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ESQUEMA DE INTRODUÇÃO DIREITO CIVIL

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AULA 1
CONCEITO DE DIREITO:
“É o ramo das ciências sociais que tem por objeto o disciplinamento da convivência harmônica das pessoas dentro de determinada sociedade”.
DIREITO PROCESSUAL versus DIREITO MATERIAL
- DIREITO PROCESSUAL - regras processuais
- DIREITO MATERIAL - normas de condutas
O DIREITO CIVIL
Conceito
É o ramo do Direito que trata das relações, direitos e obrigações das pessoas entre si e em relação aos seus bens, desde a concepção até sua morte, ou depois dela, estabelecendo a norma de conduta e regulando as relações entre particulares, ou seja, aponta os caminhos pelos quais as pessoas podem e devem trilhar para conviver em harmonia dentro da sociedade.
CODIFICAÇÃO:
NORMAS CODIFICADAS: Considera-se a lei codificada quando constituem um corpo orgânico de normas sobre certo ramo do Direito. O Código não é um complexo de normas, mas uma lei única que dispõe sistematicamente a respeito de um ramo jurídico. Exemplo: Código Civil, Código Penal, Código Comercial, Código de Processo Civil, Código Tributário, etc...
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO:
- A lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002, o atual Código Civil tem 2.046 artigos, com a seguinte Estrutura do Código Civil
Parte Geral
Livro I - Das Pessoas
Livro II - Dos Bens
Livro III - Dos Fatos Jurídicos
Parte Especial
Livro I - Do Direito das Obrigações
Livro II - Do Direito de Empresa
Livro III - Do Direito das Coisas
Livro IV - Do Direito de Família
Livro V - Do Direito das Sucessões
Livro Complementar: Disposições Finais e Transitórias
PRINCÍPIOS NORTEADORES DO DIREITO CIVIL:
Principio da Eticidade: Estabelece a equalização dos valores éticos sociais com os valores técnicos legais estabelecidos no ordenamento jurídico.
Princípio da personalidade: Este princípio estabelece que todo ser humano é sujeito de direito e tem sua existência reconhecida, o que lhe acarreta atribuição de direitos e obrigações.
Princípio da autonomia privada da vontade: Este principio leva em conta o Direito subjetivo e a capacidade da pessoa humana de praticar ou abster-se de praticar atos da vida civil de acordo com sua vontade.
Princípio da liberdade de estipulação negocial: Neste princípio baseia à permissão de outorgar direitos e aceitar de deveres, nos limites legais, dando início a um negócio jurídico qualquer.
Princípio da propriedade individual: O princípio da propriedade individual defende a ideia de que o homem, devido ao seu trabalho ou pelos meios permitidos a ele pela letra da lei tem o direito de exteriorizar a sua personalidade em bens móveis e imóveis que passam a constituir o seu patrimônio.
Princípio da proteção familiar: Tal princípio reconhece a importância da existência do núcleo familiar para o desenvolvimento humano
Princípio da legitimidade da herança e do direito de testar: Este princípio garante a faculdade do indivíduo de dispor de seus bens do modo como assim determinar, planejando a maneira como este será transmitido a seus herdeiros.
Princípio da igualdade social: Este princípio defende o perfeito equilíbrio de igualdade de oportunidades entre os membros da sociedade como um todo, evitando ao máximo as desigualdades e injustiças sociais.
Princípio da solidariedade social: Este princípio atenta para a importância da função social da propriedade e dos negócios jurídicos, conciliando as necessidades da coletividade e dos interesses particulares.
LEI JURIDICA (Norma Jurídica):
- Conceito:
- A Norma de Direito Material é a regulamentação da conduta que o individuo deve ter dentro da sociedade em que vive estabelecendo os direitos e deveres de cada um, garantidos pelo Poder Publico, com o objetivo de atingir a harmonia ou equilíbrio jurídico com a Paz Social, implantando uma ordem na vida social.
