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Slides TGE 2015

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TEORIA GERAL DO
 ESTADO
Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL
Conceito:
Teoria Geral do Estado é a ciência geral que, na análise dos fatos sociais, jurídicos e políticos do Estado, unifica esse tríplice aspecto e elabora uma síntese que lhe é peculiar, para estudá-lo e explicá-lo na origem, na evolução e nos fundamentos de sua existência.
Quanto ao seu objeto:
Em sentido “lato sensu” (maneira ampla), é o estudo do Estado sob todos os aspectos, incluindo a origem, a organização, o funcionamento e as finalidades.
É o estudo do Estado em geral, do Estado como fato social, ou seja, é a ciência que investiga e expõe os princípios fundamentais da sociedade política, denominada Estado, sua origem, estrutura, forma e finalidades.
2 - Teorias da origem contratual do Estado: 
Sob denominação de teorias racionalistas, agrupam-se todas aquelas que justificaram o Estado como de origem convencional (pactual, contratual), isto é, como produto da razão humana. 
São as chamadas teorias contratualistas ou pactistas. Partem de um estudo das primitivas comunidades em estado de natureza. Concluem seus autores que a sociedade civil (o Estado organizado) nasceu de um acordo entre os indivíduos.
3 - Teorias da origem violenta, de conquista ou em atos de força do Estado.
Grupo social superior submete grupo mais fraco.
Estado =
 
Dominação tinha por finalidade explorar economicamente o grupo vencido.
DOMINANTES + DOMINADOS
VENCEDORES + VENCIDOS
Definições de estado:
Estado: do latim status,us: modo de estar, situação, condição.
Segundo o Dicionário Houaiss é o "conjunto das instituições (governo, forças armadas, funcionalismo público etc.) que controlam e administram uma nação"; "país soberano, com estrutura própria e politicamente organizado“.
Definições de estado:
Segundo Max Webber:
Estado consiste numa relação de dominação do homem sobre o homem, baseada no uso da violência legítima que garante a existência do Estado, sob a condição de que os homens dominados se submetam à dominação. Representa a forma máxima de organização humana.
O Estado apoia-se nas leis, na força militar e numa administração racional, que lhe permite intervir em domínios diversos. 
4 – Estado Moderno:
A soberania, a territorialidade e o povo são as características do Estado Moderno que se originou da necessidade de unidade, a busca de um único governo soberano dentro do território delimitado.
O PODER DO ESTADO:
 CONCEITO:
O Poder Político é o que preside, integra e harmoniza todos os grupos sociais, possibilitando a convivência entre os membros dos grupos sociais, mediante um conjunto de regras que compõe o direito comum a todos eles. (Kildare Gonçalves Carvalho).
duas classificações do Poder do Estado:
Segundo Dalmo A. Dallari:
a) Poder do Estado como poder político, incondicionado e preocupado em assegurar sua eficácia e sem qualquer limitação;
b) Poder do Estado como poder jurídico, nascido do direito e exercido exclusivamente para a consecução de fins jurídicos.
O Poder do Estado para Georges Burdeau (1905-1988):
O Estado não só tem um poder, mas é o poder, ou seja, o Estado é a institucionalização do Poder.
O Poder do Estado possui as seguintes características: 
a) seu modo de enraizamento no grupo lhe dá uma originalidade que repercute na situação dos governantes e sua finalidade o liberta da arbitrariedade das vontades individuais; e
b) seu exercício obedece a regras que o limitam.
O poder constituinte:
CONCEITO:
O Poder Constituinte é a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e juridicamente organizado. (Alexandre de Moraes)
FINALIDADE:
A ideia de Poder Constituinte com a do surgimento de Constituições escritas, visando à limitação do poder estatal e a preservação dos direitos e garantias individuais.
ESPÉCIES DE PODER CONSTITUINTE:
O Poder Constituinte classifica-se em:
 Poder Constituinte Originário ou de 1.° grau; e
Poder Constituinte Derivado, Constituído ou de 2.° grau.
 Poder Constituinte originário ou de 1.° grau: 
O poder constituinte originário é marcado por sua inicialidade, ilimitação e incondicionamento. 
Inicialidade do Poder Constituinte originário significa que a Constituição é um ato inicial, porque ela funda a ordem jurídica positiva e não é fundada por ou em nenhuma outra ordem jurídica positiva. 
O poder constituinte é inicial porque ele funda os demais poderes e não se funda em outro poder.
CARACTERÍSTICAS DO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO:
O segundo traço é a ilimitação. Todas as correntes concordam em que ele é ilimitado ante a ordem jurídico-positiva anterior: não se limita pela constituição e leis vigentes até sua manifestação. 
Por esse caráter, os positivistas o designam soberano, dentro da concepção de que, não sendo limitado pelo direito positivo, o poder constituinte não sofre qualquer limitação. 
Os adeptos do jusnaturalismo o chamam autônomo, para frisar que não é propriamente soberano, porque está sujeito ao direito natural. 
CARACTERÍSTICAS DO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO:
Enfim, como terceira característica, ele é incondicionado, no sentido de que não sofre limitação formal pela prefixação de fórmulas para sua manifestação e seu procedimento. 
Daí, por que a primeira providência de uma Assembleia Constituinte é fixar a forma de sua manifestação: o seu regimento interno.
Assim, o poder constituinte originário é a expressão maior da soberania do Estado. Mas dizer que ele é ilimitado e incondicionado não é dizer que ele pode tudo. 
Limitações do poder constituinte originário:
Algumas cláusulas constitucionais têm eficácia limitada, ou seja, estão condicionadas à criação de uma outra lei. – Lei de eficácia limitada.
Consenso do povo, um exemplo: norma constitucional que restaurasse a incapacidade jurídica da mulher relativamente ao homem não teria condições de ganhar eficácia e provocaria uma revolta social .
Também vale registrar, desde logo, que – para os jusnaturalistas – o poder constituinte está sempre condicionado ao direito natural.
Limitações do poder constituinte originário:
As Assembleias Constituintes podem ainda sofrer algum condicionamento formal consistente em princípios e regras (geralmente, regras de deliberação) que lhe são impostos pelo ato revolucionário que determinou a elaboração da nova constituição. 
Podem, ainda, sofrer limitação material. Por exemplo, a Assembleia Constituinte que fez a Constituição de 1891 não poderia renegar dois princípios – a república e a federação – que haviam sido proclamados pelo ato revolucionário de 15 de novembro de 1889. 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO:
É o poder que se destina à modificação da Constituição Federal segundo o que ela estabelece, permitindo sua mudança para atender as novas necessidades e impulsos do povo, sem se recorrer à revolução ou ao Poder Constituinte Originário.
CARACTERÍSTICAS DO PODER CONSTITUINTE DERIVADO:
É derivado porque retira sua força do Poder Constituinte Originário;
É subordinado porque se encontra limitado pelas normas expressas e implícitas do texto constitucional às quais não poderá contrariar, sob pena de inconstitucionalidade; e 
É condicionado porque seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas no texto da Constituição Federal.
