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Seminário Contratos Administrativos JAM Outubro 2015

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GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS 
 
MARCUS ALCÂNTARA 
2 
Marcus Alcântara 
- Servidor Público Federal – TRT 20ª Região (Sergipe) 
- Bacharel em Ciências Contábeis; 
- Pós graduado em Gestão Estratégica de Pessoas, Perícia 
Contábil e Licitações e Contratos; 
- Secretário de Controle Interno do TRT 20ª Região; 
- Vice-Presidente do CRC/SE. 
- Professor e Palestrante 
INTRODUÇÃO 
 
“ Faremos afirmações que vocês já sabem; 
faremos afirmações que, talvez, vocês não 
saibam; faremos afirmações com as quais vocês 
concordam; faremos afirmações com as quais 
vocês não concordam; mas é assim mesmo... 
Porque vamos falar de licitações e contratos!” 
 
(Diógenes Gasparini) 
 
 
 
 
CONCEITO E FORMALIZAÇÃO 
“...todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da 
Administração Pública e particulares, em que haja um 
acordo de vontade para a formação de vínculo e a 
estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a 
denominação utilizada.” (art. 2º, parágrafo único, da 
Lei 8.666/93) 
 
“ ...ajustes que a Administração, nessa qualidade, 
celebra com pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou 
privadas, para a consecução de fins públicos, segundo 
regime de direito público”. (DI PIETRO, Maria Sylvia 
Zanella. Direito Administrativo. 20 ed. São Paulo: 
Editora Atlas. p. 233) 
- Consenso entre as partes quanto ao seu conteúdo; 
 - Edital x Proposta 
 - Edital: Condições da Administração 
 - Proposta: Condições do Contratado 
 
- O contrato administrativo é bilateral e sinalagmático, daí 
a menção à estipulação de obrigações recíprocas, o que 
significa que cada uma das partes terá suas respectivas 
obrigações. É o que acontece com a compra e venda: o 
vendedor tem a obrigação de entregar a coisa e o 
comprador, de pagar o preço; 
 
CONCEITO 
- Independentemente da denominação que se dê ao ajuste: 
convênio, termo de cooperação, termo de ajuste, entre 
outros – se as características do contrato estiverem 
presentes, incidirão sobre ele as regras constantes dos arts. 
54 e seguintes da Lei 8.666/93. Assim, evita-se que o 
simples batismo com outro nome possibilite a fuga às 
normas legais pertinentes. 
 
- Convênio x Contrato 
 
 - Convênio: Interesses convergentes 
 
 - Contrato: Interesses divergentes 
6 
CONCEITO 
Características dos Contratos Administrativos 
1 – Presença da Administração Pública como Poder 
Público 
 
- A presença da Administração Pública no 
contrato já lhe outorga uma série de 
prerrogativas que garantem privilégios em 
face do particular. 
7 
2 – Finalidade Pública 
 
- Todos os atos e contratos da Administração 
Pública deverão estar revestidos de finalidade 
pública, a qual, está estritamente 
correlacionada ao interesse público. 
8 
Características dos Contratos Administrativos 
3- Obediência à forma prescrita em lei 
 
- O contrato administrativo deverá 
obedecer às formas prescritas em lei, as 
quais se referem desde a duração dos 
contratos, os prazos, formalização e 
outros procedimentos. 
9 
Características dos Contratos Administrativos 
4 – Procedimento Legal 
 
- Deve haver o devido respeito ao procedimento 
legal estabelecido tanto pela Lei de Licitações 
quanto por outras legislações esparsas (ex. 
Lei de Responsabilidade Fiscal). 
10 
Características dos Contratos Administrativos 
5 – Contrato de adesão 
 
- As cláusulas são pré-fixadas pela 
Administração no instrumento 
convocatório, precedente de licitação ou 
não. 
 
11 
Características dos Contratos Administrativos 
6 – Natureza intuitu personae 
 
- O contrato administrativo é firmado em 
razão das condições pessoais do 
contratado, apuradas no procedimento 
prévio. 
12 
Características dos Contratos Administrativos 
7 – Cláusulas exorbitantes (Prerrogativas 
públicas) 
 
- O contrato administrativo é dotado de 
regras que não se visualizam em 
contratos particulares. 
- Elas demonstram o grau de superioridade 
(verticalidade) entre Administração e 
particular. 
13 
Características dos Contratos Administrativos 
Cláusulas exorbitantes – Prerrogativas 
públicas 
 
- Alteração unilateral 
- Rescisão unilateral 
- Fiscalização contratual 
- Sanções administrativas 
- Exceptio non adimpleti contractus 
- Exceção do contrato não-cumprido 
- Ocupação temporária 14 
Nascimento do contrato 
- Planejamento 
- Identificação das necessidades 
- Importância da participação de fiscais e 
gestores 
- Exame de contratos pretéritos 
- O que não está bom? 
- O que deve ser mantido? 
- O que pode ser melhorado? 
- Novidades do mercado 
- Novos produtos 
- Novas soluções 
- Novos modelos de contratação 
15 
- Assunto: COMBUSTÍVEL. DOU de 30.09.2015, S. 1, p. 
202. Ementa: o TCU deu ciência à Universidade 
Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) sobre 
impropriedade caracterizada pelo planejamento 
deficiente das contratações, vez que foi realizada a 
compra de combustíveis, mediante dispensa de 
licitação sob o fundamento de compra emergencial, 
em afronta ao princípio da eficiência, previsto no art. 
37 da Constituição Federal/1988 (item 9.4.3, TC-
042.055/2012-1, Acórdão nº 7.768/2015-2ª Câmara). 
16 
JURISPRUDÊNCIA 
FORMAÇÃO DO CONTRATO - ORIGEM 
Procedimentos de contratação: 
 
- Licitação 
- Registro de Preços 
- Gerenciamento de ata 
- Adesão a atas de RP 
- Participação em atas de RP 
- Contratação Direta 
- Dispensa de licitação 
- Inexigibilidade de licitação 
 
17 
ACORDO DE VONTADES E VÍNCULO 
- Vontade da Administração 
- Manifestação 
- Edital de licitação, de credenciamento, 
Formulários de contratação direta. 
 
- Vontade do Particular 
- Manifestação 
- Proposta física, virtual (e-mail, internet, 
sistemas eletrônicos) verbal. 
 
- Modificações da vontade 
 
- Formação do vínculo 
 
18 
CONTROVÉRSIA 
 Quando a Administração aluga um imóvel de um 
particular, qual norma se aplica, a Lei 8.245/91, das Locações, 
ou a Lei 8.666/93, de Licitações e Contratos? O contrato de 
locação é um contrato administrativo? 
 
O contrato de locação é um contrato administrativo regido 
predominantemente por normas de direito privado. 
 
