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Teoria Geral do Processo módulo 2

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Profº SERGIO REIS FERRADOZA "
TEORIA GERAL DO 
PROCESSO 
Ferradoza	
2"
TEORIA GERAL DO 
PROCESSO 
Ferradoza	
Módulo 2 
3"
TEORIA GERAL DO 
PROCESSO 
Ferradoza	
JURISDIÇÃO 
JURISDIÇÃO 
 
!  É uma das funções do Estado. 
!  Tem características peculiares: 
a)  Atividade substitutiva. 
b)  Atividade instrumental. 
c)  Atividade declarativa ou executiva. 
d)  Situação de litígio. 
e)  Definitividade da decisão. 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
CARÁTER SUBSTITUTIVO 
ou ATIVIDADE SUBSTITUTIVA 
 
!  Pela substutividade, o Estado SUBSTITUI a vontade dos 
indivíduos. 
!  O Estado substitui aos titulares dos interesses em 
conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do 
conflito que os envolve, com justiça. 
!  Os interessados podem não concordar com a solução dada 
pelo judiciário, mas, em tendo sido ele provocado pelos 
contendores, nada há que se fazer a não ser cumprir a 
interpretração dada por ele, judiciário. 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
ATIVIDADE DECLARATIVA OU EXECUTIVA 
 
!  A jurisdição declara a vontade da lei, ou executa comandos 
estabelecidos na própria lei ou em um título executivo 
previsto em lei, conforme art. 475-N 
Art. 475-N do CPC/73. São títulos executivos judiciais: 
I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a 
existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou 
pagar quantia; 
II – a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, 
ainda que inclua matéria não posta em juízo; 
IV – a sentença arbitral; 6"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
V – o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado 
judicialmente; 
VI – a sentença estrangeira, homologada pelo STJ; 
VII – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em 
relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a 
título singular 
 
Art. 515 do CPC/15. São títulos executivos judiciais, cujo 
cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos 
neste Título: 
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a 
exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não 
fazer ou de entregar coisa; 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; 
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial 
de qualquer natureza; 
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em 
relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a 
título singular ou universal; 
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, 
emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por 
decisão judicial; 
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
VII - a sentença arbitral; 
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo STJ; 
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do#
exequatur#à#carta#rogatória#pelo#STJ;#
 
 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  Porém a atividade declarativa não fica restrita a aplicar 
regras previstas, mas pode declarar o direito segundo os 
princípios. 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
SITUAÇÃO DE LITÍGIO 
 
!  A jurisdição decorre de um litígio. 
!  Há excessão quando houver jurisdição voluntária. (tópico 
espécies de jurisdição) 
 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
INTERESSE"de"
UMA"pessoa"
 
for 
incompatível 
 
CONFLITO DE 
INTERESSES 
INTERESSE"
OUTRA"pessoa"
DECISÃO DEFINITIVA 
 
!  A jurisdição profere decisões imutáveis. 
!  As decisões tem a idéia de fazerem coisa julgada. 
Art. 467, CPC/73. Denomina-se coisa julgada material a 
eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais 
sujeita a recurso ordinário ou extraordinário. 
 
Art. 502, CPC/15. Denomina-se coisa julgada material a 
autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de 
mérito não mais sujeita a recurso. 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 468, CPC/73. A sentença, que julgar total ou parcialmente 
a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões 
decididas. 
 
Art. 503, CPC/15. A decisão que julgar total ou parcialmente o 
mérito tem força de lei nos limites da questão principal 
expressamente decidida. 
 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
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TEORIA GERAL DO 
PROCESSO 
Ferradoza	
Princípios inerentes à jurisdição 
ADERÊNCIA AO TERRITÓRIO 
 
!  As autoridades só tem autoridade nos limites territoriais do 
Estado, cada juiz só exerce a sua autoridade nos limites do 
território sujeito por lei à sua jurisdição. 
!  Cada jurisdição é exercida sobre um determinado território. 
Ex. O Tribunal de Justiça do Paraná exerce a jurisdição 
somente sobre o estado do Paraná. 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
INVESTIDURA 
!  A jurisdição só será exercida por quem tenha sido 
regularmente investido na autoridade de juiz. 
!  O juiz é escolhido por um concurso de provas e títulos, ou 
nos casos dos tribunais, por outros meios. 
 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
INDELEGABILIDADE 
 
!  O juiz exerce sua jurisdição em nome do Estado, e não em 
nome próprio. 
!  Ele é um agente do Estado. 
!  Ele é escolhido por um concurso de provas e títulos, ou nos 
casos dos tribunais, por outros meios. 
!  É uma atividade pública indelegável. 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
INDECLINABILIDADE ou INAFASTABILIDADE 
 
!  A CF/88 em seu art. 5º XXXV, garante a todos o acesso ao 
judiciário. 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito; 
 
!  No momento em que o juiz passa a ingressar a demanda, 
ele tem o dever de prestar a tutela jurisdicional, mesmo 
inexistindo lei. 
!  Nos casos em que não existe a lei, ele deve decidir segundo: 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
•  Analogia; 
•  Os costumes; 
•  Princípios gerais do direito. 
!  Extrai-se deste princípio que a jurisdição é um poder/
dever. 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
JUIZ NATURAL 
 
!  Ninguém pode ser privado de ser julgado por um juiz 
imparcial e independente, indicado pelas normas 
constitucionais e legais. 
!  As leis infraconstitucionais não podem contrapor a 
Constituição Federal e conceder nova competência aos 
órgãos jurisdicionais, também não podem criar juízos ou 
tribunais de exceção. 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
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TEORIA GERAL DO 
PROCESSO 
Ferradoza	
Classificações das ações 
CLASSIFICAÇÕES DAS AÇÕES 
 
•  Pelo critério do seu objeto: penal e; 
 civil 
•  Pelo critério dos organismos que a exercem especial 
 comum 
•  Pelo critério da posição hierárquica dos 
órgãos dotados dela superior ou 
 inferior; 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
JUSTIÇA PENAL 
 
!  A penal é exercida pelos Juízes 
 Justiça Estadual Comum; 
 Justiça Militar Estadual; 
 Justiça Militar Federal; 
 Justiça Federal; 
 Justiça Eleitoral. 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
JUSTIÇA CIVIL 
!  A Civil é exercida, em sentido amplo, 
 Justiça Estadual; 
 Federal; 
 Trabalhista e; 
 Eleitoral. 
!  Em sentido estrito 
 
 Justiça Federal e 
 Justiça dos Estados. 23"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
RELAÇÃO ENTRE JURISDIÇÃO CIVIL E PENAL 
 
!  Os ramos estão relacionados por ser impossível analisar um 
caso sem perceber a relação civil e penal que envolve o 
caso. 
Ex.1: Crime de dano, antes e ao mesmo tempo de ser 
crime é um ilícito civil indenizável. 
 
Ex. 2: Possibilidade da chamada prova emprestada.
Ela pode ser utilizada em mais de um processo, seja qual 
for civil ou penal. 
24"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Ex. 3: Suspensão prejudicial do processo-crime. 
Um indivíduo esta sendo processado criminalmente e para o 
julgamento desse processo é relevante o deslinde de uma 
questão civil, suspende-se o processo criminal 
(sobrestamento) à espera da solução do caso no cível 
(CPP 92-94) 
!  Ex.: O art. 92, I do CP estabelece, a perda do cargo, função 
pública ou mandato eletivo, no caso de o agente praticar o 
crime contra a Administração Pública, no exercício de sua 
função como servidor público nas referidas hipóteses. 
!  O juiz poderá decretar a perda do cargo na prática de crimes 
funcionais com pena privativa de liberdade maior ou igual `a 
um ano. 
25"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Ex. 4: O art. 91, I do CP que dá efeito secundário da 
sentença penal condenatória “tornar certa a obrigação 
de indenizar o dano resultante do crime”. 
 
