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Falência e Recuperação de Empresas

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FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO DA EMPRESA
I – PROCESSO DE FALÊNCIA. O processo falimentar tem a finalidade de liquidar o passivo (dívidas) a partir da realização (venda) do patrimônio da empresa. Nesse processo são reunidos todos os credores, que serão pagos seguindo a ordem pré-determinada na Lei 11.101/05, de acordo com a natureza do crédito a que pertencem.
	 A lei falimentar impõe ao próprio empresário devedor o dever de requerer a autofalência, quando não atender às condições legais para obter a recuperação judicial. Mas, em regra geral, é o credor que tem mais interesse na instauração do processo de execução coletiva. 
	É a sentença de falência que introduz o falido e seus credores no regime jurídico-falimentar, daí o seu caráter constitutivo.
	Para a administração da massa falida, atribui a lei determinadas funções a três agentes: o magistrado, o representante do Ministério Público e os órgãos da falência, (administrador judicial, assembléia dos credores e comitê dos credores).
SITUAÇÃO JURÍDICA QUE DECORRE DA INSOLVÊNCIA DO EMPRESÁRIO, REVELADA ESSA PELA IMPONTUALIDADE NO PAGAMENTO DE OBRIGAÇÃO LÍQUIDA, OU POR ATOS INEQUÍVOCOS QUE DENUNCIEM MANIFESTO DESEQUILÍBRIO ECONÔMICO, PATENTEANDO SITUAÇÃO FINANCEIRA RUINOSA
Da Classificação dos Créditos
        Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:
        I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;
        II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
        III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias;
        IV – créditos com privilégio especial, a saber:
        a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
        b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
        c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia;
        V – créditos com privilégio geral, a saber:
        a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
        b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;
        c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
        VI – créditos quirografários, a saber:
II - RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE EMPRESAS
	Segundo as lições de Fábio Ulhoa Coelho, nem toda a empresa merece ou deve ser recuperada. A reorganização de atividades econômicas é custosa. É necessário que o Poder Judiciário seja criterioso ao definir quais merecem ser recuperadas. Somente as empresas viáveis devem ser objeto de recuperação judicial (ou mesmo a extrajudicial). O exame de viabilidade deve ser feito, pelo Judiciário, em função de vetores como a importância social, a mão-de-obra e tecnologia empregadas, o volume do ativo e passivo, o tempo de existência da empresa e seu porte econômico.
OBJETIVOS: a recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômica-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica (art. 47 da Lei 11.101/05).
REQUISITOS: são requisitos para que o devedor pleitei a recuperação judicial:
- exercer atividade empresarial de forma regular há mais de dois anos;
- não ter sofrido falência, mas se tiver ocorrido, que possua declaração da extinção das obrigações;
- não ter obtido a concessão da recuperação judicial nos últimos 05 anos;
- não ter sido condenado em crime falimentar.
MEIOS DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL. O devedor pode apresentar qualquer proposta, desde que os credores concordem com ela. São meios de recuperação judicial:
- concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações;
- cisão, fusão, incorporação, transformação, cessão de cotas ou ações;
- alteração do controle societário;
- aumento do capital social;
- redução salarial, compensação de horários e redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva;
- venda parcial de bens;
PROCEDIMENTO: o devedor deverá ingressar com o pedido de recuperação judicial por meio de uma petição contendo a exposição da sua situação patrimonial, explicando a crise econômico-financeira com as demonstrações contábeis dos últimos três anos, a relação nominal de empregados com suas respectivas funções e salários, relação das ações judiciais em andamento, que figure como parte, certidões de protestos, relação de bens dos sócios controladores e dos administradores, extratos bancários, certidões de regularidade e dos cartórios de protestos.
	Após a verificação dos documentos o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial e nomeará o administrador judicial, ordenando a suspensão de todas as ações e execuções contra o devedor (salvo ações trabalhistas e de natureza fiscal).
	O devedor terá o prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação, bem como a avaliação completa do ativo e do passivo

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