As regras da Lei 8.666/93 se aplicam apenas no que couberem, 
o que chamamos de derrogação (revogação parcial) do regime 
de direito público. Justifica-se em respeito às normas 
reguladoras já existentes no direito privado e que caracterizam 
especialmente a contratação. 
19 
 Assim, um contrato de locação celebrado pela 
Administração Pública terá o mesmo conteúdo de um 
contrato celebrado por um particular – com exceção de 
algumas regras que não podem ser afastadas, em 
decorrência do interesse público. A matéria está disciplinada 
no art. 62, §3º da Lei 8.666/93, que traz também: 
 
- Seguro 
- Financiamento 
- Administração como usuário de serviço público 
- Conteúdo regido, predominantemente, por norma de 
direito privado 
20 
CONTROVÉRSIA 
Celebração do contrato 
- Convocação do adjudicatário para contratar (art. 64) 
 
- Observar o prazo de validade das propostas 
- A convocação deve ser formal e escrita 
 - E na prática? Fax, e-mail? 
- O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual 
período. Quais as condições? 
 
- A recusa injustificada do adjudicatário autoriza a aplicação de sanção 
e convocação de outro licitante, na ordem de classificação 
 - A que preço? 
 - Remanescentes (RDC – Art. 40 e 41, SRP – Art. 13, Dispensa – 
Art. 24, XI) 
 - E se o contrato for assinado e o contratado desistir de 
executar? 
 
 
 
21 
JURISPRUDÊNCIA 
...Mencionou que, nesse caso, deve-se valer de um dos meios de 
integração da ordemjurídica. Ao considerar presentes “os 
mesmos princípios inspiradores dos arts. 24, inciso XI e 64, § 2º 
da Lei 8.666/1993 ...”, julgou pertinente, por meio de analogia, 
“o uso da mesma solução jurídica enfeixada por essas normas, 
para o fim de permitir a contratação das demais licitantes, 
segundo a ordem de classificação e mantendo as mesmas 
condições oferecidas pelo licitante vencedor, também na 
hipótese em que este houver assinado o contrato e desistido de 
executá-lo, mesmo sem ter executado qualquer serviço” 
 
Acórdão TCU nº 740/2013 – Plenário, de 03.04.2013 
 
 
 
22 
 
 
»»O contrato deve ser escrito, exceto para pequenas 
compras de pronto pagamento feitas em regime de 
adiantamento (art. 60, parágrafo único da Lei 8.666/93) 
 »»Suprimento de fundos (CPGF, Conta Tipo B) 
 
»»O termo de contrato deve conter as cláusulas obrigatórias 
previstas no art. 55 da Lei 8.666/93 
 
»»O termo de contrato deve ser o espelho da minuta anexa 
ao edital, permitindo-se modificações referentes à proposta 
vencedora. 
23 
Celebração do contrato 
»»O termo de contrato pode ser substituído por outro 
instrumento hábil, como nota de empenho e carta-contrato, 
nos casos e condições indicados pela Lei (art. 62 da Lei 
8.666/93) 
 
»»Os contratos devem ser lavrados nas repartições 
interessadas e mantidos em arquivo cronológico de assinatura 
e registro sistemático do seu extrato (art. 60 da Lei 8.666/93) 
 
»»O extrato do contrato deve ser publicado em forma de 
extrato na Imprensa Oficial (art. 61 da Lei 8.666/93) 
 »»Imprensa Oficial e Diário Oficial 
 »»Diários eletrônicos (Ex.: DEJT) 
 
 
24 
Celebração do contrato 
GARANTIA DE EXECUÇÃO 
 Valor expresso em pecúnia ou documento hábil, 
depositado em favor da Administração contratante, destinado 
a assegurar o cumprimento das obrigações contratuais pelo 
contratado, mediante o desconto proporcional em caso de 
descumprimento. 
CONCEITO 
25 
Quais são as garantias que podem 
 ser exigidas? (art. 56, §1º - Lei 8.666) 
- Caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública 
 - De acordo com a redação dada pela Lei 11.079/04, 
sua aceitação está condicionada a emissão sob a forma 
escritural, mediante registro em sistema centralizado de 
liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do 
Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme 
definido pelo Ministério da Fazenda 
 
- Seguro-garantia 
 
- Fiança bancária 
26 
IMPORTANTE 
O contratado pode optar pela espécie de garantia que lhe 
for mais conveniente, não cabendo à Administração rejeitá-
la. 
 
»»O percentual máximo previsto pela Lei é de 5% do valor 
do contrato 
 
»»Contratação de grande vulto + alta complexidade técnica 
+ riscos financeiros consideráveis = possibilidade de chegar a 
10% do valor do contrato 
 
»»Os dois últimos requisitos devem ser demonstrados por 
meio de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade 
competente 27 
Quando exigir garantia? 
 
 
 
De acordo com o art. 56, caput da Lei 8.666/93: 
 
»»Pode ser exigida em contratação de obras, serviços e 
compras 
 
»»Cabe à autoridade competente avaliar concretamente a 
necessidade 
 
»»Deve haver a correspondente previsão em edital 
 
28 
LIÇÕES DE DOUTRINA 
“A exigência de garantia contratual básica produz benesses 
e malefícios ao interesse público, e, por isso, deve-se 
analisar caso a caso, de acordo com as suas especificidades. 
Em linha de síntese, se de um lado, por meio da garantia 
contratual básica, a Administração Pública assegura as 
obrigações assumidas por terceiros, noutro, onera as 
propostas apresentadas e restringe a competição.” 
 
“que a discricionariedade do agente administrativo em 
exigir a garantia contratual básica é limitada e moldada 
pelos princípios da economicidade e da competitividade.” 
 
(Joel de Menezes Niebuhr) 
 
29 
Quando apresentar a garantia? 
 
 
 - Na assinatura do contrato? 
 - Na emissão da ordem de serviço? 
 - Pode estipular prazo? 
 - Edital deve disciplinar 
 - IN 06/2013: 10 dias úteis após a assinatura 
 
 
30 
O que está assegurado? 
 
b) a garantia, qualquer que seja a modalidade escolhida, 
assegurará o pagamento de: 
 
1. prejuízos advindos do não cumprimento do objeto do contrato 
e do não adimplemento das demais obrigações nele previstas; 
2. prejuízos causados à Administração ou a terceiro, decorrentes 
de culpa ou dolo durante a execução do contrato; 
3. multas moratórias e punitivas aplicadas pela Administração à 
contratada; e 
4. obrigações trabalhistas e previdenciárias de qualquer 
natureza, não adimplidas pela contratada; 
 
(Art. 19, XIX, “b”, IN 02/08, com redação dada pela IN 06/13 e 
04/15) 31 
Garantia? 
CUIDADO: 
 
- Seguro Garantia 
a modalidade seguro-garantia somente será aceita 
se contemplar todos os eventos indicados nos itens 
da alínea "b", observada a legislação que rege a 
matéria 
32 
Quando liberar a garantia? 
- A garantia deve ser liberada ou restituída após a execução do 
contrato (art. 56, §4º da Lei 8.666/93). 
 
