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Direito Penal I - LEI PENAL NO ESPAÇO

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LEI PENAL NO ESPAÇO
Código penal, artigo 5º
Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
Superfície terrestre.
Águas territoriais (fluviais, lacustres e marítimas) – Mar territorial – Art. 1º, da lei 8.617/93: “o mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítimas de largura medidas a partir da linha de baixa-mar continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil.”
Espaço aéreo correspondente: 
Para os efeitos penais, consideram-se com extensão do território nacional, as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiros, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo.
__
Navio ou aeronave privada brasileira nos outros países é problema deles, no Brasil, navios ou aeronaves privadas de fora, é problema nossa.
CONFLITO APARENTE DE NORMAS:
Situações em que, aparentemente, pode ser aplicada mais de uma norma penal a uma única conduta.
O conflito e apenas aparente, e deve ser solucionado por princípios de ordem doutrinaria.
Principio da Especialidade: A norma especial difere da norma geral, porque reúne todos os elementos desta, acrescidos de mais alguns, denominados especializantes.
A especial acrescenta elemento próprio a descrição típica da norma geral. Prevalece a norma especial. (roubo 157, em detrimento de furto 155)
Outros exemplos: Relaçao entre os tipos básicos (homicídio simples, furto simples) e os tipos qualificados (homicídio qualificado, furto qualificado)
Ver CP: arts. 121; parágrafo 2º; 155; parágrafo 4º.
Principio de Subsidiariedade: As normas primarias e subsidiaria descrevem diferentes graus de agressão ao mesmo bem jurídico.
A rigor, a figura subsidiaria esta contida na principal. Por isso, a subsidiaria e afastada em caso de preenchimento do tipo principal
Todavia, se a punição do crime principal e excluída por qualquer motivo, a do tipo subsidiário apresenta-se como “soldado de reserva” e aplicada ao residiuum.
SUBSIDIARIEDADE TACITA E EXPRESSA
Expressa: quando a própria lei condiciona a aplicação de uma norma a não aplicação de outra mais grave.
CP, art. 132 – expressão “se o fato não constitui crime mais grave”.
Tácita – O crime de dano (art. 163 e subsidiário do furto com destruição/rompimento de obstáculo (art. 155, parágrafo 4º, I).
A violação de domicilio (art. 150) e subsidiaria do furto ou roubo cometido dentro da casa alheia.
O constrangimento ilegal (art. 146) e subsidiário dos crimes cometidos com violência ou grave ameaça.
 
Principio da Consunção: Resolve praticamente todos os casos, pois ela e bem mais simples e lógica. O caminho de um crime é um caminho criminoso. Serve para solucionar crime meio - crime fim. Este princípio é aplicado quando um crime constitui-se meio natural ou necessário para a execução do outro.
O crime consumado absorve o tentado
O crime de dano absorve o de perigo
O homicídio absorve as lesões corporais que o causaram
Em todos esses casos, a norma consuntiva (abrangente) exclui a aplicação de consunta, pois abrange o delito previsto nesta.
Há consunção toda vez que o crime-meio é realizado como etapa ou fase do crime-fim. Pune-se somente pela conduta final.
A consunção pode ocorrer ate mesmo quando crime-meio e crime-fim objetivaram bens jurídicos distintos
A pena do crime-meio pode ate mesmo ser maior do que a do crime-fim, o que não impede a absorção.
INTRODUÇÃO À TEORIA DO DELITO
Crime - é fato típico, antijurídico e culpável.
Conceito Formal – É aquilo que o legislador quer que seja
Conceito Material – Conduta que tem que estar na lei punível com reclusão a detenção e que agrida ou coloque em risco o bem jurídico
Conceito Analítico – Identifica os elementos constitutivos do fato punível, necessários como método analítico para determinar a existência concreta de ações criminosas.
Define os pressupostos de punibilidade das ações descritas na lei como criminosas.
	CRIME
	Ação (Conduta)
	Tipicidade (estar previsto em lei como dolosa ou culposa)
	Antijuridicidade
(Vejo se minha ação típica é contrária ao Direito ou não
	Culpabilidade
CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME:
Tipo de Injusto: ação, tipicidade e antijuridicidade.
Culpabilidade: 
OS SISTEMAS DE FATO PUNÍVEL – Sistemas BIPARTIDO e TRIPARTIDO.
Crime = tipo injusto + culpabilidade
O sistema Bipartido: unidade conceitual entre tipicidade e antijuridicidade: 
Crime = tipo injusto (tipo legal, como elemento positivo, e ausência de justificação como elemento negativo) + culpabilidade
Sistema Tripartido: autonomia de conceito de tipicidade em relação à antijuridicidade. 
