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Direito Constitucional II - P1

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Direito Constitucional II – P1 – 3º Período
Poder Constituinte Originário – cria a Constituição
Poder Constituinte Derivado – altera o texto constitucional 
Mutação – mudança na interpretação da lei
Sistema de freios e contrapesos - contenção do poder pelo poder, ou seja, cada poder deve ser autônomo e exercer determinada função, porém o exercício desta função deve ser controlado pelos outros poderes. Assim, pode-se dizer que os poderes são independentes, porém harmônicos entre si.
ORGANIZAÇÃO DE PODERES
O Estado será organizado de maneira a estabelecer funções diferentes a órgãos diferentes. Tal realidade será desenvolvida em cada um dos entes federados, de maneira que não haja centralidade de poder, estando cada um dos órgãos destinado a uma determinada função e tendo sua estrutura delimitada no texto constitucional. A organização no respeito à norma constitucional trará uma estrutura de poder harmônica e inspirada no sistema de freios e contrapesos. 
PODER LEGISLATIVO
Função típica – legislar/fiscalizar (a si mesmo e a outros poderes)
Função atípica – julgar/executar 
O poder legislativo é exercido pelo Congresso Nacional. 
 Câmara dos Deputados
Congresso Nacional Bicameral
 Senado Federal
Estados – Assembleia Legislativa (deputados estaduais)
Municípios – Câmara de Vereadores (vereadores) Unicameral
DF – Câmara Distrital (deputados distritais)
CÂMARA DOS DEPUTADOS (art. 45 CF)
Representantes do povo
Vagas/cadeiras – 513 deputados federais
Sistema proporcional – requisitos: população, partidos e vagas
Podem ser elegidos no mínimo 8 e no máximo 70 deputados
Período de legislatura – 4 anos
SENADO FEDERAL (art. 46 CF)
Representantes dos Estados e do DF
Cada Estado pode eleger 3 senadores – Total 81 senadores
Sistema majoritário puro – será eleito quem tiver o maior número de votos
Período de legislatura – 8 anos
Cada senador é eleito com 2 suplentes
O CN tem estrutura bicameral. Dessa forma, duas casas conjuntamente realizarão a competência destinada ao poder legislativo. A estrutura da Câmara de Deputados inspira a formação dos poderes dos demais entes federados. No entanto, eles terão apenas uma casa, definindo assim como um órgão unicameral. Já o Senado Federal, por ser uma casa tipicamente federal, tem sua organização diferenciada e não serve de base para outros poderes legislativos.
PRERROGATIVAS E IMUNIDADES
Absoluta/Material – Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
Relativa/Formal – Via de regra deputados e senadores não poderão ser presos
Exceção: Flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
Processo judicial – corre no STF
Foro privilegiado ou foro por prerrogativa de função
As prerrogativas são estabelecidas como forma de resguardar a autonomia do poder legislativo no exercício de suas funções, devendo não somente a casa legislativa observá-la como também o poder judiciário e outros órgãos relacionados à segurança.
É destinado ao parlamentar requisitos diferenciados de prisão, processo e julgamento, onde somente o STF terá competência para fazê-lo.
Cláusula de irresponsabilidade – estabelece ao deputado e senador a garantia de não responder, desde a diplomação, por nenhum dos crimes de opinião, palavra e voto, até o final do mandato e até depois dele.
Falta de decoro - decoro significa decência, respeito a si mesmo e aos outros. Assim o parlamentar deve agir de forma decente seja no recinto da respectiva Câmara como ainda fora dela.
Teorias de quando a prerrogativa é válida:
Dentro do CN
Dentro e Fora do CN (em exercício de função)
Dentro e fora*
*teoria adotada no Brasil
Os casos de perda ou suspensão de mandato serão devidamente estabelecidos constitucionalmente. No entanto, tal ato depende, via de regra, da autorização da casa em que referido deputado ou senador faça parte. Assim, os processos administrativos contra tais membros correrão conforme lesão ao texto constitucional e ainda o entendimento das casas. 
