES: 4° SEMESTRE	
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTÁCIO/FIB
PLANO DE AULA
DIREITO CONSTITUCIONAL II
SEGUNDA PARTE
Eugène Delacroix: La Liberté guidant le peuple
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
DOCENTE: Msc. PROFESSORA ELIANE COSTA DOS SANTOS
SEMESTRE: 4° SEMESTRE	
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTÁCIO/FIB
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASILEIRO
DA INTERVENÇÃO
INTERVENÇÃO 
CONCEITO
Segundo Alexandre de Moraes, a intervenção 
“consiste em medida excepcional de supressão temporária da autonomia de determinado ente federativo, fundada em hipóteses taxativamente previstas no texto constitucional, e que visa à unidade e preservação da soberania do Estado Federal e das autonomias da União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios”.
Na concepção do Ministro Celso de Mello,
“o mecanismo de intervenção constitui instrumento essencial à viabilização do próprio sistema federativo, e, não obstante o caráter excepcional de sua utilização – necessariamente limitada às hipóteses taxativamente definidas na Carta Política -, mostra – se impregnado de múltiplas funções de origem político-jurídica, destinadas: (a) a tornar efetiva a intangibilidade do vínculo federativo; (b) a fazer respeitar a integridade territorial das unidades federadas; (c) a promover a unidade do Estado Federal e (d) a preservar a incolumidade dos princípios fundamentais proclamados pela Constituição da República”. 
PRINCÍPIOS QUE REGEM A INTERVENÇÃO
a)Princípio da excepcionalidade, segundo Bernardo Gonçalves, “a intervenção é uma ingerência na autonomia visando ao reestabelecimento do equilíbrio que foi desvirtuado e, por isso, só pode ser medida excepcional (e dotada de necessidade)”.
b)Princípio da taxatividade, de acordo com Bernardo Gonçalves, “as hipóteses de intervenção estão taxativamente previstas na Constituição”.
c) Princípio da temporalidade, segundo Bernardo Gonçalves, “a intervenção terá sempre prazo determinado, justamente porque a regra é autonomia. A ingerência buscará o reestabelecimento do equilíbrio. Portanto, no decreto de intervenção deve constar o prazo determinado da mesma”. 
2.INTERVENÇÃO FEDERAL OU EXECUÇÃO FEDERAL 
2.1. INTERVENÇÃO ESPONTÂNEA
De acordo com Marcelo Alexandrino, o “[...] Chefe do Executivo, dentro de seu Juízo de discricionariedade, decide pela intervenção e, de ofício, a execução, independentemente de provocação de outros órgãos”. 
2.1.1. HIPÓTESES
Defesa da unidade nacional ou defesa do Estado (art. 34, I e II da CRFB/88).
Defesa do princípio federativo (art. 34, II, III e IV da CRFB/88).
Defesa das finanças públicas (art. 34, V da CRFB/88).
2.2. INTERVENÇÃO FEDERAL PROVOCADA
Segundo Marcelo Alexandrino, há “[...] intervenção provocada quando a medida depende de provocação de algum órgão ao qual a Constituição conferiu tal competência”. 
HIPÓTESES DE INTERVENÇÃO PROVOCADA
 INTERVENÇÃO FEDERAL PROVOCADA POR SOLICITAÇÃO, na defesa do Poder Executivo ou Legislativo (Assembleia Legislativa, Câmara Legislativa do Distrito Federal), art. 34, IV
De acordo com Marcelo Alexandrino, 
“[...] o Chefe do Executivo não estará obrigado a decretar a intervenção [...], esses Poderes locais solicitarão ao Presidente da República a intervenção federal, a fim de que a União venha garantir o livre exercício de suas funções. Nessas hipóteses, a solicitação do Poder Executivo local não vincula o Presidente da República, haja vista trata-se de solicitação (e não de requisição)”. 
INTERVENÇÃO FEDERAL PROVOCADA POR REQUISIÇÃO, de acordo com Marcelo Alexandrino, “[...] o Chefe do Executivo não dispõe de discricionariedade, isto é, estará obrigado a decretar a intervenção”. 
a)Na hipótese de o Poder Judiciário local ser coagido (art. 34, IV, combinado com o art. 36, I, segunda parte): o Tribunal de Justiça coagido deverá solicitar ao STF que requisite a intervenção que requisite a intervenção. 
Nas palavras de Marcelo Alexandrino, 
“Caso o Poder Judiciário local esteja sendo coagido (CF, art. 34, IV), o Tribunal de Justiça respectivo deverá solicitar ao STF que requisite a intervenção. O STF, se entender cabível, requisitará a intervenção federal ao Presidente da República, que estará obrigado a decretá-la, pois se cuida de hipótese de requisição”. 
b)Nas hipóteses de desobediência de ordem ou decisão judicial. 
b.1. Art. 34, VI, segunda parte (requisição do STF): desobediência à ordem ou decisão judicial do STF, da Justiça do Trabalho ou da Justiça do Militar (mesmo que envolvam questões infraconstitucionais).
b.2. Art. 34, VI, segunda parte (requisição do TSE): desobediência à ordem ou decisão judicial da Justiça Eleitoral.
b.3. Art. 34, VI, segunda parte (requisição do STJ): desobediência à ordem ou decisão judicial do STJ.
b.4. Requisição do STJ: descumprimento de ordem ou decisão judicial da Justiça Federal ou da Justiça Estadual, envolvendo questões legais infraconstitucionais.
Segundo Marcelo Alexandrino e da CRFB/88,
“Quando se tratar de prover a execução de ordem ou decisão judicial oriundas da Justiça Estadual e da Justiça Federal (controvérsias envolvendo questões exclusivamente infraconstitucionais), o STJ poderá requisitar a intervenção ao Presidente da República de ofício (mediante iniciativa do próprio STJ) ou a partir de pedido a ele dirigido pelos presidentes do Tribunal de Justiça – TJ e do Tribunal Regional Federal – TRF, conforme o caso. Nessa situação, a parte interessada na decretação da intervenção não poderá ingressar com o pedido diretamente perante o STJ; deverá fazê-lo ao presidente do TJ ou do TRF, conforme o caso, e essas presidentes dos tribunais é que darão entrada no pedido perante o STJ.
Quando se tratar de prover a execução de ordem ou decisão do próprio STJ, este Tribunal poderá requisitar a intervenção ao Presidente da República de ofício, ou a partir de pedido da parte interessada. Note-se que, nesse caso, a parte interessada poderá ingressar com o pedido de intervenção diretamente perante o STJ”. 
b.5. Requisição do STF: descumprimento de ordem ou decisão judicial da Justiça Federal ou da Justiça Estadual, envolvendo questões constitucionais.
Na visão de Marcelo Alexandrino e da CRFB/88,
Assim, por exemplo, quanto ás requisições de competência do STF, a parte interessada somente poderá ingressar com o pedido neste Tribunal quando a ordem ou decisão a ser provida for oriunda do próprio STF. Nas demais hipóteses, a parte interessada na intervenção não poderá se dirigir diretamente ao STF; ela deverá fazer o pedido ao presidente do respectivo tribunal (local, federal, trabalhista ou militar, conforme o caso) para que ele o encaminhe ao Supremo Tribunal Federal”. 
c)Na hipótese de recusa à execução de lei federal (art. 34, VI, primeira parte, combinado com o art.. 36, III, segunda parte), e de ofensa aos “princípios sensíveis” (art. 34, VII, combinado com o art. 36, III, primeira parte).
Segundo Marcelo Alexandrino, “teremos a chamada ação de executoriedade de lei federal, porquanto não se visa à declaração da inconstitucionalidade do ato, mas sim de obrigar o ente federado ao cumprimento da lei”. 
c.1)Ação direta de inconstitucionalidade interventiva (CF, art. 34, VII): dependerá de representação interventiva do Procurador-Geral da República perante o STF. 
Na concepção de Marcelo Alexandrino,
 “teremos a denominada representação interventiva ou ação direta de inconstitucionalidade interventiva, pois a provocação do Poder Judiciário tem por fim a declaração de inconstitucionalidade do ato ilegítimo praticado pelo ente federado.
[...] se a suspensão da execução do ato local bastar ao restabelecimento da normalidade, evita-se a decretação da efetiva intervenção no ente federado, em respeito à sua autonomia política (afinal, o objetivo último de todo o procedimento é o restabelecimento da normalidadeno âmbito do ente federado, e não o afastamento da sua autonomia). Entretanto, caso o decreto meramente suspensivo não seja suficiente ao restabelecimento da normalidade, o Presidente da República estará obrigado a executar uma efetiva intervenção, pois se trata de hipótese de requisição e não de simples solicitação”. 
3.DECRETO INTERVENTIVO (art. 36, § 1° da CRFB/88)
Nas palavras Marcelo Alexandrino, a “intervenção federal será implementada mediante decreto expedido pelo Presidente da República, que, uma vez publicado, terá eficácia imediata, legitimando os demais atos do chefe do Executivo na execução da medida”.
4.NOMEAÇÃO DO INTERVENTOR (art. 36, § 1° da CRFB/88)
Segundo Marcelo Alexandrino, 
“[...] a intervenção pode, ou não, implicar necessidade de nomeação de interventor. Com efeito, a intervenção poderá atingir diferentes órgãos do ente federado. Assim, se a intervenção ocorrer no Poder Executivo, a nomeação do interventor será necessária, para que ele exerça as funções do governador. Diferentemente, caso a intervenção restrinja-se ao Poder Legislativo, tornar-se-á, desnecessário haver um interventor, desde que o ato de intervenção atribua, desde logo, as funções legislativas ao chefe do Executivo local. Se a intervenção abranger os Poderes Executivo e Legislativo, a nomeação de interventor será necessária, para que ele assuma as funções executivas e legislativas”. 
5.OITIVA DOS CONSELHOS (arts. 90, I, 91, § 1°, II da CRFB/88) 
De acordo com Marcelo Alexandrino, “nas hipóteses de intervenção não vinculada (espontâneas e provocadas mediante solicitação), o Presidente da República ouvirá os Conselhos da República (CF, art.90, I) e de Defesa Nacional (CF, art. 91, §1°, II), que opinarão a respeito”. 
6. DURAÇÃO DA INTERVENÇÃO (art. 36, §1° da CRFB)
Nas palavras de Marcelo Alexandrino, 
“A intervenção será sempre temporária e, cessadas os seus motivos, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal (CF, art. 36, §4]). O impedimento legal das autoridades locais poderá advir, dentre outros motivos, do término normal dos mandatos, da cassação dos mandatos ou da suspensão ou perda dos direitos políticos, o que impede a reassunção do cargo. Nesses casos, cessada a intervenção, deverão assumir os cargos as autoridades que a Constituição do ente federado indicar como sucessor”. 
7.EMENDA À CONSTITUIÇÃO (art. 60, § 1° da CRFB/88)
8.CONTROLE POLÍTICO
8.1. Obrigatoriedade do controle político (art. 49, IV da CRFB/88) 
8.2. Exceções ao controle político (art. 34,VI, VII, art. 36, § 3°, art. “34, IV” da CRFB/88)
8.3.Posição de Marcelo Alexandrino
“[...] a apreciação do Congresso Nacional envolve julgamento de aprovação ou rejeição. A aprovação é efetivada mediante a expedição de um decreto legislativo pelo Congresso Nacional. Caso o Congresso Nacional não aprove a decretação da intervenção, esta passará a ser ato inconstitucional, e deverá cessar imediatamente, porque, se for mantida, constituirá atentado contra a autonomia do ente federado, caracterizando crime de responsabilidade do Presidente da República.
Porém, nem todo decreto interventivo será apreciado pelo Poder Legislativo. Não há controle político do Congresso Nacional naquelas hipóteses de intervenção decididas pelo Poder Judiciário, em que o Presidente da República é provocado mediante requisição, cabendo-lhe meramente adotar a medida interventiva (atividade vinculada) [...]
Contudo, se a normalidade não puder ser restabelecida pela simples suspensão do ato, o decreto não se limitará a essa providência, devendo especificar quantas forem necessárias ao restabelecimento da normalidade. Não se trata de faculdade do Presidente da República, mas de obrigação a ele imposta, porquanto as hipóteses citadas são de requisição feita por tribunal do Poder Judiciário.
Note-se que a Constituição Federal só dispensa a apreciação do Congresso Nacional nas hipóteses do art. 43, VI (prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial) e VII (ofensa aos princípios sensíveis), que são casos de intervenção provocada a partir de requisição do Poder Judiciário [...]”.
8.4. Posição de AGRA (2007:301)
“O alcance da intervenção e das prerrogativas do interventor não pode descurar dos princípios constitucionais impostos pelo ordenamento jurídico. Não há, como no estado de sítio e no estado de defesa, uma flexibilização dos direitos fundamentais ou uma excepcionalidade dos direitos e garantias constitucionais.
 O Estado Democrático de Direito é mantido em sua inteireza, ocorrendo apenas a limitação da autonomia do ente federativo que sofreu a intervenção. Os limites da intervenção são expostos preponderantemente.” 
8.5. Posição de LEWANDOWSKI (1994:132)
“a) aos parlamentares podem aprová-lo, autorizando a continuidade da intervenção até o atingimento de seus fins; b) podem, de outro lado, aprová-lo, suspendendo de imediato a medida, situação que gerará efeitos ex nunc; c) podem, por fim, rejeitá-lo integralmente, suspendendo a intervenção e declarando ilegais, ex tunc, os atos de intervenção”. 
9. CONTROLE JURISDICIONAL
De acordo com Marcelo Alexandrino, 
“Não existe, propriamente, controle jurisdicional sobre o ato de intervenção, tampouco sobre esta, vista tratar-se de ato de natureza eminentemente política, insuscetível de apreciação pelo Poder Judiciário.
Entretanto, poderá haver fiscalização do Poder Judiciário nas hipóteses de manifesta violação às normas constitucionais que regulam o procedimento (arts. 34 a 36), e também quando a suspensão da intervenção tenha sido determinada pelo Congresso Nacional mas ela permaneça sendo executada, pois, nesse caso, conforme visto acima, o ato perde sua legitimidade e se torna inconstitucional”. 
10. INTERVENÇÃO NOS MUNICÍPIOS E A INTERVENÇÃO EM MUNICÍPIO LOCALIZADO EM TERRITÓRIO FEDERAL 
10.1. Competência para proceder à intervenção dos municípios.
10.2. HIPÓTESES (art. 35 da CRFB/88) 
10.3. Aplicação do art. 35, IV, § 3°: depende de provimento pelo Tribunal de Justiça de representação interventiva do Procurador-Geral de Justiça, dispensando a apreciação pela assembleia legislativa.
 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
1.BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2005.
2.LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 18. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
3. FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 3 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
4..MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2010.
5. NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2010.
6. PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 6ª. Ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO.
7. PINHO, Rodrigo César Rebello. Da organização do Estado, dos Poderes, e histórico das Constituições. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2011. – (Coleção sinopses jurídicas; v. 18).
8. SILVA E NETO, Manoel Jorge. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
9. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2009.
10. VARGAS, Denise. Manual de Direito Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
DOCENTE: Msc. PROFESSORA ELIANE COSTA DOS SANTOS
SEMESTRE: 4° SEMESTRE	
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTÁCIO/FIB
DIVISÃO ORGÂNICA DO PODER – “tripartição de poderes”
1. INTRODUÇÃO
1.1.Aristóteles: identificação das funções do Estado
De acordo com Pedro Lenza, “Aristóteles contribuiu no sentido de identificar o exercício de três funções estatais distintas, apesar de exercida por um único órgão”.
1.2. Montesquieu: correspondência entre divisão funcional e uma divisão orgânica
1.3. Abrandamento da teoria de Montesquieu – “funções típicas e atípicas”
	ÓRGÃO
	FUNÇÃO TÍPICA
	FUNÇÃO ATÍPICALEGISLATIVO
	Legislar.
Fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do Executivo
	Natureza executiva.
Natureza jurisdicional.
	