Art. 91 - São efeitos da condenação; 
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo 
crime; 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
JURISDIÇÃO ESPECIAL E COMUM 
 
!  Justiças que exercem JUSTIÇA COMUM: 
 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Justiças estaduais 
comum e penal 
Solucionar conflitos que possam 
surgir entre pessoas, instituições 
públicas e privadas, empresas. 
Esta justiça impõem penas 
àqueles que cometem algum 
crime. 
Justiça federal 
julga casos que forem de 
interesse da União, das 
autarquias ou das empresas 
públicas; 
!  Justiças que exercem JUSTIÇA ESPECIAL: 
 
 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Justiça militar processa e julga os crimes militares. 
Justiça eleitoral garante que o processo eleitoral seja idôneo, 
Justiça trabalhista busca resolver conflitos entre trabalhadores e empregadores 
JURISDIÇÃO SUPERIOR E INFERIOR 
 
!  As jurisdições inferiores são aquelas de 1ª instância. 
!  As jurisdições superiores ou de 2º grau são os tribunais. 
 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
STF- 11 min.; STJ- 33 min.; TRF- no mínimo 7 membros; TST- 27 min.; TRT- no mínimo 7 membros (3 juízes pelo STF, 2 juízes pelo STJ, 2 juízes pela presidência, 6 advogados); TSE- no mínimo 7 membros (3 juízes pelo STF, 2 juízes pelo STJ, 2 pela presidência, 6 advogados); TRE- no mínimo 7 membros ( 2 desembargadores pelo TJ, 2 juízes pelo TJ, 1 juiz pelo TRF, 2 juízes pela presidência e 6 advogados)
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TEORIA GERAL DO 
PROCESSO 
Ferradoza	
Órgãos da jurisdição 
!  A jurisdição deve ser vislumbrada como única, pois a missão 
estatal de dizer o direito não pode ser dividida. 
!  Para fins reacionalizar a atividade jurisdicional, recomenda-
se dividir em diversos órgãos, cada um responsável por 
dizer determinado direito, para determinadas pessoas, em 
determinadas localidades. Tudo segundo critérios postos 
inicialmente pela Constituição Federal. 
!  Cada órgão com uma função específica. 
!  Para ingresso nos órgãos jurisdicionais necessário concurso 
público de provas e títulos. 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  A promoção dos juízes se dará por antiguidade e por 
merecimento, alternadamente. 
!  Os magistrados possuem garantias especiais: 
 
 
Art. 95 da CF/88. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no 1º grau, só será adquirida após 2 
anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse 
período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver 
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada 
em julgado; 
33"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Vitaliciedade, Inamovibilidade e 
Irredutibilidade de subsídios 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na 
forma do art. 93, VIII; 
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos 
arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
!  Os órgãos da jurisdição são os seguintes: 
•  Supremo Tribunal Federal (STF) 
•  Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
•  Tribunais Regionais Federais (TRF) e juízes federais 
•  Tribunal Superior do Trabalho (TRT) e varas do trabalho 
•  Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 
•  Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) 
34"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
•  Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) e juízes eleitorais e 
juntas eleitorais 
•  Tribunais e juízes militares 
•  Tribunais e juízes dos estados e do distrito federal e dos 
territórios. 
35"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) 
 
!  Formado por 11 ministros 
!  Idade mínima de 35 anos e máximo de 65 anos. 
!  Nomeado pelo Presidente da República após aprovação 
pela maioria do Senado Federal. 
 
 
 
36"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Atribuições do STF 
 
1.  Guarda dos preceitos constitucionais; 
Art. 102 da CF/88. Compete ao STF, precipuamente, a 
guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
 
2.  Competência originária enquanto primeiro e único órgão 
para julgar determinados feitos; 
Art. 102. [...]: I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal ou estadual e a ação declaratória de 
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 37"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o 
Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus 
próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; 
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de 
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes 
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o 
disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os 
do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão 
diplomática de caráter permanente; 
d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas 
referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o 
"habeas-data" contra atos do Presidente da República, das 
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do 
Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da 
República e do próprio Supremo Tribunal Federal; 
38"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional 
e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; 
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União 
e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as 
respectivas entidades da administração indireta; 
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; 
h) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou 
quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário 
cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do 
Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à 
mesma jurisdição em uma única instância; (Redação dada pela 
EC nº 22, de 1999) 
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; 
39"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
l) a reclamação para a preservação de sua competência e 
garantia da autoridade de suas decisões; 
m) a execução de sentença nas causas de sua competência 
originária, facultada a delegação de atribuições para a prática 
de atos processuais; 
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam 
direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da 
metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos 
ou sejam direta ou indiretamente interessados; 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de 
Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou 
entre estes e qualquer outro tribunal;
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de 
inconstitucionalidade; 
40"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma 
regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do 
Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do 
Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, 
ou do próprio Supremo Tribunal Federal; 
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o 
Conselho Nacional do Ministério Público; 
 
3.  Competência recursal ordinária quando for revisora de 
determinadas causas previstas constitucionalmente; 
Art. 102 da CF/88: [...] 
II - julgar, em recurso ordinário: 
41"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Quando for de causas previstas constitucionalmente.
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-
data" e o mandado de injunção decididos em única instância 
pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; 
b) o crime político; 
 
4.  Competência recursal extraordinária quando a causa 
afrontar a constituição. 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas 
decididas em única ou última instância, quando a decisão 
recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
[...] 
 
42"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Quando houver afrontamento à CF.
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face 
desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
 
 
 
 
 
43"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
 
!  A composição do STJ está previsto no art. 104 da CF. 
•  Formado por no mínimo 33 ministros 
•  Idade mínima de 35 anos e máximo de 65 anos. 
•  Nomeado pelo Presidente da República após aprovação 
pela maioria absoluta do Senado Federal, dentre os 
brasileiros de notável saber jurídico 
!  A formação do STJ deve ser respeitada as regras dos 
incisos do art. 104 da CF 
 
 44"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
I – 1/3 dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um 
terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, 
indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal; 
II – 1/3, em partes iguais, dentre advogados e membros do 
Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e 
Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94. 
 
!  É tido como o guardião da lei federal. 
45"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Atribuições do STJ 
 
1.  Competência originária (enquanto julgador primeiro e 
único de certas causas); 
 
Art. 105. Compete ao STJ: I - processar e julgar, 
originariamente: 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do 
D F , e , n e s t e s e n o s d e r e s p o n s a b i l i d a d e , o s 
desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do 
Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos 
Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais 
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, 
os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos 
Municípios e os do MPU que oficiem perante tribunais; 46"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Capacidade de julgar certas causas com voz única.
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de 
Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército 
e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; 
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for 
qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o 
coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado 
ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, 
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; d) os conflitos 
de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o 
disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a 
ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais 
diversos; 
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus 
julgados; 
[...] 
47"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
f) a reclamação para a preservação de sua competência e 
garantia da autoridade de suas decisões; 
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas 
e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um 
Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou 
entre as deste e da União; 
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma 
regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou 
autoridade federal, da administração direta ou indireta, 
excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal 
Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da 
Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; 
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de 
exequatur às cartas rogatórias; 
 
 
 
48"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
f) a reclamação para a preservação de sua competência e 
garantia da autoridade de suas decisões; 
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas 
e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um 
Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou 
entre as deste e da União; 
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma 
regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou 
autoridade federal, da administração direta ou indireta, 
excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal 
Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da 
Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; 
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de 
exequatur às cartas rogatórias; 
 
 
 
49"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
2.  Competência recursal ordinária: 
II - julgar, em recurso ordinário: 
a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância 
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for 
denegatória; 
b) os mandados de segurança decididos em única instância 
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a 
decisão; 
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou 
organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou 
pessoa residente ou domiciliada no País; 
50"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
casos não necessariamente de cunho constitucional, como o litigio de empresas, sendo uma nacional e outra estrangeira.
3.  Competência recursal especial: 
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em 
única ou última instância, pelos Tribunais Regionais 
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito 
Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei 
federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja 
atribuído outro tribunal. 
 