DAS REUNIÕES (art. 57 CF)
Sessão Legislativa 
As reuniões ocorrerão de 02/02 a 22/12, tendo dois períodos de recesso parlamentar. Tais períodos precisam ser devidamente obedecidos para que seja possível o devido cumprimento dos prazos na votação do processo legislativo e das demandas necessárias ao seu exercício. Além disso, a ciência deste prazo estabelecerá o exercício das atribuições e votações pelo Congresso. Toda essa atividade será organizada através da mesa diretora de cada uma das casas legislativas. Tal fato será possível após eleição dos membros por um pleito de 2 anos sem possibilidade de recondução no mesmo cargo, e quando houver atividades através de reunião das duas casas haverá uma mesa diretora para organizar suas atividades.
1º período legislativo: 2 de fevereiro a 17 de julho (02/02 a 17/07)
2º período legislativo: 1 de agosto a 22 de dezembro (01/08 a 22/12)
Convocação extraordinária
É o funcionamento do Congresso Nacional fora do período da sessão legislativa ordinária. A convocação pode ser feita pelo:
Presidente do Senado Federal
Caso de decretação de Estado de Defesa ou de Intervenção Federal, de pedido de autorização para a decretação de Estado de Sítio e para o compromisso e posse do presidente e do vice-presidente da República
Presidente da Câmara dos Deputados
Presidente da República
Maioria das casas
Caso de urgência ou interesse público relevante
Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, a não ser que haja medidas provisórias em vigor na data da convocação. Nesse caso, as MPs são automaticamente incluídas na pauta. O pagamento de indenização em razão da convocação é proibido.
Sessão Conjunta – CD e SF se juntam mas há distinção entre eles. Os deputados e senadores se reúnem numa única sessão, mas quem é deputado vota como deputado, e quem é senador vota como senador. Ou seja, o que é conjunta é só a reunião para conhecer do tema a deliberar, mas a votação ocorre em separado.
Sessão Unicameral – CD e SF se juntam e as duas casas viram uma só, os votos de senadores e deputados são contados de forma igual, a atuação é como uma só casa. A sessão unicameral existiu apenas uma vez, para a elaboração das emendas constitucionais de revisão (ADCT, art. 3º), e essa hipótese já se exauriu. Não existe mais sessão unicameral nem há mais essa possibilidade.
Mesas
Cada mesa é composta por 11 membros. A Mesa do CN é composta por Senadores e Deputados Federais, de maneira alternada, sendo certo que o Presidente do Senado Federal será sempre o Presidente da Mesa do Congresso Nacional, o 1º Vice-Presidente da Câmara dos Deputados será o 1º Vice-Presidente do Congresso Nacional, o 2º Vice-Presidente do Senado será o 2º Vice-Presidente do Congresso Nacional, e assim consecutivamente. 
	Câmara dos Deputados
	Senado Federal
	Congresso Nacional
	Presidente
	Presidente
	Presidente (do SF)
	1º Vice Presidente
	1º Vice Presidente
	1º Vice Presidente
	2º Vice Presidente
	2º Vice Presidente
	2º Vice Presidente
	1º Secretário
	1º Secretário
	1º Secretário
DAS COMISSÕES (art. 58 CF)
As comissões são áreas destinadas ao debate e a discussão de assuntos previamente estabelecidos. No entanto, o texto constitucional não delimita amplas regras sobre a estrutura e composição dessas referidas comissões, destinando sua regulamentação ao regimento interno de cada casa. 
Comissão Permanente 
A comissão é permanente quando integra a estrutura institucional da Casa. As comissões permanentes têm finalidade de deliberar sobre as proposiçõesdentro de seus campos temáticos e de fiscalizar os atos do Poder Público.
Comissão Temporária
Destinadas a investigar fato determinado e por prazo certo, que tenha relevante interesse para a vida pública e a ordem jurídica, econômica e social do País. São extintas após a realização de seus trabalhos ou por decurso de prazo. Geralmente duram 6 meses, mas podem durar no máximo 4 anos.
