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XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO Revisão Geral EXAME DE ORDEM Damásio Educacional REVISÃO GERAL – XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO Disciplina Direito Tributário Aula 03 EMENTA DA AULA 1. Limitações constitucionais ao poder de tributar. GUIA DE ESTUDO 1. Limitações constitucionais ao poder de tributar: são garantias do contribuinte em face dos abusos do Estado. O STF determina que tais garantias são direitos individuais do contribuinte, como tais não podem ser suprimidas por Emenda Constitucional, dado o caráter de cláusulas pétreas que detêm (art. 60, §4º da CF). São limitações: Princípios tributários; Imunidades tributárias. Princípios tributários: a) Legalidade (art. 150, I da CF e art. 97 do CTN): todo tributo só poderá ser instituído, aumentado, reduzido ou extinto por meio de lei (ordinária, em regra). Há a possibilidade da instituição de tributos por lei complementar, são eles: IGF, Empréstimos compulsórios e demais tributos residuais. O art. 62, §2º da CF diz que a Medida Provisória poderá ser utilizada na instituição ou majoração de impostos federais. A Medida Provisória, contudo, não pode tratar de matéria reservada a lei complementar. Logo, o único imposto que poderá ser instituído por Medida Provisória é o IEG (Imposto Extraordinário de Guerra). De acordo com o STF, a Medida Provisória deverá ser convertida em lei para a mantença de sua eficácia, respeitando o princípio da legalidade. Dependem de lei: Concessão de incentivos fiscais (art. 150, §6º da CF): isenção, remissão ou anistia. Exceção ao princípio da legalidade: inexiste exceção para instituição e extinção de tributo. Logo, a exceção diz respeito à possibilidade de aumento ou redução de XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO Revisão Geral EXAME DE ORDEM Damásio Educacional tributo sem a necessidade de lei. Isto é, por exceção entende-se a possibilidade do uso de atos normativos, em regra, decretos. Art. 153, §1º da CF: II, IE, IPI e IOF poderão ter suas alíquotas alteradas por decreto; Art. 177, §4º, I, “b” da CF: possibilidade de redução/restabelecimento das alíquotas da CIDE combustíveis. Portanto, a base de cálculo só poderá ser definida ou aumentada mediante lei. Art. 97, §2º do CTN: a atualização monetária da base de cálculo não se equipara à majoração de tributo. Isto é, a atualização monetária independe de lei. Súmula 160 do STJ. b) Princípio da irretroatividade tributária (art. 150, III, “a” da CF): lei tributária não se aplica a fatos ocorridos anteriormente à sua vigência. Regra geral: a lei a ser aplicada é aquela vigente na época da ocorrência do fato gerador. Exceção (art. 106 do CTN): aplica-se a lei tributária a fatos anteriores a sua vigência em dois casos: i. Lei meramente (expressamente) interpretativa: é aquela norma que vai consignar, expressamente, a possibilidade de retroagir sem necessidade de outra norma para sua aplicação. É denominada retroatividade benéfica, ou seja, a lei tributária retroagirá de forma mais benéfica ao contribuinte. ii. Ato infracional não transitado em julgado, cuja lei posterior comine uma penalidade menos severa. Visto que tribunal administrativo não faz coisa julgada perante o particular e pelo princípio da inafastabilidade de jurisdição (art. 5º, XXXV da CF); diante de decisão irrecorrível administrativa a lei mais benéfica retroagirá, uma vez que há a possibilidade do particular recorrer ao Judiciário. c) Princípio da anterioridade tributária: substituiu o princípio da anualidade, segundo o qual o tributo só poderia ser exigido se estivesse previsto no orçamento anual. Já o princípio da anterioridade visa assegurar a segurança jurídica na tributação, visando evitar que o contribuinte seja surpreendido com o pagamento imediato de tributos.
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