EXECUTIVA
	Exercício de atos de chefia de Estado, chefia de governo e atos de administração.
	Natureza legislativa.
Natureza jurisdicional.
	
JUDICIÁRIO
	
Função jurisdicional
	Natureza legislativa.
Natureza executiva.
1.4. Impropriedade expressão “tripartição de poderes”
Segundo Pedro Lenza, 
“[...]o poder é uno e indivisível. O poder não se triparte. O poder é um só, manifestando-se através de órgãos que exercem funções. Assim, temos:
a)poder: uno e indivisível, um atributo do Estado que emana do povo;
b)função: “a função constitui, pois, um modo particular e caracterizado de o Estado manifestar a sua vontade”;
c)órgão: “os órgãos são, em consequência, os instrumentos de que se vale o Estado para exercitar suas funções, descritas na Constituição, cuja eficácia é assegurada pelo Poder que a embasa”.
1.5. A independência dos poderes e a indelegabilidade de atribuições
1.6. Sistema de freios e contrapesos (denominado pelos norte-americanos de “checks and balances”). “Ex vi”, CF/88, arts. 64, §1º, § 4º, 52, I, II e parágrafo único, 84, V, XVI, 86, 97, 102, I, 125, §2º .
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
1.BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2005.
2.LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 18. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
3. FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 3 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
4..MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2010.
5. NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2010.
6. PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 6ª. Ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO.
7. PINHO, Rodrigo César Rebello. Da organização do Estado, dos Poderes, e histórico das Constituições. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2011. – (Coleção sinopses jurídicas; v. 18).
8. SILVA E NETO, Manoel Jorge. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
9. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2009.
10. VARGAS, Denise. Manual de Direito Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
DOCENTE: Msc. PROFESSORA ELIANE COSTA DOS SANTOS
SEMESTRE: 4° SEMESTRE	
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTÁCIO/FIB
DO PODER LEGISLATIVO
1. ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO FEDERAL (art. 44 da CRFB/88)
2.. ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO ESTADUAL 
2.1. Unicameralismo 
2.2. Número de deputados estaduais (CF, art. 27, “caput”)
2.2.1. Quadro explicativo de Pedro Lenza
	Número de deputados federais (X)
	Número de deputados estaduais (Y)
	Fórmula
	8
	24
	o triplo
	9
	27
	o triplo
	10
	30
	o triplo
	11
	33
	o triplo
	12
	36
	o triplo
	13
	37
	y=(x-12) ou +36 0u y=x+24
	14
	38
	y=(x-12) ou +36 0u y=x+24
	(...)
	