IMPERATIVIDADE DA NORMA JURÍDICA:
- É um mínimo de exigência que o direito apresenta com a missão de disciplinar a convivência no meio social, com o intuito de garantir a ordem social, já que o individuo se comporta na sociedade através de normas. A norma jurídica é imperativa porque ela determina as condutas exigidas dentro da sociedade. 
	
INTEGRAÇÃO DA NORMA
Serve para suprir lacunas do Direito (lacunas na lei).
- Lacunas: espaço no comportamento social que não incide norma de conduta,
OBS.: Trabalho: aparente conflito entre a LINDB e a CF.
Artigo 4º da LINDB
Art. 4o  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Artigo 5ª, II CF:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - ......................
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Artigo 4º da LINDB
Art. 4o  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
ANALOGIA
- Quando a lei for omissa quanto alguma conduta ou fenômeno social, o judiciário não pode deixar de julgar devendo usar analogia com uma lei que regulamente uma conduta assemelhada, sendo assim um meio de integração das lacunas (espaços) da lei.
- Usar a analogia significa aplicar ao caso em concreto uma lei já aplicada a um caso semelhante (um caso que possui mais semelhanças do que divergências).
- Analogia Legitima (Principio da igualdade de tratamento): Possibilidade de equiparação de uma situação a outra se os núcleos essenciais forem semelhantes.
- Analogia iuris (Principio da isonomia): Quando não existe norma reguladora nem em situação semelhante o juiz aplica a tendência dominante no ordenamento jurídico.
OBS.:
¹- Equidade consiste na adaptação da regra existente à situação concreta, observando-se os critérios de justiça e igualdade. Pode-se dizer, então, que a equidade adapta a regra a um caso específico, a fim de deixá-la mais justa. Ela é uma forma de se aplicar o Direito, mas sendo o mais próximo possível do justo para as duas partes.
²- Para Aristóteles equidade significa aplicação da justiça ao caso concreto. É certo que o julgador deve sempre aplicar humanamente o direito, e decidir dentro dos limites da norma.
		
COSTUMES
- O costume consiste na prática de uma determinada conduta social, repetida de maneira uniforme e constante pelos membros da comunidade. 
- A Doutrina exige a concorrência de dois elementos para a caracterização do costume jurídico, o elemento objetivo e o elemento subjetivo. 
1º- O elemento objetivo ou material do costume corresponde à prática, compulsiva e universal, de uma determinada forma de conduta. 
2º- O elemento subjetivo ou espiritual consiste no consenso, na convicção de justiça e da necessidade social daquela prática. 
PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO
- São postulados que procuram fundamentar todo o sistema jurídico, não tendo necessariamente uma correspondência positivada equivalente.
- São ideias jurídicas gerais que sustentam, dão base ao ordenamento jurídico e não necessariamente precisam estar escritos para serem válidos.
HIERARQUIA DAS NORMAS 
Existe dentro do ordenamento jurídico uma hierarquia de normas, e existe para evitar que o ordenamento entre em colapso, ou ainda, entre em contradição.
OBS.: Importante lembrar: No que se referem à finalidade das normas não existe hierarquia, elas estão situadas num mesmo patamar, pois todas as normas são dispostas com o mesmo objetivo de regulamentar as condutas sociais, estipulando direitos e deveres aos membros da sociedade, e neste sentido não existe hierarquia entre elas.
- Constituição Federal: 
- Constituição é o conjunto de normas (regras e princípios) supremas do ordenamento jurídico de um país. A Constituição limita o poder, organiza o Estado e define os direitos e garantias fundamentais. A Constituição situa-seno topo da pirâmide normativa, recebe nomes como Lei Fundamental, Lei Suprema, Lei das Leis, Lei Maior, Carta Magna. 
