Buscar

Portifólio

Prévia do material em texto

1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo, mostrar a importância de vida da temática da UTA Fundamentos Pedagógicos da Educação que será desenvolvida por mim.
Analisei a entrevista da Drª Acácia Zeneida Kuenzer, que foi realizada para á revista “Pensar a Prática”. Destaquei nesta entrevista alguns pontos importantes, sendo que o que mais me chamou atenção foi em relação à tecnologia da informação.
Tive a oportunidade de visitar uma escola de ensino fundamental I, II e médio e conhecer a equipe de gestão formada pela diretora, vice-diretora e coordenadora pedagógica.
Elaborei três questões objetivas e duas questões discursivas. As questões objetivas irão contribuir muito para o entendimento em relação aos recursos tecnológicos utilizados no espaço escolar.
 Abaixo citarei as perguntas feitas na entrevista.
Como o professor usa os recursos tecnológicos a seu favor? 
A metodologia aplicada supre a demanda de acordo com a necessidade estabelecida? 
O professor teve alguma dificuldade em aplicar sua metodologia com o uso dos recursos tecnológicos? 
Quais os prós e contras do uso de recursos tecnológicos na escola? 
Usar recursos tecnológicos ajuda otimizar seu tempo? 
2. DESENVOLVIMENTO 
Ao ler um trecho da entrevista realizada com a Dr.ª Acácia Zeneida Kuenzer, para revista “Pensar a Prática” de 2000, em referência a questão sobre o tempo, o espaço e a organização pedagógica da escola, em que talvez devessem ser redimensionados para atender a lógica instrumental desta nova racionalidade técnica, ou se deveriam impor resistências com uma nova forma de organização do trabalho escolar.
Segundo a Dr.ª Acácia Zeneida Kuenzer, como resposta a revista, “em meu entendimento deveriam sim ser redimensionados, no exercício da escola para construir seu projeto político-pedagógico, para atender a lógica da racionalidade revolucionária, como já tem ocorrido em escolas e em sistemas administrados pela esquerda. ” 
	De acordo com essa perspectiva, a práxis pedagógica atualmente não deixa de basear-se no desenvolvimento do pensamento científico, que tem uma relação com o pensamento filosófico como ocorreu na Grécia Antiga em que se tinha os Sofistas, os quais eram os professores na época, que também contribuíram muito para difusão do conhecimento com determinadas indagações sobre temas relacionados ao homem, natureza, sociedade. Sendo assim, para facilitar suas exposições, começaram a trabalhar em torno de áreas do conhecimento, porém fragmentadas.
É preciso acreditar que todas as ciências estão de tal modo conexas entre si que é mais fácil aprendê-las todas ao mesmo tempo do que separar uma só que
Seja das outras. Portanto, se alguém quiser investigar
a sério a verdade das coisas, não deve escolher uma
ciência particular; estão todas unidas entre si dependentes umas das outras. (Descartes,1985,p.13).
No século XVI, houve a Revolução Científica, a chamada “Tendência Cartesiana”, método de René Descartes, em que compreende problemas, situações, o qual também trabalha com o princípio da fragmentação, ou seja, se eu tenho um problema para resolver, eu fragmento em partes e analiso cada um deles.
Conforme passaram-se os anos, as ciências foram surgindo e estão bastante fragmentadas. Criou-se um sistema de disciplinas com muitas barreiras existentes entre as áreas do conhecimento, conhecido como sistemas de disciplinas.
Este estudo específico que se tem dentro do currículo atual da escola, até faz que seja necessário a existência dessas disciplinas, dessas barreiras, é essa formação que recebemos na faculdade e que temos desde criança, em torno das disciplinas.
O sistema de disciplinas, lida com o conhecimento de forma estanque, fechado e fragmentado. Ele tem uma tendência positivista de organização, contribuindo com o pensamento disciplinar, dividir, organizar separadamente. Porém com o tempo, percebe-se que as questões sociais, naturais, ou seja, na realidade ela é muito complexa e as disciplinas sozinhas não conseguem compreender a realidade, o qual se torna um problema, não consegue responder as questões mais complexas.
Para Morin, 2004,
	Existe uma inadequação cada vez maior, profunda e grave entre os nossos conhecimentos disjuntos, partidos, compartimentados entre disciplinas e de outra parte, realidades ou problemas cada vez mais polidisciplinares transversais, multidimensionais, transnacionais, globais, planetários. Nessa situação tornam-se invisíveis os conjuntos complexos, as inter-relações e retroações entre as partes e o todo, as entidades multidimensionais, os problemas essenciais. ” Edgar Morin, 2004
	
	Para mudar essa realidade, se faz necessário compreendê-la e a compreensão leva a transformação. Essas discussões foram levadas para dentro das questões curriculares, as quais atualmente discutem o papel da escola.