51"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
julgar decisões que vão contra lei federal.
TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS (TRF) 
 
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: 
I - os Tribunais Regionais Federais; 
 
!  A composição do TRF está previsto no art. 107 da CF. 
•  Formado por no mínimo 7 juízes, quando possível, na 
respectiva região. 
•  Sua composição congrega juízes federais de 1º instância, 
advogados e membros do Ministério Público Federal. 
•  Idade mínima de 35 anos e máximo de 65 anos. 
•  Nomeado pelo Presidente da República. 
 
52"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  O art. 108 da CF dispõem sobre a competência dos TRF`s: 
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: 
I - processar e
julgar, originariamente: 
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da 
Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e 
de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da 
União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; 
b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados 
seus ou dos juízes federais da região; 
c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato 
do próprio Tribunal ou de juiz federal; 
d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz 
federal; 
53"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados 
ao Tribunal; 
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos 
juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da 
competência federal da área de sua jurisdição. 
 
 
 
54"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
55"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
REGIÃO LOCALIZAÇÃO 
1ª Região Seções Judiciárias do Acre, Amapá, Amazonas, 
Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato 
Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, 
Roraima e Tocantins. 
2ª Região Seções Judiciárias do Rio de Janeiro e Espírito 
Santo. 
3ª Região Seções Judiciárias de São Paulo e Mato Grosso 
do Sul. 
4ª Região Seções Judiciárias do Rio Grande do Sul, Paraná 
e Santa Catarina. 
5ª Região Seções Judiciárias de Alagoas, Ceará, Paraíba, 
Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. 
ROL DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS 
JUÍZES FEDERAIS 
 
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: 
I – os Juízes Federais. 
 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
 
I - causas em que a União, entidade autárquica ou empresa 
pública federal forem interessadas na condição de 
autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de 
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à 
Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; 
II - causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional 
e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; 
 
 
 
56"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com 
Estado estrangeiro ou organismo internacional; 
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em 
detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas 
entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as 
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e 
da Justiça Eleitoral; 
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, 
quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou 
devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; 
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere 
o § 5º deste artigo; 
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos 
determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem 
econômico-financeira; 
 
57"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua 
competência ou quando o constrangimento provier de 
autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra 
jurisdição; 
VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato 
de autoridade federal, excetuados os casos de competência 
dos tribunais federais; 
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, 
ressalvada a competência da Justiça Militar; 
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de 
estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", 
e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas 
referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à 
naturalização; 
 
58"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
XI - a disputa sobre direitos indígenas. 
[...] 
 
Inexistência de disputa sobre direitos indígenas. Incompetência 
da Justiça Federal. A competência penal da Justiça Federal, 
objeto alcance do disposto no art. 109, XI, da CF/88, só se 
desata quando a acusação for de genocídio, ou 
quando, na ocasião ou motivação de outro delito 
de que o agente ou a vítima seja índio, tenha 
havido disputa sobre direitos indígenas, não 
bastando a imputação a silvícola, nem que este lhe seja 
vítima e, tampouco, que haja sido praticado dentro de 
reserva indígena. Precedentes do STJ e desta Corte. 
Unânime. (RSE 0001640-84.2012.4.01.3902, rel. Des. Federal 
Mário César Ribeiro, em 08/10/2014. 
 
 
59"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO 
 
Art. 111 da CF/88. São órgãos da Justiça do Trabalho: 
I - o Tribunal Superior do Trabalho; 
II - os Tribunais Regionais do Trabalho; 
III - Juízes do Trabalho. 
 
Art. 644 - São órgãos da Justiça do Trabalho: 
a) o Tribunal Superior do Trabalho; 
b) os Tribunais Regionais do Trabalho; 
c) as Juntas de Conciliação e Julgamento ou os Juízos de 
Direito. 
 
 60"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  Os juízes de direito somente atuarão com jurisdição 
trabalhista, nas comarcas não compreendidas pela 
jurisdição das Varas do Trabalho. 
Art. 668 da CLT - Nas localidades não compreendidas na 
jurisdição das Juntas de Conciliação e Julgamento, os Juízos 
de Direito são os órgãos de administração da Justiça do 
Trabalho, com a jurisdição que lhes for determinada pela lei de 
organização judiciária local. 
 
" Sendo a demanda trabalhista julgada por Juízes de 
Direito, um possível recurso será remetido àos órgãos 
superiores do trabalho (TRT – TST) 
 
61"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  O ingresso do juiz tocado se dá por intermédio de concurso 
público de provas e títulos. 
 
!  A competência da Justiça do Trabalho está prevista no art. 
114 da CF: 
 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I: ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os 
entes de direito público externo e da administração pública 
direta e indireta da União, Estados, DF e Municípios; 
II ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III ações sobre representação sindical, entre sindicatos, 
entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e 
empregadores; 62"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
IV mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , 
quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua 
jurisdição; 
V conflitos de competência entre órgãos com jurisdição 
trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI ações de indenização por dano moral ou patrimonial, 
decorrentes da relação de trabalho; 
VII ações relativas às penalidades administrativas impostas 
aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das 
relações de trabalho; 
VIII execução, de ofício, das contribuições sociais previstas 
no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes 
das sentenças que proferir; 
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, 
na forma da lei. 
 
 
 
 
 
 
 
63"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Composição do TST 
!  A composição do TST é formado por 27 ministros. 
!  Idade mínima de 35 anos e máximo de 65 anos. 
!  Nomeados pelo Presidente da República após aprovação do 
Senado Federal. 
 
64"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
65"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
REGIÃO LOCALIZAÇÃO 
1ª Região Rio de Janeiro - RJ 
2ª Região Grande São Paulo + Ibiúna + 
parte da Baixada Santista – Mongaguá - 
Itanhaém - Peruíbe) 2 
3ª Região Belo Horizonte - MG 
4ª Região Porto Alegre - RS 
5ª Região Salvador - BA 
6ª Região Recife - PE 
7ª Região Fortaleza - CE 
8ª Região Belém – PA e Amapá 
9ª Região Curitiba - PR 
66"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
REGIÃO LOCALIZAÇÃO 
10ª Região Brasilia – DF e Tocantins 
11ª Região Manaus – AM e Roraima 
12ª Região Florianópolis - SC 
13ª Região João Pessoa - PB 
14ª Região
Porto Velho – RO + Acre e Rondônia 
15ª Região Campinas – SP + municípios de SP não 
englobados pela 2ª Região 
16ª Região São Luis - MA 
 
67"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
REGIÃO LOCALIZAÇÃO 
17ª Região Vitória - ES 
18ª Região Goiânia - GO 
19ª Região Maceió - AL 
20ª Região Aracajú - SE 
21ª Região Natal - RN 
22ª Região Teresina - PI 
23ª Região Cuiabá - MT 
24ª Região Campo Grande - MS 
TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS 
 
!  São os órgãos que compõem a Justiça Eleitoral: 
 
 
 
68"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Tribunal Superior Eleitoral 
Tribunais Eleitorais 
Juízes eleitorais 
Juntas eleitorais 
STF- 11 Min.; STJ- 33 min.; TST- 27 min.; TSE- no mínimo 7 membros, 7 juízes sendo 2 indicados pela presidência e 6 advogados; TRE- 2 desembargadores, 2 juízes, 1 juiz do TRF, 2 juízes indicados pela presidência e 6 advogados.
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL 
 
!  Composição de no mínimo 7 membros escolhidos conforme 
art. 119 da CF/88: 
 
I - mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) 3 juízes dentre os Ministros do STF; 
b) 2 juízes dentre os Ministros do STJ; 
 
II - por nomeação do Presidente da República, 2 juízes 
dentre 6 advogados de notável saber jurídico e 
idoneidade moral, indicados pelo STF. 
69"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
§ único. O TSE elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente 
dentre os Ministros do STF, e o Corregedor Eleitoral dentre 
os Ministros do STJ. 
 
