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Análise de Custos Autora: Rachel Niza Tema 01 Introdução à Contabilidade de Custos seç ões Tema 01 Introdução à Contabilidade de Custos Como citar este material: NIZA, Rachel. Análise de Custos: Introdução à Contabilidade de Custos. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 01 Introdução à Contabilidade de Custos 5 Conteúdo Nessa aula você estudará: • Conceitos da contabilidade de custos. • Princípios para avaliação contábil. • Classificações dos custos. Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Qual a importância dos princípios contábeis? CONTEÚDOSEHABILIDADES Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contabilidade de Custos, do autor Vicente Carioca, Editora Alínea, 2012, Livro-Texto 445. Roteiro de Estudo: Rachel NizaAnálise de Custos 6 • O que representa os sistemas de acumulação de custos? • Quais os tipos de custos? • Como classificamos os custos? CONTEÚDOSEHABILIDADES LEITURAOBRIGATÓRIA Introdução à Contabilidade de Custos O entendimento da Contabilidade de Custos é de extrema importância para a correta análise dos resultados das empresas. Afinal, estes interferem direta ou indiretamente nos lucros e prejuízos. Com isso, torna-se evidente o fato de que você precisa saber em quais situações isso acontece e quais os motivos das variações provocadas por aumentos ou diminuições dos custos. Seria impossível compreender o funcionamento da contabilidade de custos sem conhecer os principais elementos envolvidos neste estudo. Vamos iniciar por um termo bastante frequente: insumos (CARIOCA, 2012). Insumos estão relacionados aos custos de produção, pois são os fatores de produção necessários para a obtenção do produto final. Desta forma, ao apurarmos os custos dos insumos, devemos apropriar estes valores aos produtos. A esta atividade damos o nome de custeio. Observe que comumente os termos custos, gastos e despesas são utilizados como se fossem sinônimos, porém, ao tratarmos da contabilidade de custos, devemos entender suas diferenças. A dica principal é você reconhecer onde e como ocorreu a movimentação financeira. Quando temos uma despesa na área de produção ou de serviços, aquela passa a ser classificada como custo (CARIOCA, 2012). Por outro lado, identificamos um gasto todas as vezes que fazemos um sacrifício financeiro com a finalidade de adquirir qualquer bem ou serviço. Torna-se importante, também, que você aprenda o conceito de desembolso. Este ocorre quando realizamos efetivamente o pagamento do bem ou serviço adquirido. Atente-se ao fato de que, caso você tenha uma compra cujo pagamento não seja à vista, o gasto e o desembolso não ocorrerão no mesmo momento. 7 LEITURAOBRIGATÓRIA Para que a avaliação de custos seja feita com qualidade, devemos separar os custos fixos dos custos variáveis. Verifique que não é difícil fazer esta diferenciação, pois são considerados fixos todos os custos que dentro de determinada margem de oscilação permanecem inalterados. De modo divergente, os custos variáveis acompanham o item que está sendo analisado, diminuindo ou aumentando proporcionalmente em relação ao volume de produção. De acordo com os instrumentos utilizados, podemos afirmar que a contabilidade de custos representa uma atividade bem-sucedida dentro das empresas. Ressalta-se o fato de que alguns princípios devem ser aplicados para que a apuração dos resultados seja eficiente (CARIOCA, 2012). Esses princípios são representados por parâmetros oficialmente aceitos dentro da área contábil e criam, portanto, a possibilidade de padronização que permite a avaliação por agentes internos e externos à companhia. Ao abordarmos os princípios contábeis, primeiramente você deve conhecer o Princípio da Competência dos Exercícios, que considera o reconhecimento das despesas após a ocorrência do fato gerador. Com isso, temos também o Princípio da Confrontação da Despesa. Neste, consideramos os custos após o produto ser vendido. Desta forma, facilmente você entenderá o Princípio da Realização da Receita, em que esta só pode ser considerada quando o item vendido é transferido para o comprador. Diante da necessidade de qualquer valor referente a bens ou serviços ser tratado de acordo com o mesmo regime inflacionário, surge o Princípio do Custo Histórico como base de valor. Além disso, temos o Princípio da Consistência (CARIOCA, 2012). Nele, os critérios contábeis aplicados em uma empresa devem ser os mesmos nos períodos seguintes, para que possam ser realizadas avaliações coerentes. Esta coerência também permite o entendimento do Princípio da Materialidade, no qual os