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1 ALGUMAS IDE´IAS 1 A expansa˜o de nu´meros reais em frac¸a˜o cont´ınua simples Romulo Lins 1 Algumas ide´ias A expansa˜o, em frac¸a˜o cont´ınua simples, de um nu´mero real α (racional ou irracional) e´ uma expressa˜o do tipo α = q1 + 1 q2 + 1 q3 + 1 q4 + 1 . . . nas quais os qi sa˜o inteiros positivos, com a excec¸a˜o de q1, que pode ser negativo. Veremos que a expansa˜o termina em um nu´mero finito de termos se, e somente se, α e´ racional. Por exemplo, 70 32 = 2 + 1 5 + 1 3 ; √ 2 = 1 + 1 2 + 1 2 + 1 . . . Veremos, tambe´m, que a expansa˜o e´ perio´dica (como no caso de √ 2, acima), se, e somente se, α e´ um nu´mero irracional e alge´brico quadra´tico (raiz de uma equac¸a˜o polinomial de grau 2, com coeficientes inteiros). O nu´mero e na˜o e´ alge´brico: e = 2 + 1 1 + 1 2 + 1 1 + 1 1 + 1 4 + 1 1 + 1 . . . Uma notac¸a˜o menos sugestiva, pore´m mais pra´tica e´ α = q1 + 1 q2 + 1 q3 + 1 q4 + 1 . . . = [q1; q2, q3, q4, . . .] 1 ALGUMAS IDE´IAS 2 Assim: 70 32 = 2 + 1 5+ 1 3 = [2; 5, 3]; √ 2 = [1; 2, 2, 2, . . .]; e = [2; 1, 2, 1, 1, 4, 1, . . . , 1, 2n, 1, . . .]. Definic¸a˜o 1 Dado um nu´mero real α, denotaremos por bαc a parte inteira de α, que e´ definida como o maior inteiro ≤ α. Por exemplo: b10, 2c = 10; b−5, 3c = −6; bpic = 3 E denotaremos por {α} a parte fraciona´ria de α, definida por {α} = α − bαc; note que 0 ≤ {α} < 1 para todo α. Uma vez que, dado α, bαc esta´ bem definida, α fica representado de maneira u´nica por bαc+ {α}. Isto e´, se α = b+ c, b e´ inteiro, e 0 ≤ c < 1, enta˜o b = bαc e c = {α}. Um algor´ıtimo para produzir a expansa˜o de α em frac¸a˜o cont´ınua simples (ou uma expansa˜o com quantos termos se queira, caso ela na˜o seja finita), e´ o seguinte. Tomamos q1 = bαc. Se {α} = 0, α e´ inteiro e a expansa˜o e´ ele mesmo. Se {α} > 0, enta˜o {α} = 1 α2 para algum α2 > 0, e escrevemos α = q1 + 1 α2 Repetindo o processo para α2, e assim sucessivamente, atingimos o que e´ procu- rado: α = q1 + 1 q2 + 1 q3 + 1 αn Exemplo 1 Encontrar a expansa˜o em frac¸a˜o cont´ınua simples de 123 45 . 123 45 = 2 + 33 45 = 2 + 1 45 33 = 2 + 1 1 + 12 33 = 2 + 1 1 + 1 33 12 = 2 + 1 1 + 1 2 + 1 1 + 1 3 2 EXPLORANDO ALGUNS PADRO˜ES PARA EXPANSO˜ES 3 Exemplo 2 Encontrar a expansa˜o em frac¸a˜o cont´ınua simples de √ 2. √ 2 = 1+ ( √ 2− 1) = 1+ 1 1√ 2− 1 √ 2 + 1√ 2 + 1 = 1+ 1√ 2 + 1 = 1+ 1 1 + 1√ 2 + 1 + 1 = = 1 + 1 2 + 1√ 2 + 1 = 1 + 1 2 + 1 1 + 1√ 2 + 1 + 1 = 1 + 1 2 + 1 2 + 1√ 2 + 1 = = 1 + 1 2 + 1 2 + 1 . . . 