- IN 02/08, Art. 19, XIX: ante a comprovação de que a empresa 
pagou todas as verbas rescisórias trabalhistas decorrentes da 
contratação, e que, caso esse pagamento não ocorra até o fim 
do segundo mês após o encerramento da vigência contratual, 
a garantia será utilizada para o pagamento dessas verbas 
trabalhistas(redação dada pela IN 06/13) 
 
- Se houver aplicação de multa, esta será descontada do valor 
da garantia. (Art. 86, §2º da Lei 8.666/93). 
33 
Complemento de Garantia 
 
- Caso haja prorrogação do contrato, ou qualquer 
alteração de valor, decorrente de alterações 
qualitativas, quantitativas ou por reequilíbrio 
econômico financeiro, a garantia deverá ser 
atualizada na mesma proporção. 
34 
DURAÇÃO DO CONTRATO 
 A duração dos contratos administrativos está 
disciplinada no art. 57 da Lei 8.666/93. É o que chamamos de 
prazo de vigência, ou seja, o período durante o qual o 
contrato produzirá seus efeitos. 
 
 Vigência e validade não se confundem. Um contrato 
vigente pressupõe validade, mas um contrato válido nem 
sempre é eficaz, uma vez que é a publicação do extrato na 
Imprensa Oficial que lhe confere esse atributo (art. 61, 
parágrafo único da Lei 8.666/93). 
35 
 
A duração do contrato administrativo está limitada à duração do 
respectivo crédito orçamentário, anual ou plurianual (art. 57, 
caput da Lei 8.666/93) 
As seguintes exceções legais admitem duração além do exercício 
financeiro: 
 
- Contratos cujos objetos estejam previstos nas metas do plano 
plurianual (inciso I) 
 
 - Pode ter duração inferior ou igual à duração do plano 
plurianual, computadas as prorrogações 
 
- Contratos de prestação de serviços de natureza continuada 
(inciso II) 
Regras legais sobre duração de contratos 
36 
 
- Pode ter duração de até 60 meses, computadas as prorrogações. 
Excepcionalmente, mais 12 meses. 
 
- Contratos de aluguel de equipamentos e utilização de 
programas de informática (inciso IV) 
 
 - Pode ter duração de até 48 meses, computadas as 
prorrogações 
 
- Hipóteses dos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24 
 
 - Pode ter duração de até 120 meses (Lei 12.349/2010) 
37 
Regras legais sobre duração de contratos 
 
 ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 39 – AGU 
 
 "A VIGÊNCIA DOS CONTRATOS REGIDOS PELO ART. 57, 
CAPUT, DA LEI 8.666, DE 1993, PODE ULTRAPASSAR O 
EXERCÍCIO FINANCEIRO EM QUE CELEBRADOS, DESDE QUE AS 
DESPESAS A ELES REFERENTES SEJAM INTEGRALMENTE 
EMPENHADAS ATÉ 31 DE DEZEMBRO, PERMITINDO-SE, 
ASSIM, SUA INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR." 
38 
Regras legais sobre duração de contratos 
LIÇÕES DE DOUTRINA 
 
 
 
 
 Marçal Justen Filho(2009:263) ensina que, 
nos contratos com possibilidade de prorrogação, a 
melhor opção é eleger a modalidade de licitação 
considerando o “prazo total possível” de vigência do 
contrato, para que não cause a superação do limite 
previsto no art. 23. 
39 
O que são serviços contínuos ? 
A Lei 8.666/93 não define o que são “ serviços a serem 
executados de forma contínua”. De acordo com a Instrução 
Normativa 02/08-SLTI/MPOG: 
 
I - SERVIÇOS CONTINUADOS são aqueles cuja interrupção possa 
comprometer a continuidade das atividades da Administração e 
cuja necessidade de contratação deva estender-se por mais de 
um exercício financeiro e continuamente; 
 
II - SERVIÇOS NÃO-CONTINUADOS são aqueles que têm como 
escopo a obtenção de produtos específicos em um período pré-
determinado. 
O serviço deve se enquadrar na noção de “meio”, não de “fim”, e 
ser essencial para a continuidade das atividades principais da 
Administração. 
40 
 
- Necessidades contínuas: A interrupção pode 
causar prejuízos. 
 - Central de ar condicionado, elevadores, 
etc. 
 
- Necessidades pontuais: 
 - Tomada com defeito, Microfone quebrado, 
etc. 
41 
O que são serviços contínuos ? 
 
 
- Combustível 
- Água mineral 
- Passagens aéreas 
- Manutenção com fornecimento de peças 
- Serviços não continuados 
- Contratos oriundos de atas de RP 
- Prorrogação 
- Duração 
Objetos que causam dúvidas 
42 
 
 
Acórdão TCU 6.332/2009 – 2ª Câmara 
 
9.8.10. nas contratações de passagens aéreas, somente 
inclua cláusula contratual com previsão de prorrogação 
de vigência fundada no art. 57, inciso II, da Lei 8.666/93 
na hipótese de restar objetiva e formalmente 
demonstrado que a forma de prestação do serviço 
requerida pela unidade tem natureza continuada; 
 
JURISPRUDÊNCIA 
43 
 O TCU já determinou a determinada Administração 
que “não permita a prorrogação dos contratos para aquisição 
de combustível, que é material de consumo, não podendo ser 
caracterizado o seu fornecimento como serviço de execução 
continuada, estando fora da hipótese de incidência do inciso II 
do art. 57 da Lei nº 8.666/93; (Acórdão 1544/2004 - 2ª 
Câmara, Rel. Min. Lincoln Magalhães da Rocha, DOU 
06/09/2004). 
44 
JURISPRUDÊNCIA 
Prorrogação de um contrato 
- Deve haver previsão no termo de contrato; 
- O termo aditivo deve estar em vigor na data seguinte ao término 
do prazo inicial ; 
- O limite de valor da modalidade utilizada deve ser respeitado; 
- Deve haver comprovação da vantagem trazida pela manutenção 
do contrato; 
- A vantagem econômica se comprova mediante pesquisa de preços 
no mercado, nas mais variadas fontes, a exemplo de: 
 - demais entidades e órgãos; 
 - contratos recentes ou vigentes 
 - sistemas de registro de preços; 
 - bancos de preços 
 - entidades privadas 
45 
 
 Um contrato de prestação de serviços que 
termina em 22 de agosto não pode ser prorrogado em 10 
de novembro, pois tecnicamente não está mais em vigor. 
Não há como prorrogar um contrato extinto, 
independentemente do dever de pagar ao contratado o 
que houver executado sem cobertura contratual. 
 
 
EXEMPLO: 
46 
- Assunto: CONTRATOS. DOU de 19.06.2015, S. 1, p. 
90. Ementa: o TCU deu ciência à (...) sobre irregularidade 
caracterizada pela assinatura de termo aditivo em 13/2/2012, 
após o término da vigência do Contrato 064/2008, celebrado 
com uma empresa privada de engenharia, ocorrido em 
31/12/2010, revelando uma severa deficiência dos controles 
internos da prefeitura e afronta ao art. 57 da Lei nº 
8.666/1993 (item 9.1.1, TC-029.302/2014-5, Acórdão nº 
1.423/2015-Plenário). 
 
47 
JURISPRUDÊNCIA 
 Um contrato de serviço continuado tem termo 
final no dia 18/04/2014 e pode ser prorrogado. Como 
se processa tal prorrogação? 
 
 Qual o termo inicial do aditivo? 
 
