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AD2 Teoria da Literatura 2

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Fundação CECIERJ/ UFF
Graduação em Letras
Disciplina: Teoria da Literatura II
Coordenadora: Profa. Diana Klinger
Primeiro Semestre/ 2016
Nome: Gabriela Martins de Salvo Polo: Nova Friburgo Matrícula: 14213120202
AD2
Questão única: Compare a abordagem textualista da literatura e a abordagem sociológica. Quais são as diferenças? Quais são as vantagens e desvantagens de cada uma? Dê exemplos de ambas abordagens.
O formalismo russo, como análise de obras, nasce deixando de lado todas as questões extrínsecas do texto, por exemplo: as questões psicológicas, de historia, ou, até mesmo, sociais em que a obra está inserida. Ora, então o que era estudado? A literariedade da obra. Ela, a literariedade, pode ser entendida como ''tudo que está dentro da obra, ignorando o que está a sua volta'', ou seja, a obra é analisada em sua forma, excluindo o seu contexto. Apenas sua semantica era analisada.
A filosofia, a sociologia, a psicologia etc., não poderiam servir de ponto de partida para
 abordagem da obra literária. Ela poderia conter esta ou aquela filosofia, refletir esta ou aquela
 opinião política, mas, do ponto de vista do estudo literário, o que importava era o prlom, ou
 processo, isto é,o princípio da organização da obra como produto estético, jamais um fator
 externo (SCHNAIDERMAN, 1976, p. ix).
Toda essa analise existia para que, se houvesse, a ''forma literaria'' da obra fosse encontrada, ou seja, a eles cabiam o método cientifico para discernir o que era ou o que não era obra literária. Por exemplo: a obra não poderia reproduzir nada que estivesse fora dela própria, e apenas poderia produzir; seria uma linguagem auto-centrada; sem gramática normativa, etc…
Entre seus representantes podemos citar: R. Jakobson, Vladimir Propp..
 Indo contra essa corrente de pensamento, temos filósofos como Mikhail Bakhtin, Georg Lukács, que possuem uma abordagem diferente: Eles acreditam que existe uma dialética, ou seja, não seria possível que fosse analisado uma obra sem levar em conta a sociedade em que ela estava inclusa, seu contexto.
Tomando as palavras de Bakhtin, uma “estética material não é capaz de fundamentar a forma artística”. Ou seja, apenas a forma, como acreditavam os formalistas russos, não seria capaz de dizer se uma obra é literária ou não.
Tendo sido regado pelas ideias Marxistas, ele, da a fala e a comunicação um elo com a sociedade, entendemos: a fala e a linguagem estão unidas ao contexto social, e estas, por sua vez, estão ligadas à estruturas. Toda linguagem carrega uma ideologia atrelada a si mesma e essa ideologia é atrelada a estrutura da sociedade, atrelada a forma como ela está no momento.
Para Lukacs, também, é importante pensar de que maneira a forma literária é de alguma maneira correlata à forma social. Ele vê a literariedade a partir da forma social. Ele tenta dialetizar a questão da forma, partindo do marxismo e do materialismo dialético. Ele também usa o romance (ele foi um grande, senão o maior estudioso da vertente) para fazer uma ligação com o social: o romance ascendeu da mesma forma que a burguesia na época, concomitantemente e essa forma de escrever estaria ligada a esse crescimento e a representaria no meio literario.
BIBLIOGRAFIA 
https://2eeba.files.wordpress.com/2013/09/entre-lukc3adcs-e-bakhtin-por-um-conceito-de-forma-e-contec2a6do-no-romance-joc3bao-carlos-felix.pdf
http://www.ifch.unicamp.br/formulario_cemarx/selecao/2012/trabalhos/6838_Do%20Canto_Flavio.pdf
http://www.fecra.edu.br/admin/arquivos/MARXISMO_E_FILOSOFIA_DA_LINGUAGEM.pdf
http://revistacult.uol.com.br/home/2011/02/o-testamento-filosofico-de-gyorgy-lukacs/

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