2 Explorando alguns padro˜es para expanso˜es Nesta sec¸a˜o na˜o importam tanto os resultados particulares, e sim o ”esp´ırito” da explorac¸a˜o, Vamos explorar que nu´meros teˆm certos tipos de representac¸a˜o como expansa˜o em frac¸a˜o cont´ınua simples. a. Para os nu´meros que teˆm expansa˜o α = a+ 1 a+ 1 a+ 1 a+ 1 . . . temos α = a+ 1 α , de onde α = a+ √ a2 + 4 2 , descartando-se a soluc¸a˜o nega- tiva. Por exemplo, 3 + √ 32 + 4 2 = 3 + √ 13 2 = [3; 3, 3...], e 1 + √ 12 + 4 2 = 1 + √ 5 2 = [1; 1, 1...] b. Se m na˜o e´ um quadrado √ m = b√mc+ 1 1√ m− b√mc = b√mc+ 1√ m+ b√mc m− b√mc2 2 EXPLORANDO ALGUNS PADRO˜ES PARA EXPANSO˜ES 4 Se m− b√mc2 = 1, enta˜o √ m = b√mc+ 1√ m+ b√mc = a+ 1 2a+ 1 2a+ .. . = [a; 2a] onde a = b√mc. Mas, de posse da expansa˜o acima, obtemos √ m = a+ 1 a+ a+ 1 2a+ .. . = a+ 1 a+ √ m de onde se obte´m m = a2 + 1 (m = 2, 5, 10, 17, 26, . . .). Se m− b√mc2 = 2, enta˜o √ m = b√mc+ 1√ m+ b√mc 2 Como b √ m+ b√mc 2 c = b√mc, √ m = b√mc+ 1√ m+ b√mc 2 = b√mc+ 1 b√mc+ √ m+ b√mc 2 − b√mc = = b√mc+ 1 b√mc+ √ m− b√mc 2 = b√mc+ 1 b√mc+ 1 2√ m− b√mc = = b√mc+ 1 b√mc+ 1 2( √ m+ b√mc) 2 = b√mc+ 1 b√mc+ 1√ m+ b√mc = = [a; a, 2a] 3 DOIS TEOREMAS 5 para a = b√mc. Analogamente ao caso anterior, obte´m-se m = a2 + 2. Se m− b√mc2 = 3, enta˜o... √ 67 = [8; 5, 2, 1, 1, 7, 1, 1, 2, 5, 16] !!!! c. O que e´ que ”resolve” nos dois primeiros casos? Em m− b√mc2 = 1 e´ o 1, mas em m − b√mc2 = 2 e´ b √ m+ b√mc 2 c = b√mc. Quer dizer, o padra˜o emp´ırico na˜o tem origem num padra˜o matema´tico, por assim dizer. d. Seja m = a2 + 1 a = √ a2 < √ a2 + 1 < √ a2 + 1 = a+ 1⇔ a = b √ a2 + 1c Enta˜o m− b√mc2 = a2 + 1− a2 = 1. Por outro lado, se m− b√mc2 = 1, representamos m = b2 + k, onde b2 ≤ m < (b+ 1)2, de modo que b < √ m < b+ 1 de onde b = b√b2 + 1c; observe que k < 2b+ 1. Como m− b√mc2 = b2 + k − b √ b2 + kc2 = b2 + k − b2 = k k = 1, e m = b2 + 1 e. Usando a calculadora de Alpern (http://www.alpertron.com.ar/CONTFRAC.HTM) ou a da Universidade de Surrey, UK (http://www.maths.surrey.ac.uk/hosted- sites/R.Knott/Fibonacci/cfCALC.html), voceˆ pode explorar, empirica- mente, expanso˜es, fazer conjecturas e tentar entendeˆ-las e, se poss´ıvel, de- monstra´-las. 3 Dois teoremas Teorema 1 A expansa˜o de α e´ finita se, e somente se, α e´ racional. Demonstrac¸a˜o. (⇒) Se a expansa˜o e´ finita, a ”conta de volta” resulta, natu- ralmente, em um nu´mero racional. 