 Qual a data a ser grafada no termo de 
contrato? 
 
 Quando assiná-lo? 
 
 E a publicação? 
PERGUNTA: 
48 
Cesta de preços aceitáveis: 
 
Acórdão TCU nº 5.323/2010 – 1ª Câmara 
1.7.1.1. ausência de orçamento do objeto a ser contratado 
com base em uma "cesta de preços aceitáveis", oriunda, por 
exemplo, de pesquisas junto a cotação específica com 
fornecedores, pesquisa em catálogos com fornecedores, 
pesquisa em bases de sistemas de compras, avaliação de 
contratos recentes ou vigentes, valores adjudicados em 
licitações de outros órgãos públicos, valores registrados em 
atas da SRP e analogia com compras/contratações realizadas 
por corporações privadas, expurgados os valores que, 
manifestamente não representem a realidade do mercado e, 
ainda, devidamente detalhado a ponto de expressar a 
composição de todos os seus custos unitários 49 
JURISPRUDÊNCIA 
Acórdão 1.214/2013 - Plenário 
 
Em seu voto, o relator, diante das informações apresentadas, 
sugeriu que se entendesse desnecessária a realização de 
pesquisa junto ao mercado e a outros órgãos/entidades da 
Administração Pública para a prorrogação de contratos de 
natureza continuada, desde que as seguintes condições 
contratuais estejam presentes, assegurando a vantajosidade da 
prorrogação: a) previsão de que as repactuações de preços 
envolvendo a folha de salários serão efetuadas somente com 
base em convenção, acordo coletivo de trabalho ou em 
decorrência de lei; 
50 
JURISPRUDÊNCIA 
b) previsão de que as repactuações de preços envolvendo 
materiais e insumos (exceto, para estes últimos, quanto a 
obrigações decorrentes de acordo ou convenção coletiva de 
trabalho e de Lei), serão efetuadas com base em índices 
setoriais oficiais, previamente definidos no contrato, a eles 
correlacionados, ou, na falta de índice setorial oficial 
específico, por outro índice oficial que guarde maior 
correlação com o segmento econômico em que estejam 
inseridos ou adotando, na ausência de índice setorial, o Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA/IBGE. 
51 
JURISPRUDÊNCIA 
Para o caso particular dos serviços continuados de limpeza, 
conservação, higienização e de vigilância, o relator adicionou 
ainda a aderência de valores a limites fixados em ato da 
SLTI/MP. Nos termos do voto do relator, o Plenário manifestou 
sua anuência. 
 
 
 
Sugestão incorporada à IN 02/2008, em seu art. 30-A, § 2º 
52 
JURISPRUDÊNCIA 
 
O que de fato se quer, no momento da 
prorrogação de um contrato, quando se vai ao 
mercado buscar os preços praticados? 
53 
PARA REFLETIR... 
 
- As prorrogações de prazo devem ser justificadas por 
escrito e previamente autorizadas pela autoridade 
competente para celebrar o contrato (art. 57, § 2º da Lei 
8.666/93) 
 
- O termo aditivo é o instrumento utilizado para sua 
formalização, devendo, também, ser publicado na 
Imprensa Oficial para produzir efeitos (art. 61, parágrafo 
único da Lei 8.666/93) 
54 
Prorrogação de um contrato 
Você precisa saber que... 
- Prazo de vigência é diferente de prazo de execução. O prazo de 
execução refere-se ao tempo fixado para o cumprimento da obrigação 
contratual e está inserido no prazo de vigência 
 
- É possível falar tanto em prorrogação da vigência, como em 
prorrogação da execução 
 
- O art. 57, §1º da Lei 8.666/93 traz as hipóteses de prorrogação do 
prazo de execução, as quais estão, em regra, condicionadas a 
ocorrências supervenientes e justificadas, que devem ser 
documentadas nos autos do processo 
 
- A prorrogação do prazo de execução pode acarretar a prorrogação do 
prazo de vigência 
 
- Contratos de fornecimento não podem ser prorrogados para além do 
exercício financeiro em que foram firmados (ON 39 – AGU) 
55 
FORMAÇÃO DO CONTRATO - ORIGEM 
 
Origem do contrato 
 
X 
 
Execução do contrato 
56 
- Os contratos celebrados por adesão a atas de RPpodem ser prorrogados? 
 
- Podem ser alterados? 
 
- Existe reequilíbrio econômico financeiro de 
contratos oriundos de uma ata de RP? 
 
- E os contratos originados de contratação direta 
(dispensa, inex), podem ser alterados ou 
prorrogados? 57 
FORMAÇÃO DO CONTRATO - ORIGEM 
MODIFICAÇÕES CONTRATUAIS 
 Os contratos administrativos são caracterizados pela 
mutabilidade, excepcionando o princípio da “pacta sunt servanda” – 
que, em tradução livre, significa “ as partes contratantes estão 
submetidas ao que foi pactuado” –, oriundo da Teoria Geral dos 
Contratos. Essa mutabilidade se justifica em atendimento ao interesse 
público, que também pode sofrer variações ao longo da execução 
contratual. 
 
 A Lei 8.666/93 prevê as hipóteses em que o contrato pode ser 
modificado. Algumas decorrem do exercício de prerrogativas públicas, 
sendo, portanto, modificações unilaterais e impositivas; outras, 
resultam de acordo entre Administração e contratado. São elas (art. 65 
da Lei 8.666/93): 
58 
a) Modificações unilaterais (inciso I) 
 
- quando houver modificação do projeto ou das especificações, 
para melhor adequação técnica aos seus objetivos (letra 
“a”) – chamadas modificações “qualitativas” 
 
- quando necessária a modificação do valor contratual em 
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de 
seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei (letra “b”) – 
chamadas modificações “quantitativas” 
 
- podem ocorrer modificações de quantidades para mais ou 
para menos, conforme o interesse público 59 
MODIFICAÇÕES CONTRATUAIS 
b) Modificações por acordo (inciso II) 
 
- substituição da garantia de execução, se houver 
conveniência administrativa (letra “a”) 
- modificação do regime de execução da obra ou serviço ou 
modo de fornecimento, diante de verificação técnica da 
inaplicabilidade dos termos contratuais originários (letra 
“b”) 
- modificação da forma de pagamento, por imposição de 
circunstâncias supervenientes, desde que mantido o valor 
inicial atualizado, vedado o pagamento antecipado com 
relação ao cronograma financeiro fixado, sem a 
correspondente contraprestação (letra “c”) 
60 
MODIFICAÇÕES CONTRATUAIS 
- para restabelecer a relação que as partes pactuaram 
inicialmente entre os encargos do contratado e a 
retribuição da administração para a justa remuneração 
da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a 
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial 
do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos 
imprevisíveis ou previsíveis, porém de consequências 
incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução 
do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso 
fortuito ou fato do príncipe, configurando álea 
econômica extraordinária e extracontratual (letra “d”). 
 