Limitações do poder constituinte Derivado:
O Poder Constituinte Derivado sofre limitações, exatamente por ser de direito, ser instituído pelo direito positivo, ser contido na constituição posta.
 São restrições que lhe são impostas no texto legislado pelo constituinte originário. 
Limitações podem ser de diferentes tipos:
A) Limitações Circunstanciais;
B) Limitações Temporais;
C) Limitações Formais; e
D) Limitações Materiais.
A) Limitações Circunstanciais:
Limitações circunstanciais consistem na proibição de modificar a constituição enquanto persistirem certas circunstâncias, tais como as previstas no § 1o do art. 60 da Constituição brasileira de 1988: intervenção federal,
estado de defesa e estado de sítio. 
B) Limitações Temporais:
Limitações temporais consistem na proibição, ou autorização, ou obrigação de reformar a constituição dentro de um certo prazo. Se proíbe modificar, a limitação temporal é negativa. É positiva, se autoriza ou impõe a modificação. 
(ADCT*), o artigo 3o previu condição temporal positiva: A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral. 
*ADCT= Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
C) Limitações Formais:
Limitações formais são as relativas à forma pela qual se procede à reforma. Esse procedimento legislativo melhor se chama procedimento constituinte. As restrições que o afetam dizem respeito à forma como tramita, é discutida, é votada e pode ser aprovada a proposta de emenda à constituição (PEC*). 
Por exemplo, o § 2o do art. 60 da Constituição de 1988 impõe: A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
*PEC = Projeto de Emenda Constitucional
D) Limitações Materiais:
Limitações materiais emergem de dispositivos legislados pelo constituinte originário com o intuito de impedir que as matérias neles definidas sejam bulidas ou abolidas. 
Esses dispositivos – recentemente apelidados "cláusulas pétreas“* – definem uma substância constitucional revestida de uma rigidez inviolável, que não pode ser violada a não ser por uma revolução, o que traduz a pretensão de inserir um núcleo intocável, perenizado como cerne da constituição escrita. 
*CLÁUSULAS PÉTREAS:
“Cláusulas pétreas" se definem como dispositivos de rigidez máxima. 
Na Constituição de 1988, são os quatro incisos do § 4o sob o caput do artigo 60. 
Nesse dispositivo está escrito que não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I – a forma federativa de Estado; 
II – o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III – a separação dos Poderes; e
 IV – os direitos e garantias individuais. 
ESPÉCIES DE PODER CONSTITUINTE DERIVADO:
O PODER CONSTITUINTE DERIVADO subdivide-se em: 
Poder Constituinte Reformador; e 
Poder Constituinte Decorrente.
PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR:
– Consiste na possibilidade de se alterar o texto constitucional, respeitando a regulamentação especial prevista na própria Constituição Federal e será exercitado por determinados órgãos com caráter representativo. 
No Brasil, pelo Congresso Nacional. Só estará nas constituições rígidas (são as constituições escritas que poderão ser alteradas por um processo legislativo mais solene e dificultoso).
Exemplo: art. 60, § 4º C.F/1988.
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE:
Consiste na possibilidade que os Estados-membros têm, em virtude de sua autonomia político-administrativa, de se auto-organizarem por meio de suas respectivas constituições estaduais, sempre respeitando as regras limitadoras estabelecidas pela Constituição Federal.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO:
Três são os elementos do Estado:
O povo;
O território; e 
O governo.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO:
1 - POVO:
É a população do Estado, considerada pelo aspecto puramente jurídico.
É o grupo humano encarado na sua integração numa ordem estatal determinada; 
É o conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas leis, são os súditos, os cidadãos de um mesmo Estado, detentores de direitos e deveres.
É importante diferenciarmos:
População - expressão numérica do conjunto de pessoas que vivem num Estado, incluindo nacionais e estrangeiros.
Nação - comunidade de base histórico-cultural.
Povo - conjunto de pessoas que se unem para constituir um Estado, criando um vínculo jurídico-político permanente.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO:
2 - TERRITÓRIO: 
É a base espacial do poder jurisdicional do Estado onde este exerce o poder coercitivo estatal sobre os indivíduos humanos, sendo materialmente composto pela terra firme, incluindo o subsolo e as águas internas (rios, lagos e mares internos), pelo mar territorial*, pela plataforma continental e pelo espaço aéreo**.
*Mar Territorial é a faixa de mar que se estende desde a linha de base, até uma distância de 12 milhas marítimas. A jurisdição do Brasil no mar territorial é soberana, exceto no que tange a jurisdição civil e penal em navio mercante estrangeiro em passagem inocente, cuja jurisdição é do Estado de bandeira (princípio da jurisdição do Estado de bandeira).
**O espaço aéreo ou aerovia de um país é a porção da atmosfera que se sobrepõe ao território desse país, incluindo o território marítimo, indo do nível do solo, ou do mar, até 100Km de altitude, onde o país detém o controle sobre a movimentação de aeronaves.
Mar Territorial:
Inclui as águas + subsolo + espaço aéreo sobrejacente, na faixa de 12 milhas marítimas(22Km) contadas a partir da linha de base da costa, que corresponde à noção de onde termina a terra e começa o mar, contada na maré baixa.
Nestas milhas há direitos soberanos, sendo única restrição o “direito de passagem inocente”.
Arquipélagos situados fora do mar territorial, possuem mar territorial em sua volta.
Distância entre dois Estados menor que 12 milhas, adota-se o critério da equidistância. Submarinos só podem navegar na superfície.
Território – Zona Contígua e Zona Econômica Exclusiva:
Zona Contígua:
 É a faixa adjacente ao mar territorial de igual largura. Sobre ela o Estado exerce soberania no que tange à fiscalização sanitária, alfandegária e de imigração.
Zona Econômica Exclusiva:
	Faixa adjacente ao mar territorial, distante dele 200 milhas, na qual há soberania para a exploração, conservação, aproveitamento e gestão de recursos naturais.
Território: Plataforma Continental:
Plataforma Continental:
	É a planície submarina que vai gradativamente se aprofundando até o limite de 200 metros de profundidade.
	Se o Estado atingir 200 metros rapidamente, o limite é de 200 milhas (Oceania); se aprofunda lentamente, será 200 metros de profundidade ou 350 milhas.
	O Estado tem direito soberano exclusivo de exploração dos recursos naturais em sua plataforma continental.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO:
3 - GOVERNO:
É o conjunto das funções necessárias à manutenção da ordem jurídica e da administração pública. 
No magistério de Duguit, a palavra governo tem dois sentidos:
1 – coletivo, e 
2 - singular. 
Sentidos de Governo:
Como sentido coletivo: como conjunto de órgãos que presidem, que cuidam, zelam a vida política do Estado. 
O sentido singular, como Poder Executivo,
 “órgão que exerce a função mais ativa na direção dos negócios públicos”. 
Governo confunde-se, muitas vezes, com soberania.
Soberania – Definições:
Soberania 1 - é um poder estatal supremo e independente com relação a outros Estados. Diz respeito à relação de um Estado com os outros Estados da Sociedade Internacional. 