3 DOIS TEOREMAS 6 (⇐) Se α e´ racional, a determinac¸a˜o da expansa˜o corresponde ao uso do algor´ıtimo de Euclides. Tomando α = m n , m = nq1 + r1 =⇒ m n = q1 + r1 n = q1 + 1 n r1 n = r1q2 + r2 =⇒ n r1 = q2 + r2 r1 = q2 + 1 r1 r2 r1 = r2q3 + r3 =⇒ r1 r2 = q3 + r3 r2 = q3 + 1 r2 r3 . . . rk−3 = rk−2qk−1 + rk−1 =⇒ rk−3 rk−2 = qk−1 + rk−1 rk−2 = qk−1 + 1 rk−2 rk−1 rk−2 = rk−1qk =⇒ rk−2 rk−1 = qk e basta fazer as substituic¸o˜es correspondentes para obter a expansa˜o m n = q1 + 1 q2 + .. . qk−2 + 1 qk−1 + 1 qk Os qi sa˜o chamados de quocientes parciais Teorema 2 A expansa˜o de α e´ infinita e perio´dica se, e somente se, α e´ irraci- onal e alge´brico quadra´tico. Demonstrac¸a˜o. (⇒) Vamos supor α > 1. Se a expansa˜o e´ infinita e perio´dica, ela tem a forma α = q1 + 1 q2 + 1 . . . qi−1 + 1 qi + 1 α+ k Ao fazer a ”conta de volta”, claramente vamos terminar com uma equac¸a˜o em α, de grau 2 e coeficientes inteiros; α = aα + b cα + d 4 QUOCIENTES PARCIAIS E CONVERGENTES 7 Se fosse racional, a expansa˜o seria finita. (⇐) A demonstrac¸a˜o geral na˜o e´ simples, e foi feita por Lagrange (veja, por exemplo, H. Davenport, The Higher Arithmetic, p.83 e seguintes). Vamos apenas apresentar um caso particular, simples. Suponha que α > 0 e´ ra´ız de x2 − 3x− 1 = 0. Enta˜o, rearranjando, x = 3 + 1 x de onde deduzimos α = 3 + 1 3 + 1 3 + 1 . . . 4 Quocientes parciais e convergentes Dado um nu´mero real α e sua expansa˜o (finita ou na˜o) em frac¸a˜o cont´ınua simples, α = q1 + 1 q2 + 1 q3 + 1 q4 + 1 . . . chamamos de convergentes aos resultados dos sucessivos truncamentos da ex- pansa˜o: 4 QUOCIENTES PARCIAIS E CONVERGENTES 8 C1 = P1 Q1 = q1 C2 = P2 Q2 = q1 + 1 q2 C3 = P3 Q3 = q1 + 1 q2 + 1 q3 C4 = P4 Q4 = q1 + 1 q2 + 1 q3 + 1 q4 e assim por diante. Conhecidos os quocientes parciais, existe uma relac¸a˜o de recorreˆncia que permite calcular Ck a partir de Ck−1, Ck−2 e de qk. Comec¸amos observando que Ck se obte´m de Ck−1 substituindo qk−1 por qk−1 + 1 qk . Para facilitar a escrita da generalizac¸a˜o, tomaremos P0 = 1, Q0 = 0, observando que, naturalmente, estes nu´meros na˜o correspondem a uma frac¸a˜o (convergente). Assim, 4 QUOCIENTES PARCIAIS E CONVERGENTES9 C1 = P1 Q1 = q1 1 C2 = P2 Q2 = q1 + 1 q2 1 = q2q1 + 1 q2.1 + 0 = q2P1 + P0 q2Q1 +Q0 C3 = P3 Q3 = ( q2 + 1 q3 ) P1 + P0( q2 + 1 q3 ) Q1 +Q0 = q3P2 + P1 q3Q2 +Q1 C4 = P4 Q4 = ( q3 + 1 q4 ) P2 + P1( q3 + 1 q4 ) Q2 +Q1 = q4P3 + P2 q4Q3 +Q2 e, de modo geral, Ck = Pk Qk = qkPk−1 + Pk−2 qkQk−1 +Qk−2 de modo que o numerador e o denominador das convergentes seguem † = { Pk = qkPk−1 + Pk−2 Qk = qkQk−1 +Qk−2 Estas relac¸o˜es podem ser representadas no que Vinogradov chama de ”dispo- sitivo pra´tico”: k 0 1 2 3 . . . n . . . qk q1 q2 q3 . . . qn . . . Pk 1 P1 = q1 P2 = q2P1 + P0 P3 = q3P2 + P1 . . . Pn = qnPn−1 + Pn−2 . . . Qk 0 Q1 = 1 Q2 = q2Q1 +Q0 Q3 = q3Q2 +Q1 . . . Qn = qnQn−1 +Qn−2 . . . 