61 
MODIFICAÇÕES CONTRATUAIS 
IMPORTANTE 
 
 
 As modificações unilaterais devem estar 
fundadas em circunstâncias ocorridas após a 
contratação – “ fatos supervenientes ” –, que 
modifiquem o interesse público representado pelo 
objeto contratado. Não se admitem como tais meras 
mudanças de opinião ou a verificação de equívocos 
cometidos na fase interna, como, por exemplo, erros de 
projeto ou má estimativa de quantidades – situações 
que ensejarão a apuração de responsabilidade. 
 
 
62 
 
 É sempre bom lembrar que os aditivos em 
contratos devem ser encarados como exceções, e não 
como regra. 
 
“Todo contrato fraudado teve aditivo” 
(Jacoby Fernandes) 
 
“O investimento no planejamento de uma contratação 
é inversamente proporcional à necessidade de 
aditivos”. 
(Marcus Alcântara) 
 
63 
IMPORTANTE 
Limites para modificações contratuais: 
- Percentuais indicados no § 1º do art. 65 
- acréscimos e supressões unilaterais em obras, serviços e 
compras apenas podem ser realizados até o limite de 25% 
do valor inicial atualizado do contrato; 
- acréscimos unilaterais em reforma de edifício ou de 
equipamento podem ser realizados até o limite de 50% 
(cinquenta por cento) do valor inicial atualizado o contrato 
(é o valor contratual, acrescido dos montantes decorrentes 
de reajuste, revisão ou repactuação eventualmente já 
ocorridos) 
 
- Finalidade de adequação técnica aos objetivos iniciais 
(modificação unilateral qualitativa) 
- Manutenção das “mesmas condições contratuais” (modificação 
unilateral) 
64 
MODIFICAÇÕES CONTRATUAIS 
- A modificação unilateral pode acarretar o dever de conceder o 
reequilíbrio econômico-financeiro (art. 58, § 2º da Lei 8.666/93) 
 
- Modificações por acordo: 
 
 - conveniência administrativa (modificação da garantia) 
 - verificação técnica da inaplicabilidade dos termos iniciais 
(modificação do regime de execução ou modo de fornecimento) 
 - circunstâncias supervenientes, manutenção do valor inicial 
atualizado, vedação ao pagamento antecipado (modificação da forma 
de pagamento) 
 - fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências 
incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, 
ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, 
configurando álea econômica extraordinária e extracontratual 
(reequilíbrio econômico-financeiro) 
65 
MODIFICAÇÕES CONTRATUAIS 
9.1.3. em caso de aditivos contratuais em que se incluam ou se 
suprimam quantitativos de serviços: 
 9.1.3.1. abstenha-se de extrapolar os limites de 
alterações contratuais previstos no art. 65 da Lei n. 8.666/1993, 
tendo em vista que o conjunto de reduções e o conjunto de 
acréscimos devem ser sempre calculados sobre o valor original 
do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos, 
individualmente e sem nenhum tipo de compensação entre eles, 
os limites de alteração estabelecidos no referido dispositivo 
legal; 
(Acórdão nº 1.200/2010 – Plenário) 
66 
JURISPRUDÊNCIA 
- Assunto: CONTRATOS. DOU de 13.08.2013, S. 1, p. 121. 
Ementa: o TCU deu ciência ao Ministério da Integração 
Nacional sobre a impropriedade "acréscimos e 
supressões em percentual superior ao legalmente 
permitido", identificada em dois contratos, informando 
que os limites de aditamento estabelecidos no art. 65, 
inciso II, § 1º, da Lei nº 8.666/1993 devem considerar a 
vedação da compensação entre acréscimos e supressões 
de serviços, consoante Acórdãos de nºs 749/2010-P, 
1.599/2010-P, 2.819/2011-P e 2.530/2011-P 
 
(Acórdão nº 2.059/2013-Plenário). 
67 
JURISPRUDÊNCIA 
EXEMPLO: 
 
 
 
 
1. em um contrato de obra, não é possível modificar o 
piso cerâmico para piso de madeira, porque a 
autoridade que passará a ocupar a sala assim o prefere. 
 
2. em um contrato cujo objeto é a aquisição de 
microcomputadores (desktop), não é possível aditá-lo 
para obter notebooks. 
68 
Controvérsia 
 
Os percentuais legais se aplicam a modificações qualitativas 
ou apenas a modificações quantitativas? 
 
- A dúvida decorre da leitura conjunta das letras “a” e “b” do 
inciso I do art. 65 e do parágrafo 1º, que dá a entender que 
apenas as modificações quantitativas estão submetidas ao 
limite percentual. As modificações qualitativas teriam que 
respeitar o limite imposto pelas características principais do 
objeto contratado, que não poderia ser desvirtuado 
69 
JURISPRUDÊNCIA 
 
b) nas hipóteses de alterações contratuais consensuais, 
qualitativas e excepcionalíssimas de contratos de obras e 
serviços, é facultado à Administração ultrapassar os limites 
aludidos no item anterior, observados os princípios da 
finalidade, da razoabilidade e da proporcionalidade, além dos 
direitos patrimoniais do contratante privado, desde que 
satisfeitos cumulativamente os seguintes pressupostos: 
 
I - não acarretar para a Administração encargos contratuais 
superiores aos oriundos de uma eventual rescisão contratual 
por razões de interessepúblico, acrescidos aos custos da 
elaboração de um novo procedimento licitatório; 
70 
II - não possibilitar a inexecução contratual, à vista do nível de 
capacidade técnica e econômico-financeira do contratado; 
 
III - decorrer de fatos supervenientes que impliquem em 
dificuldades não previstas ou imprevisíveis por ocasião da 
contratação inicial; 
 
IV - não ocasionar a transfiguração do objeto originalmente 
contratado em outro de natureza e propósito diversos; 
 
V - ser necessárias à completa execução do objeto original do 
contrato, à otimização do cronograma de execução e à 
antecipação dos benefícios sociais e econômicos decorrentes; 
71 
JURISPRUDÊNCIA 
 
VI - demonstrar-se – na motivação do ato que autorizar o 
aditamento contratual que extrapole os limites legais 
mencionados na alínea “a”, supra – que as consequências 
da outra alternativa (a rescisão contratual, seguida de 
nova licitação e contratação) importam sacrifício 
insuportável ao interesse público primário (interesse 
coletivo) a ser atendido pela obra ou serviço, ou seja 
gravíssimas a esse interesse; inclusive quanto à sua 
urgência e emergência. 
 
(Decisão 215/99 – TCU – Plenário – DOU 96-E, de 
21.05.1999). 
72 
JURISPRUDÊNCIA 
- Assunto: CONTRATOS. DOU de 04.08.2015, S. 1, p. 
280. Ementa: o TCU deu ciência ao Banco Central do Brasil 
sobre o entendimento dominante no Controle Externo em 
relação aos seguintes temas: c) hipóteses passíveis de 
justificar a extrapolação do limite legal para aditamento, 
indicadas na Decisão nº 215/1999-P (item 9.4.1, TC-
004.667/2012-3, Acórdão nº 1.870/2015-Plenário). 
73 
JURISPRUDÊNCIA 
REVISÃO, REAJUSTE E REPACTUAÇÃO 
 
74 
 Revisão, reajuste e repactuação são ferramentas 
destinadas ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato. 
Contudo, se diferenciam em certos aspectos, especialmente 
em relação às causas que as ensejam e autorizam. 
 