Soberania 2 - Poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro do seu território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência emanado da vontade geral da nação.
Definições de Soberania:
"A soberania é uma espécie de fenômeno genérico do poder. Uma forma histórica do poder que apresenta configurações especialíssimas que se não encontram senão em esboços nos corpos políticos antigos e medievos." (Miguel Reale)
"A soberania é a capacidade de impor a vontade própria, em última instância, para a realização do direito justo." (Pinto Ferreira)
"Por soberania nacional entendemos a autoridade superior, que sintetiza, politicamente, e segundo os preceitos de direito, a energia coativa do agregado nacional." (Clóvis Beviláqua)
As Principais Teorias da Soberania:
1. TEORIA DA SOBERANIA ABSOLUTA DO REI:
Começou a ser sistematizada na França, no século XVI, tendo como um dos seus mais destacados teóricos
Jean Bodin, que sustentava: “a soberania do rei é originária, ilimitada, absoluta, perpétua e irresponsável em face de qualquer outro poder temporal ou espiritual”.
Esta teoria é de fundamento histórico e lança suas raízes nas monarquias antigas fundadas pelo direito divino dos reis. 
1. TEORIA DA SOBERANIA ABSOLUTA DO REI:
Eram os monarcas acreditados como representantes de Deus na ordem temporal, e na sua pessoa se concentravam todos os poderes. 
 
O poder de soberania era o poder do rei e não admitia limitações.
Firmou-se esta doutrina da soberania absoluta do rei nas monarquias medievais, consolidando-se nas monarquias absolutistas e alcançando a sua culminância na doutrina de Maquiavel. 
Alguns monarcas franceses levaram o absolutismo às suas últimas consequências, identificando na pessoa sagrada do rei o próprio Estado, a soberania e a lei.
2 -TEORIA DA SOBERANIA POPULAR:
Para Rousseau, a soberania popular é a soma das distintas frações da soberania, que pertencem como atributo a cada indivíduo, o qual, membro da comunidade estatal e detentor do poder soberano fragmentado, participa ativamente na escolha dos governantes. 
Essa doutrina funda a democracia na igualdade política dos cidadãos e resulta no sufrágio universal, quando Rousseau afirma que se o Estado for composto de dez mil cidadãos, cada um deles terá a décima milésima parte da autoridade soberana.
Problema dessa concepção: como o poder do povo é considerado absoluto, há o perigo do “despotismo da maioria”. Ou seja: é preciso limitar o poder soberano do povo. A solução para isso virá com a doutrina da soberania nacional.
3. Teoria da soberania nacional:
Ganhou corpo com as ideias político-filosóficas que fomentaram o liberalismo e inspiraram a Revolução Francesa: ao símbolo da Coroa opuseram os revolucionários liberais o símbolo da Nação. 
Como frisou Renard, “A Coroa não pertence ao Rei; o Rei é que pertence à Coroa”. 
Este é um princípio, é uma tradição, de que o Rei é depositário, não proprietário.
3. Teoria da soberania nacional:
A este entendimento, aliás, se deveu a convivência entre a Coroa e o Parlamento, em alguns Estados liberais.
Pertence a Teoria da Soberania Nacional à Escola Clássica Francesa, da qual foi Rousseau o mais destacado expoente. 
Sustentaram que a nação é a fonte única do poder de soberania. 
O órgão governamental só o exerce legitimamente mediante o consentimento nacional.
3. Teoria da soberania nacional:
Esta teoria é radicalmente nacionalista: a soberania é originária da nação, no sentido estrito de população nacional (ou povo nacional), não do povo em sentido amplo. 
Exercem os direitos de soberania apenas os nacionais ou nacionalizados, no gozo dos direitos de cidadania, na forma da lei. 
Não há que confundir a "teoria da soberania popular", que amplia o exercício do poder soberano aos alienígenas residentes no país.
Características da Soberania:
UNA porque não pode existir mais de uma autoridade soberana em um mesmo território. 
INDIVISÍVEL, seguindo a mesma linha de raciocínio que justifica a sua unidade.
INALIENÁVEL, por sua própria natureza. A vontade é personalíssima: não se aliena, não se transfere a outrem.
IMPRESCRITÍVEL, no sentido de que não pode sofrer limitação no tempo. Uma nação, ao se organizar em Estado soberano, o faz em caráter definitivo e eterno. Não se concede soberania temporária, ou seja, por tempo determinado.
Limitações da soberania: 
A soberania é limitada pelos princípios de direito natural, pelo direito grupal, isto é, pelos direitos dos grupos particulares que compõem o Estado (grupos biológicos, pedagógicos, políticos, espirituais, etc), bem como pelos imperativos da coexistência pacífica dos povos na órbita internacional.
O Estado, proclamou Jefferson, existe para servir ao povo e não o povo para servir ao Estado. 
O Governo há de ser um governo de leis, não a expressão da soberania nacional, simplesmente. As leis definem e limitam o poder. 
Limitações da soberania: 
A autoridade do direito é maior do que a autoridade do Estado (Krabbe).
Limitam a soberania os princípios do Direito Natural, porque o Estado é apenas instrumento de coordenarão do direito, e porque o direito positivo, que do Estado emana, só encontra legitimidade quando se conforma as leis eternas e imutáveis da natureza.
Limita a soberania o Direito Grupal, porque sendo o fim do Estado a segurança do bem comum, compete-lhe coordenar a atividade e respeitar a natureza de cada um dos grupos menores que integram a sociedade civil. 
Limitações da soberania: 
A família, a escola, a corporação econômica ou sindicato profissional, o município ou a comuna e a igreja são grupos intermediários entre o indivíduo e o Estado, alguns anteriores ao Estado, como é a família, todos eles com sua finalidade própria e um direito natural à existência e aos meios necessários para a realização dos seus fins.
O poder da soberania exercido pelo Estado encontra fronteiras não só nos direitos da pessoa humana como também nos direitos dos grupos e associações, tanto no domínio interno quanto no internacional.
Notadamente no plano internacional, a soberania é limitada pelos imperativos da coexistência de Estados soberanos.
Finalidade do Estado:
Segundo Dalmo de Abreu Dallari
A finalidade do Estado é o bem comum, entendido este como “conjunto de todas as condições de vida social que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana”.
Assim, o fim geral do Estado o bem comum de um certo povo, situado em determinado território .
 Consistindo o bem comum no desenvolvimento integral desse povo, conforme peculiaridades de cada Estado, através da criação de condições sociais que permitam a cada homem e a cada grupo social conseguir seus respectivos fins particulares.
Estrutura Administrativa do Estado:
O estudo da Administração Pública em geral, compreendendo a sua estrutura e as suas atividades, devem partir do conceito de ESTADO, sobre o qual repousa toda a concepção moderna de organização e funcionamento dos serviços públicos a serem prestados ao administrado. 
Organização da Administração:
É a estruturação legal das entidades e órgãos que iram desempenhar as funções, através de agentes públicos (pessoas físicas). 