- Leis Infraconstitucionais
- Tecnicamente não há hierarquia entre as leis infraconstitucionais, o que as diferem é o órgão competente para sua edição e o quorum necessário para sua aprovação, EXEMPLOS:
- leis complementares, 
- leis ordinárias, 
- leis delegadas, 
- medidas provisórias, 
- decretos legislativos, 
CONFLITO DAS NORMAS
Por não existir hierarquia no que se referem à finalidade das normas, é possível de haver conflitos entre as normas superiores e inferiores.
Antinomia Jurídica: O estudo das antinomias jurídicas relaciona-se à questão da consistência do ordenamento jurídico, à condição de um ordenamento jurídico apresentar conflitantes, isto é, que sejam antinômicas entre si, a exemplo de duas normas, em que uma manda e a outra proíbe a mesma conduta.
SUJEITOS DE DIREITO:
- Pessoas Naturais (ou Pessoas Físicas) e Pessoas Jurídicas.
 	As pessoas são os sujeitos de Direito = Destinatário final do Direito
- Pessoa: Deriva do Latim = Persona
- Significa mascara de teatro ou papel do ator no teatro: e assim, cada pessoa representa um papel na sociedade.
- Pessoa Natural ou Física:
Pessoa: É todo ser humano que vive em sociedade e obrigatoriamente submetido a direitos e obrigações.
- Artigo 1º CC: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
- Pessoa Jurídica:
- É uma ficção criada pelo homem no mundo cultural.
- Pessoa jurídica consiste num conjunto de pessoas ou bens, dotado de personalidade jurídica própria e constituída na forma da lei.
- O termo pessoa jurídica é utilizado na ciência jurídica para designar uma entidade que pode ser detentora de direitos e obrigações e à qual se atribui personalidade jurídica.
PERSONALIDADE versus CAPACIDADE
PERSONALIDADE = Capacidade de aquisição = Capacidade de Direito
“É a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair obrigações, ou, em outras palavras, é o atributo necessário para ser sujeito do Direito”.
Rodolfo Pamplona & Pablo Gagliano.
“A aptidão reconhecida a alguém, para exercer direitos e contrair obrigações”
					Carlos Alberto Gonçalves
- Artigo 2º CC: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
CAPACIDADE = Capacidade de exercício = Capacidade de fato ou de gozo
- Artigo 1º CC: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
- Artigo 2º CC: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
- Personalidade = Capacidade de Direito = Capacidade de Aquisição
- Capacidade = Capacidade de Fato ou de gozo = Capacidade de Exercício.
OBS.: A doutrina estabeleceu a capacidade de legitimação ou capacidade especifica.
- INICIO E FIM DA PERSONALIDADE:
- Artigos 2º e 6º do código civil
- Artigo 2º CC: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
- Artigo 6o CC: A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
- A personalidade civil da pessoa natural (capacidade de direito ou de aquisição) é a capacidade para ser sujeito de direitos e contrair obrigações no âmbito civil, começa com o nascimento com vida e termina com a morte. A morte natural se dá com a parada do sistema cardiorrespiratório e a cessação das funções vitais do indivíduo, atestada por médico, ou na falta de especialista, por duas testemunhas.
- Pode acontecer também que uma pessoa desapareça de seu domicílio, sem deixar notícia, sem que alguém saiba seu destino ou paradeiro, sem se saber se está desaparecido voluntariamente, conscientemente, ou contra sua própria vontade, sem que se saiba se está vivo ou morto, neste caso a pessoa desaparecida é chamada de ausente, que depois dos tramites legais poderá ser decretada a morte presumida.
- Artigos 6º e 7º do Código Civil:
- Artigo 6º CC – “A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Artigo 7º CC – “Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação da ausência:
I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de morte;
II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único – A declaração da morte presumida, nestes casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.” 
Comoriência:
- Mortes de duas ou mais pessoas no mesmo evento sem condições de determinar quem veio a óbito primeiro.
Obs.: Os desaparecidos durante o período de regime militar, entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979 são considerados mortos conforme os termos da lei 9.140 de 04/12/1995.
AULA 2
NASCITURO
- Para a maioria da doutrina entende que o nascituro é juridicamente um Sujeito de Direito Despersonificado, porem protegido pela lei.