	y=(x-12) ou +36 0u y=x+24
	68
	92
	y=(x-12) ou +36 0u y=x+24
	69
	93
	y=(x-12) ou +36 0u y=x+24
	70
	94
	y=(x-12) ou +36 0u y=x+24
Observação: Segundo Rodrigo César, que a Lei Complementar n.78/93 estabelece
 “o número máximo de quinhentos e treze representantes, devendo o IBGE, no ano anterior às eleições, fornecer a atualização estatística demográfica das unidades da Federação, para que o Tribunal Superior Eleitoral possa fixar o número de cargos postos em disputa em cada Estado e Distrito Federal”. 
2.3.Mandato: 4 anos 
2.4. Outras regras: (CF. art. 27, § 1°).
2.5. Subsídios (CF, art. 27, §2°).
De acordo com Pedro Lenza, 
“[...] em relação à Câmara dos Deputados, o Senado Federal, também a partir da EC n. 19/98, passou a ter competência apenas para a iniciativa de projeto de lei para fixação da remuneração dos cargos, empregos e funções de seus serviços.
Devemos alertar, conforme já visto em relação à Câmara, que a competência para fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõe os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, §2º, I, nos termos do art. 49, VII, é do Congresso Nacional, por Decreto Legislativo (cf. item 9.6)”.
Observação: para consulta http://www2.camara.leg.br/transparencia.
 http://www.senado.gov.br//transparencia.
3.ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL
3.1. Unicameralismo
3.2. Número de vereadores: CF, art. 29, IV.
3.3. Mandato: 4 anos
3.4. Inviolabilidade ou imunidade material (CF, art. 29, VIII).
3.5.Remuneração (CF, art. 29, V, VI, 29-A)
4. ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVA DISTRITAL
4.1. Unicameralismo: (CF, art. 32, “caput”).
4.2. Utilização das características dos Estados: (art. 32, § 3°)
5. ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO DOS TERRITÓRIOS FEDERAIS
5.1. Regra geral: art. 33, § 3°.
6. ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL(CF/88, arts. 48, 49)
6.1. SISTEMA BICAMERAL
6.2. CÂMARA DOS DEPUTADOS
a) composição: composta por representantes do povo. 
a.1.Poder Legislativo (âmbito estadual): unicameral
b) eleição: princípio proporcional (CF, art. 45, §1°)
c) número de deputados federais: (CF, art. 45, §2°)
d) mandato: (CF, art. 44, parágrafo único)
e) renovação dos deputados: de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, período este que corresponde à legislatura (art. 44, parágrafo único).
g) sistema eleitoral: Sistema proporcional (CF/88, arts. 27, §1º, 29, IV, 45).
6.2.1.REQUISITOS PARA A CANDIDATURA DOS DEPUTADOS FEDERAIS: 
a) brasileiro nato ou naturalizado (art. 14, §3º, I);
b) 21 anos (art. 14, § 3º, VI, “c”);
c) pleno exercício dos direitos políticos (art. 14, § 3º, II);
d) alistamento eleitoral (art. 14, § 3º, III);
e) domicílio eleitoral na circunscrição (art. 14, § 3º, IV);
f) filiação partidária (art. 14, § 3º, V).
6.2.2. COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (CF, art. 51)
a) Espécie normativa: resolução.
7. SENADO FEDERAL 
a) composição: representantes dos Estados e do Distrito Federal (total: 81 senadores).
b) eleição: princípio majoritário, ou seja, a eleição para o Senado depende do maior número de votos. 
c) número de senadores: os Estados e o Distrito Federal podem eleger 3 senadores (fixos), com dois suplentes.
d) mandato: 8 (oito) anos, correspondendo a duas legislaturas.
e) renovação dos senadores: de acordo com Constituição Federal, haverá renovação de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, na proporção 1/3 e 2/3).
g)sistema eleitoral: sistema majoritária simples (CF/88, arts. 46 e 26, II)
7.1.REQUISITOS PARA A CANDIDATURA DO SENADO:
a) brasileiro nato ou naturalizado (art. 14, § 3º, I);
b) 35 anos (art. 14, § 3º, III);
c) pleno exercício dos direitos políticos (art. 14, § 3º, II);
d) domicílio eleitoral na circunscrição (art. 14, § 3º, IV);
e) filiação partidária (art. 14, § 3º, V);
f) alistamento eleitoral (art. 14, § 3º, III).
7.2. COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DO SENADO FEDERAL (CF, art. 52)
a) Espécie normativa: resolução.
7.3. QUADRO COMPARATIVO SOBRE A ESTRUTURA DO CONGRESO NACIONAL (analise de Pedro Lenza)
	SENADO FEDERAL
	CÃMARA DOS DEPUTADOS
	COMPOSIÇÃO
	Representantes dos Estados e do Distrito Federal
	Representantes do povo
	Sistema de eleição
	Princípio majoritário
	Princípio proporcional à população de cada Estado e do DF, sendo que os TFs elegerão 4 (art. 45, §2°)
	Número
de parlamentares
	3 Senadores por Estado e pelo DF, cada qual com 2 suplentes. Atualmente, 81 Senadores (26 Estados x 3 = 78 + 3 do DF)
	A LC n. 78/93 fixou em 513 Deputados Federais. Nenhum Estado e o DF terá menos de 8, nem mais de 70 Deputados. Os Territórios, se criados, elegerão 4 Deputados.
	Mandato
	8 anos = 2 legislaturas
	4 anos = 1 legislatura
	Renovação
	A cada 4 anos, por 1/3 e 2/3, sendo que cada Senador cumpre o mandato de 8 anos.
	A cada 4 anos, sendoque cada Deputado cumpre o mandato de 4 anos.
	Idade mínima (condição de elegibilidade)
	35 anos
	21 anos
8.SISTEMAS ELEITORAIS
Segundo Rodrigo César, sistema eleitoral entende-se o conjunto de técnicas utilizadas na realização de eleições, destinadas a organizar a representação da vontade popular [...]”.
8.1. Classificação
a)Sistema majoritário. O candidato é eleito se obtiver o maior número de votos. 
	
Sistema majoritário simples
	De acordo com Rodrigo César, “a eleição realiza-se em um único turno, bastando a maioria relativa para a escolha do representante popular. No Brasil, é adotada para a eleição de Senadores e Prefeitos e Vice-Prefeitos nos Municípios com duzentos mil eleitores ou menos (CF, arts. 46 e 29, II)”. 
	
Sistema majoritário por maioria absoluta
	Segundo Rodrigo César, “é eleito o candidato que obtiver os votos de mais da metade do eleitorado. São computados os votos válidos. Votos válidos são considerados os dados para os candidatos, excluindo-se os votos nulos e brancos (CF, art. 77, §2°). Caso nenhum candidato obtenha esta maioria em uma primeira votação, realiza-se um segundo turno somente com os dois candidatos mais votados”. São exemplos, no Brasil, a eleição do Presidente e Vice-Presidente da República, dos Governadores e Vice-Governadores dos Estados e dos Prefeitos e Vice-Prefeitos nos Municípios com mais de duzentos mil eleitores (arts. 77 e seus parágrafos, 28 e 29, II da CRFB/88).
b)Sistema proporcional. O candidato é eleito de acordo com os votos obtido pelo partido ou coligação partidária. No Brasil, este sistema é utilizado para as eleições de Deputados Federais (art. 45 da CRFB/88), Deputados Estaduais (art. 27. §1º da CRFB/88) e Vereadores (art. 29, IV da CRFB/88).
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
1.BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2005.
2.LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 18. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
3. FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 3 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
4..MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2010.
5. NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2010.
6. PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 6ª. Ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO.
7. PINHO, Rodrigo César Rebello. Da organização do Estado, dos Poderes, e histórico das Constituições. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2011. – (Coleção sinopses jurídicas; v. 18).
8. SILVA E NETO, Manoel Jorge. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
9. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2009.
10. VARGAS, Denise. Manual de Direito Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
DOCENTE: Msc. PROFESSORA ELIANE COSTA DOS SANTOS
SEMESTRE: 4° SEMESTRE	
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTÁCIO/FIB
FUNCIONAMENTO E ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO
1. LEGISLATURA
1.1.Conceito
De acordo com Rodrigo César, “é o período legislativo de quatro anos que corresponde ao mandato dos Deputados Federais”. 
1.2.Duração da legislatura (CF/88, art. 44, parágrafo único)
1.3. Composição da legislatura: É composto por quatro sessões legislativas.
1.4.Esquema explicativo
LEGISLATURA (quatro sessões legislativas ordinárias)
	(1° ano)
Sessão legislativa ordinária
	(2° ano)
Sessão legislativa ordinária
	(3° ano)
Sessão legislativa ordinária
	(4° ano)
Sessão legislativa ordinária
2. SESSÕES LEGISLATIVAS ORDINÁRIAS
2.1. Conceito
Segundo Rodrigo César, “são as realizadas no período normal de trabalho”. 
2.2. Esquema explicativo
DIVISÃO DAS SESSÕES LEGISLATIVAS (REUNIÕES)
	
Sessões legislativas ordinárias (art. 57, caput)
	