70"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL 
 
!  Conforme § 1º do art. 120 da CF/88, o TRE será composto: 
I - mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) de 2 juízes dentre os desembargadores do TJ; 
b) de 2 juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo TJ; 
 
II - de 1 juiz do TRF com sede na Capital do Estado ou no 
DF, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em 
qualquer caso, pelo TRF respectivo; 
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de 2 
juízes dentre 6 advogados de notável saber jurídico e 
idoneidade moral, indicados pelo TJ. 
71"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
§ 2º - O TRE elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- 
dentre os desembargadores. 
 
!  O TRE é responsável pelo: 
a)  Cadastro dos eleitores; 
b)  Constituição de juntas e zonas eleitorais; 
c)  Apuração dos resultados; 
d)  Diplomação dos eleitos em nível estadual; 
e)  Dirimir dúvidas das eleições; 
f)  Julgar recursos provenientes dos juízes eleitorais. 
!  Os TREs do Brasil têm liberdade para confeccionar seus 
próprios regimentos internos. 
 
 
72"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
JUNTA ELEITORAL 
!  Comissão formada por membros nomeados pelo presidente 
do TRE. 
!  Responsável pela apuração de boletins de urna da 
respectiva Zona Eleitoral. 
COMPOSIÇÃO DA JUNTA ELEITORAL 
 
!  Presidente = 1 juiz de direito que é 
!  2 ou 4 cidadãos de notória idoneidade. 
!  Indicados pelo juiz eleitoral e nomeado pelo Presidente do 
TRE 60 dias antes das eleição. 
!  Os nomes são aprovados pelo órgão colegiado do TRE. 73"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES 
 
!  São os órgãos da Justiça Militar: 
 
74"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Superior Tribunal Militar 
Tribunais Regionais Militares 
Juízes militares 
!  Competência para julgar crimes militares, conforme art. 
124 da CF: 
Art. 124. à Justiça Militar compete processar e julgar os 
crimes militares definidos em lei. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o 
funcionamento e a competência da Justiça Militar 
 
75"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR 
!  Composição de no mínimo 15 membros nomeados pelo 
Presidente da República, após aprovação do Senado 
Federal, conforme art. 123 da CF, sendo: 
a)  3 dentre oficiais-generais da Marinha: 
b)  4 dentre oficiais-generais do Exército; 
c)  3 dentre oficiais-generais da Aeronáutica; 
d)  5 civis. 
"  Todos da ativa e do posto mais elevado da carreira. 
76"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da 
República dentre brasileiros maiores de 35 anos, sendo, 
conforme parágrafo único do art. 123 da CF. 
I.  3 dentre advogados de notório saber jurídico e conduta 
ilibada, com + de 10 ano de efetiva atividade 
profissional; 
II.  2, por escolha paritária, dentre juízes auditores e 
membros do Ministério Público da Justiça Militar. 
 
 
 
 
 
77"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS 
 
!  Formado pelos: 
!  A competência está previsto na Constituição de cada um 
dos Estados-Membros. 
!  A organização do Tribunal de Justiça fica a cargo das leis 
de organização judiciária do Estado-Membro. 
!  O ingresso para juiz estadual de primeira instância se dá 
por concurso de prova e títulos. 
 
 
 
78"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Tribunais de Justiça dos Estados 
Juízes dos Estados 
79"
TEORIA GERAL DO 
PROCESSO 
Ferradoza	
Espécies de jurisdição 
80"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
JURISDIÇÃO 
CONTENCIOSA 
JURISDIÇÃO 
VOLUNTÁRIA 
Conhecida como jurisdição 
propriamente dita 
Existe controvérsia Inexiste controvérsia 
Ocorre coisa julgada 
Havendo controvérsia, há 
coisa julgada. 
Não há coisa julgada 
Não havendo litígio, não 
ocorre o trânsito em julgado 
Apenas ocorre uma sentença 
homologatória 
Há processo 
Existe uma relação jurídica 
com obrigações e deveres das 
partes. 
Mero procedimento 
Existe uma somatória de atos 
unidos entre si (procedimento) 
81"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
JURISDIÇÃO 
CONTENCIOSA 
JURISDIÇÃO 
VOLUNTÁRIA 
Existência de partes 
Autor e réu 
Existência de interessados 
Não existe partes mas 
interessados, pois não ocorre 
a controvérsia. 
Papel do juiz 
Papel de notário. É uma 
função meramente 
administrativa. 
EXEMPLOS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA NO CPC 
 
a)  Divórcio direto consensual ou por mútuo consentimento 
!  O art. 1.124-A do CPC/73 autoriza o divórcio consensual 
realizados por escritura pública, sem necessidade de 
homologação judicial: 
82"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 733 do CPC/15. O divórcio consensual, a separação 
consensual e a extinção consensual de união estável, não 
havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os 
requisitos legais, poderão ser realizados por escritura 
pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 
731. 
!  Não pode haver filhos menores ou incapazes, o que 
exigiria a fiscalização judicial e do Ministério Público. 
!  Necessário a assistência de advogado, que pode ser 
comum, ou de cada um, cuja qualificação e assinatura 
constará do ato notarial. 
!  Da escritura constarão as regras sobre partilha de bens, 
alimentos e o nome que os cônjuges usarão, após a 
extinção da sociedade conjugal. 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
a)  Alienações Judiciais 
!  É considerado uma modalidade cautelar para casos em 
que a constrição judicial recair sobre bens de fácil 
deterioração, que se encontrem avariados, que exijam 
grandes despesas para sua guarda, ou, ainda, em se 
tratando de semoventes. 
!  Previsto no art. 670 do CPC/73. 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 852 CPC/15: O juiz determinará a alienação antecipada 
dos bens penhorados quando: 
I.  Se tratar de veículos automotores, de pedras e metais 
preciosos e de outros bens móveis sujeitos à depreciação 
ou à deterioração; 
II. Houver manifesta vantagem. 
!  Pode ocorrer durante o processo (INCIDENTE 
ACAUTELATÓRIO) como ser promovida isoladamente, 
independentemente
de outros processos. 
!  Pode ser decretado de ofício ou no curso do processo 
como o requerimento dos interessados ou depositários. 
!  Em regra a alienação judiciária será por meio de leilão, 
podendo ser por alienação direta se os interessados 
concordarem. 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
c)  Testamento e Codicilo 
!  Codicilo: ato jurídico unilateral de última vontade, 
necessariamente escrito, pelo qual o autor da herança 
discorre sobre o como será seu enterro ou destina 
pequenos valores para o enterro. 
!  A abertura do testamento e codicilo será perante o juiz. 
 