Função – investigar fato certo e determinado
As comissões temporárias conhecidas como CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) são criadas a partir de um requerimento de pelo menos um terço dos integrantes da Câmara ou do Senado, por motivos certos através de fatos que poderão ter seus resultados levados ao MP.
Já a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) é um grupo formado por representantes do Senado Federal e Câmara dos Deputados com o objetivo de investigar supostas irregularidades no setor público. As comissões de inquérito adquirem o caráter de mistas quando apresentam um terço dos membros tanto da Câmara dos Deputados, como do Senado Federal, no processo de investigação parlamentar de determinado caso.
PROCESSO LEGISLATIVO (art. 59 CF)
Sentido jurídico: consiste no conjunto coordenado de disposições que disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção das leis e atos normativos que derivam diretamente da própria Constituição.
Sentido sociológico: conjunto de fatores reais que impulsionam e direcionam os legisladores a exercitarem suas tarefas.
Art. 59 - O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único - Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
Processo legislativo ordinário
Possui as seguintes fases: introdutória (iniciativa), constitutiva (trata da deliberação parlamentar e da deliberação executiva) e complementar (trata da promulgação e publicação da lei).
Iniciativa
É a faculdade conferida a alguém ou a algum órgão para apresentar um projeto de lei. Dá início ao processo legislativo. Só pode exercer a iniciativa quem tem poder de iniciativa. Ela pode ser:
Exclusiva – A apresentação do projeto de lei pertencente a um só legitimado
Concorrente – A apresentação do projeto de lei é de competência de vários legitimados
Parlamentar – A apresentação do projeto de lei cabe aos membros do Congresso Nacional
Extraparlamentar – A apresentação do projeto de lei cabe ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Ministério Público e aos cidadãos
Votação:
Maioria simples/relativa – no mínimo 25% do total (50% dos presentes)
Maioria absoluta – no mínimo 50% do total
Maioria qualificada – a Constituição define (ex: 2/5, 3/5 etc)
Quórum – uma quantidade mínima de indivíduos na casa
Quando o texto não indica a maioria será utilizada a maioria simples
	
	81 SENADORES – 50 PRESENTES
	Maioria simples
	26
	Maioria absoluta
	41
CASA INICIADORA (CRIADORA) – Comissões/Câmara dos Deputados
CASA REVISORA – Comissões/Senado Federal
O projeto de lei é apreciado nas duas casas do Congresso Nacional (Casa Iniciadora e Revisora), separadamente, e em um turno de discussão e votação (no plenário). As duas casas podem arquivar ou desarquivar um projeto de lei rejeitado.
A Casa Revisora poderá aprovar, rejeitar ou emendar o projeto de lei. Se aprovado, o projeto de lei seguirá para sanção ou veto do Executivo. Se rejeitado, o projeto de lei será arquivado. 
Se emendado, somente as emendas voltarão para a Casa Iniciadora, sendo vedada a apresentação de subemendas. Se a Casa Iniciadora concordar com a emenda, o projeto será encaminhado para o autógrafo e depois segue para o Presidente da República. Se houver divergência, prevalecerá a vontade de quem fez a deliberação principal. O projeto segue para o Presidente com a redação da Casa Iniciadora.
As emendas podem ser aditivas (acrescentam alguma disposição no projeto), supressivas (suprimem alguma disposição no projeto), modificativas (não alteram a substância da proposição, mas sim um aspecto acessório), substitutivas (alteram a essência da proposição), aglutinativas (resultam da fusão de diversas emendas entre si ou com o texto) ou de redação (sanam algum vício de linguagem, incorreção de técnica legislativa ou lapso manifesto). 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
O Presidente recebe o projeto de lei aprovado no Congresso Nacional para que, em um prazo de 15 dias úteis, sancione ou vete. 
Sanção – Pode ser expressa ou tácita. O Silêncio importa sanção. 