- A lei protege o nascituro, ou seja, antes do nascimento, a partir da concepção, não possui personalidade porém já é sujeito à proteção legal.
- Pelo texto da lei Civil não é considerado pessoa mais coloca a salvo os seus direitos desde a concepção, mas não existe Direito sem titular.
- Tudo que é desconstituído de personalidade jurídica é considerado COISA.
- O crime de aborto é tipificado no Código Penal no capitulo dos crimes contra a pessoa. 
OBS.: Sobre este assunto existem duas correntes doutrinarias: 
Teoria natalista: “A proteção ao nascituro explica-se, pois há nele uma personalidade que surge, na sua plenitude, com o nascimento com vida e se extingue no caso de não chegar o feto a viver”.
Teoria concepcionista: “O nascituro adquire personalidade jurídica desde a concepção, sendo, assim, considerado pessoa”. 
- PROTEÇÃO LEGAL DO NASCITURO:
1- Adoção: artigo 372 do CC/16.
2- Paternidade: artigo 1.609 CC.
3- Alimentos gravídicos
4- Curatela: 1779 CC.
5- Aborto: capitulo dos crimes contra a pessoa - artigo 124 CP.
6- Pode receber doação - artigo 542 CC:
7- Definição de coisa: “coisa é tudo que não tem personalidade jurídica”.
TEORIA DAS INCAPACIDADES.
- ABSOLUTAMENTE INCAPAZ:
	- É a pessoa, considerada por lei, incapaz de expressar sua vontade real, consequentemente incapaz de praticar qualquer ato da vida civil.
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: (Vide Lei nº 13.146, de 2015)  (Vigência) 
I - os menores de dezesseis anos; (Vide Lei nº 13.146, de 2015)      (Vigência)
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
- RELATIVAMENTE INCAPAZ
- É a pessoa considerada por lei capaz de praticar alguns atos da vida civil.
- Ocorre uma vontade integrada, vontade do assistente e assistido – artigos 119 e 1.692 CC.
- A pessoa relativamente incapaz é capaz para:
1- Fazer testamento; artigo 1860, § único, CC.
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.
2- Ser testemunha; artigo 228, I, CC.
Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:   (Vide Lei nº 13.146, de 2015)  (Vigência) 
I - os menores de dezesseis anos;
3- Votar;
4- Ser Mandatário; artigo 666, CC.
Art. 666. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado pode ser mandatário, mas o mandante nãotem ação contra ele senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obrigações contraídas por menores.
5- Praticar contrato de trabalho como aprendiz;
6- Casar com autorização dos pais. 
- Artigo 4º do Código Civil:
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:  (Vide Lei nº 13.146, de 2015)  (Vigência) 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;   (Vide Lei nº 13.146, de 2015)  (Vigência) 
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;   (Vide Lei nº 13.146, de 2015)  (Vigência) 
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.   (Vide Lei nº 13.146, de 2015)  (Vigência) 
CAPAZ:
- A capacidade se atinge ao completar 18 (dezoito) anos ou com a antecipação da maioridade através da Emancipação.
- Artigo 5º do Código Civil:
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Emancipação pode ser:
- Voluntária:
I - Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
- Judicial:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
- Legal:
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
INTERDIÇÃO:
- Permanência da incapacidade após completar 18 anos:
- Nem toda pessoa maior de 18 anos, possui aptidão plena para exercer pessoalmente os seus atos da vida civil e expressar sua vontade para o gozo de seus direitos em razão de limitações orgânicas, psicológicas ou legais.
Ação de interdição:
- Absolutamente incapaz: Ausência completa de discernimento: interdição : curatela. 
Interdição: Artigo: 1.767 e seguintes do CC e 1.177 e seguintes do CPC 
OBS.:
¹- Relativamente incapaz: ausência de discernimento para alguns atos - artigos 1.772, 1.767 e 1.782 CC.
²- Incapacidade acidental: não é necessário curador – artigo 3º III CC. 