	Será que num sistema multidisciplinar nós temos a integração entre as disciplinas? Ocorre a comunicação entre as disciplinas? Com certeza não, esse é o grande problema, o paradigma disciplinar é o responsável pela crise de compreensão da realidade que se tem hoje, isso acontece obviamente na escola.
	Trabalhar com a interdisciplinaridade é uma forma de se aproximar da globalização do conhecimento, de uma visão do conhecimento de forma global, perceber que as coisas estão, os temas, assuntos. Quem vai interagir? Só as disciplinas? Não, pois é uma interação de disciplinas, mas também de profissionais onde cada um contribui com a outra área. Não há hierarquia entre as disciplinas e todas devem ter sua identidade reconhecida e respeitada. 
	O trabalho com projetos, possibilita, facilita, cria condições metodológicas planejadas, para que as disciplinas de fato se complementem na ação a que se pretende. 
	Fazenda (2008) afirma que o conceito de interdisciplinaridade que defende em todos os seus escritos desde 1979, está diretamente ligado ao conceito de disciplina, em que ocorre a interpenetração entre elas, sem a destruição de seu conceito básico de ciência. Dessa maneira, preserva-se a evolução do conhecimento sem negar sua história.
Aranha (2008, p. 94) nos diz:
Quando a escola se abre para um novo olhar para a educação que ministra, a possibilidade de elaborar um projeto interdisciplinar começa a tomar forma, tornando-se mais concreta. A interdisciplinaridade passa então, a não ser mais vista como a negação da disciplina. Ao contrário é justamente na disciplina que ela nasce. Muito mais que destruir as barreiras que existem entre uma e outra, a interdisciplinaridade propõe sua superação. Uma superação que se realiza por meio do diálogo entre as pessoas que tornam a disciplina um movimento de constante reflexão, criação – ação. Ação que depende, antes de tudo, da atitude das pessoas. É nelas que habita - ou não - uma ação, um projeto interdisciplinar. A perspectiva interdisciplinar não é, portanto, contrária à perspectiva
	
Mas qual é a dificuldade de se trabalhar desta forma? O problema é que já possui um currículo pré-moldado, com base em disciplinas e os tópicos que são estudados dentro de cada disciplina e para se integrar os tópicos, é necessário integrar a eles a interdisciplinaridade, transformando-os em sistema global. É preciso que se crie novas categorias, em que ó currículo traga estes temas globais.	
Para Libâneo, o qual reafirma que a pedagogia,
Constitui-se como campo de investigação específico
cuja a fonte é a própria prática educativa e os portes
teóricos providos pelas demais ciências da educação
cuja tarefa é o entendimento global, intencionalmente dirigido dos problemas educativos, (...) Não se trata de requerer a pedagogia exclusivamente no tratamento científico da educação. Nossa posição é de multidisciplinaridade de enfoques e análises que caracteriza o fenômeno educativo, não torna desnecessária a pedagogia, antes ressalta seu campo próprio de investigação, para daí poder apropriar-se da contribuição específica das demais ciências. (LIBÂNEO,2002,P.22).Desta forma, o sistema educacional assim como a práxis pedagógica, devem dar possibilidades aos alunos para se tornarem cidadãos autônomos, com base em novas metodologias aplicadas a prática de forma interdisciplinar, assim como transdisciplinar.
3. QUESTÕES OBJETIVAS. 
O professor usa os recursos tecnológicos a seu favor?
	Discordo plenamente
	Discordo
	Concordo parcialmente
	Concordo
	Concordo plenamente
	Não definitivamente
	Não, em parte.
	Indeciso
	Provavelmente sim.
	Definitivamente, sim 
	Nunca
	Raramente
	Ás vezes
	Muitas vezes
(X) 
	Sempre
	Sem importância
	Pouco importante
	Importante
	Muito importante
	Extremamente importante
	Ruim
	Médio
	Bom
	Muito bom
	Excelente
A metodologia aplicada supre a demanda de acordo com a necessidade estabelecida? 
	Discordo plenamente
	Discordo
	Concordo parcialmente
	Concordo
	Concordo plenamente
	Não definitivamente
	Não, em parte.