Crime = tipo injusto (tipicidade e antijuridicidade, como elementos autônomos) + culpabilidade
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS
Crimes (ou delitos)
Contravenções penais (DL 3.688/41)
Art 1º do DL 3914/41 (Lei de Introdução ao Código Penal):
“Considera-se crime a infração penal que à lei comina pena de reclusão de detenção, quer isoladamente, alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção; a infração penal a que a lei comina isoladamente pena de prisão simples ou de multa ou ambas, alternativa ou cumulativamente”.
MODELOS TRIPARTIDOS:
MODELO CLÁSSICO: Listz/Beling. Segunda metade do séc. XIX - Ciência nesta época era exata (nada de Filosofia, Sociologia..) O direito devia ter uma forma de pensar que se aproximasse de matemática, química e física. Nesta época se precisava de um modelo rígido lógico, formal e exato.
Ação: movimento corporal causador de um resultado no mundo exterior. Conceito naturalístico e causal de ação. Não se preocupavam com o conteúdo da ação, (ação=qualquer movimento humano muscular voluntário que causa um resultado no mundo externo), ou seja, se eu não tenho nas ciências sociológicas algo objetivo, eu deixo aquilo que é subjetivo por fim.
Tipicidade: representava o caráter externo da ação, como descrição objetiva do acontecimento. Compreendia os aspectos objetivos do fato descrito em lei. para o modelo clássico, o tipo era meramente objetivo, se a ação e o tipo penal coincidem, é algo típico
Antijuridicidade: Valoração negativa dos aspectos objetivos da ação, ou seja, dos resultados externos indesejáveis juridicamente. Lógica contradição (formal) da conduta com a norma jurídica. - Pego um resultado e vejo se foi conforme o Direito ou não
Culpabilidade: Conceito psicológico (dôo ou imprudência), que agregava os elementos subjetivos do delito. Demonstrava um vinculo subjetivo entre o autor e fato. Junta-se o fato de um lado e o agente do outro, a culpabilidade é um nexo subjetivo entre os dois, De que forma se pode relacionar o autor ao fato? Se existe uma ligação forte entre os dois, o crime será doloso, se a ligação é fraca o crime é culposo. Dolo e culpa para o modelo clássico está na culpabilidade
MODELO NEOCLÁSSICO: (VALORATIVO). Princípio do séx. XX
Ação: comportamento humano voluntário
Tipicidade: deixa de ser mera descrição, e passa a conter elementos normativos (que encerram um conteúdo de valor) e subjetivos (p. ex., a intenção de apropriação”, no furto).
Antijuridicidade: antes meramente formal, agora passa a ser entendida como material, pressupondo certa danosidade social e admitindo graduações de acordo com a gravidade da lesão. Na falta de lesão a um interesse, não há ilicitude. Passa de ser meramente formal e começa a ser matéria, ou seja eu posso ter uma antijuridicidade grave ou não, arremete uma idéia de danos à direito alheio – sem lesão ao interesse alheio não há antijuridicidade neste período.
Culpabilidade: assume significado normativo, como reprovabilidade do autor pela formação de vontade contrária ao dever. 
MODELO FINALISTA – (aproximadamente 1930-1960)
Hans Welzel questiona a não consideração ao conteúdo da vontade, não existe nenhuma açãohumana sem movimento corporal dirigido a um fim, ela não é só causal, antes de ser causal, ela é final, toda e qualquer ação humana é destinada é uma finalidade, antes de causar qualquer cosa ao mundo exterior, a ação humana é pensada, ainda não que de forma refletida, porém, é pensada. Você sabe das conseqüências dos seus atos. O que diferencia uma ação humana de qualquer outra causalidade é a finalidade.
Ação como estrutura lógico-objetiva: ação é o exercício de uma atividade final. Supera, assim, o mero causalismo... O saber humano é um saber causal.
Traz a finalidade para o centro do conceito de crime.
Retira o dolo e a culpa do âmbito da culpabilidade e os coloca na tipicidade. O tipo passa a ser entendido como tipo doloso ou tipo culposo.
A culpabilidade passa a ser meramente normativa, concentrando as circunstancias que condicional a reprovabilidade da conduta contrária ao direito.
Tipicidade: formada por tipo objetivo + tipo subjetivo
Antijuridicidade: contrariedade ao ordenamento jurídico
Culpabilidade: passa a ser puramente normativa. É a reprovabilidade de um sujeito capaz de culpabilidade, pela realização não justificada de um tipo, com consciência da antijuridicidade e em situação de exigibilidade de comportamento diverso. 
CONTRIBUIÇÕES CENTRAIS DO FINALISMO
Concepção meramente normativa da culpabilidade.
O descobrimento do desvalor da ação (esta informada pela representação e pelos fins do autor) como elemento constitutivo do in justo penal.
