Buscar

RESENHA O CAPITAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
www.ufvjm.edu.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
UFVJM
Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas e Exatas – FACSAE
Curso de Ciências Contábeis
FILOSOFIA E ÉTICA
ALUNO: EVERTON LUCAS DA CUNHA
RESENHA DO FILME: O CAPITAL
O filme conta a história de um jovem e ambicioso executivo que é elevado ao cargo de CEO de um grande banco sediado na França. Logo ao assumir a nova função Marc Torneil percebe que não terá vida longa como presidente, a partir daí ele engendra um plano para alcançar o máximo de benefícios pessoais possível ainda que os meios utilizados sejam sombrios e antiéticos.
A fim de conseguir o chamado lucro máximo, logo ao assumir o poder, Tourneil assume uma postura gananciosa e perversa, inclusive com aqueles com quem tem uma relação mais próxima. Afastando os que se colocam em seu caminho, o CEO do Banco Phoenix age manipulando e enganando pessoas, sobretudo, aquelas que estão na base da bárbara pirâmide do capital financeiro, os funcionários e clientes. 
O filme demonstra que a recompensa financeira para Marc não é primordial, o que ele pretende é conquistar e manter-se no poder. Para Torneil o mais importante é ser poderoso, as recompensas financeiras são consequências, não o fetiche que move suas mãos.
Extremamente pragmático, Tourneil lança mão de artifícios maquiavélicos ao criar um plano de delação em que o resultado oculto é a redução de custos e o afastamento de diretores que pudessem prejudica-lo futuramente, mas o presidente do Phoenix consegue gerar nos funcionários do banco uma euforia generalizada ao lhes incutir a sensação de justiça em relação aos seus superiores. 
Confrontado por seu tio sobre os meios escusos de atuação do banco, principalmente ao “patrocinar” o desemprego e a miserabilidade da população francesa, Marc se mostra impassível e irritado sinalizando que não tem satisfações a dar a ninguém a não ser a si mesmo.
Ao assinar a aquisição de um banco japonês com títulos “podres” Marc se coloca numa condição de risco jurídico, mas consegue livrar-se da situação desconfortável ao chantagear aqueles que ameaçavam entrega-lo à justiça.
Por fim, Marc parece estar resignado com a perda do poder e caminha para o que parece ser sua última reunião corporativa, temerosa sua esposa o questiona se ele será preso ou voltará a ser presidente, ela esclarece que, caso ele – Marc – seja preso, ela estará à sua espera, mas se for nomeado presidente novamente ele a perderá. Esse trecho do filme mostra a esterilidade das relações pessoais de Marc, embora seja um poderoso executivo, não há consistência em suas relações o que o torna um ser socialmente estéril e desprezível. 
Nessa mesma reunião ocorre a maior surpresa do filme, quando era previsível o seu desligamento do Banco Phoenix devido aos desgastes causados junto aos demais executivos e acionistas, ele é alçado novamente ao cargo de Presidente, uma clara alusão à ave fênix da mitologia grega que ressurge das cinzas e que dá nome ao banco presidido por Marc.
A última frase dita por Tourneil é reveladora do que ocorre no mercado capitalista atual: “Vou continuar roubando os pobres para enriquecer os ricos”, uma espécie de Robin Wood às avessas. 
O entendimento final é de que não há qualquer preocupação social e ética nas ações de quem rege a economia financeira global. É um jogo cruel e desumano.

Outros materiais