	Indeciso
	Provavelmente sim.
	Definitivamente, sim (X)
	Nunca
	Raramente
	Ás vezes
	Muitas vezes 
	Sempre
	Sem importância
	Pouco importante
	Importante
	Muito importante
	Extremamente importante
	Ruim
	Médio
	Bom
	Muito bom
	Excelente
O professor teve alguma dificuldade em aplicar sua metodologia com o uso dos recursos tecnológicos? 
	Discordo plenamente
	Discordo
	Concordo parcialmente
	Concordo
	Concordo plenamente
	Não definitivamente
	Não, em parte.
	Indeciso
	Provavelmente sim. (X)
	Definitivamente, sim
	Nunca
	Raramente
	Ás vezes
	Muitas vezes
	Sempre
	Sem importância
	Pouco importante
	Importante
	Muito importante
	Extremamente importante
	Ruim
	Médio
	Bom
	Muito bom
	Excelente
3.1 QUESTÕES DISCURCIVAS. 
Quais os prós e contras do uso de recursos tecnológicos na escola? 
Sabe-se que em pleno século XXI, seria mais complicado fazer com que o aluno aprenda de forma tradicional, e fazer que o aluno o qual não goste de certa disciplina por achar difícil, acabando sem interesse, principalmente aqueles que possuem dificuldades no aprendizado. 
Os recursos têm auxiliado muito nesse quesito, nas disciplinas de artes, por exemplo, temos momentos de teatro, show de talentos, fazendo com que os alunos se integrem ao grupo, demonstrem suas habilidades de outras formas. Isto faz com que os alunos mais tímidos fiquem confiantes em novos desafios, trabalhando sua autoestima. 
O professor deve ter critérios em seu planejamento adaptando-os com o uso do computador, Data show, entre outros recursos tecnológicos. A máquina jamais deverá substituir o papel do professor servindo apenas como uma ferramenta a mais para auxiliá-lo.
Ao planejar a teoria do conteúdo, à ser transmitido ao aluno, o professor também deverá chegar o recurso tecnológico apropriado à ser usado, pois acaso der algum problema, no sistema, ele deverá ter autonomia de como resolver a situação, ou ter uma segunda opção antecipada para otimizar seu tempo e fazer aproveitamento do mesmo, sem tirar o foco da aula.
Usar recursos tecnológicos ajuda otimizar seu tempo? 
De certa forma sim, pois no caso dos boletins, notas, faltas dos alunos, avisos, boletos das mensalidades enviadas nas agendas para os pais, ficam tudo armazenados no computador. A escola possui alguns softwares para auxiliar a demanda, facilitando nosso trabalho, fazendo com que tenhamos mais tempo para organizar e atender outras tarefas pré-estabelecidas, até mesmo as situações inesperadas, o tempo que acaba sendo curto diante de tantos compromissos diários na escola e fora dela também. 
Se tivesse apenas o sistema tradicional como antigamente, teríamos que contratar mais colaboradores, sendo que a máquina de certa forma supre a parte burocrática, diminuindo custos e aumentando o tempo para tratarmos de outros assuntos, como o atendimento individual de pais e alunos, assim como as reuniões de pais e professores. 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Atualmente, vivenciamos uma revolução tecnológica, em que é cada vez mais imprescindível o uso dos recursos tecnológicos nas instituições escolares, em que de certa forma acaba unindo as pessoas com o resto do mundo simultânea mente.
A necessidade de uma prática reflexiva sobre a importância desses recursos didáticos em sala de aula, vem sendo tema de discussões e ganhando espaço nas reuniões pedagógicas de muitas instituições.
Para LORENZATO (1991),
 Os recursos interferem fortemente, no processo de 
 ensino e aprendizagem; o uso de qualquer recurso 
 depende do conteúdo a ser ensinado, do objetivo que se deseja atingir e da aprendizagem a ser desenvolvida, visto que a utilização de recursos didáticos facilita a observação e a análise de elementos fundamentais para o ensino experimental, contribuindo com o aluno na construção do conhecimento. (LORENZATO, 1991)
Observa-se que, os recursos tradicionais existentes, já não são suficientemente capazes de suprir a demanda, de fazer com que o aluno aprenda de forma mais significativa, ou que o professor deva apenas transmitir o conhecimento conforme gerações passadas, com aulas abstratas e sem interação.