Art. 1.125 do CPC/73. Ao receber testamento cerrado, o juiz, 
após verificar se está intacto, o abrirá e mandará que o 
escrivão o leia em presença de quem o entregou. 
 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
 
 
 
 
 
 
!  Não há litígio, por isso é de jurisdição voluntária. 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 735 do CPC/15. Recebendo testamento cerrado, o juiz, 
se não achar vício externo que o torne suspeito de nulidade 
ou falsidade, o abrirá e mandará que o escrivão o leia em 
presença do apresentante. 
d)   Herança Jacente 
!  Ocorre quando o de cujus não tem herdeiros ou sucessores. 
!  Processa-se no juízo do domicílio do falecido. 
!  É nomeado um curador provisório para guardar, conservar e 
administrar os bens deixados, até a apresentação de algum 
sucessor que se habilite ou até a declaração da vacância da 
herança. 
!  Após 1 ano da publicação do 1º edital será declarada a 
vacância da herança. 
!  Em 5 anos serão os bens incorpodos ao ativo do Estado. 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 1.142 do CPC/73. Nos casos em que a lei civil considere 
jacente a herança, o juiz, em cuja comarca tiver domicílio o 
falecido, procederá sem perda de tempo à arrecadação de 
todos os seus bens. 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 738 do CPC/15. Nos casos em que a lei considere jacente 
a herança, o juiz em cuja comarca tiver domicílio o falecido 
procederá imediatamente à arrecadação dos respectivos bens. 
Art. 1.143 do CP/73. A herança jacente ficará sob a guarda, 
conservação e administração de um curador até a respectiva 
entrega ao sucessor legalmente habilitado, ou até a declaração 
de vacância; caso em que será incorporada ao domínio da 
União, do Estado ou do Distrito Federal. 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 739 do CPC/15. A herança jacente ficará sob a guarda, 
a conservação e a administração de um curador até a 
respectiva entrega ao sucessor legalmente habilitado ou até 
a declaração de vacância. 
e)  Bens do ausente 
 
!  Ausente é o que desaparece de seu domícilio sem deixar 
representante ou procurador para administrar-lhe os bens. 
"
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem 
dela haver notícia, se não houver deixado representante ou 
procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a 
requerimento de qualquer interessado ou do Ministério 
Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. 
!  Aos bens arrecadados será nomeado curador e a cada 2 
meses durante 1 ano serão publicados editais anunciando a 
arrecadação dos bens do ausente e o convocando a 
comparecer em juízo. 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 1.159 do CPC/73. Desaparecendo alguém do seu domicílio 
sem deixar representante a quem caiba administrar-lhe os 
bens, ou deixando mandatário que não queira ou não possa 
continuar a exercer o mandato, declarar-se-á a sua ausência. 
 
 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 744 do CPC/15. Declarada a ausência nos casos previstos 
em lei, o juiz mandará arrecadar os bens do ausente e nomear-
lhes-á curador na forma estabelecida na Seção VI […] 
 
Art. 745 do CPC/15. Feita a arrecadação, o juiz mandará 
publicar editais na rede mundial de computadores, no sítio do 
tribunal a que estiver vinculado e na plataforma de editais do 
Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 1 ano, ou, 
não havendo sítio, no órgão oficial e na imprensa da comarca, 
durante 1 ano, reproduzida de 2 em 2 meses, anunciando a 
arrecadação e chamando o ausente a entrar na posse de seus 
bens. 
f)   Coisa vaga 
!  Coisa vaga é coisa achada. 
!  Um bem da vida alheio perdido que é encontrado. 
Art. 1.170 do CPC/73. Aquele que achar coisa alheia perdida, 
não Ihe conhecendo o dono ou legítimo possuidor, a entregará 
à autoridade judiciária ou policial, que a arrecadará, mandando 
lavrar o respectivo auto, dele constando a sua descrição e as 
declarações do inventor. 
 
 
 
 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 746 do CPC/15. Recebendo do descobridor coisa alheia 
perdida, o juiz mandará lavrar o respectivo auto, do qual 
constará a descrição do bem e as declarações do 
descobridor. 
!  O CP em seu art. 169, II, prevê pena de detenção de 1 mês a 
1 ano ou multa, para quem se apropriar de coisa perdida. 
Art. 169 do CP - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao 
seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza: 
Pena - detenção, de 1 mês a 1 ano, ou multa. 
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total 
ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou 
legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade 
competente, dentro no prazo de 15 dias. 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  A coisa achada deverá ser entregue a uma autoridade 
policial ou judiciária que lavrará respectivo auto com a 
descrição do objeto. 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
 
Art.746, § 1o do CPC/15: Recebida a coisa por autoridade 
policial, esta a remeterá em seguida ao juízo competente. 
§ 2o Depositada a coisa, o juiz mandará publicar edital na 
rede mundial de computadores, no sítio do tribunal a que 
estiver vinculado e na plataforma de editais do Conselho 
Nacional de Justiça ou, não havendo sítio, no órgão oficial 
e na imprensa da comarca, para que o dono ou o legítimo 
possuidor a reclame, salvo se se tratar de coisa de pequeno 
valor e não for possível a publicação no sítio do tribunal, 
caso em que o edital será apenas afixado no átrio do 
edifício do fórum. 
96"
TEORIA GERAL DO 
PROCESSO 
Ferradoza	
PROCESSO 
!  A atividade jurisdicional caracteriza-se pela inércia. 
!  O particular provoca o Estado-Juiz para o exercício da 
função jurisdicional. 
Art. 2º CPC/73: Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional 
senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos 
casos e forma legais. 
Dispositivo não disposto no CPC/15. 
 
Art. 24º CPP: nos crimes de ação pública, esta será 
promovida por denúncia do Ministério Público, mas 
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro 
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem 
tiver qualidade para representá-lo 
 
 
!  A provocação do interessado se faz pela AÇÃO. 
!  Vamos as várias teorias que explicam a NATUREZA 
JURÍDICA DA AÇÃO. 
97"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  A atividade jurisdicional caracteriza-se pela inércia. 
!  O particular provoca o Estado-Juiz para o exercício da 
função jurisdicional. 
Art. 2º CPC/73: Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional 
senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos 
casos e forma legais. 
Dispositivo não disposto no CPC/15. 
 
Art. 24º CPP: nos crimes de ação pública, esta será 
promovida por denúncia do Ministério Público, mas 
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro 
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem 
tiver qualidade para representá-lo 
 
 
!  A provocação do interessado se faz pela AÇÃO. 
!  Vamos as várias teorias que explicam a NATUREZA 
JURÍDICA DA AÇÃO. 
98"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
PROCESSO 
 
!  É o instrumento de atuação do órgão
jurisdicional. 
!  Ele é dinâmico e se desenvolve através de atos 
processuais. 
!  Desde a proposição da demanda, haverá a formação de 
um processo, que é o instrumento da jurisdição. 
 
99"
É por 
meio do "
Que o Poder Judiciário 
PODERÁ DAR A 
RESPOSTA solicitada"
Que o Juiz APLICA a lei 
ao caso concreto"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  O processo, NÃO SE SUBMETE A UMA ÚNICA FORMA. 
!  Ele se exterioriza de várias maneiras diferentes, conforme 
as particularidades da pretensão do autor e da defesa do 
réu. 
!  Ex.: 
!  A ISSO CHAMAREMOS DE PROCEDIMENTO DA AÇÃO. 
 