Sessões legislativas extraordinárias (art. 57, §6°)
	Sessões preparatórias e mesas diretoras (art. 57, §4º, § 5º, 58, §1º).
	Sessão conjunta 
 (art. 57, §3°)
3.. SESSÃO PREPARATÓRIA E MESAS DIRETORAS
3.1. Conceito
De acordo com Rodrigo César, “são as convocadas, a partir do 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas (CF, art. 57, §4°)”. 
3.2. Esquema explicativo
SESSÃO PREPARATÓRIA E MESAS DIRETORAS
	Período: 1° de fevereiro (primeiro ano da legislatura)
	Composição da mesa diretora do Congresso Nacional: CF, art. 57, § 5°
	Composição da mesa diretora da Câmara dos Deputados: CF, art. 58, § 1°
	Composição da mesa diretora do Senado Federal: CF, art. 58, § 1°
3.2. DAS SESSÕES LEGISLATIVAS ORDINÁRIAS
3.2.1. Conceito
De acordo com Bernardo Gonçalves, “também chamada de sessão legislativa ordinária é o período de 1 ano. É o lapso temporal anual (ano legislativo)”.
OBSERVAÇÃO: Sobre sessões legislativas ordinárias, “ex vi”, CF/88, art. 60, § 5º, 67, 55, III, 57, §2°, § 4°.
3.2.3. PERÍODOS LEGISLATIVOS 
De acordo com Bernardo Gonçalves, é o lapso temporal semestral. Portanto, teremos 2 períodos legislativos por sessão legislativa”.
3.2.3.1. Esquema explicativo
SESSÕES LEGISLATIVAS ORDINÁRIAS (dois períodos legislativos)
	1º período legislativo 
(2 de fevereiro a 17 de julho)
	2º período legislativo
(1º de agosto a 22 de dezembro)
3.2.4. SESSÃO ORDINÁRIA
De acordo com Bernardo Gonçalves,
 “é o lapso diário no Poder Legislativo. Ou seja, é o dia legislativo. Segundo o regimento interno das Casas, as sessões ordinárias realizar-se-ão de segunda a sexta-feira. 
Na Câmara dos Deputados, as sessões ordinárias funcionarão de 2ª. a 5ª. das 14 às 19 e, ás sextas-feiras de 9 às 14 h”. 
3.2.4. SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
De acordo com Bernardo Gonçalves, “é aquela que ocorre dentro de um período legislativo, em dia ou hora, diferenciados das sessões ordinárias. Nesses termos, a mesma se desenvolve dentro do período legislativo, ou seja, dentro do trabalho regular (normal) das Casas”. 
3.3. DO RECESSO PARLAMENTAR 
3.3.1. Conceito
É o espaço de tempo entre os períodos legislativos, ou seja, quando o Congresso Nacional deixa de funcionar, salvo se houver convocação extraordinária”. 
RECESSO PARLAMENTAR
	PERÍODO
	REPRESENTAÇÃO DO Congresso Nacional
	HIPÓTESES
	1º recesso (18 a 31 de julho) 
	* Comissão representativa do Congresso Nacional (CF/88, art. 58, § 4º)
	CF, art. 57, §4°
	2º recesso (23 de dezembro a 1 º de fevereiro)
	* Comissão representativa do Congresso Nacional (CF/88, art. 58, § 4º)
	CF, art. 57,§ 4°
OBSERVAÇÃO: A Emenda n. 50/06 estabeleceu a diminuição do período de recesso de 90 para 55 dias.
3.4. DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA 
HIPÓTESES DE CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA ( CRFB/88, 57, § 6°,7° e §8°)
	Presidente do Senado Federal: autorização para a decretação de estado de sítio, decretação estado de defesa, decretação de intervenção federal, compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente.
	Presidente da República: em caso de urgência ou de interesse público relevante e sempre com a aprovação da maioria absoluta.
	Presidente do Senado Federal: em caso de urgência ou de interesse público relevante e sempre com a aprovação da maioria absoluta.
	Presidente da Câmara dos Deputados: em caso de urgência ou de interesse público relevante e sempre com a aprovação da maioria absoluta.
	Requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas: em caso de urgência ou de interesse público relevante e sempre com a aprovação da maioria absoluta.
OBSERVAÇÃO: 
De acordo com Pedro Lenza, 
“[...] Importante observar que, na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese o § 8º do art. 57 e vedado, o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação extraordinária (cf. art. 57, § 7º). 
[...] Masatenção: nos termos do art. 3º do Decreto Legislativo n. 7/95, continua devida ao parlamentar, no início e no final previstos para a sessão legislativa ordinária, ajuda de custo equivalente ao valor da remuneração, ficando vedado o seu pagamento, contudo, na sessão legislativa ordinária”. 
3.5. REUNIÃO OU SESSÃO CONJUNTA (CF/88, art. 57, §3º)
	Inaugurar sessão legislativa
	Elaborar o regimento interno do Congresso Nacional e dispor sobre seus serviços
	Receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República
	Conhecer do veto e sobre ele deliberar, em escrutíneo secreto (art. 66, § 4º)
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
1.BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2005.
2.LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 18. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
3. FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 3 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
4..MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2010.
5. NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2010.
6. PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 6ª. Ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO.
7. PINHO, Rodrigo César Rebello. Da organização do Estado, dos Poderes, e histórico das Constituições. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2011. – (Coleção sinopses jurídicas; v. 18).
8. SILVA E NETO, Manoel Jorge. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
9. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2009.
10. VARGAS, Denise. Manual de Direito Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
DOCENTE: Msc. PROFESSORA ELIANE COSTA DOS SANTOS
SEMESTRE: 4° SEMESTRE	
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTÁCIO/FIB
ESTRUTURA DAS CASAS LEGISLATIVAS
1.MESAS DAS CASAS 
1.1. Conceito
Segundo Bernardo Gonçalves, “as mesas são órgãos máximos das Casas, tanto administrativamente quanto na condução dos trabalhos legislativos. É órgão, eminentemente, estratégico. Nesse sentido, é mister salientar que teremos 3 Mesas no Congresso Nacional: Mesa da Câmara, Mesa do Senado e Mesa do Congresso Nacional”. 
1.2.Quadro explicativo 
	
 MESA DO CONGRESSO NACIONAL
	COMPOSIÇÃO: 1 presidente, 2 vice-presidentes e 4 secretários.
De acordo com o art. 57 §5° da CR/88, o Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. “Portanto, assim sendo, o 1° vice-presidente da Mesa do CN será o 1° vice-presidente da Mesa da Câmara. O 2° vice-presidente será o 2° vice-presidente do Senado. Já o 1° secretário da Mesa da CN será o 1° secretário da Mesa da Câmara. O 2° secretário da Mesa do CN será o 2° secretário da Mesa do Senado. O 3° secretário da Mesa do CN será o que já é o 3° secretário da Mesa da Câmara e o 4° secretário da Mesa do CN é aquele que já é o 4° secretário da Mesa do Senado”. 
MANDATO: É de 2 anos (art. 57 §4° da CRFB/88), sendo vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.
	
MESA DO SENADO FEDERAL 
	Composição: 1 presidente, 2 vice-presidentes e 4 secretários.
MANDATO: É de 2 anos (art. 57 §4° da CRFB/88), sendo vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.
	
MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
 
	Composição: 1 presidente, 2 vice-presidentes e 4 secretários. 
MANDATO: É de 2 anos (art. 57 §4° da CRFB/88), sendo vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.
2.DAS COMISSÕES PARLAMENTARES
2.1. TABELA EXPLICATIVA APRESENTADA POR PEDRO LENZA
	COMISSÕES
	COMISSÃO TEMÁTICA OU EM RAZÃO DA MATÉRIA – art. 58, § 2°
	COMISSÃO ESPECIAL OU TEMPORÁRIA – RI
	CPI – art. 58, §3°
	COMISSÃO MISTA
	COMISSÃO REPRESENTATIVA (DURANTE O RECESSO) –art.. 58, §4°
2.2. COMISSÃO TEMÁTICA OU EM RAZÃO DA MATÉRIA (ver Regimento Interno da Câmara dos Deputados e o Regimento Interno do Senado Federal)
2.2.1. Competência: CF, art. 58, §2°.
5.3.COMISSÃO ESPECIAL OU TEMPORÁRIA
De acordo com Pedro Lenza, as comissões temporárias “são criadas para apreciar uma matéria específica, extinguindo-se com o término da legislatura ou cumprida a finalidade para a qual foram criadas”. 
2.4. COMISSÃO MISTA
A comissão mista é formada por senadores e deputados “para apreciar, dentre outros e em especial, os assuntos que devam ser examinados em sessão conjunta pelo Congresso Nacional”. 
Exemplos: CRFB/88, arts. 166. §1°, que estabelece a comissão mista permanente e a hipótese do art. 58, §3°, que possibilita a CPI mista.
2.5.COMISSÃO PARLAMENTARES DE INQUÉRITO (CPI)
2.5.1. Criação: quorum exigido é de 1/3 dos 513 Deputados, ou seja 171 Deputados e 1/3 dos 81 Senadores, ou seja, 27 Senadores.
2.5.2. Composição: conjunto (Câmara de Deputados e Senado Federal) ou separadamente.
2.5.3. Objeto: fato determinado
2.5.4. Prazo: certo
Observação: 
De acordo com o art. 152 do Regimento Interno do Senado Federal, 
“o prazo da comissão parlamentar de inquérito poderá ser prorrogado, automaticamente, a requerimento de um terço dos membros do Senado, comunicado por escrito à Mesa, lido em plenário e publicado no Diário do Congresso Nacional, observado o disposto no art. 76, §4°”. 
De acordo com Alexandre de Moraes, é possível a prorrogação sucessiva, desde que não ultrapasse a legislatura.
2.5.5. Poderes de investigação: a) ouvir testemunhar; b) ouvir investigados ou indiciados; c) ordem de prisão em flagrante, como no caso de falso testemunho; d) por decisão fundamentada e motivada pode quebrar o sigilo fiscal, bancário e de dados. 
2.5.6. Os limites dos poderes da CPI e o respeito do postulado da reserva constitucional de jurisdição.
a) Atos propriamente jurisdicionais:
- diligência de busca domiciliar (CF, art. 5°, XI);
- quebra do sigilo das comunicações telefônicas (CF, art. 5°, XII);
- ordem de prisão, salvo no caso de flagrante delito, como, por exemplo, por crime de falso testemunho;
- medidas assecuratórias, por exemplo, decretação de indisponibilidade de bens.
2.5.7. A CPI pode realizar diligência de busca domiciliar e realizar o sigilo das comunicações telefônicas?
2.5.8. As testemunhas podem exercer o direito ao silêncio?
2.5.9. Direito público subjetivo das minorias e a posição do STF.
De acordo com Rodrigo César, 
“o Supremo Tribunal Federal já concedeu mandados de segurança impetrados para evitar que a maioria obstruísse a instalação de CPI, seja pela não indicação de integrantes pelo Presidente da Casa, seja pela trasnferência da deliberação da instalação ou não para o plenário (Informativo STF, n. 393, 435 e 464)”.
2.5.10. Atuação do advogado
Segundo Rodrigo César, 
“o Supremo Tribunal Federal assegura a indiciados e testemunhas o direito de assistência efetiva e permanente por advogados, garantindo não só a possibilidade de pessoas convocadas para prestarem depoimentos em CPIs se apresentarem com seus advogados, com também se de comunicarem com os defensores durante os depoimentos (Informativo STF, n. 498)”. 
2.5.11. Deliberação da CPI: nos termos do art. 93, IX, CF, deverá ser motivada, sob pena de padecer de vício de ineficácia.
2.5.12. Conclusões: de acordo com Pedro Lenza, “ a CPIs não podem nunca impor penalidades ou condenações. As suas conclusões serão encaminhadas ao Ministério Público, e este órgão será o responsável para, existindo elementos, promover a responsabilização civil ou criminal dos infratores”. 
2.4.13. CPIs estaduais e municipais e a posição do STF
De acordo com Rodrigo César, “os Poderes Legislativo de todas as entidades federativas estão autorizados a instituir Comissões Parlamentares de Inquérito em suas Comissões Estaduaise Leis Orgânicas”. 
2.6.COMISSÃO MISTA (CF, art. 166, § 6°) 
2.7. COMISSÃO REPRESENTATIVA (CRFB/88, art. 54, §4°, art. 57, “caput”)
De acordo com Pedro Lenza, 
“ A redação do art. 58, § 4°, aparece um pouco truncada, devendo ser interpretada da seguinte forma: a sessão legislativa é uma só e vai, conforme visto na redação conferida pela EC n. 50/2006, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1° de agosto a 22 de dezembro. Cada sessão legislativa (anual) tem dois períodos legislativos, ou seja, um no primeiro semestre, quando será eleita a comissão representativa para o primeiro recesso do ano, que acontece de 18 a 31 de julho, e outro no segundo período da sessão legislativa (segundo semestre), momento em que se elegerá nova comissão representativa para o segundo recesso, que irá de 23 de dezembro a 1° de fevereiro do ano seguinte”. 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
1.BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2005.
2.LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 18. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
3. FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 3 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
4..MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2010.
5. NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2010.
6. PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 6ª. Ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO.
7. PINHO, Rodrigo César Rebello. Da organização do Estado, dos Poderes, e histórico das Constituições. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2011. – (Coleção sinopses jurídicas; v. 18).
8. SILVA E NETO, Manoel Jorge. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
9. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2009.
10. VARGAS, Denise. Manual de Direito Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
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ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS (arts. 53 a 56 da CRFB/88)
1. IMUNIDADES PARLAMENTARES
1.1. Conceito
De acordo com Pedro Lenza, “são prerrogativas inerentes à função parlamentar, garantidoras do exercício do mandato parlamentar, com plena liberdade”.
1.2. Tabela explicativa (com base em Pedro Lenza)
	Material, real ou substantiva (art. 53, caput) - inviolabidade
	