 A revisão de preços encontra-se prevista no art. 65, 
inciso II, letra “d” e §5º do mesmo artigo, da Lei 8.666/93. Tem 
em vista a ocorrência de: 
 
- fatos imprevisíveis ou previsíveis, com consequências 
incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do 
ajustado ou força maior (evento humano), caso fortuito 
(evento da natureza) ou fato do príncipe (ato de Estado), que 
configurem álea econômica extraordinária e extracontratual. 
75 
REVISÃO, REAJUSTE E REPACTUAÇÃO 
- tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, e a 
superveniência de disposições legais ocorridas após a data da 
apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos preços 
contratados 
 
- a Lei impõe que tais ocorrências sejam posteriores à data da 
apresentação da proposta, pressupondo que o licitante é responsável 
pelos termos de sua proposta e deve arcar com as consequências de 
uma eventual atuação negligente 
 
- Já o reajuste nada mais é do que a recomposição da perda 
inflacionária mediante a aplicação de índices econômicos gerais ou 
setoriais, ou outro critério adequado e suficiente, conforme previsão no 
art. 40, inciso XI da Lei 8.666/93. 
76 
REVISÃO, REAJUSTE E REPACTUAÇÃO 
 A repactuação, por sua vez, também é uma forma de 
reajuste, decorre das previsões do Decreto federal 2.271/97, que 
veda à Administração Pública Federal a utilização dos índices 
acima referidos e possibilita o reequilíbrio mediante “verificação 
analítica dos preços dos insumos no mercado.” 
 
 A revisão, por decorrer de imprevisibilidades (“Teoria da 
Imprevisão ” ), pode ocorrer a qualquer tempo, quando 
demonstrados os requisitos para sua concessão. Não se 
condiciona ao transcurso de um prazo mínimo, o que já ocorre 
com o reajuste e com a repactuação, que apenas podem ser 
concedidos após doze meses contados da data da apresentação 
da proposta na licitação ou do orçamento a que esta proposta se 
referir (data-base da categoria). 
 77 
REVISÃO, REAJUSTE E REPACTUAÇÃO 
 A revisão deve ser formalizada por meio de termo 
aditivo, enquanto que o apostilamento é suficiente para o 
reajuste (art. 65, § 8º da Lei 8.666/93) e, segundo a art. 40, § 
4º da IN 02/08-SLTI/MPOG, a repactuação. 
 
 Reajuste e repactuação devem estar previstos no 
edital e no contrato, conforme estabelecem as respectivas 
normas de regência, o que não se exige para a revisão, 
exatamente por sua natureza de ocorrência inesperada. 
 
 
78 
REVISÃO, REAJUSTE E REPACTUAÇÃO 
- Previsão no edital ou contrato 
- Reajuste 
- Art. 40, XI, Lei 8.666 
- Art. 55, III, Lei 8.666 
- Art. 3º, Lei 10.192 
- Repactuação 
- Anexo I, XVIII, IN 02/2008 
- Revisão 
- Imprevisível 
- Texto genérico 
79 
REVISÃO, REAJUSTE E REPACTUAÇÃO 
- Previsão no edital ou contrato 
- Como proceder na ausência de previsão em 
edital? 
- Acórdão TCU 114/2013 
- É possível incluir cláusula de reajuste em 
contratos previstos para execução em menos 
de 12 meses? 
- Prorrogação. Art. 57, § 1º 
- Existe reajuste de Ata de RP? 
80 
REVISÃO, REAJUSTE E REPACTUAÇÃO 
“O direito à manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro da contratação não deriva de cláusula 
contratual nem de previsão do ato convocatório. 
Tem raiz constitucional. Portanto, a ausência de 
previsão ou de autorização é irrelevante. São 
inconstitucionais todos os dispositivos legais e 
regulamentares que pretendem condicionar a 
concessão de reajustes de preços, recomposição de 
preços, correção monetária a uma previsão no ato 
convocatório ou no contrato”. (Marçal Justen 
Filho) 
81 
LIÇÕES DE DOUTRINA 
“Não adianta deixar de colocar no contrato ou no 
edital, porque está na lei que é obrigatório o 
reajuste; se não houver qualquer das cláusulas do 
art. 55, esse contrato é nulo de pleno direito, 
porque elas são necessárias”. (Toshio Mukai) 
82 
LIÇÕES DE DOUTRINA 
a) “determinar à DGI/MinC que celebre termo 
aditivo ao contrato de forma a restar 
estabelecido formalmente o índice de correção a 
ser utilizado, o qual deverá ser preferencialmente 
um índice setorial ou específico, e, apenas na 
ausência de tal índice, um índice geral, o qual 
deverá ser o mais conservador possível de forma 
a não onerar injustificadamente a administração” 
 
(Acórdão TCU Nº 114/2013 – Plenário) 
83 
JURISPRUDÊNCIA 
- Marcos temporais 
- Data de assinatura do contrato? 
- Data de início da execução? 
- Data da apresentação da proposta? 
- Data do orçamento a que se refere? 
 
- Aplicações: 
- Reajuste 
- Lei 8.666 
- Lei 10192 
- Repactuação 
- IN 02, Art. 37 e 38 
 
 
 
 
84 
REVISÃO, REAJUSTE E REPACTUAÇÃO 
Procedimento administrativo 
- Reajuste - O reajuste deve ser concedido de ofício pela 
Administração, quando completado o lapso de 12 meses a 
contar da data da apresentação da proposta ou da data-base da 
categoria profissional envolvida na execução do objeto 
- Revisão – A revisão depende de solicitação do contratado, que 
deverá demonstrar documentalmente a ocorrência das causas 
legais e a repercussão direta no contrato, indicando, também, o 
quantum pleiteado 
 - Devem ser avaliados: 
- A imprevisibilidade do fato 
- Se o fato era previsível, a imprevisibilidade das consequências 
do fato 
- A eventual configuração como caso fortuito, força maior ou 
fato do príncipe 
 
 
85 
- Repactuação – De acordo com o art. 40 da IN 02/08-
SLTI/MPOG, a repactuação deve ser “precedida de solicitação 
da contratada, acompanhada de demonstração analítica da 
alteração dos custos, por meio de apresentação da planilha 
de custos e formação de preços ou do novo acordo, convenção 
ou dissídio coletivo que fundamenta a repactuação, conforme 
for a variação de custos objeto da repactuação” 
- A existência de repercussão do fato ou das consequências no 
contrato 
- O graude repercussão na execução 
- Os documentos comprobatórios do aumento dos custos 
- O departamento financeiro e a assessoria jurídica devem se 
manifestar sobre o pedido, no limite de suas competências 
86 
Procedimento administrativo 
QUESTÕES CONTROVERSAS 
 
-Data do orçamento a que se refere a proposta 
 
-Migração de data-base 
 
-Aumento de salário mínimo 
 
-Antecipação compensável 
 
-Categorias e datas diferenciadas 
 
-Equilíbrio (CF, art. 37, XXI) 
87 
PERGUNTA 
- Como proceder com os pedidos de repactuação 
em contratos emergenciais? 
- Exame do pleito 
- Previsão no ato convocatório 
- Exame da Convenção 
- Aplicação do novo salário (e outros itens) na 
planilha 
- Apuração do percentual da repactuação 
88 
- Contratos com menos de um ano de duração 
podem ser reajustados? 
 