 
100"
AÇÃO DE 
COBRANÇA "
não se 
desenvolve 
como uma"
AÇÃO DE 
USUCAPIÃO 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Procedimento da ação é a pretensão do autor e da defesa do réu.
PROCEDIMENTO DA AÇÃO 
!  É o rito, o caminho e o modo pelos quais se 
desenvolverão os atos processuais. 
!  O procedimento poderá se desenvolver por diferentes atos 
processuais necessários, conforme o tipo da demanda: 
Ex.: ação de cobrança não se desenvolve como a ação de 
usucapião. 
!  O modo de desenvolver o processo, vai em 
conformidade com cada caso, que é o procedimento do 
feito, isto é, o RITO. 
!  Mas, antes de achar o rito temos que classificar o 
processo: 
 101"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Rito é modo como se dá o andamento do processo
CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO 
PARA AFERIRMOS O RITO 
 
!  O Processo se classifica em: 
 
1.  Processo de Conhecimento; 
2.  Processo de Execução e; 
3.  Processo Cautelar. 
 
102"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
1. PROCESSO DE CONHECIMENTO: 
 
!  As partes levam ao conhecimento do juiz, os fatos e 
fundamentos jurídicos, para que ele possa substituir por um 
ato seu, a vontade de uma das partes. 
!  A formação do processo de conhecimento ocorre pela 
propositura da demanda em juízo e vai até a sentença. 
!  No processo temos uma sucessão ordenada de atos dentro 
de modelos previstos em lei que são os procedimentos, 
também chamados de RITOS que podem ser: 
 
103"
SUMÁRIO"ORDINÁRIO" ESPECIAL"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
RITO ORDINÁRIO 
 
!  Artigo 282 e 283 do CPC/73. 
Art. 319 do CPC/15. A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união 
estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de 
Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o 
endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade 
dos fatos alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de 
conciliação ou de mediação. 104"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  Para demandas complexas; 
!  É um processo mais largo e com mais possibilidades; 
!  Valores acima de 60 salários mínimos; 
!  É o procedimento padrão; 
!  Quando não houver previsão nos demais, aplica-se 
subsidiariamente o rito ordinário. 
 
105"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
RITO SUMÁRIO 
!  Previsto no artigo 275 do CPC de 73. 
!  Lei nº. 9.099, de 26 de setembro de 1995; 
 
 
 
106"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
OBSERVAÇÃO QUANTO AO CPC DE 2015 
 
!  Para simplificar os procedimentos, o novo CPC institui 
procedimento único para o processo de sentença, adaptável 
pelo juiz em face do caso concreto. 
!  Não mais haverá a dicotomia entre procedimento ordinário e 
procedimento sumário. 
!  Doravante haverá apenas um proced imento de 
conhecimento, com forte inspiração no rito sumário. 
!  As testemunhas serão arroladas na inicial e na 
contestação, devendo comparecer independente de 
intimação. 
 
 
 
107"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Deve arrolar as testemunhas na petição inicial, e elas deverão comparecer independente de intimação, de acordo com o CPC-15.
RITO SUMÁRIO 
!  Serve para as seguintes demandas: 
 
 
 OU 
 
108"
NÃO"EXCEDEREM"A"60"S.M.,""
INDEPENDENTE"DO"VALOR"
Que"verse"sobre:"
1.  "parceria,"
2.  Arrendamento,"
3.  danos"de"acidente"
de"veículo,"
4.  entre"outros."
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  NÃO PODE CITAÇÃO POR EDITAL – autor deve qualificar 
corretamente, sob pena de arquivamento. 
!  A demanda deverá ser apreciada no prazo máximo de 15 
dias do seu ajuizamento. 
109"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
2. PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
!  Neste processo, a pretensão não é mais referente ao 
direito, mas a satisfação do direito já discutido. 
 
a)  Quando já se possui um título executivo judicial (Art. 475, 
n, CPC/73) 
Art. 515 do CPC/15: São títulos executivos judiciais, cujo 
cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos 
neste Título: 
ou; 
b)  Que já tenha transitado em julgado ou; 
!  Extrajudicial (Art. 585, CPC/73). 
"
Art. 784, CPC/15: São títulos executivos extrajudiciais: 110"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Processo feito que busca não mais saber o direito, mas sim, discutir a satisfação do direito.
!  Execução é o meio pelo qual alguém é levado a juízo para 
solver uma obrigação que tenha sido imposta por lei ou por 
uma decisão judicial. 
111"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
PROCESSOS ECLÉTICOS ou SINCRÉTICOS 
!  Desde a alteração do CPC pela Lei nº 11.232/2005, os 
processos de conhecimento com pedidos condenatórios 
passaram a ter NATUREZA ECLÉTICA. 
!  A sentença condenatória transitada em julgado não põem 
mais fim ao processo de conhecimento, mas apenas à fase 
cognitiva, dando-se início a fase executiva se não houver 
satisfação espontânea do julgado. 
112"
SENTENÇA"
TRANSITADA"
EM"JULGADO"
ANTES"DA"LEI" DEPOIS"DA"LEI"
AbriaQse"novo"
cogniSvo"para"
executar"a"
sentença"
ExecutaQse"a"
sentença"nos"
mesmos"autos"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
3. PROCESSO CAUTELAR 
 
!  É um processo preventivo, que visa evitar dano ou 
vício irreparável ou de difícil reparação. 
!  O p rocesso cau te l a r pode ap resen ta r - se na 
forma PREPARATÓRIO, quando instaurado antes da 
propositura da ação principal, ou na forma INCIDENTAL, 
quando essa se encontra em andamento. 
!  De acordo com o art. 800 do CPC, as medidas cautelares 
serão requeridas ao juiz competente para conhecer a causa 
e, quando preparatórias, ao juiz competente para conhecer 
da ação principal. 
113"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Processo que busca evitar dano irreparável ou de difícil reparação.
Se o processo estiver em andamento e for pedido a abertura de processo cautelar, será então chamada de INCINDENTAL.
O contrário é PREPARATÓRIO.
114"
TEORIA GERAL DO 
PROCESSO 
Ferradoza	
ATOS PROCESSUAIS 
ATOS PROCESSUAIS 
!  O processo se apresenta, no meio jurídico, como uma 
relação jurídica ORA PRATICADA PELAS PARTES, ORA 
PELO JUIZ OU SEUS AUXILIARES. 
!  Também pode ser praticado POR TERCEIROS, ligados ao 
processo, como testemunhos ou exibição de documentos 
etc. 
!  Há alguns acontecimentos naturais não provocados 
pela vontade humana, como morte da parte, 
perecimento do bem litigioso, o decurso de tempo etc. 
115"
 
Esta sequência de atos, fatos e negócios processuais 
pode ser resumido em ATOS PROCESSUAIS. 
"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  Para Theodoro Júnior (2003, 198), ato processual é 
“Toda ação humana que produza efeito jurídico em relação ao 
processo”. 
 
116"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
ATOS DO PROCESSO
# 
DE ATOS DO PROCEDIMENTO 
!  O processo pode ser encarado sob 2 ângulos distintos: 
 
a)  O PROCESSO propriamente dito (relação jurídica 
processual) e; 
 
b)  O PROCEDIMENTO (rito ou forma do processo). 
 
117"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
ATOS DO PROCESSO: provocam a instauração da relação 
processual, documentam os fatos alegados e solucionam 
ao final a lide. 
Ex.: 
 
118"
PETIÇÃO INICIAL 
citação 
contestação 
conciliação 
Produção de provas 
SENTENÇA 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
b) ATOS DO PROCEDIMENTO: 
 
!  Atos que somente refletem no rito; 
!  Não influem na relação processual. 
 Ex.: 
 
Ajuste para ampliação ou redução de prazo; 
 
Adiamento de audiência; 
 
Divide-se em prazo comum para vista aos autos. 
 
 119"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
DA FORMA DOS ATOS 
 Princípio da liberdade das formas 
 
!  A forma processual é o conjunto de solenidades necessárias 
para a validade de determinado ato processual. 
!  É a forma exterior pelo qual os atos processuais se 
apresentam. 
 
Art. 154 do CPC/73. Os atos e termos processuais não dependem 
de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, 
reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe 
preencham a finalidade essencial. 
 