4 QUOCIENTES PARCIAIS E CONVERGENTES 10 Um exemplo nume´rico: expressamos α = 210 76 como frac¸a˜o cont´ınua simples: 210 = 76× 2+ 58 76 = 58× 1+ 18 58 = 18× 3+ 4 18 = 4× 4+ 2 4 = 2× 2 210 76 = 2+ 1 1+ 1 3+ 1 4+ 1 2 k 0 1 2 3 4 5 qk 2 1 3 4 2 Pk 1 2 3 11 47 105 Qk 0 1 1 4 17 38 As convergentes sa˜o: C1 = 2 1 < 210 76 , C2 = 3 1 > 210 76 C1 < C3 = 11 4 < 210 76 , C2 > C4 = 47 17 > 210 76 C5 = 105 38 = 210 76 Duas observac¸o˜es sa˜o de extrema importaˆncia. Primeiro, que a u´ltima conver- gente (no caso de α racional), embora equivalente a` frac¸a˜o original, na˜o precisa ser numericamente igual a`quela; como demonstraremos, no caso das expanso˜es finitas, a u´ltima convergente e´ sempre a frac¸a˜o reduzida equivalente a` original. 4 QUOCIENTES PARCIAIS E CONVERGENTES 11 Segundo, que as convergentes sa˜o, alternadamente, menores (n ı´mpar) e maiores (n par) que α (com excec¸a˜o da u´ltima no caso de α racional, em que e´ igual); esta alternaˆncia torna bastante interessante e u´til, no caso de α irracional, estudar se e como as convergentes se aproximam de α. Para k > 1, Ck − Ck−1 = Pk Qk − Pk−1 Qk−1 = PkQk−1 −QkPk−1 QkQk−1 Denominando hk = PkQk−1 − QkPk−1, e substituindo as relac¸o˜es (†) para Pk, Qk, obtemos hk = (qkPk−1 + Pk−2)Qk−1 − (qkQk−1 +Qk−2)Pk−1 = = qkPk−1Qk−1 + Pk−2Qk−1 − qkQk−1Pk−1 −Qk−2Pk−1 = = −(Pk−1Qk−2 −Qk−1Pk−2) = −hk−1 Como h1 = q1.0− 1.1 = −1, temos que hk = PkQk−1 −QkPk−1 = (−1)k para k > 0, e Ck − Ck−1 = (−1) k QkQk−1 para k > 1. A primeira relac¸a˜o implica que (Pk, Qk) = 1, ja´ que (Pk, Qk) | PkQk−1 −QkPk−1 e isto demonstra que todas as convergentes (inclusive a u´ltima, no caso de α racional) sa˜o sempre frac¸o˜es reduzidas. Suponha que Ck 6= α. A partir da expressa˜o α = q1 + 1 q2 + 1 . . . qk−1 + 1 αk 4 QUOCIENTES PARCIAIS E CONVERGENTES 12 podemos obter Ck−1 com a substituic¸a˜o de 1 αk por 0 (primeira substituic¸a˜o), e e Ck com a substituic¸a˜o de 1 αk por 1 qk (segunda substituic¸a˜o): Ck−1 = q1 + 1 q2 + 1 . . . + 1 qk−1 , Ck = q1 + 1 q2 + 1 . . . + 1 qk−1 + 1 qk Como αk−1 = qk−1 + 1 αk , a primeira substituic¸a˜o faz αk−1 ”diminuir”, e a segunda ”aumentar”. E como αk−2 = qk−2 + 1 αk−1 , a primeira substituic¸a˜o faz αk−2 ”aumentar” (porque αk−1 diminui) e a