Veto – Deve ser:
Motivado
O veto pode ser político e/ou jurídico. Jurídico quando o projeto for inconstitucional e político quando o projeto for contrário ao interesse público. O veto sem motivação expressa produzirá os mesmos efeitos da sanção.
Expresso (escrito)
Tempestivo (prazo de 15 dias)
Total ou parcial 
Relativo
O veto não é absoluto, é superável pela votação no Congresso Nacional em sessão conjunta
O veto e a sanção são atos de exclusividade do Poder Executivo. O veto do Presidente da República será entregue ao Presidente do Senado Federal para que ele faça a convocação das casas, que terão 30 dias para determinar se concordam ou não com o mesmo. 
PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO
Cabe ao Presidente da República promulgar a lei, ainda que haja rejeição do veto. Se o Presidente não promulgar em 48 horas, o Presidente do Senado a promulgará e, se este não fizer em igual prazo, caberá ao Vice Presidente do Senado fazê-lo. Se o Vice Presidente do Senado não cumprir o prazo de 48h para promulgar e publicar, pela teoria do direito constitucional, entende-se que será declarado fraude ao processo legislativo. 
A publicação é o ato através do qual se dá conhecimento à coletividade da existência da lei. É a fase que encerra o processo legislativo.
Processo legislativo de urgência (art. 64 CF)
A diferença entre o processo legislativo ordinário e de urgência decorre especialmente do prazo que será estabelecido para cada uma das casas legislativas, que será de 45 dias. O seu não cumprimento penaliza a referida casa na paralização das votações que não tenham prazo constitucional.
Emenda à Constituição
A emenda é o tipo legislativo capaz de alterar o texto constitucional. Por esse motivo, o seu procedimento é mais complexo e demanda maior exigência em sua efetivação. Embora não esteja tratando de sistema de tripartição de poderes, o Presidente da República e a Assembleia dos Estados poderão participar na iniciativa de sua alteração. Além disso, é necessário reforçar que a emenda pode ser discutida diante do judiciário como uma norma válida e, caso seja constatado algum vício, estará sendo criada uma norma constitucional inconstitucional.
 
 PEC Comissões Comissões Mesas do CD e SF
 
INICIATIVA CASA INICIADORA CASA REVISORA PP
 CN CD SF
 PR 2 turnos – 3/5 votos 2 turnos – 3/5 votos
 ALE
O projeto de emenda constitucional (PEC) pode ser feito por 1/3 de deputados ou senadores; pelo Presidente da República; por mais da metade das Assembleias Legislativas com maioria simples de seus membros.
Em síntese, estas são as etapas a serem vencidas para o projeto se tornar uma emenda constitucional:
Apresentação de uma proposta de emenda;
Discussão e votação no Congresso Nacional em dois turnos, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos membros de cada uma das casas;
Caso aprovada, será promulgada pelas mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;No caso de a proposta ser rejeitada, ela será arquivada e a matéria contida nela não poderá ser objeto de nova emenda na mesma sessão legislativa.
Diferenças entre lei complementar e lei ordinária
	Lei Complementar
	Lei Ordinária
	Maioria absoluta
	Maioria simples
	Matéria específica
	Matéria residual
	Localização II
	III
O processo de elaboração da lei ordinária e da lei complementar é o mesmo, tendo a necessidade de cumprir todas as etapas do processo legislativo ordinário, tendo apenas diferença na matéria e na votação. Por esse motivo discute-se se a lei complementar é superior a lei ordinária, mas o STF decidiu se posicionando contrário à hierarquia entre tais leis.
Lei Delegada
 Solicita a delegação
PRESIDENTE DA REPÚBLICA CONGRESSO NACIONAL
 Resolução
PR – Cria, promulga e publica
A lei delegada é uma lei equiparada a lei ordinária. A competência para a sua elaboração é do Presidente da República, desde que haja pedido e delegação expressa do Congresso Nacional. A delegação é efetivada por resolução, na qual conste o conteúdo juntamente com os termos do exercício desta atribuição.