Sujeito de Direito não Humano:
Alguns Exemplos
Pessoa Jurídica
Espólio
Condomínio Edilício
Massa Falida
AULA 3
DIREITOS DA PERSONALIDADE:
- Direitos da personalidade: direitos que tutela a identidade da pessoa humana.
Conceito: Direitos inerentes à dignidade da pessoa humana e seus reflexos na sociedade sob os bens imateriais que não contemplam diretamente fins econômicos imediatos.
PESSOA NATURAL:
“É todo ser humano que vive em sociedade e obrigatoriamente submetido a direitos e obrigações.”
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
Natural ou inato ao ser humano: a pessoa adquire ao nascer independente da vontade
Vitalício e imprescritível: perdura durante toda existência da pessoa e não se perde esse direito independente do exercício.
Inalienável e irrenunciável: não se transfere nem se comercializa.
Absoluto: direito que se sobrepõe aos demais, eficácia erga omnes
Extrapatrimonial:
Indisponível: (relativo)
Coercitivo:
TIPOS DE DIREITOS DA PERSONALIDADE
Constituição Federal:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
1- A VIDA:
Artigo 121 do CP
DOS CRIMES CONTRA A VIDA
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
II - por motivo futil; 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Feminicídio       
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:      
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:     
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:      
I - violência doméstica e familiar;      
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.      
2- AO NOME:
	- É a forma de individualização e reconhecimento da pessoa perante a sociedade. Artigo 16 do CC.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
 - Prenome: é chamado comumente de “nome”.
- Sobrenome: apelido de família.
	- Agnome: Distingue nomes iguais na família. Exemplos: Júnior, filho, neto, sobrinho, segundo, Etc... 
2.1- Possibilidade de alteração do prenome:
1- Adoção - Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente artigo 47, alterada pela lei 12.010/2009;
2- Espontaneamente durante um ano após completar a maior idade: artigo 55 e seguintes da LRP: lei 6.015/77 (Direito potestativo);
3- Exposição ao ridículo;
4- Proteção as vitimas e testemunhas: artigo 9 da lei LEI Nº 9.807/1999.	
5- Apelidos públicos e notórios: artigo 19 CC:
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
6- Mudança de sexo: Ação nº 0113432-11.2013.8.20.0001
2.2- Possibilidade de alteração do sobrenome:
	1- Por adoção;
	2- Por reconhecimento de paternidade;
	3- Pelo casamento;
 4- Pelo divorcio;
3- A IMAGEM
3.1- No seu aspecto retrato:
É a fisionomia, são os traços físicos externos, gestuais, voz, nome, etc...
3.2- No seu aspecto atributo:
	Atributos sociais, comportamento, conduta, atc....
4- VIDA PRIVADA E A INTIMIDADE;
- Privacidade é o poder que a pessoa tem de excluir do conhecimento alheio geral informações pessoais de sua escolha, em seus aspectos afetivos, sexuais, profissionais, religiosos, etc.....
- Intimidade: são informações pessoais que a pessoa guarda somente pra si.
5- A HONRA:
- Objetivamente honra é o conceito que a pessoa ostenta perante a sociedade; é a credibilidade que goza perante todos; é a dignidade refletida no ciclo de convivência; é a reputação pessoal.
- Subjetivamentehonra é autoestima da pessoa, e o medo da avaliação aleia.
6- A LIBERDADE DE PENSAMENTO E EXPRESSÃO;
Constituição Federal artigo 5ª, IV e IX.
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; 
LEGITIMIDADE PARA ATUAR
- Tratando-se de um direito a legitimidade é pessoal.
- O direito dos incapazes será exercido pelo seu representante.
- Os mortos terão seus direitos defendidos por seus sucessores.
FIM DA PERSONALIDADE (morte natural ou presumida/ausente)
Artigo 6º CC - A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Artigo 7º CC - Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação da ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de morte;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único - A declaração da morte presumida, nestes casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.”

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