segunda ”diminuir” (porque αk−1 aumenta). E assim por diante: primeira substituic¸a˜o segunda substituic¸a˜o αk−1 aumenta αk−1 diminui αk−2 diminui αk−2 aumenta αk−3 aumenta αk−3 diminui αk−4 diminui αk−4 aumenta . . . . . . de modo que, ao fazer uma das substituic¸o˜es, a convergente resultante fica maior que α, e ao fazer a outra, fica menor que α, de onde se deduz que um dos nu´meros Ck−1, Ck e´ menor que α, e o outro maior. Como C1 = q1 1 < α, se α na˜o e´ inteiro conclu´ımos que as convergentes sa˜o, a partir de k = 1, menor, maior, menor, maior, ... que α (a menos, eventualmente, da u´ltima, que e´ igual no caso α raci- onal). De todo modo, tudo isto implica que α esta´ entre Ck−1 e Ck, de onde |α− Ck−1| ≤ 1 QkQk−1 ou seja, Ck−1 e´ a melhor aproximac¸a˜o racional de α com denominador ≤ QkQk−1. Ale´m disto, como os Qi formam uma sequeˆncia crescente, isto garante a con- vergeˆncia de [q1; q2. . . . , ]. (I) O caso de pi: Tomando pi = 3, 14159, obtemos convergentes C1 = 3, C2 = 22 7 (a escolha de Arquimedes), C3 = 355 113 (nu´meros muito maiores que no caso ante- 4 QUOCIENTES PARCIAIS E CONVERGENTES 13 rior). (II) O caso de [1; 1, 1, 1, . . .]: todos os quocientes qi sa˜o 1, de modo que { Pk = Pk−1 + Pk−2 Qk = Qk−1 +Qk−2 Como P0 = 1, P1 = q1 = 1, a sequeˆncia de numeradores e´ 1,1,2,3,5,8..., a sequeˆncia de Fibonacci usual. Analogamente, a sequeˆncia de ”denominadores” e´ 0,1,1,2,3,..., e as convergentes sa˜o C1 = 1 1 , C2 = 2 1 , C3 = 3 2 , C4 = 5 3 , . . .. Resta determinar a que nu´mero real α corresponde esta expansa˜o em frac¸a˜o cont´ınua simples. Uma abordagem usa os fatos de que α = limn→∞ Fn Fn−1 (limite que sabemos existir) e que os nu´meros de Fibonacci teˆm a forma fechada: Fn = 1√ 5 [( 1 + √ 5 2 )n − ( 1−√5 2 )n] A validade desta igualdade pode ser provada, sem dificuldade, usando induc¸a˜o finita. Mas caso ela na˜o fosse conhecida de antema˜o, poderia ser determinada usando-se um me´todo associado a sequeˆncias definidas por recorreˆncias, como a de Fibonacci. Mas existe uma outra abordagem, mais simples, mas que pode ser feita igual- mente rigorosa, embora a notac¸a˜o possa fazer parecer que na˜o. Temos que α = 1 + 1 1+ 1 1+ 1 1+ .. . = 1 + 1 α de onde α2 − α − 1 = 0 e α = 1± √ 5 2 . A soluc¸a˜o negativa deve ser descartada, ja´ que sabemos que α > 1 = C1, de modo que 1 + 1 1 + 1 1 + 1 1 + . . . = 1 + √ 5 2 4 QUOCIENTES PARCIAIS E CONVERGENTES 14 a sec¸a˜o a´urea ou nu´mero de ouro.
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