Art. 188 do CPC/15: Os atos e os termos processuais independem de 
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, 
considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe 
preencham a finalidade essencial. 
 
120"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  Neste dispositivo encontramos 2 regras importantes: 
1.  Salvo lei em contrário a forma é livre. 
2.  Quando não determinado em lei, o ato praticado de outra 
forma será válido. 
!  Para evitar uma liberdade absoluta que implique num 
sistema caótico que impossibilite a solução da lide, ou 
!  Para haver segurança e previsibilidade ao ato. 
!  O d i re i to b ras i le i ro adotou o PRINCÍPIO DA 
INSTRUMENTALIDADE pelo qual: 121"
Liberdade absoluta impossibilitaria a 
sequência natural de um processo, tornando-o 
caótico e impossibilitando a solução da lide. 
"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
De regra, não existe forma pré-estabelecida para os atos 
processuais, e mesmo quando expressamente prevista 
determinada forma, é válido, se atingida sua finalidade. 
 
!  Para Elpídio Donizetti, 
O ato processual que alcançar a finalidade para que foi 
elaborado será válido, eficaz e efetivo, mesmo que praticado 
por forma diversa da estabelecida em lei, desde que não 
traga prejuízo substancial à parte adversa. 
!  Se o ato for praticado de modo diverso e preencher a 
finalidade essencial, e a lei não proibir, será válido. 
 
122"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  Ex.: instrumentalidade das formas no Código de Processo 
Penal: 
Art. 570 do CPP. A falta ou a nulidade da citação, da 
intimação ou notificação estará sanada, desde que o 
interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora 
declare que o faz para o único fim de argui-la. O juiz 
ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, 
quando reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar 
direito da parte. 
123"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  Mesmo admitindo-se o princípio da instrumentalidade, é 
obrigatório, em todo ato processual, o uso do vernáculo. 
!  O idioma estrangeiro, somente será aceito se 
acompanhado de tradução feita por tradutor juramentado. 
 
Art. 156 do CPC/73: Em todos os atos e termos do 
processo é obrigatório o uso do vernáculo. 
 
Art. 157 do CPC/73: Só poderá ser junto aos autos 
documento redigido em língua estrangeira, quando 
acompanhado de versão em vernáculo, firmada por 
tradutor juramentado. 
124"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 192 do CPC/15: Em todos os atos e termos do processo 
é obrigatório o uso da língua portuguesa. 
Parágrafo único. O documento redigido em língua 
estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando 
acompanhado de versão para a língua portuguesa 
tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, 
ou firmada por tradutor juramentado.#
 
!  A Lei nº 9.800/99 permite a utilização do fac-símile, 
devendo o original ser entregue no prazo de até 5 dias da 
transmissão dos dados. 
 
125"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Ex. Princípio da instrumentalidade das formas: 
 
A ausência da cópia da certidão de intimação da decisão 
agravada não é óbice ao conhecimento do AgrInst. 
quando, por outros meios inequívocos, for possível aferir 
a tempestividade do recurso, em atendimento ao 
princípio da instrumentalidade das formas. O STJ entende 
que, apesar de a certidão de intimação da decisão agravada 
constituir peça obrigatória para a formação do AgrInst (art. 
525, I, do CPC), sua ausência pode ser relevada desde que 
seja possível aferir, de modo inequívoco, a tempestividade do 
agravo por outro meio constante dos autos. Resp 1.409.357-
SC, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 14/05/2014. 
126"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
PUBLICIDADE DOS ATOS 
!  Os atos processuais são públicos: 
Art. 155 do CPC/73: Os atos processuais são públicos. 
Correm, todavia, em segredo de justiça os processos: 
I - em que o exigir o interesse público; 
Il - casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão 
desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. 
 
§ único. O direito de consultar os autos e de pedir certidões 
de seus atos é restrito às partes e a seus procuradores. O 
terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao 
juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de 
inventário e partilha resultante do desquite. 
 127"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 189 do CPC/15: Os atos processuais são públicos, todavia 
tramitam em segredo de justiça os processos: 
I - em que o exija o interesse público ou social; 
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, 
separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças 
e adolescentes; 
III - em que constem dados protegidos pelo direito 
constitucional à intimidade; 
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento 
de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na 
arbitragem seja comprovada perante o juízo. 
§ 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em 
segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às 
partes e aos seus procuradores. 
§ 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao 
juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e 
de partilha resultantes de divórcio ou separação. 
 128"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  O art. 93, IX da CF/88 NÃO admite julgamentos “secretos”. 
Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário 
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob 
pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em 
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, 
ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do 
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique 
o interesse público à informação; 
129"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
DIVISÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
!  Para o CPC a classificação dos atos processuais possui 
caráter SUBJETIVO, dividindo-se, CONFORME O 
SUJEITO QUE O PRATICA, 
 
•  Atos das partes (art. 158 a 161); 
•  Atos do juiz (art. 162 a 165); 
•  Atos do escrivão ou chefe de secretaria (art. 166 a 171); 
!  Também deve ser incluído nesta divisão de atos das partes: 
•  Auxiliares da justiça, perito judicial, contador e oficial de 
justiça (art. 139). 
130"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
ATOS DAS PARTES
(art. 158 a 161) 
 
Art. 158 do CPC/73. Os atos das partes, consistentes em 
declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, 
produzem imediatamente a constituição, a modificação ou 
a extinção de direitos processuais. 
 
Art. 200 do CPC/15. Os atos das partes consistentes em 
declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem 
imediatamente a constituição, modificação ou extinção de 
direitos processuais. 
 
 
131"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  As declarações unilaterais incluem os atos de postulação 
e as meras manifestações de vontade. 
!  As declarações bilaterais de vontade não se constituem, 
tecnicamente, em atos processuais, porém em negócios 
jurídicos processuais. 
132"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  Também é parte, OS TERCEIROS INTERVENIENTES e o 
Ministério Público, exceto quando atua como fiscal da Lei. 
MP: Art. 81do CPC/73. O Ministério Público exercerá o 
direito de ação nos casos previstos em lei, cabendo-lhe, no 
processo, os mesmos poderes e ônus que às partes. 
 
Art. 177 do CPC/15. O Ministério Público exercerá o direito 
de ação em conformidade com suas atribuições 
constitucionais. 
 
 
 
133"
1.  ASSISTÊNCIA 
2.  OPOSIÇÃO 
3.  NOMEAÇÃO À AUTORIA 
4.  DENUNCIAÇÃO DA LIDE 
5.  CHAMAMENTO AO PROCESSO 
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
!  A prática do ato processual CONSTITUI ÔNUS DA PARTE, 
uma oportunidade para praticar o ato. 
 
!  A omissão implica preclusão (perda dessa oportunidade) 
 
 
 
134"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
ATOS DO JUIZ (art. 162 a 165) 
Art. 162 do CPC/73. Os atos do juiz consistirão em 
sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 
 
Art. 203 do CPC/15. Os pronunciamentos do juiz 
consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e 
despachos. 
!  O art. 203 do CPC/15 não é exaustivo, já que o juiz pode 
presidir audiências, realizar inspeção judicial, prestar 
informações em Agravo de Instrumento, ato de mera 
comunicação, assinatura de termos e ofícios. 
135"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
SENTENÇA: 
 
!  A ato do juiz que implica alguma das situações previstas 
nos arts. 267 e 269 do CPC. 
Art. 162 do CPC/73. 
§ 1º Sentença é o ato do juiz que implica alguma das 
situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei. 
 
Art. 203 do CPC/15. 
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos 
procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento 
por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 
487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, 
bem como extingue a execução. 
 