Essa organização faz-se normalmente por lei, e excepcionalmente por decreto e normas inferiores, quando não exige a criação de cargos nem aumenta a despesa pública.
Governo e Administração Pública: 
São termos que andam juntos e muitas vezes confundidos, embora expressem conceitos diversos nos vários aspectos em que se apresentam.
Podemos entender por Governo:
Governo: 
O conjunto de Poderes e órgãos constitucionais; 
O complexo de funções estatais básicas; 
A condução política dos negócios públicos. 
A constante do Governo é a sua expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e de manutenção da ordem jurídica vigente.
Podemos Entender por Administração Pública por:
Conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo; 
Conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; e
Desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. 
FORMAS DE GOVERNO:
"As formas de governo são formas de vida do Estado, revelam o caráter coletivo do seu elemento humano, representam a reação psicológica da sociedade às diversas e complexas influências de natureza moral, intelectual, geográfica, econômica e política através da história." (Darcy Azambuja)
As concepções históricas das Formas de Governo:
A mais antiga e célebre concepção das formas de governo e, inexoravelmente, a concebida por Aristóteles. 
Em seu livro "Política" expõe a base e o critério que adotou: "Pois que as palavras constituição e o governo é a autoridade suprema nos Estados, e que necessariamente essa autoridade deve estar na mão de um só, de vários, ou a multidão
usa da autoridade tendo em vista o interesse geral, a constituição é pura e sã; e que s e o governo tem em vista o interesse particular de um só, de vários ou da multidão a constituição é impura e corrompida."
As concepções históricas das Formas de Governo:
Aristóteles adota uma classificação dupla:
 1 - A primeira divide as formas de governo em puras e impuras, conforme a autoridade exercida. A base desta classificação é pois moral ou política.
2 - A segunda classificação é sob um critério numérico; de acordo com o governo, se ele está nas mãos de um só, de vários homens ou de todo povo.
As concepções históricas das Formas de Governo:
Ao combinar-se o critério moral e numérico Aristóteles obteve:
Formas Puras: 
1-MONARQUIA: governo de um só - Estado ou forma de governo em que o chefe supremo é o rei ou a rainha.
2-ARISTOCRACIA: governo de vários.- literalmente poder dos melhores, é uma forma de governo na qual o poder político é dominado por um grupo elitista. Normalmente, as pessoas desse grupo são da classe dominante, como grandes proprietários de terra, militares, sacerdotes, etc..
3-DEMOCRACIA: governo do povo
As concepções históricas das Formas de Governo:
Formas Impuras:
1 - OLIGARQUIA: corrupção da aristocracia.
2 - DEMAGOGIA: corrupção da democracia.
3 - TIRANIA: corrupção da monarquia.
As concepções históricas das Formas de Governo:
Maquiavel, em seu livro "O Príncipe" no afirmava que “Todos os Estados, todos os domínios que exerceram e exercem poder sobre homens, foram e são, ou Repúblicas ou Principados.“
Esse autor classifica as formas de governo com somente duas vertentes: 
1 – República; e 
2 - Monarquia.
As concepções históricas das Formas de Governo:
Já Montesquieu, cuja classificação é a mais conhecida nos tempos modernos, distingue três espécies de governo: 
1 - República, 
2 - Monarquia e 
3 – Despotismo.
Segundo ele, a característica da democracia é o amor à pátria e à igualdade; da monarquia é a honra e da aristocracia é a moderação. 
A república compreende a democracia e a aristocracia.
As concepções históricas das Formas de Governo:
Rodolphe Laun, em 1933, fornece uma classificação que permite distinguir quase todas as formas de governo, classificando-as quanto à origem, à organização exercício.
Quanto à origem - Governos de dominação
                             - Governos democráticos ou populares
Quanto à Organização - Governos de Direito -> Eleição -> Hereditariedade - Governos de fato
Quanto ao Exercício - Constitucionais
                                 - Absolutos
As concepções históricas das Formas de Governo:
A mais antiga e célebre concepção das formas de governo e, inexoravelmente, a concebida por Aristóteles. 
Em seu livro "Política" expõe a base e o critério que adotou: "Pois que as palavras constituição e o governo é a autoridade suprema nos Estados, e que necessariamente essa autoridade deve estar na mão de um só, de vários, ou a multidão usa da autoridade tendo em vista o interesse geral, a constituição é pura e sã; e que s e o governo tem em vista o interesse particular de um só, de vários ou da multidão a constituição é impura e corrompida."
As concepções históricas das Formas de Governo:
Aristóteles adota uma classificação dupla:
 1 - A primeira divide as formas de governo em puras e impuras, conforme a autoridade exercida. A base desta classificação é pois moral ou política.
2 - A segunda classificação é sob um critério numérico; de acordo com o governo, se ele está nas mãos de um só, de vários homens ou de todo povo.
FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO:
GOVERNO E FORMAS DE GOVERNO:
A) GOVERNO: I - Conjunto de pessoas que exercem o poder político e que determinam a orientação política de uma determinada sociedade.
II - Complexo De Órgãos Que Institu-cionalmente Possuem O Exercício Do Poder (Bobbio).
B) COMO SE COMPÕEM OS GOVERNOS MODERNOS: 
I - Chefes de Estado; e 
II - chefes de governo, que assumem condições específicas nas várias compreensões possíveis de governo.
C) FORMAS DE GOVERNO MODERNAS: 
I - MONARQUIA: Regime fundado na hereditariedade, baseado em uma só pessoa, que exerce o poder de forma perpétua e irrevogável. Há monarquias ABSOLUTAS E CONSTITUCIONAIS.
II- REPÚBLICA “res publica”: Regime onde está em relevo o interesse público, o bem comum. Governantes são eleitos, direta ou indiretamente. 
D) SISTEMAS DE GOVERNO MODERNOS:
I - PARLAMENTARISMO: Sistema onde o governo deriva do parlamento, onde chefes de Estado e Governo são figuras diferentes. Exemplos: HOLANDA, INGLATERRA, CANADÁ, ESPANHA, SUÉCIA. 
II - PRESIDENCIALISMO: Sistema onde há eleição de um executivo, por um período determinado. 
- O Presidente decide a composição do ministério e possui controle total sobre o governo.
*O PRESIDENTE É CHEFE DE ESTADO E DE GOVERNO. 
-SÓ PODE SER AFASTADO EM CASOS RAROS DE “IMPEACHMENT”. 
-O PRESIDENCIALISMO BUSCA CRIAR UM SISTEMA ESTÁVEL E PODEROSO.
EXEMPLO DE PAÍSES PRESIDENCIALIS-TAS: BRASIL, MÉXICO, ARGENTINA. EUA.
PRESIDENCIALISMO
O presidencialismo tem como chefe de governo e estado o Presidente. 
O presidente é o chefe de Estado, e é ele que escolhe os chefes dos grandes departamentos (ministérios). 
O Legislativo, o Judiciário e o Executivo são independentes e harmônicos entre si.