valores são analisados de acordo com sua relevância. Apenas aplicar corretamente os princípios contábeis não é suficiente para que as atividades relacionadas com a Contabilidade de Custos sejam bem-desenvolvidas. Precisamos saber reconhecer quando temos uma produção por ordem ou uma produção contínua. A primeira trata-se de uma produção por encomenda, ou seja, o cliente determina as características do que será produzido. Por outro lado, quando temos uma produção contínua, estamos nos referindo a uma produção em série. Neste caso, a empresa define quais as características do produto, a produção é realizada de maneira constante e o consumidor adquire o item conforme ele é ofertado. A utilização de um ou outro sistema de produção varia conforme a necessidade dos clientes e as características de atuação da empresa. 8 Um grande desafio da análise de custos consiste no reconhecimento de valores como algo positivo ou negativo. Como saber se um aumento nos custos realmente é um indicativo de que a empresa não está em uma boa situação financeira? Esta resposta você consegue obter ao compreender o funcionamento do Custo Padrão (CARIOCA, 2012). A importância da definição deste valor evidencia-se exatamente por ser uma referência de controle para a empresa. O padrão representa exatamente o que se espera de acordo com as características daquela produção. Entretanto, apenas a determinação de um valor de padrão ideal, isoladamente, tem pouca representatividade. Quando os custos realmente ocorrem, temos o chamado Custo Real. Por meio da comparação entre Padrão e Real, conseguimos mensurar o que realmente significa os valores de custos apurados. Você pode ter uma análise ainda mais completa se utilizar os Custos Estimados, em que a partir do comportamento histórico dos valores e do setor em que a empresa atua podemos fazer uma estimativa dos custos esperados nos períodos seguintes. Destaca-se a utilização de Custos Estimados na tomada de decisão dentro das empresas. Outra diferenciação importante da contabilidade de custos está no reconhecimento dos custos diretos e indiretos. São classificados como custos diretos aqueles referentes aos materiais que compõem o produto. Por outro lado (CARIOCA, 2012), chamamos de custos indiretos exatamente aqueles valores em que há maior dificuldade em mensurá-los individualmente na produção, pois se referem aos demais recursos utilizados na produção e que se vinculam indiretamente, portanto, ao item em questão. Um bom exemplo seria o investimento em tecnologia e os salários dos funcionários daquele departamento. Entenda que a avaliação correta dos custos depende muito do reconhecimento das características da produção e da obediência aos princípios contábeis. Afinal, se não conhecemos a empresa e não seguimos uma parametrização, não é possível avaliar a qualidade dos resultados. LEITURAOBRIGATÓRIA 9 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Acesse o site Portal de Contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/>. Acesso em:02 fev 2014. Neste site, você conhecerá mais sobre os conceitos abordados na Leitura Obrigatória. Acesse o site do Conselho Federal de Contabilidade. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/>. Acesso em: 02 fev 2014. Neste site, você encontra a descrição dos princípios contábeis que devem ser utilizados em todas as empresas. Leia ”Contabilidade de custos e seus conceitos básicos”. Disponível em: <http://concursospublicos.uol.com.br/aprovaconcursos/demo_aprova_ concursos/sistemas_de_custeio_01.pdf>. Acesso em: 02 fev 2014. Neste material, você consegue se familiarizar mais com a Contabilidade de Custos. Leia o artigo “Os princípios contábeis segundo a resolução 750/93”, de André Charone Tavares Lopes. Disponível em: <http://meuartigo.brasilescola.com/administracao/os-principios-contabeis- segundo-resolucao-cfc-750-.htm>. Acesso em: 02 fev 2014. Com esta leitura, você aprenderá mais sobre as normas de contabilidade, afinal, elas devem ser seguidas por todas as empresas. Vídeos Importantes: Assista ao vídeo: Conceitos básicos da contabilidade de custos. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=Tdftf6CPkOs>. Acesso em: 02 fev 2014. Por meio deste vídeo, você consegue entender de maneira geral o funcionamento dos elementos que são os pilares da contabilidade de custos. 