Na prática, a lei delegada não é utilizada, pois o executivo encontrou na figura da medida provisória um instrumento mais confortável para aumentar sua autonomia institucional. De fato, apenas duas leis delegadas foram promulgadas após a Constituição de 1988.
Medida Provisória
 CN
PRESIDENTE DA REPÚBLICA COMISSÃO MISTA 
 Cria Avalia urgência e relevância 
As medidas provisórias são editadas pelo Presidente da República em casos de relevância e urgência, e submetidas ao Congresso Nacional. Caso a medida provisória não seja apreciada em até 45 dias após a sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ou seja, passará a trancar a pauta nas duas Casas. As medidas provisórias vigorarão por 60 dias, prorrogáveis por mais 60, e se não forem convertidas em lei neste prazo perderão sua eficácia. 
Constata-se que a Constituição Federal estabelece dois prazos em relação ao processo legislativo de medida provisória, que não podem ser confundidos: 
a) prazo para apreciação da medida provisória (conversão em lei ou rejeição) – 60 dias
b) prazo para trancamento da pauta da Casa Legislativa era que estiver tramitando – 45 dias
Efeitos da medida provisória: 
Poderá ser recebida e aprovada pelo Congresso integralmente no prazo máximo de votação e validade
Poderá ser rejeitada e o Congresso poderá regulamentar as situações decorrentes de sua matéria determinando se voltaria tudo ao estado anterior ou se permanece como foi criada
Pode acabar com o prazo de 120 dias e não sofrer nenhuma regulamentação de seus assuntos, permanecendo tudo como foi feito
Pode ser aprovada com modificações e deverá retornar ao Poder Executivo para sanção ou veto
Medida provisória vira decreto legislativo
FISCALIZAÇÃO
A competência de fiscalizar cabe ao poder legislativo (CN) mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder. O controle externo será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU), que tem como objetivo garantir que o dinheiro público seja utilizado de forma eficiente atendendo aos interesses públicos. 
O TCU é integrado por 9 ministros, que devem atender aos seguintes requisitos para serem nomeados: 
Mais de 35 anos e menos de 65 anos
Idoneidade moral e reputação ilibada
Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública
Mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no item anterior
Quanto a sua escolha:
Um terço dos ministros será escolhido pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, dentre os três nomes escolhidos pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento
Os outros dois terços serão escolhidos pelo Congresso Nacional 
Os ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), inclusive a vitaliciedade.
Já os Tribunais de Contas dos Estados são estruturados de acordo com o disposto nas Constituições Estaduais, respeitado o disposto na CRFB/88. É integrado por 7 conselheiros, sendo 4 escolhidos pela Assembleia Legislativa e 3 pelo Governador do Estado
PODER EXECUTIVO (art. 76 CF)
Função típica – executar/administrar
Função atípica – legislar 
Representante – Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado
Requisitos para ser Presidente:
Brasileiro nato
Mais de 35 anos
Filiado a algum partido
Alistado eleitoralmente
Não ser analfabeto
Estar no gozo dos direitos políticos
Os Ministros de Estado são as mais importantes autoridades que auxiliam o Presidente da República. O Presidente, propriamente dito, escolhe por livre e espontânea vontade os Ministros de Estado, entre brasileiros com mais de 21 anos e no exercício dos direitos políticos. 
Crimes de responsabilidade (art. 85 CF)
São crimes de responsabilidade os atos do presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I — a existência da União;
II — o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das Unidades da Federação;
III — o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV — a segurança interna do País;
V — a probidade na administração;
VI — a lei orçamentária;
VII — O cumprimento das leis e das decisões judiciais
CONSELHOS
São órgãos consultivos que emitem parecer sobre os assuntos descritos no art. 90 e no 91, não vinculando a decisão do presidente, mas possibilitando sua escolha autônoma.
O Conselho da República (art. 89 CF) é o órgão superior de consulta do Presidente da República. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre: (I) intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio; e (II) as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
O Conselho de Defesa Nacional (art. 91 CF) é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático.

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