O Presidente da República é considerado o chefe máximo do Poder Executivo e é eleito para um mandato de 4 anos, com possibilidade de uma reeleição. 
O Presidente da República é ao mesmo tempo Chefe de Estado, Governo e Administração.
A expressão "presidencialismo de coalizão", cunhada por Sérgio Abranches em 1988, tornou-se um verdadeiro é para definir a estrutura e o mecanismo de funcionamento do regime político-institucional brasileiro.
Presidencialismo de coalizão
A "coalizão" refere-se a acordos entre partidos (normalmente em torno da ocupação de cargos no governo) e alianças (dificilmente em torno de idéias ou programas) entre forças políticas para alcançar determinados objetivos. Na maioria das vezes a coalizão é feita para sustentar um governo, dando-lhe suporte político no legislativo (em primeiro lugar) e influenciando na formulação das políticas (secundariamente). 
REGIME SEMI-PRESIDENCIALISTA OU BIPOLAR: 
*Possui presidente eleito direta ou indiretamente, mas possui um PRIMEIRO-MINISTRO que necessita da confiança de um PARLAMENTO. 
EXEMPLOS: FRANÇA, PORTUGAL, IRLANDA, ÁUSTRIA.
FEDERALISMO: 
Governo descentralizado, mas com ação articulada, entre a união e as províncias ou estados. 
O ESTADO FEDERAL é o único sujeito de direitos na ordem internacional. 
OS ESTADOS-MEMBROS possuem competência política, jurídica e institucional próprias, porém vinculadas a uma CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
 EXEMPLOS: EUA, BRASIL, ALEMANHA, ESPANHA.
* O FEDERALISMO NO BRASIL
A previsão constitucional
Art. 1o. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e dos Municípios e do Distrito Federa, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I-a soberania;
II-a cidadania;
III-a dignidade da pessoa humana; 
IV-os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e
V- pluralismo político.
b) A composição da federação brasileira
União
Estados 
Municípios 
Distrito Federal
c) Os municípios podem ser considerados entes federativos?
Divergência da doutrina
d) A Capital Federal
Conceito de Capital Federal
Art. 18, par. 1o  Brasília
e) Os territórios
Não são mais considerados como componentes da federação
Art. 18, par. 2o., CF/88  fazem parte da União
Não há atualmente territórios federais (art. 14 do ADCT da CF/88)
 Art. 18, par. 2o, CF/88: Criação, transformação em estado ou reintegração ao Estado de origem  LEI COMPLEMENTAR
f) Federalismo e cláusula pétrea
Art. 60, par. 4o, da CF/88: 
“Não será objeto de deliberação a proposta (de emenda constitucional) tendente a abolir:
I- a forma federativa de Estado;”
G) PRINCÍPIO DA INDISSOLUBILIDADE DO VÍNCULO FEDERATIVO
Art. 1o. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e dos Municípios e do Distrito Federa, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I-a soberania;
II-a cidadania;
III-a dignidade da pessoa humana; 
IV-os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e
V- pluralismo político.
Indissolubilidade da federação e intervenção federal
CF.88. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: 
I- manter a integridade nacional;
g) Vedações Constitucionais de natureza federativa
Art. 19 da CF/88
Não estabelecer cultos religiosos ou igrejas
Não subvencionar cultos religiosos ou igrejas
Não manter aliança ou dependência com cultos religiosos, igrejas ou seus representantes, sendo permitida, na forma da lei, a colaboração de interesse público 
- Não embaraçar o funcionamento de cultos religosos ou igrejas
ESTADO UNITÁRIO:
 SÓ HÁ UMA ORDEM JURÍDICA, POLÍTICA E ADMINISTRATIVA QUE CENTRALIZA O APARATO DE GOVERNO. 
EXEMPLO: INGLATERRA
No Estado unitário o poder constituinte e o poder constituído se exprimem por meio de instituições que representam sólido conjunto.
O Estado unitário se deu por algumas razões :
Poder político maior de um Estado sobre o outro. Ocorrendo a incorporação ou absorção.
B. Fusão dos Estados-membros passando do Estado composto a unitário.
C. Dissolução do Estado composto, que se parte em vários Estados Unitários.
Vantagens 
São partes positivas da centralização:
A extensão de uma só ordem jurídica, política e administrativa a todo país;
 O considerável fortalecimento da autoridade; 
A unidade nacional;
 Um corpo burocrático único, menor despesa para os cofres públicos; 
 A impessoalidade e imparcialidade no tocante as prerrogativas do governo.
Desvantagens da centralização :
A ameaça que faz pesar sobre a autonomia criadora das coletividades particulares; 
O poder central se preocupa com problemas administrativos de menor importância;
Por fim, um problema local demora a ser resolvido, ou não tem uma resposta prática, em virtude da distancia do governo diante daquela situação.
Federação:
Dá-se o nome de Federação ou Estado federal a um Estado composto por diversas entidades territoriais autônomas dotadas de governo próprio, geralmente conhecidas como "estados". Como regra geral, os estados ("estados federados") que se unem para constituir a federação (o "Estado federal") são autônomos, isto é, possuem um conjunto de competências ou prerrogativas garantidas pela constituição que não podem ser abolidas ou alteradas de modo unilateral pelo governo central.
Federação:
Estado federal é considerado soberano, inclusive para fins de direito internacional: normalmente, apenas estes possuem personalidade internacional; os estados federados são reconhecidos pelo direito internacional apenas na medida em que o respectivo Estado federal o autorizar.
 O sistema político pelo qual vários estados se reúnem para formar um Estado federal, cada um conservando sua autonomia, chama-se federalismo.
São exemplos de Estados federais a Alemanha, Argentina, Austrália, o Brasil, o Canadá, os Emirados Árabes Unidos, a Índia, a Malásia, o México, a Nigéria, a Rússia, a Suíça e os Estados Unidos.
Quanto à forma de Estado, as federações contrapõem-se aos Estados unitários e distinguem-se também das confederações.
Confederação:
Em ciência política, a confederação é uma associação de Estados soberanos, usualmente criada por meio de tratados, mas que pode eventualmente adotar uma constituição comum.
 A principal distinção entre uma confederação e uma federação é que, na Confederação, os Estados constituintes não abandonam a sua soberania, enquanto que, na Federação, a soberania é transferida para o estado federal. 
Confederação:
As confederações costumam ser instituídas para lidar com assuntos cruciais como defesa, relações exteriores, comércio internacional e união monetária.
é governada por uma assembleia dos Estados confederados, que têm direitos e deveres idênticos. As decisões desta assembleia são, em princípio, tomadas por unanimidade. 
Do ponto de vista histórico, a confederação costuma ser uma fase de um processo que leva à federação, como nos casos dos Estados Unidos e da Suíça. 
Por vezes a confederação pode desfazer-se em Estados soberanos.
Observações Importantes:
1 – Monarquia; e
2 – República.
1-Presidencialismo;
2 – Parlamentarismo.