- Doutrina: Reajuste em contratos com vigência 
inferior a um ano (Ronny Charles) 
 
- Solução: Prever em Edital 
 
89 
PERGUNTA 
Reajuste x Plano Real (Lei 10.192/2001): 
 
Art. 3o Os contratos em que seja parte órgão ou entidade 
da Administração Pública direta ou indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, serão 
reajustados ou corrigidos monetariamente de acordo com 
as disposições desta Lei, e, no que com ela não 
conflitarem, da Lei 8.666/93. 
 
§ 1o A periodicidade anual nos contratos de que trata o 
caput deste artigo será contada a partir da data limite 
para apresentação da proposta ou do orçamento a que 
essa se referir 
90 
QUESTÕES CONTROVERSAS 
CONTRAPONTO 
IN 02/08-SLTI/MPOG 
“ Art. 38. O interregno mínimo de 1 (um) ano para a primeira 
repactuação será contado a partir: 
 
I - da data limite para apresentação das propostas constante do 
instrumento convocatório, em relação aos custos com a execução do 
serviço decorrentes do mercado, tais como o custo dos materiais e 
equipamentos necessários à execução do serviço; ou (Redação dada pela 
Instrução Normativa nº 3, de 16 de outubro de 2009) 
 
II - da data do acordo, convenção ou dissídio coletivo de trabalho ou 
equivalente, vigente à época da apresentação da proposta, quando a 
variação dos custos for decorrente da mão-de-obra e estiver vinculada às 
datas-base destes instrumentos. (Redação dada pela Instrução 
Normativa nº 3, de 16 de outubro de 2009)” 91 
“Art. 37. ... 
Art. § 2º A repactuação poderá ser dividida em tantas parcelas quanto 
forem necessárias em respeito ao princípio da anualidade do reajuste 
dos preços da contratação, podendo ser realizada em momentos 
distintos para discutir a variação de custos que tenham sua anualidade 
resultante em datas diferenciadas, tais como os custos decorrentes da 
mão de obra e os custos decorrentes dos insumos necessários à 
execução do serviço.” (Redação dada pela Instrução Normativa nº 3, de 
16 de outubro de 2009) 
 
“Art. 39. Nas repactuações subsequentes à primeira, a anualidade será 
contada a partir da data do fato gerador que deu ensejo à última 
repactuação.” (Redação dada pela Instrução Normativa nº 3, de 16 de 
outubro de 2009) 
92 
CONTRAPONTO 
IN 02/08-SLTI/MPOG 
- Assunto: SERVIÇO CONTÍNUO. DOU de 26.08.2015, S. 1, p. 
79. Ementa: o TCU deu ciência ao COREN/SP de que, na 
repactuação dos contratos de serviços de natureza 
continuada, a não observância ao interregno mínimo de 
um ano da data limite para apresentação das propostas ou 
da data do acordo, convenção ou dissídio coletivo de 
trabalho, vigente à época da apresentação da proposta, 
contraria a jurisprudência do TCU (Acórdãos nºs 
1.621/2011-1ªC, 2.548/2011-1ªC e 2.498/2009-1ªC; 
2.369/2010-P, 1.105/2008-P e 1.827/2008-P) (item 9.4.2, 
TC-035.903/2011-2, Acórdão nº 2.052/2015-Plenário). 
93 
JURISPRUDÊNCIA 
94 
O Tribunal de Contas da União proferiu decisão 
consubstanciada no Acórdão nº 2859/2013 - Plenário que 
trata de revisão de preços nos contratos que foram 
firmados com empresas beneficiadas pelo plano “Brasil 
Maior”, que estabeleceu a desoneração da folha de 
pagamento para alguns setores da economia (mudança 
da base de cálculo para a contribuição previdenciária), 
nos termos do art. 7º da Lei nº 12.546/2011 e do art. 2º do 
Decreto nº 7.828/2012; 
Desoneração da folha de pagamento 
95 
 9.2 determinar ao Departamento de Coordenação 
e Governança das Empresas Estatais, à Secretaria de 
Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão, ao Conselho 
Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do Ministério 
Público que: 
Desoneração da folha de pagamento 
96 
 9.2.1 nos termos do art. 65, § 5º, da lei 8.666/1993, 
orientem os órgãos e entidades que lhes estão vinculados 
a adotarem as medidas necessárias à revisão dos 
contratos de prestação de serviços ainda vigentes, 
firmados com empresas beneficiadas pela desoneração 
da folha de pagamento, propiciada pelo art. 7º da lei 
12.546/2011 e pelo art. 2º do decreto 7.828/2012, 
mediante alteração das planilhas de custo, atentando 
para os efeitos retroativos às datas de início da 
desoneração, mencionadas na legislação; 
Desoneração da folha de pagamento 
97 
9.2.2 orientem os referidos órgãos e entidades a obterem 
administrativamente o ressarcimento dos valores pagos 
a maior (elisão do dano) em relação aos contratos de 
prestação de serviços já encerrados, que foram firmados 
com empresas beneficiadas pela desoneração da folha 
de pagamento, propiciada art. 7º da lei 12.546/2011 e 
pelo art. 2º do decreto 7.828/2012, mediante alteração 
das planilhas de custo; 
Desoneração da folha de pagamento 
98 
01/04/2015 – Suspensão dos itens 9.2 e 9.3 do Acórdão nº 
2859/2013 - TCU - Plenário - Desoneração da folha de 
pagamento 
A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação - 
SLTI informa aos órgãos e entidades da Administração 
Pública Federal direta, autárquica e fundacional integrantes 
do SISG que foi conhecido o pedido de reexame com efeito 
suspensivo em relação aos itens 9.2 e 9.3 do Acórdão nº 
2.859/2013 – Plenário, nos termos do Despacho do Relator, 
Ministro Raimundo Carreiro (Processo TC 013.515/2013-6). 
Desoneração da folha de pagamento 
JURISPRUDÊNCIA 
A contratada, ao iniciar, tardiamente, a execução 
dos serviços sem condicioná-la a revisão de preços, 
implicitamente reconhece a adequação e a 
exequibilidade dos valores propostos na licitação, o 
que configura renúncia ao reequilíbrio econômico-
financeiro das condições iniciais 
contratadas, dando ensejo à preclusão 
lógica. Acórdão 4365/2014-Primeira Câmara, TC 
017.547/2011-3, relator Ministro Benjamin Zymler, 
12.8.2014 
99 
- Assunto: LICITAÇÕES. DOU de 12.03.2015, S. 1, p. 
91. Ementa: recomendação ao Ministério 
da Cultura para que analise o teor do parágrafo 
único do art. 4º da IN 2/2013 e, considerando os 
resultados favoráveis observados em licitações 
para contratação de serviços de vale-alimentação 
e vale-combustível, reavalie a pertinência da 
vedação à oferta de taxas de administração 
negativas pelas empresas operadoras do vale-
cultura (alínea “d”, TC-002.007/2015-0, Acórdão nº 
391/2015-Plenário). 100 
JURISPRUDÊNCIA 
QUADRO RESUMO 
101 
102 
Procedimento Revisão Repactuação Reajuste 
Fundamento Lei 8.666 Art. 65, II, “d” e § 5º Dec. 2271, IN 02 Lei 8.666 Art. 40, XI e 55, III e 
Lei 10.192 
Prazo A qualquer tempo 12 meses da data-
base 
12 meses da data da proposta 
ou orçamento 
Formalização Termo aditivo Apostilamento Apostilamento 
Exame Jurídico Obrigatório Facultativo Facultativo 
Concessão Por solicitação Por solicitação De ofício* 
Previsão Edital Genérica Sim. Disciplinar Sim. Estipular índice 
Ausência de 
previsão 
Indiferente Alteração Alteração 
Preclusão do 
Direito 
Contratado xAdministração 
Final do contrato Final do contrato, ou , a 
depender do Edital* 
Efeitos 
retroativos 
Fato geraror* Fato gerador - 
Data-base 
Aniversário da proposta ou 
orçamento 
Ocorrências por 
ano 
indeterminado 01 01 
ORIGEM DO CONTRATO 
- Reequilíbrio x Origem do contrato 
- Licitação 
- Contratação direta 
- SRP 
- Próprio 
- Partícipe 
- Aderente 
- Contratos sem planilha 
103 
- Assunto: CONTRATOS. DOU de 10.07.2015, S. 1, p. 
133. Ementa: recomendação à Secretaria Executiva do 
Ministério da Justiça no sentido de que, ao analisar 
solicitação de reajuste de preço contratado motivada por 
variação cambial de moeda estrangeira, atente para o 
entendimento no sentido de não ser aplicável a teoria da 
imprevisão e a possibilidade de recomposição do equilíbrio 
contratual em razão de variações cambiais ocorridas 
devido a oscilações naturais dos fatores de mercado, 
conforme entendimento do Acórdão nº 3.282/2011-P 
(item 9.5.1, TC-003.146/2015-4, Acórdão nº 1.568/2015-
Plenário). 
 
