Buscar

A obrigação de prestar alimentos e o novo Código de Processo Civil Artigo jurídico DireitoNet

Prévia do material em texto

06/04/2016 A obrigação de prestar alimentos e o novo Código de Processo Civil ­ Artigo jurídico ­ DireitoNet
http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9595/A­obrigacao­de­prestar­alimentos­e­o­novo­Codigo­de­Processo­Civil 1/3
DN DireitoNet Artigos
A obrigação de prestar alimentos e o novo
Código de Processo Civil
Importante novidade é que no caso do devedor não efetuar o pagamento,
não provar que o efetuou ou não apresentar justi恅⍠cativa da
impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento
judicial.
Por Emerson Luis Ehrlich
O novo Código de Processo Civil alocou a execução de alimentos para fase de cumprimento de
sentença, conforme o art. 528 do referido diploma legal, o qual prevê que no cumprimento de
sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória
que 恅⍠xe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado
pessoalmente para, em três dias, pagar o débito, provar que o fez ou justi恅⍠car a
impossibilidade de efetuá-lo.
Importante novidade é que no caso do devedor não efetuar o pagamento, não provar que o
efetuou ou não apresentar justi恅⍠cativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará
protestar o pronunciamento judicial.
Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar justi恅⍠cará o
inadimplemento, ou seja, a mera alegação de impossibilidade momentânea de cumprir a
obrigação não isenta o devedor do pagamento da obrigação alimentar e não afasta a prisão.
Se o executado não pagar ou se a justi恅⍠cativa apresentada não for aceita, o juiz, além de
mandar protestar o pronunciamento judicial, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de um a três
meses.
A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso 恅⍠car separado dos presos
comuns.
O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações vencidas e
vincendas.
Somente com o pagamento da prestação alimentícia devida, o juiz suspenderá o cumprimento
da ordem de prisão.
O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as três
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo,
podendo existir a cobrança através de ação judicial desde o primeiro mês de inadimplência,
não necessitando aguardar os três meses.
06/04/2016 A obrigação de prestar alimentos e o novo Código de Processo Civil ­ Artigo jurídico ­ DireitoNet
http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9595/A­obrigacao­de­prestar­alimentos­e­o­novo­Codigo­de­Processo­Civil 2/3
O exequente pode promover o cumprimento da sentença ou decisão que condena ao
pagamento de prestação alimentícia no juízo de seu domicílio, ou seja, no local de residência
do menor ou da pessoa que receba os alimentos.
Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa ou
empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha
de pagamento da importância da prestação alimentícia.
Ao proferir a decisão, o juiz o恅⍠ciará à autoridade, à empresa ou ao empregador, determinando,
sob pena de crime de desobediência, o desconto a partir da primeira remuneração posterior
do executado, a contar do protocolo do ofício.
A execução dos alimentos provisórios, bem como a dos alimentos 恅⍠xados em sentença ainda
não transitada em julgado, se processa em autos apartados, ou seja, quando ainda não houver
decisão de恅⍠nitiva, a execução de alimentos será apensada aos autos principais. 
O cumprimento de恅⍠nitivo da obrigação de prestar alimentos será processado nos mesmos
autos em que tenha sido proferida a sentença, não será necessária um processo de execução
autônomo com cópia do título executivo que deu causa a execução, e sim, com o
prosseguimento no próprio feito de conhecimento, mesmo que já esteja arquivado.
Veri恅⍠cada a conduta procrastinatória do executado, o juiz deverá, se for o caso, dar ciência ao
Ministério Público dos indícios da prática do crime de abandono material, ou seja, caso se
veri恅⍠que que o executado está tentando por todos os meios atrasar o andamento do feito,
poderá ser condenado ainda criminalmente por abandono material, sem descurar da
possibilidade de indenização no juízo cível pelo mesmo abandono material.
Quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de alimentos, caberá ao executado, a
requerimento do exequente, constituir capital cuja renda assegure o pagamento do valor
mensal da pensão.
O capital é representado por imóveis ou por direitos reais sobre imóveis suscetíveis de
alienação, títulos da dívida pública ou aplicações 恅⍠nanceiras em banco o恅⍠cial, será inalienável e
impenhorável enquanto durar a obrigação do executado, além de constituir-se em patrimônio
de afetação.
O que ocorre é que o patrimônio do executado serve como garantia para o pagamento da
obrigação, não podendo o executado se desfazer do bem enquanto perdurar a obrigação
alimentar. 
O juiz poderá substituir a constituição do capital pela inclusão do exequente em folha de
pagamento de pessoa jurídica de notória capacidade econômica ou, a requerimento do
executado, por 恅⍠ança bancária ou garantia real, em valor a ser arbitrado de imediato pelo juiz.
Se sobrevier modi恅⍠cação nas condições econômicas, poderá a parte requerer, conforme as
circunstâncias, redução ou aumento da prestação.
Com a mudança nas condições 恅⍠nanceiras das partes, poderá qualquer uma delas pedir a
revisão judicial do valor pago, seja para aumentar ou reduzir o valor pago. 
A prestação alimentícia poderá ser 恅⍠xada tomando por base o salário-mínimo.
Finda a obrigação de prestar alimentos, o juiz mandará liberar o capital, cessar o desconto em
folha ou cancelar as garantias prestadas.
06/04/2016 A obrigação de prestar alimentos e o novo Código de Processo Civil ­ Artigo jurídico ­ DireitoNet
http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9595/A­obrigacao­de­prestar­alimentos­e­o­novo­Codigo­de­Processo­Civil 3/3

Continue navegando