De acordo com MORAN (2001, p.11), “todos estamos experimentando que a sociedade está mudando em suas formas de organizar-se, de produzir bens, comercializá-los, de divertir-se, de ensinar e aprender. (...) O campo da educação está muito pressionado por mudanças, assim como acontece com as demais organizações. ”
É preciso que as instituições tenham em mente, que a atual geração de nativos digitais, possuem mais intimidade com as novas tecnologias. Cabe à direção em conjunto com a coordenação e corpo docente, adequar os recursos ao seu planejamento. Os professores devem estar aptos em usar as ferramentas tecnológicas na educação, promovendo melhorias significativas no processo ensino-aprendizagem, aproximando desta forma, os alunos dos seus professores.
Dando ênfase a inserção dos recursos tecnológicos na escola, como um dos objetivos, TAJRA (1998, p. 34), diz que: a inserção dos computadores na escola, deve dar conta de um duplo desafio social: preparação dos futuros cidadãos e pedagógico – melhor atendimento as necessidades de aprendizagem dos sujeitos.
Por serem mais atrativos, os computadores se tornam uma ferramenta universal, envolvendo crianças, jovens e adultos em busca de novos conhecimentos, seja ele por pesquisas, ou através de jogos que envolvam estratégicas. O sujeito aprende de forma mais ampla, adquirindo muitas informações, as quais se transformam em conhecimento.
De maneira alguma pode-se ignorar os perigos da internet, sugere-se abrir um precedente como alerta para os alunos, de que forma será realizada a pesquisa consultando a internet com segurança. Segundo Barros e Cavalcante;
“Desse modo, o uso de recursos computacionais
em educação, será tão prejudicial, quanto for o desconhecimento do professor e da escola sobre estas novas tecnologias, e a falta de um planejamento de ensino voltado para a construção do conhecimento. ” (Barros, Cavalcante, 1999, p. 282).
O profissional da educação tem um longo caminho a ser percorrido, embora alguns ainda demonstrem resistência a evolução didática do processo educacional, talvez por sentirem-se em sua zona de conforto usando apenas métodos tradicionais em sala de aula. 
Acredita-se que: 
A resistência a uma ampla difusão nas escolas públicas das novas tecnologias da informação e da comunicação, sob o argumento de estarem inseridas na lógica do mercado e da globalização cultural, teria como efeito mais exclusão e mais seletividade social, uma vez que sua não integração às práticas de ensino impediria aos alunos oportunidades de percepção e emissão da informação, deixando-os desguarnecidos diante das investidas de manipulação cultural e política, de homogeneizaçãode crenças, gostos e desejos, de substituição do conhecimento pela informação. (Libâneo, 1998, p. 60)
A inserção dos recursos tecnológico está presente no dia a dia das pessoas, assim como no âmbito escolar, sendo um desafio para os professores os quais devem ter nítido conhecimento para melhoria contínua, qualificando assim, seu trabalho em sala de aula.
É importante salientar que a tecnologia é apenas uma das ferramentas que auxilia os professores, abre um leque de possibilidades de conhecimento, porém o mesmo jamais substitui o recurso humano, o qual serve de base mediadora na construção do conhecimento.
REFERÊNCIAS:
BARROS, Simone, CAVALCANTE, Patrícia Smith. Os recursos computacionais e suas possibilidades de aplicação no ensino segundo as abordagens de ensino aprendizagem. Anais do Workshop Internacional Sobre Educação Virtual: Realidade e desafios para o próximo milênio. Fortaleza: UECE, 1999.
DESCARTES, René. Discurso do método. 3.ed São Paulo – Abril Cultural, 1983, p. 25-71(Coleção os Pensamentos).
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 2. ed. São Paulo: Cortez Editora, 1998. (Coleção Questões da Nossa Época).
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos para Quê? - São Paulo, 8ª edição. Cortez Editora,2002.
LORENZATO, S. Porque não ensinar geometria? Educação Matemática em Revista. Sociedade brasileira em Educação Matemática – SBEM. Ano III. 1º semestre 1995.
MORAN, José Manuel et al. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 6. ed. Campinas: Papirus, 2000. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 13. ed. Campinas: Papirus, 2007.
MORAES, M. C. Informática educativa no Brasil: um pouco de história. Em aberto. Brasília, ano 12, n. 57, jan. /mar. 1993.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários a educação do futuro. São Paulo: 2. Ed.Cortez,2000.
SANCHO, J. M. (org.). Para uma tecnologia educacional. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na educação: professor na atualidade. São Paulo: Érica, 1998.

Continue navegando