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CAL Embora hajam evidências da presença da cal ao longo da maior parte da existência humana, foi somente a partir da civilização egípcia que o produto começou a aparecer com freqüência nas construções. Como exemplo temos a famosa Via Ápia (312 AC). É simplesmente espantoso que a Via Ápia ainda tenha, em alguns trechos, condiçõpes de tráfego, após 2300 anos de utilização. CICLO DA CAL: A cal é um produto obtido pela calcinação (queima) de rochas calcárias, composta spor cabornatos de cálcio e magnésio. CaCO3 + calor ( CaO + CO2 na proporção de 56% de CaO e 44% de CO2 CaO – óxido de cálcio; cal virgem ou viva; é pedra A cal viva reage energicamente com água segundo a reação: (Extinção) CaO + H2O ( Ca(OH)2 + calor 18 g de H2O ( 56g de CaO ( forma pó Ca(OH)2 – hidróxido de cálcio; cal apagada ou extinta A cal apagada absorve lentamente o gá carbônico do ar, recompondo-se em carbonato duro; completa-se o ciclo: Ca(OH)2 + CO2 ( CaCO3 + H2O ORIGEM As rochas calcárias podem ser: Calcíticas – CaCO3: possuem alto teor de carbonato de cálcio Dolomíticas – CaMg(CO3)2, possuem carbonato de cálcio e magnésio Magnesianas – possuem carbonato de cálcio e magnésio, sendo que este último em menor teor que as dolomíticas. QUEIMA: Fragmentos nem muito grandes nem muito pequenos. Os pequenos obstruem a passagem do calor; os grandes deixam o miolo mal cozido. A calcinação perfeito das rochas calcárias/dolomíticas depende particularmente da experiêmcia do operador e do seu principal instrumento – o forno. Medas: Instalações rudimentares ao ar livre Camadas alternadas de calcário e carvão Revestido exteriormente com uma camada de argila furada no ponto mais alto Fornos de campanha: Fragmentos de calcário amontoados no interior de uma poço cavado no terreno A lenha é empregada como combustível Fornos intermitentes: Diferem dos fornos de campanha por serem estruturas permanentes de alvenaria Trabalho intermitente obriga maior consumo de combustível e mão-de-obra Fornos rotativos: cilindro metálico internamente revestido de material refratário giram sobre um eixo ligeiramente inclinado recebem o calcário pela boca superior o maçarico de aquecimento é na boca inferior por onde também é retirad o material permite o controle da temperatura e alimentação Forno contínuo vertical de chama curta: o combustível e o calcário são alimentados pela parte superior a alimentação de ar é feita através de ventiladores que forçam sua introdução pela parte inferior da câmara o material cacinado é retirado intermitentemente peço fundo do forno Forno contínuo vertical a lenha: a calcinação dá-se por ação dos gases provenientes de uma fornalha lateral o cacário é alimentado por cima o produto calcinado é retirado por baixo EXTINÇÃO DA CAL: CaO + H2O ( Ca(OH)2 + CALOR 18g H2O ( 56g CaO forma pó IMPORTÂNCIA DO MÉTODO DE EXTINÇÃO: Para que a cal apagada apresente uma boa plasticidade é preciso que se forme um sistema de partículas coloidais bem dispersas. A reação de hidratação da cal viva pode resultar na produção de hidróxido em forma cristalina ou coloidal, em proporção que depende das condições mantidas durante a reação. Os cristais de hidróxido de cálcio formam-se e desenvolvem-se devagar, enquanto o hidráxido coloidal se forma com grande rapidez. Cal cálcica muito violenta (360ºC em tanques abertos, 450º em caixas fechadas) evitar a violenta elevação de temperatura para eliminar o perigo de queima da cal o processo é conduzido com excesso de água Cal magnesiana reação lenta aproveitar a energia térmica para acelerar o processo controlar o volume de água para evitar o afogamento ENSAIO PRÉVIO: 2 ou 3 pedaços de ½ kg + água até cobrir e observar o