IMUNIDADES
	Processual, formal ou adjetiva – art. 53, §§2°, 5°
	Processo
	Prisão
1.3. IMUNIDADE PARLAMENTAR FEDERAL E A DEMOCRACIA 
a)Imunidade material ou inviolabilidade parlamentar (art. 53, caput, da CRFB/88)
a.1. Posição do Supremo Tribunal Federal
“... a inviolabilidade alcança toda manifestação do congressista onde se possa identificar um laço de implicação recíproca entre o ato praticado, ainda que fora do estrito exercício do mandato, e qualidade de mandatário político do agente” (RE 210.917, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 12.08.1998, DJ de 18.06.2001; AI 493.632-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, j. 13.11.2007, DJE de 14.03,2008)”.
a.2. A imunidade material traz a seguinte consequência jurídica, segundo Pedro Lenza: 
 “...impede que o parlamentar seja condenado na medida em que há ampla descaracterização do tipo penal, irresponsabilizando-o penal, civil, política e administrativamente (disciplinarmente). Trata-se de irresponsabilidade geral, desde que, é claro, tenha ocorrido o fato em razão do exercício do mandato e da função parlamentar”. 
a.2.1. Observações de Bernardo Gonçalves a respeito das características da imunidade material
“(1)A uma, para que haja a imunidade material as opiniões ou palavras devem guardar relação com o mandato. Devem ser proferidas em função do mandato. Nesse sentido, deve haver nexo de causalidade entre o exercício do mandato e o proferimento das opiniões ou palavras”.
(2)A duas, que a imunidade material independe do logradouro ou do recinto em que seja proferida as opiniões ou palavras. Portanto, mesmo se as opiniões forem proferidas fora do recinto parlamentar, estarão os parlamentares acobertados por ela [...] não se aplicando de forma plena aos vereadores, que apesar de também terem a imunidade material, estão restringidos pela circunscrição do município”.
(3) A três, a imunidade material tem uma eficácia temporal absoluta. Isso significa que, mesmo após o fim do mandato, os deputados e senadores vão conservar a imunidade material que tiveram no iter do mandato”.
b)Imunidade formal ou processual para a prisão (art. 53, §2° da CRFB/88)
	
REGRA GERAL
	
ÚNICA EXCEÇÃO À REGRA GERAL
	Os parlamentares federais não poderão ser presos, seja prisão penal (prisão temporária, flagrante delito de crime afiançável, por pronúncia, preventiva...) ou prisão civil (nos termos do art. 5°, LXVII)
	Possibilidade de haver a prisão, desde a expedição do diploma, no caso de flagrante de crime inafiancável.
c)IMUNIDADE FORMAL OU PROCESSUALPARA O PROCESSO (art. 53, da CRFB/88)
c.1. Modificações advindas da Emenda n/ 35/01 (quadro explicativo de Bernardo Gonçalves.
	
DE 88 A 2001. ANTES DA EC n° 35/2001
	
APÓS 2001. EC n° 35/2001
	“O STF não podia receber a denúncia ou a queixa-crime sem ter a autorização da respectiva Casa para iniciar a ação penal”.
	“A partir de dezembro/2001, o STF não mais precisa pedir autorização para a Casa para iniciar ação penal. O STF agora pode receber a denúncia ou queixa-crime iniciar a ação penal”. 
c.2. Procedimento
	
PROCEDIMENTO
	1.Oferecimento da denúncia.
	2.Recebimento da denúncia pelo STF, sem prévia licença da Casa parlamentar.
	3.Ciência do STF perante à Casa respectiva.
	4.Pedido de sustação do andamento da ação até decisão final: iniciativa de partido político, com representação na Casa, e pelo voto da maioria absoluta (quorum qualificado) de seus membros.
	5.Período do pedido de sustação: até decisão final da decisão penal movida contra o parlamentar (art 53, §3°) ou no prazo improrrogável de 45 dias contados do seu recebimento pela Mesa Diretora (art. 53, §4°).
c.2. Interpretação de Pedro Lenza do art. 53, §3° e §4°).
“[...] As duas disposições devem ser harmonizadas, ou seja, a Casa respectiva tem até o final da ação penal para decidir, pelo quorum da maioria absoluta de seus membros, se suspende ou não a aludida ação penal. O pedido de sustação pelo partido político, na respectiva Casa representado, poderá implementar-se logo após a ciência dada pelo STF ou em período subsequente, não havendo prazo certo para tanto, já que, como visto, a Casa terá até o trânsito em julgado da sentença final proferida na ação penal para sustá-la. Apesar de não haver prazo certo, contudo, o período durante o qual a ação tramita (até o seu trânsito em julgado) deverá ser respeitado. O único prazo fixado é o de 45 dias contado do recebimento, pela Mesa Diretora, do pedido de sustação efetuado pelo partido político. Esse prazo, sim, de 45 dias, é improrrogável”. 
c.3. Imunidade processual em relação a crimes praticados antes da diplomação
Segundo Pedro Lenza, “[...] pela nova sistemática não haverá necessidade de o STF dar ciência à respectiva Casa de ação penal de crime praticado antes da diplomação”.
c.4. Posição do STF na hipótese de crime praticado após a diplomação, em concurso de agentes por parlamentar e outro indivíduo que não goze da referida imunidade. 
De acordo com Pedro Lenza, “ o STF, por motivo de conveniência decidiu pelo desmembramento do processo (art. 80 do CPP), em razão da diferença do regime de prestação, visto estar suspenso somente o prazo prescricional em relação ao parlamentar (CF. STF, Inf. 1.107/MA, Rel. Min. OCTAVIO Gallotti)”. 
d)OUTRAS GARANTIAS
d.1. Sigilo de fonte: art. 53, §6° da CRFB/88.
d.2. Incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores: art. 53, §7° daCRFB/88.
d.3. Imunidades durante a vigência de estado de sítio e de estado de defesa: art. 53, §8°.
2. As imunidades parlamentares podem ser renunciadas???
3. As imunidades parlamentares estendem-se aos suplentes???
e)PARLAMENTARES ESTADUAIS (art. 27, §1° da CRFB/88) e parlamentares municipais (art. 29, VIII da CRFB/88).
f)INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTOS DOS PARLAMENTARES FEDERAIS (art. 54, I e II da CRFB/88)
	
DESDE A EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA
	Negociais - firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes.
Funcionais - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior.
	
DESDE A POSSE 
	- Ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.
Negociais - ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, “a”.
Políticos - ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
PERDA DO MANDATO DO DEPUTADO OU SENADOR
	
PERDA DO MANDATO DO DEPUTADO OU SENADO
	
CASSAÇÃO
	Art. 55, I, II, VI (aplicação § 2°. – voto secreto e maioria absoluta – ato constitutivo)
	
EXTINÇÃO DO MANDATO
	Art. 55, III, IV, V (aplicação do §3º - ato meramente declaratório.
	
INFIDELIDADE PARTIDÁRIA
	Na linha do STF (Informativo n. 482), por maioria de votos, concedeu aos partidos políticos e as agremiações partidárias a possibilidade de preservar a vaga obtida pelo sistema proporcional. Sendo assim, de acordo com Rodrigo César, “ o para o partido político recuperar a vaga, é necessário um procedimento próprio perante a Justiça Eleitoral, em que será assegurado ao parlamentar ampla defesa e o devido processo legal, de forma a demonstrar a existência de causa justificadora da desfiliação partidária, com a repentina mudança de orientação programática ou perseguição política”. 
OBSERVAÇÃO:
Segundo Pedro Lenza, 
“Cassação do mandato, ensina-se José Afonso da Silva, “é a decretação da perda do mandato por ter seu titular incorrido em falta funcional definida em lei e punida com esta sanção”. Extinção do mandato, por seu turno, define-se como “o perecimento do mandato pela ocorrência de fato ou ato que ato que torna automaticamente inexistente a investidura eletiva, tal como a morte, a renúncia, o não comparecimento à certo número de sessões expressamente fixado (desinteresse, que a Constituição eleva à condição de renúncia), perda ou suspensão dos direitos políticos [...]”. 
h) É possível a renúncia do cargo do parlamentar submetido a processo que vise ou possa levá-lo á perda do mandato? (art. 55, §4° da CRFB/88)
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
1.BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2005.
2. FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 3 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
3.LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 18. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
4..MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2010.
5. NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2010.
6. PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 6ª. Ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO.
7. PINHO, Rodrigo César Rebello. Da organização do Estado, dos Poderes, e histórico das Constituições. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2011. – (Coleção sinopses jurídicas; v. 18).
8. SILVA E NETO, Manoel Jorge. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
9. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 2009.
10. VARGAS, Denise. Manual de Direito Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
DOCENTE: Msc. PROFESSORA ELIANE COSTA DOS SANTOS
SEMESTRE: 4° SEMESTRE	
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTÁCIO/FIB
PROCESSO LEGISLATIVO
1.PROCESSO LEGISLATIVO (art. 59 da CRFB/88)
De acordo com Pedro Lenza, “consiste nas regras procedimentais, constitucionalmente previstas, para a elaboração das espécies normativas, regras estas a serem criteriosamente observadas pelos “atores” envolvidos no processo”.
2.TIPOS DE PROCESSO LEGISLATIVO
2.1. Quanto às formas de organização política:
	
AUTOCRÁTICO
	Segundo Bernardo Gonçalves, “é aquele no qual o povo não participa da elaboração das leis, na medida em que as mesmas são produzidas autocraticamente, sem legitimidade popular. Seja um soberano, por um líder ou mesmo por um grupo”.
	