* Formas de governo:
* Sistemas de Governos:
Presidencialismo é o regime de governo com as seguintes características:
a) O Presidente da República exerce plenamente o Poder Executivo, acumulando as funções de Chefe de Estado (pessoa jurídica de direito publico externo, i. é, em relação aos Estados estrangeiros). Chefe de Governo e Chefe da Administração Pública (pessoa jurídica de direito público interno); não depende da confiança do Poder Legislativo nem mesmo para sua investidura e cumpre mandato por tempo determinado;
b) Os ministros de Estado são simples auxiliares do Presidente da República que tem poder para nomeá-los e exonerá-los a qualquer tempo, sendo que cada um atua como se fosse chefe de um grande departamento administrativo;
Presidencialismo é o regime de governo com as seguintes características:
c) O eventual plano de governo, mesmo quando aprovado por lei, depende exclusivamente da coordenação do Presidente da República que o executará ou não, bem ou mal, sem dar satisfação jurídica a outro Poder (salvo prestações de contas financeiras ou orçamentárias);
d) É sistema típico das Repúblicas;
Presidencialismo é o regime de governo com as seguintes características:
e) O Poder Legislativo (no nosso caso, Congresso Nacional, Assembleias Legislativas, Câmara Distrital e Câmaras de Vereadores) não está sujeito à dissolução e não é Parlamento no sentido estrito, pois seus membros (embora chamados parlamentares) são eleitos pelo povo e por um período fixo de mandato;
f) As relações entre o Poder Executivo e o Legislativo são mais rígidas, prevalecendo o princípio da separação de poderes independentes e autônomos, embora possam ser harmônicos;
Presidencialismo é o regime de governo com as seguintes características:
g) Tanto o Presidente da República, como os parlamentares representam o Poder Legislativo, são eleitos democraticamente pelo sufrágio universal. Assim, se houver um Presidente da República que seja Ditador ou com evidente predominância autoritária sobre os demais Poderes, então o sistema passa a ser ditatorial e não mais presidencialista.
Parlamentarismo é o sistema de governo com as seguintes características:
a) É típico das Monarquias Constitucionais, de onde se estendeu às Repúblicas europeias;
b) O Poder Executivo se divide em duas partes: um Chefe de Estado (PJ de Dir. Público Externo), normalmente exercido pelo Monarca ou pelo Presidente da República, e um Chefe de Governo exercido por um Primeiro Ministro ou Presidente do Conselho de Ministros;
c) O Primeiro Ministro é indicado ou mesmo nomeado pelo Presidente da República, mas sua investidura definitiva, bem como sua permanência posterior no cargo, depende da confiança da Câmara dos Deputados e às vezes até do próprio Senado;
Parlamentarismo é o sistema de governo com as seguintes características:
d) A aprovação do Primeiro Ministro e do seu Conselho de Ministros pela Câmara de Deputados se faz pela aprovação de um plano de governo a eles apresentado, de modo que a Câmara assume a responsabilidade de governo aprovando o plano e empenhando-se pelo mesmo perante o povo
e) O governo é assim exercido por um corpo coletivo orgânico de modo que as medidas governamentais implicam na atividade de todos os Ministros e seus ministérios;
Parlamentarismo é o sistema de governo com as seguintes características:
f) O Poder Legislativo assume no Parlamentarismo funções político governamentais
mais amplas, transformando-se em Parlamento, na medida em que compreende também os membros do governo;
g) O governo é responsável ante o Parlamento (Câmara dos Deputados), o que significa que o governo depende de seu apoio e confiança para governar;
Parlamentarismo é o sistema de governo com as seguintes características:
h) O Parlamento é responsável perante os eleitores, de sorte que a responsabilidade política se realiza do governo para com o Parlamento e deste para com o povo; assim, se o Parlamento retirar a confiança no governo, ele cai, exonera-se, porque não tem mandato, mas apenas investidura de confiança;
i) Mas, em vez da exoneração dos membros do governo que perdeu a confiança do Parlamento, pode-se preferir apurar a confiança do povo e, então, utiliza-se o mecanismo da dissolução da Câmara, convocando-se eleições extraordinárias para formação de outro Parlamento em torno da mesma questão que gerou a crise que assim é resolvida sem traumas.
Principais Distinções:
PRESIDENCIALISMO: 
i. O sistema só pode ser usado em repúblicas
ii. O chefe de estado(presidente) é o chefe de governo e portanto tem plena responsabilidade política e amplas atribuições.
iii. O chefe de governo é o presidente eleito pelo povo, direta ou indiretamente. Fica no cargo por tempo determinado, previsto na Constituição.
iv. O poder executivo é exercido pelo presidente da República auxiliado pelos ministros de estado que são livremente escolhidos pelo presidente. A responsabilidade dos ministros é relativa à confiança do presidente.
PARLAMENTARISMO:
i. O sistema pode ser usado em monarquias ou repúblicas.
ii. O chefe de Estado( rei ou presidente) não é o chefe de governo e portanto não tem responsabilidade política. Suas funções são restritas.
iii. O chefe de governo é o premier ou primeiro ministro, indicado pelo chefe de Estado e escolhido pelos representantes do povo. Fica no cargo enquanto tiver a confiança do Parlamento.
iv. O poder Executivo é exercido pelo Gabinete dos Ministros. Os Ministros de Estado são indicados pelo premier e são aprovados pelo parlamento. Sua responsabilidade é solidária; se um sair todos saem em tese
Estado Democrático de Direito
Democracia: 
É o processo de convivência social em que ocorre a afirmação da cidadania de um povo, sendo‑lhe garantidos os direitos fundamentais, mediante o exercício direto ou indireto do poder que dele emana, e que visa seu benefício. 
O conceito clássico de Lincoln traduz, de forma concisa, essa definição: 
“É o governo do povo, pelo povo e para o povo".
Democracia:
Os princípios básicos da democracia são os seguintes: 
a) o da soberania popular, que consiste em ter o povo como fonte única de poder; e
 b) o da participação do povo no poder, que pode ser de forma direta ou indireta (representação).
Tipos de Democracia:
DIRETA – Seria uma forma ideal de exercício de poder, pela qual todos os cidadãos participam ativamente dos processos decisórios da sociedade.
 INDIRETA – É aquela em que o governo é exercido por representantes do povo, livre, periódica e legalmente eleitos pelos governados, por meio do sufrágio universal, devendo tomar decisões em nome de toda a sociedade. BRASIL
Estado Democrático de Direito:
Segundo J.J. Canotilho:
O Estado Democrático de Direito, que significa a exigência de reger-se por normas democráticas, com eleições livres, periódicas e pelo povo, bem como o respeito das autoridades públicas aos direitos e garantias fundamentais, proclamado no caput do artigo, adotou, igualmente, no seu parágrafo único, o denominado princípio democrático, ao afirmar que "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição". 
Assim, o princípio democrático exprime fundamentalmente a exigência da integral participação de todos e de cada uma das pessoas na vida política do país.
Estado Democrático de Direito:
PREÂMBULO da CF/88
 Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
O Estado Democrático de Direito na CF/88.
Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
FUNDAMENTOS E OBJETIVOS – Art.3º.CF/88:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
 III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
5
Princípios do Estado Democrático de Direito:
CONSTITUCIONALIDADE;
DEMOCRACIA;
GARANTIA AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS ;
JUSTIÇA SOCIAL;
IGUALDADE
INDEPENDÊNCIA DO JUIZ;
LEGALIDADE;
SEPARAÇAO DOS PODERES; e
SEGURANÇA JURÍDICA.
INSTITUIÇÕES
ORGANIZAÇÕES
ESFERAS: ESTADO - SOCIEDADE CIVIL - MERCADO
Governamentais
(Executivo, Legislativo e Judiciário nos níveis municipal, estadual e federal)
Não-Governamentais
(ONGs, filantrópicas, terceiro setor, movimentos sociais, fundações, e outros de âmbito local, municipal, estadual, nacional e internacional)
Empresariais
(com fins lucrativos)
Conselhos de Direitos e Políticas Setoriais
 DIREITOS POLÍTICOS: O SUFRÁGIO E O VOTO. 
Direito Político, segundo ALEXANDRE DE MORAES: é o conjunto de regras que disciplinam as formas de atuação da soberania popular, conforme preleciona o caput do art. 14 da Constituição Federal. São direitos públicos subjetivos que investem o indivíduo no status activa e civitatis, permitindo-lhe o exercício concreto da liberdade de participação nos negócios políticos do Estado, de maneira a conferir os atributos da cidadania. 
Na definição de JOSÉ AFONSO DA SILVA é o conjunto de normas que regula a atuação da soberania popular e segundo PINTO FERREIRA são aquelas prerrogativas que permitem ao cidadão particular intervir na formação e no comando do governo. Por sua vez PONTES DE MIRANDA sintetiza: direito político é o direito de participar da organização e funcionamento do Estado. 
Assim, são direitos políticos: direito de sufrágio, alistabilidade (direito de votar em eleições, plebiscitos e referendos), elegibilidade, iniciativa popular de lei, ação popular e organização e participação de partidos políticos. 
Soberania Popular significa que a titularidade do poder pertence aos cidadãos, ou seja, que o povo é o único titular do poder, que é o efetivo detentor do poder. É a única fonte legítima de todo o poder. Decorre do parágrafo único do art. 1º da Constituição Federal: todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
A soberania popular é exercida pelo sufrágio, que é um direito público subjetivo de natureza política, que tem o cidadão de eleger, ser eleito e de participar da organização e da atividade do poder estatal. O sufrágio universal é o meio exclusivo de concretização do poder. Sua função é consubstanciar o consentimento
do povo, que legitima o exercício do poder. 
Para José Afonso da Silva o sufrágio é um direito, o voto é o seu exercício e o escrutínio o modo de exercício. 
Dessa forma, por meio do sufrágio, o conjunto de cidadãos escolherá as pessoas que irão exercer as funções estatais, mediante o sistema representativo existente em um regime democrático.
Em virtude de sua abrangência, a doutrina classifica o sufrágio em: 
universal, quando não há discriminação para o seu exercício em função da instrução, do patrimônio ou do sexo; 
b) restrito, quando o direito de voto é concedido em virtude da presença de determinadas condições especiais possuídas por alguns nacionais.
 Subdivide-se em censitário, quando é condicionado à situação econômica (renda, bens) ou capacitário, quando for exigido certo grau de instrução. 
O voto é o instrumento de exercício do direito de sufrágio. O voto é o ato político que materializa, na prática, o direito público subjetivo de sufrágio. 
O voto, que será exercido de forma direta, apresenta diversas características constitucionais: 
a) Personalidade: O voto só pode ser exercido pessoalmente. Não há possibilidade de se outorgar procuração para votar. A personalidade é essencial para se verificar a sinceridade e autenticidade do voto. 
b) Obrigatoriedade formal do comparecimento: em regra, existe a obrigatoriedade do voto. No entanto, como exceção, o Constituinte tornou facultativo em algumas hipóteses (aos maiores de 70 anos, aos analfabetos e aos menores de 18 e maiores de 16). 
c) Liberdade: manifesta-se não apenas pela preferência a um candidato entre os que se apresentam, mas também pela faculdade até mesmo de depositar uma cédula em branco na urna ou em anular o voto. 
d) Sigilosidade: o Código Eleitoral exige cabine indevassável, para garantir o sigilo do voto. O segredo do voto consiste em que não deve ser revelado nem por seu autor nem por terceiro fraudulentamente. 
e) Direto: os eleitores elegerão, no exercício do direito de sufrágio, por meio do voto (instrumento), por si, sem intermediários, seus representantes e governantes. 
f) Periodicidade: o art. 60, § 4.º, da Constituição Federal é garantia da temporariedade dos mandatos, uma vez que a democracia representativa prevê e exige existência de mandatos com prazo determinado.
g) Igualdade: todos os cidadãos têm o mesmo valor no processo eleitoral, independentemente de sexo, cor, credo, idade, posição intelectual, social ou situação econômica (ONE MAN, ONE VOTE). 
 A REPRESENTAÇÃO POLÍTICA E OS PARTIDOS. 
O Processo Eleitoral, segundo DJALMA PINTO, compreende todos os atos necessários à formação da representação popular. Esses atos vão da constituição do colégio eleitoral à diplomação dos eleitos para o exercício dos respectivos mandatos e sua cassação por irregularidades praticadas na captação do voto.
A Constituição Federal em seu art. 16 determina que a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência.
PARTIDOS POLÍTICOS
Na definição do professor José Afonso da Silva, o partido político é uma forma de agremiação de um grupo social que se propõe organizar, coordenar e instrumentar a vontade popular, com o fim de assumir o poder e de mantê-lo ou, ao menos, de influenciar na gestão da coisa pública através de críticas e oposição. 
A Constituição Federal, no Título II, dos direitos e garantias fundamentais, reservou um capítulo para tratar dos partidos políticos, estabelecendo liberdade de criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, desde que resguardada a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observado(a): o caráter nacional; a proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; a prestação de contas à Justiça Eleitoral e o funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
No texto constitucional ficou assegurado aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento, devendo seus estatutos estabelecer normas de fidelidade e disciplina partidárias. 
Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. Têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, sendo-lhes vedada a utilização de organização paramilitar.
A natureza jurídica do partido político é pessoa jurídica de direito privado, em razão do disposto no § 2º do art. 17 da CF e art. 1º da Lei nº 9.096/95. No regime anterior (Lei nº 5.682/71) os partidos tinham personalidade jurídica de direito público.
É pacífica a jurisprudência do TSE, do STJ e do próprio STF quanto à incompetência da Justiça Eleitoral para apreciar matéria interna corporis dos partidos políticos e a competência para apreciar o cumprimento e a legalidade das normas estatutárias. 
A Lei nº 9.504/97, chamada de Lei das Eleições, em seu art. 4º, estabelece:
Art. 4º - Poderá participar das eleições o partido que, até um ano antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, até a data da convenção, órgão de direção constituído na circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto. 