tempo. CLASSIFICAÇÃO: Rápida – tempo inferior a 5 minutos Média – 5 a 30 minutos Lenta – superior a 30 minutos MODO DE EXTINÇÃO: Rápida: Cal na água; ao mais leve sinal de desprendimento de vapor, deve-se proceder rápida e enérgica agitação, adicionar água até cessar o desprendimento. Média: Água na cal até o material submergir parcialmente e havendo desprendimento de vapor adicionar água aos poucos. Lenta: água na cal para umedecer o material; após o início da reação a água é adicionada aos poucos; não agitar. CLASSIFICAÇÃO: Composição química CRITÉRIOS Rendimento em pasta Composição química básica Cal cálcica ( 75% CaO CaO + MgO ( 95% Cal magnesiana ( 25% MgO componentes argilosos ( 5% (SiO2; Al2O3; Fe2O3) Rendimento em pasta: Cal gorda – Cr > 1,82 Cal magra – Cr < 1,82 PROPRIEDADES: Absoluta D = 2,20 Densidade pedra d = 0,85 Aparente pó d = 0,50 Plasticidade: termo usado para conceituar a menor ou maior facilidade na aplicação das argamassas como revestimento. Plástica: se espalha facilmente (superfície lisa) Não plástica: se agarra na colher (trincas) Retração: a carbonatação do hidróxido realiza-se com perdas de volume, razão pela qual o produto está sujeito à retração, cuja conseqüência é o aparecimento de trincas nos revestimentos. Rendimento: Definir a consistência da pasta utilizada na determinação desse fator. Trata-se de uma consistência arbitrária, geralmente determinada pelo abatimento de um cilindro de 5 cm de diâmetro e 10 cm de altura, que se deforma para 8,7 cm pela remoção do molde (a = 1,45; cr = 1,84) Endurecimento: Como é necessária a absorção de CO2 do ar para o endurecimento da cal aérea, esse material não endurece debaixo da água. O endurecimento que depende do ar atmosférico é muito lento: camadas espessas permanecem fracas no seu interior durante longo período de tempo. Propriedades mecânicas (28 dias): Tração – 2 kgf/cm2 Compressão – 6 kgf/cm2 Rendimento: X = 0,543m3 x 0,85 x 1000 X = 462 kg CAL HIDRATADA: Hidratação feita em usina, por processo mecânico realizado em três estágios: a cal viva é moída ou pulverizada o material moído é completamente misturado com a quantidade exata de água necessária a cal assim hidratada é separada da não hidratada e das impurezas por peneiramento, por ar ou outro processo. PRINCIPAIS ENSAIOS PROPOSTOS PELA NBR 7175 Ensaio de anidrido carbônico, óxidos não hidratados e óxidos totais: Devem ser realizados conforme a norma NBR 6473: Cal virgem e cal hidratada – Análise química – Método de ensaio. Ensaio de finura: Deve ser realizado conforme a norma NBR 9289: Cal hidratada para argamassas – Determinação da finura – Método de ensaio. Ensaio de estabilidade: Deve ser realizado conforme a norma NBR 9205: Cal hidratada para argamassas – Determinação da estabilidade – Método de ensaio. Ensaio de retenção de água: Deve ser realizado conforme a norma NBR 9290: Cal hidratada para argamassas – Determinação da retenção de água – Método de ensaio. Ensaio de plasticidade: Deve ser realizado conforme a norma NBR 9206: Cal hidratada para argamassas – Determinação da plasticidade – Método de ensaio. Ensaio de incorporação de areia: Deve ser realizado conforme a norma NBR 9207: Cal hidratada para argamassas – Determinação da capacidade de incorporação de areia no plastômero de Voss – Método de ensaio. � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� _1172558311/ole-[42, 4D, 82, 92, 03, 00, 00, 00] _1172559304/ole-[42, 4D, 56, EA, 04, 00, 00, 00] _1172920654.unknown _1172583443/ole-[42, 4D, 62, 76, 03, 00, 00, 00] _1172558461/ole-[42, 4D, 2E, 02, 06, 00, 00, 00] _1172558707/ole-[42, 4D, FE, 20, 05, 00, 00, 00] _1172558186/ole-[42,4D, 36, B1, 03, 00, 00, 00]
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