DIRETO
	Segundo Bernardo Gonçalves, “é aquele no qual o povo participa diretamente na produção das leis, não havendo representantes para tal produção”.
	
INDIRETO OU REPRESENTATIVO
	É o processo legislativo elaborado por representantes eleitos pela vontade popular
	
SEMIDIRETO
	É o processo legislativo elaborado por representantes eleitos pela vontade popular e posteriormente submetidos ao referendo popular.
2.2. Quanto ao rito e aos prazos: 
	
PROCESSO LEGISLATIVO ORDINARIO
	Segundo Marcelo Alexandrino, “destina-se à elaboração das leis ordinárias, caracterizando-se pela inexistência de prazos rígidos para conclusão das diversas fases que o compõem”.
	
PROCESSO LEGISLATIVO SUMÁRIO
	Segundo Marcelo Alexandrino, “segue as mesmas fases do processo ordinário, com a única diferença de que existem prazos para que o Congresso Nacional delibere sobre o assunto”.
	
PROCESSOS LEGISLATIVOS ESPECIAIS
	De acordo com Marcelo Alexandrino, “os processos legislativos especiais seguem rito diferente do estabelecido para a elaboração das leis ordinárias, como é o caso, a Carta de 1988, dos processos legislativos de elaboração das emendas à Constituição, das leis delegadas, das medidas provisórias etc”.
3. ESPÉCIES NORMATIVAS PRIMÁRIAS
As espécies normativas primárias estão previstas no art. 59, da CRFB/88. 
Segundo Bernardo Gonçalves, 
“Portanto, essas espécies são denominadas como “constitutivas de direito novo”, ou seja, normas que trazem algo novo ao ordenamento jurídico, daí serem chamadas de espécies normativas primárias, diferenciando-se das espécies normativas secundárias (como os decretos regulamentares editados pelo Poder Executivo), que não são elaboradas em nosso processo legislativo”.
4. NO QUE DIZ RESPEITO AO ASPECTO TÉCNICO JURÍDICO
Nas palavras de Bernardo Gonçalves, o processo legislativo no que diz respeito ao aspecto técnico jurídico se classifica da seguinte forma:
“a)processo legislativo ordinário: visa a produção das leis ordinárias.
b) processo legislativo sumário: é o processo legislativo padrão (comum) dotado de maior celeridade. É também “chamado de urgência constitucional”.
c)processos legislativos especiais: são aqueles que visam a produção das emendas constitucionais, das leis complementares, das leis delegadas, das medidas provisórias, dos decretos legislativos e das resoluções”.
5. FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO (segundo Bernardo Gonçalves)
a)Fase introdutória (de iniciativa)
“É a fase de deflagração do processo legislativo. É o motor propulsor do processo legislativo, que faz com que ele tenha inicio [...]. É a faculdade atribuída a uma pessoa ou ente para deflagrar o processo legislativo”.
b) Fase constitutiva
	
