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USO DA ÁGUA NA MINERAÇÃO

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USO DA ÁGUA NA MINERAÇÃO 
 
→ O empreendimento minerário destaca-se, dentre todos os outros setores usuários de água, 
pela sua significativa interação com os recursos hídricos. Desse modo o seu uso na mineração 
deve ter como base os princípios da gestão eficaz, com observância dos fundamentos do uso 
múltiplo e sustentável, tal como expressa a Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997. 
 
→ Embora utilizada em menor volume que outras atividades econômicas, tal como a 
agricultura, sua disponibilidade é um dos requisitos básicos no processamento mineral, além 
de ser fator determinante na localização da usina de beneficiamento de minérios. Logo, o 
abastecimento confiável e adequado da água bem como seu estoque e transporte, tornam- se 
indispensáveis no processamento mineral. 
 
→ Nesse contexto, como exemplo, cada vez mais se estuda o reuso, a reciclagem e a 
recirculação de água como ações voltadas para sua sustentabilidade, uma vez que a escassez 
hídrica, local ou regional, a necessidade de se cumprir os mandamentos legais da gestão de 
recursos hídricos e o custo de pagamento pelo uso da água influirão diretamente na produção 
minerária. 
 
Fontes de Água Utilizadas na Mineração 
 
1)Superficial: A eventual necessidade de tratamento prévio, sua escassez, o custo de 
obtenção e as restrições ambientais limitam sua utilização, favorecendo a busca por outras 
alternativas, particularmente a água de reciclagem. 
2)Subterranea: Dependendo da natureza do aqüífero, há casos de água dura que 
comprometem o desempenho do processo de beneficiamento. 
3)Reciclagem: O emprego desse tipo de água cresce de forma contínua, entre outras, pelas 
seguintes razões: 
• O custo de obtenção da água nova em face da disponibilidade da água mantida no processo. 
• A natureza do processo, que facilita a reutilização desse tipo de água. 
• O controle ambiental, que regula a qualidade do lançamento de efluente. 
 
→ Necessidade de tratamento antes do processo: 
• a água da fonte local é dura, e a concentração de íons derivados da dissociação de minerais 
pode prejudicar o processo; 
• o suprimento de água do mar para a usina, em geral, carece de tratamento; 
• a água nova contém parcela expressiva de material em suspensão, especialmente material 
argiloso. 
 
→ Estão sujeitos a outorga: 
I. a derivação ou captação de água superficial ou extração de água subterrânea para consumo 
final ou insumo do processo produtivo; 
II. o lançamento de efluentes em corpos de água. 
III. outros usos e interferências, tais como: 
• captação de água subterrânea com a finalidade de rebaixamento de nível de água; 
• desvio, retificação e canalização de cursos de água necessários às atividades de pesquisa e 
lavra; 
• barramento para decantação e contenção de finos em corpos de água; 
• barramento para regularização de nível e vazão; 
• sistema de disposição de estéril e rejeitos; 
• aproveitamento de bens minerais em corpos de água; e 
• captação de água e lançamento de efluentes relativos ao transporte de produtos minerais. 
 
- Durante a lavra, a água a ser utilizada origina-se da captação de cursos de água superficiais, 
de reservatórios de barragens ou da captação subterrânea. Nessa etapa, a água pode ser 
aplicada no desmonte hidráulico(ouro, cassiterita e caulim) , na aspersão de pistas e praças 
para controle de emissão de poeira , na lavagem dos equipamentos e no transporte de 
materiais. 
 
- Barragens de contenção de sedimentos e barragens de rejeito; 
 
- As pilhas de estéril podem ser construídas em qualquer tipo de relevo, sendo que a principal 
interferência em relação aos recursos hídricos está associada à modificação do escoamento 
superficial, que pode vir a gerar, dependendo do tamanho e da forma, pequenos desvios de 
água. 
 
- Dentre os problemas7 para a atividade de lavra com a presença de água, seja na mineração 
a céu aberto seja na subterrânea, tem-se: 
• atolamento de equipamentos de escavação e transporte; 
• aumento do custo de transporte devido à umidade do terreno; 
• maior custo de desmonte com utilização de explosivos especiais; 
• manutenção mais cara de estradas e locais de escavação; 
• menor vida útil de pneus de caminhões fora de estrada; 
• atraso na produção; 
• risco de acidentes com cabos energizados; 
• ambiente insalubre de trabalho com muita umidade; 
• instabilização de taludes, realces e galerias com riscos de acidentes pessoais e materiais; 
• impedimento de acessos em razão de possíveis inundações; 
• maior custo de investimento em equipamentos especiais.

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