136"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resolução de 
mérito 
!  Processuais ou terminativas. 
!  Não se se pronunciam sobre o mérito da causa. 
 
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
Art. 485 do CPC/15. O juiz não resolverá o mérito quando: 
 
I.  quando o juiz indeferir a petição inicial; 
I - indeferir a petição inicial; 
 
II. quando ficar parado por mais de 1 ano por negligência das 
partes; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 ano por 
negligência das partes; 
137"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
III. não promover os atos e diligências que Ihe competir, o 
autor abandonar a causa por mais de 30 dias; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe 
incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 dias; 
 
IV. quando se verificar a ausência de pressupostos de 
constituição e de desenvolvimento válido e regular do 
processo; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de 
desenvolvimento válido e regular do processo; 
 
V. juiz acolher alegação de perempção, litispendência ou 
coisa julgada. 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência 
ou de coisa julgada; 
 
 
 
138"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
139"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
VI. não concorrer qualquer das condições da ação, como 
a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o 
interesse processual; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse 
processual; 
 
VII. pela convenção de arbitragem; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de 
arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua 
competência; 
 
VIII. autor desistir da ação; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
140"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
IX. ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
Ex.: Extinção do poder familiar, se uma das partes vem a 
falecer numa ação de divórcio” 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada 
intransmissível por disposição legal; e 
 
X. ocorrer confusão entre autor e réu; 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
 
Art. 269 do CPC/73- Haverá resolução de mérito 
Art."487"do"CPC/15.""Haverá"resolução"de"mérito"quando"o"juiz:"
 
!  Sentença de mérito ou definitivas. 
!  Julga o mérito, compondo a lide. 
I.  quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; 
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na 
reconvenção; 
 
141"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
II. quando o réu reconhecer a procedência do pedido; 
II - homologar: 
a)  o reconhecimento da procedência do pedido formulado na 
ação ou na reconvenção; 
III. quando as partes transigirem; 
II. b) a transação; 
 
IV. quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; 
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência 
de decadência ou prescrição; 
142"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
V. quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda 
a ação. 
III. c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na 
reconvenção. 
 
143"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA 
 
!  Ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão 
incidente. 
 
Art. 162 do CPC/73. 
§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do 
processo, resolve questão incidente. 
 
Art. 203 do CPC/15. 
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial 
de natureza decisória que não se enquadre no § 1o. 
144"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 203 do CPC/15. 
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos 
procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento 
por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 
e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento 
comum, bem como extingue a execução. 
145"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
DESPACHO 
 
!  Todos os demais atos do juiz praticados no processo, de 
ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não 
estabelece outra forma. 
Art. 162 do CPC/73. 
§ 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados 
no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo 
respeito a lei não estabelece outra forma. 
 
Art. 203 do CPC/15. 
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do 
juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da 
parte. 
 
 
146"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Observação: 
!  Todas as sentenças e acórdãos, deve, obrigatoriamente, 
ser por escrito, fundamentado, datado e assinado pelo juiz 
que decidiu. 
!  Se verbal, deve ser reduzido a termo para que surta seus 
efeitos. É o que prevê o artigo 164 do CPC: 
"
Art. 164. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos 
serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. Quando 
forem proferidos, verbalmente, o taquígrafo ou o 
datilógrafo os registrará, submetendo-os aos juízes para 
revisão e assinatura. 
147"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 205 do CPC/15. Os despachos, as decisões, as 
sentenças e os acórdãos serão redigidos, datados e 
assinados pelos juízes.
§ 1o Quando os pronunciamentos previstos no caput 
forem proferidos oralmente, o servidor os documentará, 
submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura. 
148"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
ATOS DO ESCRIVÃO OU CHEFE DE SECRETARIA (art. 166 
a 171). 
 
Art. 166. Ao receber a petição inicial de qualquer processo, 
o escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do 
feito, o número de seu registro, os nomes das partes e a 
data do seu início; e procederá do mesmo modo quanto 
aos volumes que se forem formando. 
 
 
149"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
AUXILIARES DA JUSTIÇA, PERITO JUDICIAL, CONTADOR 
e OFICIAL DE JUSTIÇA: 
Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros, cujas 
atribuições são determinadas pelas normas de organização 
judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o 
depositário, o administrador e o intérprete. 
150"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
ATIVIDADE INSTRUMENTAL 
 
!  É a busca da realização do direito material. 
!  A jurisdição é uma atividade instrumental, visto que ele é um 
instrumento de atuação do direito material. 
!  Ele é um meio para se buscar o direito material e não um 
fim. 
 
151"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO 
 
LIDE 
!  A jurisdição pressupõe a existência de uma lide. 
!  O problema é apresentado pelo particular para que o Estado 
atue no processo e julgamento. 
152"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
INÉRCIA 
 
!  Os órgãos jurisdicionais são inertes. 
!  O particular provoca o Estado-Juiz para oexercício da 
função jurisdicional. 
!  O titular de uma pretensão vem a juízo pedir a prolação de 
um provimento que satisfaça a sua pretensão e com isso 
elimine o estado de insatisfação. ( 24 do CPP). 
Art. 2º CPC: Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional 
senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos 
casos e forma legais. 
153"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
Art. 24 do Código de Processo Penal. 
Art. 24º CPP: nos crimes de ação pública, esta será 
promovida por denúncia do Ministério Público, mas 
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro 
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem 
tiver qualidade para representá-lo 
154"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
IMUTABILIDADE DOS ATOS JURISDICIONAIS 
 
!  Somente os atos judiciais podem ser atingidos pela 
imutabilidade. 
!  A coisa julgada é a imutabilidade dos efeitos de uma 
sentença, em virtude da qual nem as partes podem repropor 
a mesma demanda em juízo ou comportar-se de modo 
diferente daquele preceituado, nem os juízes podem voltar a 
decidir a respeito, nem o próprio legislador pode emitir 
preceitos que contrariem, para as partes, o que já ficou 
definitivamente julgado. 
 
155"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
156"
TEORIA GERAL DO 
PROCESSO 
Ferradoza	
Poderes da jurisdição 
!  O juiz dispõe de 2 poderes: 
PODER DE JURISDIÇÃO 
 
!  Poder de aplicar a lei ao caso concreto. 
 
PODER DE POLÍCIA 
 
!  É conferido ao juiz para poder atuar o poder de jurisdição. 
 
157"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
158"
TEORIA GERAL DO 
PROCESSO 
Ferradoza	
BIBLIOGRAFIA 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 
 
CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada 
Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do 
processo. 30 ed. Revista, atualizada e aumentada. São 
Paulo : Malheiros, 2014. 
 
CORREIA, Marcus Orione Gonçalves. Teoria geral do 
processo. 5 ed. São Paulo : Saraiva, 2009. 
 
 
 
 
 
 
159"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
BIBLIOGRAFIA SUPLEMENTAR: 
 
MARLON REIS; colaboradores: Sergio Ferradoza e Dalvan 
tavares. Direito" eleitoral" brasileiro." " Imprensa:" Brasília," Alumnus,"
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GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil 
esquematizado. 3 ed. rev. e atual. São Paulo; Saraiva, 2013. 
 
ROCHA, José de Albuquerque. Teoria geral do processo. 5° 
ed., rev., atual. e ampl. São Paulo: Malheiros Editores, 2001. 
 
 
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 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza	
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual 
Civil: Rio de Janeiro: Forense, 2003. 
 
DONIZETTI, Elpídio. Novo Código de Processo Civil 
Comparado. CPC/73 para o NCPC e NCPC para o CPC/73: 
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161"
 TEORIA GERAL DO PROCESSO Ferradoza

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