“É a fase de tramitação do processo legislativo, na qual ocorrerão as discussões e deliberações das proposições normativas. A corrente majoritária vai entender que é na fase constitutiva que nascem as espécies normativas em nosso ordenamento jurídico...”.
c) Fase complementar (integração de eficácia)
“É a fase na qual temos um atestado de existência da espécie normativa (proposição normativa primária) e sua publicação para todo território nacional.Por isso, a doutrina a identifica, não raro, como fase de integração de eficácia, em razão da existência da espécie normativa em que surgiu no final da fase constitutiva”.
6. ESPÉCIES DE INICIATIVA
	INICIATIVA
	GERAL: Segundo Marcelo Alexandrino, “deve ser entendida como, portanto, como indicativa de que os legitimados com ela contemplados poderão dar início ao processo legislativo sobre quaisquer matérias, ressalvadas as hipóteses de inciativa reservada”. 
	CONCORRENTE: Segundo Bernardo Gonçalves “é aquela em que a faculdade de deflagrar o processo é atribuída a mais de um ente em concorrência. Ou seja, todos podem concorrer para apresentação de uma produção. Exemplos: art. 61, caput, art. 60, I, II e III da CR/88”
	POPULAR (art. 61, §2º, c/c art. 14, III, era. 27, §4º, art. 24, §3º da CFRB/88 e Lei n. 9.709/98)
Analise do art. 61, §2° por Pedro Lenza:
“a) iniciativa?: popular.
b) de que forma?: apresentação de projeto de lei ordinária ou complementar à Câmara dos Deputados.
c) como deve ser apresentado o projeto de lei? O projeto de lei deve ser subscrito por ,no mínimo, 1% do eleitorado nacional.
d) como deve estar disposto esse “1% do eleitorado nacional”/: 1% do eleitorado nacional deve estar distribuído por, pelo menos, 5 Estados e, em cada Estado, não pode ter menos do que 3/10% dos eleitores daquele Estado”. 
Segundo Pedro Lenza, na Câmara e no Senado já existem Comissões Participativas, a saber:
Comissão de Legislação Participativa (art. 32, XII, do RICD);
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (art. 102-E do RISF).
	CONJUNTA: Segundo Bernardo Gonçalves, é aquela em que a faculdade é atribuída a mais de uma pessoa ou ente, porém em comunhão (grupo) [...].
	ART. 67 DA CRFB/88: Proposta pela maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional (art. 67 – princípio da irrepetibilidade).
	PARLAMENTAR (por exemplo: projetos de iniciativa de deputados federais/senadores/vereadores)
	EXTRAPARLAMENTAR (por exemplo: projetos de iniciativa de Chefe do Poder Executivo, aos Tribunais Superiores, ao Ministério Público e aos cidadãos (iniciativa popular de lei).
	PRIVATIVA (exclusiva ou reservada): Segundo Bernardo Gonçalves, “é aquela atribuída ao Presidente da República, ao STF, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e ao povo (art. 61, §2º)”. Exemplos: art. 165, I e II, art. 61, §1º, II, b, art. 96, II, art. 51, IV, art. 52, XIII da CRFB/88.
	VINCULADA: Segundo Bernardo Gonçalves, “é aquela em que a faculdade é atribuída a um legitimado que é obrigado a dar início ao processo legislativo, na forma e prazo estabelecido na Constituição. [...]”.
6.1. PRAZO PARA EXERCÍCIO DE INICIATIVA RESERVADA
Segundo Marcelo Alexandrino, 
“Não pode o Poder Legislativo fixar o prazo para que o detentor de iniciativa reservada apresente projeto de lei sobre a respectiva matéria, tampouco o Poder Judiciário compelir outro Poder ao exercício de iniciativa reservada.
[...] É que, segundo o STF, a outorga constitucional de iniciativa privativa traz, implicitamente, o poder de decidir sobre o momento oportuno de exercer tal prerrogativa, de dar início ao processo legislativo.
[....] É oportuno lembrar, no entanto, que o princípio da separação de Poderes não obsta a que venho o Poder Judiciário, em ação própria – mandado de injunção ou ação direta de inconstitucionalidade por omissão, - reconhecer a mora do detentor de iniciativa reservada, quanto à observância de preceito constitucional que lhe imponha o dever de legislar, para o fim de, sendo o caso, declarar a inconstitucionalidade de sua inércia.
Por fim, cabe ressaltar que essa vedação quanto à fixação de prazo não se aplica, evidentemente, às hipóteses em que o próprio texto da Constituição Federal – originário ou derivado – fixa o prazo para a apresentação de determinados projetos de lei – (ADCT – art. 35, §2º; art. 5º da EC nº 42/2003)”. 
6.2. VÍCIO DE INICIATIVA E SANÇÃO
Nas palavras de Marcelo Alexandrino, 
“É firme a jurisprudência do STF de que a sanção do projeto de lei não convalida o defeito de iniciativa.
Portanto, o defeito de iniciativa não é suprimido pelo posterior sanção do Chefe do Executivo. Significa dizer que, ainda que sancionado o projeto de lei resultante de iniciativa viciada, a respectiva lei padecerá de inconstitucionalidade formal, cujo reconhecimento poderá ser requisito, nas vias próprias, ao Poder Judiciário”. 
6.3. INICIATIVA PRIVATIVA E EMENDA PARLAMENTAR
Segundo Marcelo Alexandrino, 
“É firme o entendimento do STF de que, mesmo nas hipóteses de iniciativa reservada a outros Poderes da República, a apresentação de projeto de lei pelo seu detentor não impede que os congressistas a ele apresentem emendas. [...].
[...] Em sínteses, é possível a apresentação de emendas pelos congressistas aos projetos de lei resultantes de iniciativa reservada, desde que:
a)não implique aumento de despesa nos projetos de iniciativa do Presidente da República (ressalvadas as emendas aos projetos orçamentários - CF, art. 63, I, c/c art. 166, §§3º e 4º) e nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos tribunais federais e do Ministério Público;
b)tenham pertinência temática com a matéria tratada no projeto apresentado”. 
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II
DOCENTE: Msc. PROFESSORA ELIANE COSTA DOS SANTOS
SEMESTRE: 4° SEMESTRE	
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTÁCIO/FIB
DO PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO
1. DO PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO 
a)Fases do procedimento
a.1)1ª. FASE: INICIADORA (DEFLAGRADORA, INCIADORA, INSTAURADORA)
Na Câmara dos Deputados: 
	Projetos de iniciativa do Presidente da República.
	Projetos de iniciativa do Supremo Tribunal Federal.
	Projetos dos Tribunais Superiores
	Projetos de iniciativa concorrente dos Deputados ou de Comissões da Câmara.
	Projetos de iniciativa do Procurador-Geral da República.
	Projetos de iniciativa popular (art. 61, §2º).
No Senado Federal: Projetos de iniciativa dos Senadores ou de Comissões do Senado.
b)2ª. FASE: CONSTITUTIVA
De acordo com Pedro Lenza, a fase constitutiva é composta pela conjugação de vontades “tanto do Legislativo (deliberação parlamentar – discussão e votação) como do Executivo (deliberação executiva – sanção ou veto)”.
Segundo Marcelo Alexandrino, 
“A vigente Constituição aboliu do nosso ordenamento a figura do “decurso do prazo”, que permitia a aprovação de projetos pela simples expiração do prazo previsto para sua análise, sem que houvesse qualquer apreciação por parte do Congresso Nacional. Com isso, não há mais a possibilidade de o Poder Legislativo aprovar tacitamente, por decurso do prazo, projetos de lei no Brasil.
Em verdade, o único resquício de manifestação tácita que temos no processo legislativo brasileiro ocorre no âmbito do Poder Executivo, em que o silencia do Chefe do Executivo implica sanção tácita (CF, art. 66, §3º)”. 
b.1. DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR - DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
- O PLO será encaminhado à Mesa da Casa, em seguida, deverá ser lido no plenário, passando a receber um número e será publicado no Diário Oficial e em avulsos. 
- O Presidente da Casa deverá tomar as seguintes medidas, segundo Bernardo Gonçalves:
“d.1) Ele fará um juízo de admissibilidade sobre o projeto. Portanto, ele irá desenvolver a matéria:
Se ela não estiver devidamente formalizada (existe apenas um tipo de projeto de lei que não será devolvido por ausência de formalização adequada: é o projeto de lei de iniciativa popular, conforme a Lei n° 9.709/98. O presidente da Casa encaminhará à CCJ da Casa para que a mesma formalize de modo adequado o projeto de lei).
Se ela for antirregimental (a matéria contrariar o regimento da Casa).
Se ela for alheia à competência da Casa (não for de competência da Casa).
Se for evidentemente inconstitucional (flagrantementeinconstitucional).
d.2) Ele irá definir o regime de tramitação, pois existem, segundo nossa atual Constituição, no Brasil, dois regimes de tramitação. São eles:
Regime de tramitação tradicional: é aquele em que o projeto de lei está deliberado (votado) em plenário; e
Regime de tramitação conclusivo (ou terminativo): os projetos de lei são votados (deliberados) apenas no seio das comissões. Esse projeto irá a plenário, nos termos do art. 58, §2°, I, da CR/88.
d.3. Ele irá definir em quais comissões o projeto irá tramitar”. 
 b.1.1. Atuará prévia das Comissões (fase de instrução)
De acordo com Pedro Lenza, o projeto de lei deverá ser apreciado pelas Comissões. 
“Basicamente, o projeto deverá ser analisado, em primeiro lugar, por uma comissão temática, que analisará a matéria da proposição, e, em seguida, pela Comissão de Constituição e Justiça, que analisará, dentre outros aspectos, a sua constitucionalidade (;...).
Quando envolver aspectos financeiros ou orçamentários, depois da comissão temática e antes da CCJ, o projeto será apreciado pela Comissão de Finanças e Tributação, para o exame da compatibilidade ou adequação orçamentária (art. 53 RICD) (...).
Lembramos que as comissões, em razão da matéria de sua competência, poderão, além de discutir e emitir pareceres sobre o projeto de lei, aprová-los, desde que, na forma do regimento interno da Casa, haja dispensa da competência do plenário (delegação interna corporis) e inexista, também, interposição de recurso de 1/10 dos membros da Casa, hipótese em que será inviável a votação do projeto de lei pela comissão temática (art. 58, §2°, I), sendo esta, necessariamente, transferida para o plenário da Casa”. 
b.1.1.1. Campo de atuação das Comissões
Segundo Marcelo Alexandrino, 
“Caberá às comissões temáticas a discussão sobre o conteúdo da proposição, da qual poderá resultar a apresentação de emendas ou simplesmente a emissão de um parecer, a favor ou contra a aprovação da matéria. O parecer das comissões temáticas é meramente opinativo, não obriga a deliberação plenária [...].
Aprovado nas comissões – quanto aos aspectos materiais e formais -, projeto de lei será encaminhado ao plenário da Casa respectiva, onde será objeto de discussão e votação”. 
Segundo Pedro Lenza, 
“[...] o parecer da CCJ quanto à constitucionalidade ou juridicidade da matéria será terminativo, assim como o da Comissão de Finanças e Tributação, quando de sua manifestação sobre a adequação financeira ou orçamentária da proposição, salvo provimento de recurso a ser apreciado preliminarmente pelo Plenário, nos termos regimentais”. 
OBSERVAÇÃO: De acordo com o art. 58, §2º, I da CRFB/88 estabelece que, na forma do regimento das Casas Legislativa, as comissões permanentes podem votar em caráter definitivo os projetos de lei, salvo de houver recurso de um décimo dos membros da Casa.
Segundo Agra, 
Como esse procedimento, apesar de garantir a celeridade, impede a apreciação da propositura por todos os deputados e senadores, existem várias matérias cuja apreciação é vedada, como: projeto de lei complementar; proposta de código; proposta de iniciativa popular; proposta acerca da elencação de matérias não delegáveis; contidas no § 1º do art. 68 da CF; projeto de lei de comissões; projeto oriundo de outra Casa do Congresso, que tenha sido votado em plenário; projeto com pareceres divergentes; projeto em regime de urgência; proposta de emenda à Constituição; projeto que altere o regime interno”.
 
b.1.3. Processos de votação 
	OSTENSIVO
	SECRETO
	Processo simbólico 
	Sistema eletrônico
	Processo nominal 
	Cédulas
b.1. 4. Possibilidade da apresentação de emendas.
a)Conceito: 
Segundo Bernardo Gonçalves, “...as emendas são proposições apresentadas com exclusividade por parlamentares (deputados e senadores) com acessórias de uma proposição principal [...]”.
b) As espécies de emendas, na análise de Pedro Lenza, são:
“a) supressivas: é a que manda erradicar qualquer parte de outra proposição;
b)aglutinativa: é a que resulta da fusão de outras emendas ou destas com o texto, por transação tendente à aproximação dos respectivos objetos;
c) substitutiva: é a apresentada como sucedânea a parte de outra proposição, denominando-se “substitutiva” quando a alterar, substancial ou formalmente, em seu conjunto; considera-se formal a alteração que vise exclusivamente ao aperfeiçoamento da técnica legislativa;
d) modificativa: é a que altera a proposição sem a modificar substancialmente;
e) aditiva: é a que se acrescenta a outra proposição;
f) de redação: a modificativa que visa a sanar vício de linguagem, incorreção de técnica legislativa ou lapso manifesto”. 
 
Observação: Segundo Agra, “o Supremo Tribunal Federal decidiu que não há ofensa ao parágrafo único do art. 65 da Constituição quando as modificações realizadas pelo Senado não importarem a alteração do sentido da proposição legislativa, isto é, quando não forem modificações essenciais”. (Adin 3.395/DF).
 