10 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: Muitas vezes, em situações financeiras difí- ceis, as empresas cogitam a possibilidade de cortar custos. Por qual motivo isso ocorre? Questão 2: Em que consiste o custeio? a) Redução de custos. b) Apuração anual de custos. c) Aumento de custos. d) Apropriação dos custos dos insumos aos produtos. e) Exclusão dos custos dos insumos. Questão 3: Sobre custos e despesas, é correto afir- mar que: a) Despesas na área de produção ou serviços são consideradas custos. b) São elementos sempre idênticos. c) Custos materiais são considerados despesas. d) Apenas despesas na área de serviços são consideradas custos. e) Despesas são elementos opostos aos custos. AGORAÉASUAVEZ 11 Questão 4: Em relação aos custos fixos, encontre a alternativa correta. a) Jamais se alteram. b) Não se alteram de acordo com uma margem de oscilação fixada. c) Sofrem uma alteração anual. d) Alteram-se somente em períodos de crise. e) Sofrem uma alteração semestral. Questão 5: Em qual das alternativas, a seguir, encon- tramos um princípio contábil? a) Incompetência dos exercícios. b) Irrelevância. c) Tolerância. d) Indisponibilidade. e) Competência dos exercícios. Questão 6: Explique a importância do reconhecimento dos insumos da análise contábil. Questão 7: Identifique as diferenças entre gastos e de- sembolsos. Questão 8: Evidencie a necessidade da aplicação dos princípios contábeis. Questão 9: Demonstre o funcionamento do princípio da realização da receita. Questão 10: Estabeleça uma análise comparativa entre produção por ordem e produção contínua. AGORAÉASUAVEZ 12 Neste tema, você entendeu qual a importância da contabilidade de custos, assim como o funcionamento de seus elementos básicos. Aprendeu, também, que não basta realizar a apuração de valores, pois precisamos saber diferenciá-los. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO CARIOCA, VICENTE. Contabilidade de custos. Campinas: Alínea, 2012. MARTINS, ELISEU. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2010. MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2009. REFERÊNCIAS 13 Bens: Itens materiais e tangíveis. Um carro é considerado um bem. Custos: Gastos para a produção. Recursos financeiros utilizados para geração de bens e serviços. Financeiro: Envolve os valores monetários da empresa. A gestão do caixa é uma função financeira. Serviço: Algo precificado, porém, intangível. Um contador é um prestador de serviços na área financeira. Parâmetro: Normas e conceitos a serem seguidos. Os princípios contábeis representam parâmetros para a avaliação de custos. GLOSSÁRIO Questão 1 Resposta: As empresas, muitas vezes, levantam a possibilidade de corte de custos em momentos financeiros difíceis, pois, quando temos grandes volumes de custos, temos uma despesa também alta, em situações com pouca receita, e isto representa um problema bastante significativo. GABARITO 14 Questão 2 Resposta: Alternativa “D”. Como os insumos representam os fatores de produção, o custo destes deve ser apropriado ao produto final. Questão 3 Resposta: Aternativa “A”. Quando temos uma despesa na área de produção ou serviço, ela passa a ser considerada custo, pois seu objetivo é determinado produto final. Questão 4 Resposta: Alternativa “B”. São considerados custos fixos aqueles que permanecem inalterados dentro de uma margem de oscilação, ou seja, não sofrem interferência por determinadas mudanças. Questão 5 Resposta: Alternativa “E”. O princípio da competência dos exercícios reconhece a despesa após a ocorrência de seu fato gerador. Questão 6 Resposta: Consideramos insumos todos os fatores de produção necessários para a obtenção do produto final; portanto, ao falarmos dos custos de produção, estamos necessariamente falando de insumos. Questão 7 Resposta: Gastos são representados pelos sacrifícios financeiros quando pretendemos adquirir algo à vista ou a prazo. Porém, desembolsos ocorrem somente quando efetivamos o pagamento do bem ou serviço adquirido. GABARITO 15 GABARITO Questão 8 Resposta: Para que a apuração de resultados dentro de uma empresa seja eficiente, devemos seguir alguns parâmetros. São os chamados princípios contábeis; eles são oficialmente aceitos e padronizam a mensuração dos custos, possibilitando uma análise por profissionais dentro e fora da empresa. Questão 9 Resposta: De acordo com o princípio da realização da receita, esta só pode ser considerada quando o item vendido é transferido ao comprador. Questão 10 Resposta: A produção por ordem depende do cliente não apenas para sua realização, como também em relação às características do que será produzido, ou seja, trata-se de uma produção por encomenda. Por outro lado, a produção contínua é determinada pela empresa, são produtos iguais, disponibilizados de maneira constante. Neste caso, o cliente encontra o produto pronto no mercado.
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