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DIREITO ADMINISTRATIVO
PRINCÍPIOS e DEVERES
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Direito Administrativo
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
“Princípios são as proposições básicas, fundamentais, típicas que condicionam todas as estruturações subseqüentes” (José Cretella Júnior).
Os dois princípios fundamentais e que decorrem da assinalada bipolaridade do direito administrativo (liberdade do indivíduo e autoridade da Administração) são os princípios da legalidade e da supremacia do interesse público sobre o particular, que, embora não sejam específicos do direito administrativo porque informam todos os ramos do direito público, são essenciais, porque, a partir deles, constroem-se todos os demais.
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Direito Administrativo
Legalidade
Por este princípio a Administração Pública somente pode fazer aquilo que a lei expressamente a autorizar.
“enquanto o indivíduo no campo privado pode fazer tudo o que a lei não veda, o administrador público só pode atuar onde a lei autoriza.”
Traduz o primado de que toda a eficácia da atividade administrativa fica condicionada à observância da lei, significa que o administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade administrativa, civil e criminal, conforme o caso.
Devemos distinguir a legalidade para o direito público (critério de subordinação à lei) e a legalidade para o direito privado (critério de não contradição à lei).
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Direito Administrativo
IMPESSOALIDADE
Exigir impessoalidade da Administração Pública tanto pode significar que esse atributo tanto pode ser observado em relação aos administrados quanto em relação à própria Administração Pública.
No primeiro sentido, significa que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que deve nortear o seu comportamento (isonomia e finalidade).
No segundo sentido, significa que os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade da Administração Pública (imputação volitiva).
Exige a ausência de subjetividade na conduta praticada pelo agente público, pelo que fica impedido de considerar quaisquer inclinações e interesses pessoais (interesses próprios ou de terceiros).
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Direito Administrativo
Moralidade administrativa
Significa que a Administração pública deve agir segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.
Esse princípio deve ser observado não apenas pelo administrador, mas também pelo particular que se relaciona com a Administração Pública.
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Direito Administrativo
Publicidade
Esse princípio exige, como regra, a ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública (CF, art. 5º, XXXIII – direito de informação; XXXIV – direito de petição e de obtenção de certidões), ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas em lei (CF, art. 5º, LX – defesa da intimidade, segurança nacional ou interesse social). 
Art. 37, § 1º, CR/88.
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Direito Administrativo
Eficiência
Inserido na Constituição Federal pela EC 19, de 4.6.98, esse princípio exige resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros.
Reveste-se ele de dois aspectos: pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público e em relação ao modo de organizar-se, estruturar-se e disciplinar-se a Administração Pública.
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Direito Administrativo
supremacia do interesse público sobre o privado;
Proclama a superioridade do interesse da coletividade, firmando a prevalência dele sobre o do particular, como condição, até mesmo, da sobrevivência e garantia deste último.
Posição privilegiada do órgão encarregado de zelar pelo interesse público e de exprimi-lo, nas relações com os particulares;
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Direito Administrativo
indisponibilidade dos BENS PÚBLICOS.
A indisponibilidade dos interesses públicos significa que, sendo interesses qualificados como próprios da coletividade – internos ao setor público - não se encontram à livre disposição de quem quer que seja, por serem inapropriáveis. O próprio órgão administrativo que os representa não tem disponibilidade sobre eles, no sentido de que lhe incumbe apenas curá-los – o que é também um dever.
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Direito Administrativo
Continuidade do serviço público
Por esse princípio entende-se que o serviço público, sendo a forma pela qual o Estado desempenha funções essenciais ou necessárias à coletividade, não pode parar.
Dele decorrem consequências importantes: a proibição de greve total nos serviços públicos; a necessidade de institutos como a suplência, a delegação e a substituição para preenchimento das funções públicas temporariamente vagas; a faculdade que se reconhece à Administração de utilizar os equipamentos e instalações da empresa que com ela contrata, para assegurar a continuidade do serviço; a possibilidade de encampação da concessão de serviço público.
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Direito Administrativo
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
Inclina-se à justificação teleológica dos atos administrativos, ou seja, ao fim social a que se destinam, visando a realização do Direito, tendo um justo equilíbrio entre os meios empregados e os fins a serem alcançados. Este princípio diz que não pode o Administrador a pretexto de cumprir a lei agir de forma despropositada ou tresloucada, deve manter um certo padrão do razoável.
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
Exige equilíbrio entre o sacrifício imposto ao interesse de alguns e a vantagem geral obtida, de modo a não tornar excessivamente onerosa a prestação. Alguns autores entendem que este princípio está embutido na razoabilidade.
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Direito Administrativo
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA
Possibilidade que tem a Administração de rever os seus próprios atos para anulá-los quando ilegais ou revogá-los quando inconvenientes. Súmulas 346 e 473 do STF.
PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE
Vincula os órgãos e as entidades da Administração Públicas à finalidade pela qual foi criada. 
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA
Esse princípio determina que a norma administrativa deve ser interpretada de forma a garantir o atendimento do fim público a que destina, vedando a retroatividade de nova interpretação.
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Direito Administrativo
PODERES E DEVERES:
Os principais deveres da Administração Pública são os seguintes:
Dever de Eficiência
Como conseqüência do princípio da eficiência, deve a Administração Pública visar não só a produtividade do exercente do cargo ou da função como a perfeição do trabalho e sua adequação técnica aos fins visados.
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Direito Administrativo
Dever de Probidade
Este dever está constitucionalmente integrado na conduta do administrador público como elemento necessário à legitimidade de seus atos.
Tanto que os atos praticados com lesão aos bens e interesses públicos, a par de ficarem sujeitos à invalidação pela própria Administração Pública, podem trazer como conseqüências as sanções previstas na Lei nº 8.429/92.
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Direito Administrativo
Dever de Prestação de contas
Trata-se de decorrência natural da administração como encargo de gestão de bens e interesses alheios.
A prestação de contas deve ser ampla, compreendendo não apenas a questão da gerência do Erário como também os atos de governo e de administração.
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Direito Administrativo
Dever de agir
No sentido de quem detém poder está sempre obrigado a exerce-lo.
Enquanto para o particular o poder de agir é uma faculdade, para o administrador é uma obrigação, sempre em atenção ao interesse público.

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