d) POSIÇÃO DA CASA INCIADORA E DA CASA REVISORA NA AVALIAÇÃO DO PROJETO
d.1)Hipóteses:
- Se o projeto for rejeitado pela casa iniciadora: arquivamento do projeto (aplicação do princípio da irrepetibilidade, art. 67 da CRFB/88.
- Se o projeto for aprovado pela casa revisora: remessa do projeto à casa iniciadora.
d.2) A CASA REVISORA
- Analise das situações apresentadas por Pedro Lenza:
a)“aprovado o projeto de lei pela Casa revisora, em um só turno de discussão e votação (regra geral para leis ordinárias e complementares), ela será enviado para a sanção e veto do Chefe do Executivo. 
b)rejeitado o projeto de lei, ou seja, caso a Casa revisora não o aprove, ele será arquivado (...).
c)emendado, vale dizer, na hipótese de ter sido alterado o projeto inicial, a emenda, e somente o que foi modificado, deverá ser apreciado pela Casa iniciadora (art. 65, parágrafo único, da CF/88), sendo vedada a apresentação de emenda à emenda (subemenda)”. 
d.3) OBSERVAÇÕES SOBRE O PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE (art. 67 da CRFB/88)
Segundo Marcelo Alexandrino, 
“Anote-se que essa irrepetibilidade é relativa, haja vista que a matéria poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, desde que ocorra solicitação de maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional. [...].
Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, essa regar aplica-se unicamente aos casos de novos projetos gerados no âmbito do Poder Legislativo, não limitando a iniciativa advinda de órgãos externos a este, por exemplo, do Presidente da República, dos tribunais do Poder Judiciário e do Ministério Público”.
e)AUTÓGRAFO
Segundo Pedro Lenza, “ havendo aprovação do projeto de lei, este será encaminhado para o autógrafo, ou seja, a reprodução de todo o trâmite legislativo e o conteúdo final do projeto aprovado e/ou emendado, para a posterior sanção ou veto presidencial”.
De acordo com Marcelo Alexandrino, 
“Após a aprovação do projeto nas duas Casas do Congresso Nacional, ele seguirá para a fase do autógrafo, que constitui o documento formal que reproduz o texto definitivamente aprovado pelo Legislativo, consubstanciando, com absoluta fidelidade, o resultado da deliberação das Casas do Congresso Nacional, antes do encaminhamento ao Chefe do Executivo. O autógrafo constitui, portanto, o documento que formaliza, com exatidão, o texto do projeto de lei aprovado pelo Legislativo”.
b.2)CONSTITUTIVA DE DELIBERAÇÃO EXECUTIVA – SANÇÃO E VETO
Nas palavras de Marcelo Alexandrino, o Chefe do Poder Executivo “
poderá adotar uma destas três medidas: sancioná-lo expressamente, sancioná-lo tacitamente ou vetá-lo”.
a)SANÇÃO 
a.1)Conceito: 
Segundo Pedro Lenza, em caso de “concordância de aquiescência, o Presidente da República sancionará o projeto de lei. Sanção é o mesmo que anuência, aceitação, sendo esse o momento em que o projeto de lei se transforma em lei, já que, como se verá, o que se promulga é a lei”. 
a.2)Espéciesde sanção: 
a.2.1) A sanção expressa ocorre quando o Chefe do Executivo delibera expressamente a sua anuência, no prazo de 15 dias úteis, contados da data do recebimento.
a.2.2) A sanção tática acontece quando recebido o projeto, o Chefe do Executivo não se manifesta no prazo de 15 dias úteis. 
a.3)Prazo: É de quinze dias úteis contado a partir (não há menção expressa na CRFB/88), da data do recebimento do projeto de lei, sem manifestação do Poder Executivo.
a.4) Controle judicial: Não há controle judicial e, segundo Bernardo Gonçalves, “o que pode ser discutido, sempre, será o que foi derivado da sanção, que é a lei. Leia-se o controle será sobre o produto do ato do Presidente, que é lei, e não sobre a sanção”.
a.5)Vício de iniciativa: 
Segundo Pedro Lenza, “a sanção não convalida vício formal subjetivo de iniciativa”. 
a.6)OBSERVAÇÃO: Há hipóteses de projetos que não são sancionáveis: arts. 48, 49, 51, 52 da CRTB/88.
b) VETO (VISÃO DE PEDRO LENZA) 
	a) Prazo para vetar: 15 dias úteis, contados da data do recebimento;
	b) Tipos de veto: total ou parcial. Quanto ao veto parcial, “só abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. Assim, não existe veto de palavras (....).
De acordo com Bernardo Gonçalves, “a parte que não foi vetada do projeto (parte, portanto, sancionada) será promulgada e publicada de imediato, sem a necessidade de análise pelo Poder Legislativo”.
	c) Motivos do veto: “vetando o projeto de lei, total o parcialmente, o Presidente da República deverá comunicar ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto no prazo de 48 horas. Poderá o Presidente da República vetar o projeto de lei se entendê-lo inconstitucional (veto jurídico), ou contrário ao interesse público (veto político)”. Há outrossim a hipótese do veto político-jurídico.
De acordo com Bernardo Gonçalves, o veto “é considerado de natureza política, não há que se falar em controle judicial sobre as razões do veto”.
b.2)Características do veto: 
	Expresso (não existe veto tácito, devendo ser motivado e por escrito).
	Supressivo (não pode adicionar).
	Superável ou relativo 
- Rejeitado: pode ser derrubado pelo Parlamento.
- Aprovado (manutenção do veto).
	Irretratável (vetando ou encaminhando os motivos para o Senado Federal, o Presidente da República não poderá se retratar).
b.3)Veto sem motivação (hipótese de inexistência do veto).
b.4)Silêncio do Presidente da República: sanção tácita.
b.5)Derrubada do veto: aplicação dos arts. 66, §6° e 67, “caput” §7º da CRFB/88.
Nas palavras de Marcelo Alexandrino, 
“O veto será apreciado em sessão conjunta do Congresso Nacional, dentro de trinta dias, a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo vota da maioria absoluta dos deputados e senadores, em escrutíneo secreto (CF, art. 66, §4º)”.
Na hipótese de transcorrer esse prazo de trinta dias sem que haja deliberação, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final (CF, art. 66, §6º)”. 
C) 3ª. FASE: COMPLEMENTAR OU DE INTEGRAÇÃO DE EFICÁCIA – PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO
a)Promulgação (arts. 66, § 7°, 3°, 5°, da CRFB/88)
De acordo com Pedro Lenza, “ [...] nada mais é do que um atestado da existência válida da lei e de sua executoriedade. Apesar de ainda não estar em vigor e não ser eficaz, pelo ato da promulgação certifica-se o nascimento da lei [...]”. 
Segundo Bernardo Gonçalves, a promulgação “é entendida como o atestado de existência da lei. Ou seja, é um referendo que a ordem jurídica foi inovada e que, portanto, existe uma nova lei no ordenamento. A promulgação é meramente declaratória”.
b)Publicação (art. 1°, da LICC, arts. 150, III, “b”, e 195, §6° da CRFB/88).
De acordo com Rodrigo César, “é a comunicação feita a todos, pelo Diário Oficial, da existência de uma nova lei, assim como do seu conteúdo”. 
DO PROCESSO LEGISLATIVO SUMÁRIO OU REGIME DE URGÊNCIA (art. 64, §§ 1° e 3°, art. 233, §1° da CRFB/88). 
Nas palavras de Walber de Moura Agra, 
“De iniciativa privativa do Presidente da República, o procedimento sumário pode ser utilizado quando a mensagem de iniciativa presidencial solicite urgência na tramitação da propositura (ar. 64, §§1º a 4º, da CF). O prazo para a tramitação do processo em cada uma das Casas é de quarenta e cinco dias. Se houver emenda no Senado, a sua apreciação pela Câmara dos Deputados deve ser feita em dez dias. Caso não seja votada dentro do prazo, deve ser colocada na ordem do dia, sobrestando a votação das demais matérias até que se ultime o procedimento. Exceções para o sobrestamento são as matérias que tenham prazos determinados pela Constituição”.
3. PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL DA LEI COMPLEMENTAR
Conceito
De acordo com Bernardo Gonçalves, “e a espécie normativa primária que envolve matérias taxativamente previstas na Constituição e que exige quórum de maioria absoluta para sua aprovação”.
Procedimento 
4. SEMELHANÇAS ENTRE O PROCESSO LEGISLATIVO DA LEI ORDINÁRIA E DA LEI COMPLEMENTAR
4.1. As fases do processo legislativo são semelhantes: fase iniciadora, fase constitutiva e fase complementar.
c.1.1. DIFERENÇAS COMUNS
	
LEI ORDINÁRIA
	
LEI COMPLEMENTAR
	
ASPECTO MATERIAL: residual.
De acordo com Bernardo Gonçalves, a lei ordinária é “subsidiária em relação a qualquer outra espécie normativa”.
	
ASPECTO MATERIAL: hipóteses taxativas na Constituição.
De acordo com Bernardo Gonçalves, “só existirá lei complementar para matérias taxativamente previstas na CR [...]”.
	
ASPECTO FORMAL: QUORUM DE APROVAÇÃO (maioria simples ou relativa (art. 47 da CRFB/88). Em outras palavras, segundo Bernardo Gonçalves, “a maioria dos votos presente a maioria absoluta de seus membros que é o quórum de deliberação”.
	
ASPECTO FORMAL: QUORUM DE APROVAÇÃO (maioria absoluta (art. 69 da CRFB/88).
c.1.2. DIFERENÇAS SOFISTICADAS (esquema de Bernardo Gonçalves) 
	
Diferença
	Processo legislativo especial – Lei Complementar
	Processo legislativo ordinário – Lei Ordinária
	
Regime de tramitação
	
“Projeto de lei complementar só terá regime de tramitação tradicional. Ou seja, tem que ir a plenário (conforme disposição regimental)”.
	
“Pode ter regime de tramitação tradicional ou o conclusivo (terminativo)”.
	
Tramitação
	
“Um projeto de lei complementar na Câmara dos Deputados terá, em regra, dois turnos de votação (está no regimento da Câmara). No senado, é um turno só. No caso de regime de urgência, o turno extra na Câmara é suprimido”.
	
“O PLO terá um turno de votação na Câmara e no Senado”.
c.1.3)Discussões doutrinárias sobre a lei ordinária e a lei complementar 
a)NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE LEI COMPLEMENTAR E LEI ORDINÁRIA (posição do STF)? 
b) SE FOR APROVADA UMA LEI ORDINÁRIA EM MATÉRIA RESERVADA À LEI COMPLEMENTAR, ESSA LEI ORDINÁRIA SERÁ CONSTITUCIONAL? 
c)E SE OCORRER O CONTRÁRIO? FOR APROVADA LEI COMPLEMENTAR SOBRE MATÉRIA RESERVADA SUBSIDIARIAMENTE À LEI ORDINÁRIA?
d) E SE POSTERIORMENTE, SURGIR UMA LEI ORDINÁRIA SOBRE A MESMA MATÉRIA? ESSA LEI ORDINÁRIA REVOGA A LEI COMPLEMENTAR EXISTENTE?
4.3.DO PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL DAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS
a. Conceito
Segundo Bernardo Gonçalves, as emendas constitucionais 
“[...] são espécies normativas primárias que são produzidas mediante procedimento e quórum especial, e que uma vez aprovadas agregam ao texto constitucional (ou seja, viram norma constitucional com o mesmo status de qualquer outra norma constitucional, embora diferentemente das normas constitucionais originárias, elas se sujeitam ao controle de constitucionalidade)”.
b) PROCEDIMENTO
b.1)Fases do procedimento
1ª.Fase: Iniciativa: define-se como a apresentação de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) pelos legitimados (art. 60, I, II, III, da CRFB/88).
2ª. Fase: Constitutiva: segundo Bernardo Gonçalves, o procedimento da segunda fase se estabelece da seguinte forma:

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