Atualmente possuem registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral 27 (vinte e sete) partidos: PMDB, PTB, PDT, PT, DEM, PC do B, PSB, PSDB, PTC, PSC, PMN, PRP, PPS, PV, PT do B, PP, PSTU, PCB, PRTB, PHS, PSDC, PCO, PTN, PSL, PRB, PSOL e PR.
 SISTEMAS ELEITORAIS E O MANDATO. 
CONCEITO
Sistema Eleitoral, segundo DJALMA PINTO, é o conjunto de regras que disciplinam o recebimento dos votos pelos candidatos, a transformação da votação em mandato e a distribuição das cadeiras no parlamento, viabilizando a representação popular. Para alguns, é método de transformação de votos em mandatos (ou cadeiras parlamentares). 
SISTEMA MAJORITÁRIO
No sistema majoritário é considerado eleito o candidato que receber maior número de votos dos eleitores. Apenas a vontade da maioria é relevante para a outorga do mandato. Traduz votos em mandatos com base em algum tipo de maioria de votos, seja simples, seja absoluta. 
 De acordo com o tipo de maioria exigida, o sistema majoritário compreende duas modalidades:
por maioria simples, em que é considerado eleito quem obtiver maior número de votos válidos entre os candidatos participantes do certame, não computados os brancos e os nulos;
b) por maioria absoluta, em que é considerado vencedor o candidato que obtiver a maioria absoluta* dos votos válidos, não computados os brancos e os nulos, e que, caso isso não ocorra no primeiro turno de votação, far-se-á um segundo, dele participando apenas os dois candidatos mais votados do 1º turno, sagrando-se vencedor o que obtiver maior votação. Aplica-se para os cargos de presidente, governador e prefeito, nos municípios com mais de 200.000 eleitores.
* Maioria absoluta usualmente é considerada a metade dos votos mais um. Tal definição somente pode ser considerada correta se o número de votos for par, pois, caso contrário, será metade dos votos mais meio. Luís Virgílio Afonso da Silva propõe que seja entendido por maioria absoluta o primeiro número inteiro acima da metade, seja o total de votos par ou ímpar. 
SISTEMA PROPORCIONAL
O sistema proporcional não leva em consideração apenas a quantidade de voto obtida pelo candidato. O mandato é distribuído em função da votação recebida por cada partido. Traduz votos em mandatos com base em uma quota ou quociente, sem que seja necessária a reunião de uma maioria de votos para que alguém seja eleito. 
Para considerar-se eleito um candidato, no sistema proporcional brasileiro, seu partido deve obter um número mínimo de votos que se denomina QUOCIENTE ELEITORAL. 
Segundo o art. 106 do CE, para determinar o quociente eleitoral,
divide-se o número de votos válidos* apurados pelo número de lugares a preencher da casa legislativa, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. 
* Do art. 5º da Lei nº 9.504/97 extraímos a regra aplicável para votos válidos  Contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias. O referido dispositivo legal revogou o parágrafo único do art. 106 do CE, que mandava incluir os votos brancos nesse cálculo. 
Conhecido o quociente eleitoral, faz-se necessário obter o QUOCIENTE PARTIDÁRIO que é, na prática, a quantidade de cadeiras a ser preenchida por cada partido. 
Para obtê-lo divide-se o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas pelo quociente eleitoral, desprezada a fração, conforme prescreve o art. 107 do CE. 
Serão considerados eleitos por um partido ou coligação tantos candidatos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido (art. 108, CE).
Com a aplicação da regra do quociente partidário é realizada a distribuição das cadeiras básicas. Como sempre há resultados não inteiros e restos, nem todas as cadeiras são preenchidas, ocorrendo assim, as chamadas sobras de cadeiras. Em razão disso, faz-se necessária uma distribuição complementar das cadeiras que sobraram, denominada pela doutrina de distribuição dos restos. Para essa hipótese a legislação brasileira adotou o método da maior média, conforme estabelece o art. 109 do CE.
HISTÓRICO DOS PARTIDOS POLÍTICOS
 Quinta República (1964-1985) – Ditadura Militar. Vigorou o bipartidarismo:
 Aliança Renovadora Nacional (ARENA): seguidores do regime militar; 
 Movimento Democrático Brasileira (MDB): oposicionista ao regime militar, compunham-se dos que sobreviveram às cassações políticas impostas pelos militares.
HISTÓRICO DOS PARTIDOS POLÍTICOS
	
Pela Lei nº 6.767, de 20.12.1979, o bipartidarismo foi extinto. Em 1980, seis novos partidos foram organizados: PDS (antigo ARENA), PMDB (antigo MDB), PP, PT, PTB e PDT.
Constituição Federal de 1988, rompe com os resquícios autoritários, completando o processo de transição democrática. 
As eleições livres e diretas retornaram em todos os níveis, abrindo caminho para a realização, em 1989, da primeira escolha presidencial via voto popular.
Desde então, vigora, no Brasil, a liberdade de criação, extinção, fusão e incorporação de Partidos Políticos.
O QUE É UM PARTIDO POLÍTICO?
	“Os Partidos Políticos não são meros grupos de interesses, fazendo petições em causa própria ao governo; pelo contrário, para ganharem suficiente apoio, a fim de conquistar cargos, os partidos precisam antecipar alguma concepção de bem comum.”
(John Rawls)
	O principal aspecto de um Partido Político é ter e propagar uma IDEOLOGIA: um conjunto de ideias, pensamentos, doutrinas e visões do mundo, orientado para ações sociais, econômicas e, principalmente, políticas, objetivando produzir efetivas mudanças na sociedade.
	A possibilidade de se propagar essa Ideologia deriva do PLURALISMO POLÍTICO que vigora no Brasil, isto é, a liberdade de expressão e de convicção quanto às ideias políticas, econômicas, culturais, sociais, etc. 
	PLURIPARTIDARISMO: a existência de vários Partidos Políticos atuantes, cada qual com seus ideais, objetivos, propostas e programas de governo. 
		• Sistema eleitoral-partidário aberto: livre possibilidade de criação de agremiações partidárias, de acordo com 	
	os critérios estabelecidos em lei.
Representar a sociedade;
Organizar a vontade do povo, através de suas propostas políticas;
Concretizar seu programa de governo, visando melhorias à sociedade;
Defender os direitos fundamentais do povo;
Assegurar o sistema eleitoral representativo;
Defender o interesse do regime democrático, da soberania nacional e do pluripartidarismo;
Controlar/Fiscalizar as ações governamentais (realizada pelos partidos de oposição ao governo);
Quais as funções de um Partido Político?
	Dessa forma, organizar e participar de partidos políticos caracteriza também o exercício da soberania popular, isto é, inclui-se dentre os direitos políticos do cidadão de influir nas decisões e nos destinos de sua federação. 
	Através de um Partido, possibilita-se ao cidadão: 
exercício de funções públicas; 
atuar como representante da vontade popular e da opinião pública; 
instrumentar a educação política do povo; 
facilitar a coordenação dos órgãos políticos do Estado, enfim.

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