A partir do conceito de finalidade (ação final), possibilitou uma concepção mais adequada dos diversos tipos de crimes (dolosos/culposos/tentados e consumados)
CLASSIFICAÇÕES DO CRIME:
Doloso, culposo, preterdoloso; doloso art. 18, I, CP/ art. 18, II, CP/ todo crime é somente doloso. Crime culposo é exceção.
Simples e compostos; o crime que ataca ou agride um único bem jurídico – lesões corporais, furtos.
Comissivo, omissivo próprio e comissivo-omissivo – comissivo, é o que eu tenho a causa-ação do resultado pela conduta positiva do agente, omissivo próprio é um crime omissivo no qual o agente só responde pela omissão e não pelo resultado (art. 133, CP)- no comissivo-omissivo o agente responde pelo final da ação, ou seja, um salva-vidas ao evitar socorrer uma criança no mar, também responde pela morte da mesma.
Instantâneo e permanente; crime instantâneo é o que uma vez presente, todos seus elementos previstos no seu tipo legal, eu já não tenho o que fazer pra evitar a consumação. O permanente é o que perdura no tempo eu posso fazer algo pra evitar.
Material (de resultado) e de mera conduta; um crime que depende de um resultado independente da ação, então tem de um lado a aação e de outro o resultado, há um espaço temporal entre ação e resultado. No crime de mera conduta a prática da ação consuma o crime.
De dano e de perigo (concreto e abstrato); quando há uma ameaça dano ao bem jurídico, no outro caso a minha ação tem que ser apenas “capaz” de causar dano ao bem jurídico
Unissubjetivo e plurissubjetivo; Unissubjetivo – crimes que podem ser cometidos por uma só pessoa (quase todos). Plurissubjetivo é o que precisa de mais de uma pessoa para cometê-lo (formação de quadrilha)
Comum (geral), próprio (especial) e de mão própria; comom pode ser cometido por qualquer pessoa, próprio, exige uma característica especial que pode erradicar o crime, o crime de mão própria, é aquele que é cometido por uma pessoa que não sabe que o resultado pode ser o crime. É se utilizar de alguém que está em erro para executar a ação.
De ação única, de ação múltipla e de dupla subjetividade. Crimes de ação única, uma ação, um crime praticado/ ações múltiplas que pode gerar um crime. Dupla subjetividade passiva quando se tem mais de uma vítima com uma única ação, (violação de correspondência)
DELITO – AÇÃO – TIPICIDADE – ANTIJURIDICIDADE – CULPABILIDADE
Toda ação humana pra que seja ação e se diferencie de uma causalidade qualquer, é a dirigibilidade para um fim. Teoria finalista
Doutrina finalista resultou na:
Inclusão do dolo (sem a consciência da ilicitude) e da culpa no tipo de injusto, e não mais na culpabilidade.
Definição do conceito pessoal de injusto: desvalor da ação e do resultado.
Culpabilidade passou a ser apenas normativa (imputabilidade, possibilidade de atuar de outro modo e potencial conhecimento da ilicitude)
RESUMO DA TEORIA FINALISTA
AÇÕES DOLOSAS: Ações proibidas e executadas dirigidas ao resultado típico 
AÇÕES IMPRUDENTES: execução defeituosa de ação
OMISSÃO DE AÇÃO: Não fazer uma ação mandada
TEORIA SOCIAL
Parte de uma idéia mais geral tentando colocar num conceito a ação e a omissão. A omissão é meramente normativa. 
AÇÃO – é a “manifestação externa da vontade [ou comportamento humano] de relevância social
Teoria negativa da ação - Otto
Evitável não evitação de um resultado evitável – parte do principio da evitabilidade, o resultado é atribuído ao autor da ação quando o direito ordena sua evitação e o autor não o evita, embora possa evitá-lo.
TEORIA PESSOAL DA AÇÃO – CLAUSS ROXIN
AÇÃO: Ação é a manifestação da personalidade. Todo acontecimento atribuível ao centro de aço psíquico-espiritual do homem.
FUNÇÕES DO CONEITO DE AÇÃO
Unificação: Torna-se possível a compreensão da ação sob as formas dolosas e imprudentes como espécies de comportamento humano. Se não entendo o que é ação.
A ação, realizada ou omitida, é o núcleo positivo ou negativo de todos os crimes dolosos ou imprudentes.
A análise de um fato típico tem por objeto verificar a realização de uma ação proibida ou a omissão de uma ação mandada. 
FUNDAMENTAÇÃO
Base sobre a qual incidem os atributos de tipicidade, antijuridicidade e culpabilidade
Substância capaz de portar os predicados do conceito analítico de crime.

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