 
104 
JURISPRUDÊNCIA 
EXECUÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO 
Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente 
pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas 
e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas 
conseqüências de sua inexecução total ou parcial. 
 
* Lei 13.146/2015: Vigência a partir de Jan/2016 
 
Art. 67. A execução do contrato deverá ser 
acompanhada e fiscalizada por um representante da 
Administração especialmente designado, permitida 
a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-
lo de informações pertinentes a essa atribuição. 105 
 
 A primeira conclusão a que se chega é que a 
fiscalização do contrato é um dever, não meramente um 
poder ou uma faculdade. 
 
 A segunda, que o fiscal do contrato deve ser 
nomeado especialmente para essa função, o que implica 
na edição de ato administrativo competente e que 
indique expressamente as atribuições correspondentes. 
106 
EXECUÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO 
 E a terceira, que não há obrigatoriedade de que o 
fiscal detenha conhecimentos técnicos relacionados ao objeto, 
pois poderá obter as informações de que necessitar junto a 
terceiro contratado para assisti-lo e subsidiá-lo (vide, a 
propósito, o disposto no § 1º do art. 9º da Lei 8.666/93). 
107 
EXECUÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO 
 O fiscal deve anotar em registro próprio as ocorrências, 
reportando-se à autoridade competente quando necessária 
providência que não esteja ao seu alcance (art. 67, §1º da Lei 
8.666/93). 
 
 Além do fiscal do contrato, com atribuição de 
acompanhar a execução em concreto, ou seja, no local em que 
ela se realiza, é possível a nomeação de um gestor, com a 
responsabilidade de gerenciar um ou mais contratos, conforme 
seja conveniente. O gestor desempenhará atividades 
relacionadas à administração do contrato, intermediando as 
informações que devem ser levadas à autoridade superior. 
108 
EXECUÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO 
109 
EXECUÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO 
• Autoridade Superior 
• Gestores 
• Fiscais 
MAPEAMENTO DOS PROCESSOS 
 
- Relevância 
 
- Materialidade 
 
- Criticidade 
 110 
EXECUÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO 
- Alta: Obras, Terceirização, TIC, Telefonia, vitais (Alimentação, 
Material médico, hospitalar, etc.) 
 
- Média: Manutenções, Capacitação 
 
- Baixa: Reposição de almoxarifado, Entrega imediata e 
integral 
 
- Nenhuma: Suprimento de fundos 
111 
EXECUÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO 
DIVISÃO DE TAREFAS 
 
- Autoridade superior: 
- Estratégia, Fluxo de trabalho, Delegação, Retrabalho, 
Redundância 
- Gestor: 
- Gerencial 
- Fiscal: 
- Operacional 
112 
EXECUÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO 
DIVISÃO DE TAREFAS 
 
- Recomendação ao (...) no sentido de que avalie o 
quantitativo de contratos fiscalizados por cada servidor, 
com vistas a garantir efetiva fiscalização contratual e a 
mitigar riscos dessa atividade (Acórdão nº 2.831/2011-
Plenário) 
 
“Burro bom, carga nele!” 
113 
EXECUÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO 
MODELOS DE GESTÃO DE CONTRATOS 
 
- Gestor 
- Fiscal técnico 
- Fiscal administrativo 
 
- Gestor 
- Fiscal ou Comissão de fiscalização 
- Setor de Contratos 
114 
EXECUÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO 
MODELOS DE GESTÃO DE CONTRATOS 
 
- Gestor formal, gestor documental, gestor operacional 
 
- Setor de gestão de contratos 
- Fiscais 
 
- Setor de logística 
115 
EXECUÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO 
DESIGNAÇÃO DE FISCAL 
GOVERNANÇA 
 
- Mecanismo Liderança 
- pessoas íntegras, capacitadas, competentes, 
responsáveis e motivadas ocupando os 
principais cargos das organizações e liderando 
os processos de trabalho. 
 
116 
DESIGNAÇÃO DE FISCAL 
- Ato formal (especialmente designados) 
-“Exame de perfil 
- Atividades desenvolvidas no passado 
- Liderança 
- Relações interpessoais 
- Conceito entre os empregados da contratada 
- Conhecimento da legislação 
- Vontade de aprender 
- Motivação 
- Verificação de incompatibilidade 
- Segregação de funções 
*Pregoeiro, Membros de CPL, Controle Interno, 
Jurídico, Ordenador, etc. 
117 
JURISPRUDÊNCIA 
 
9.8. dar ciência à (...) que foram constatadas as 
seguintes irregularidades: 
9.8.5. ilicitude do exercício, por uma mesma 
pessoa, das atribuições de pregoeiro e de fiscal 
do contrato celebrado, o que ocorreu no 
processo da contratação efetivada mediante o 
Pregão 18/2013, por atentar contra o princípio 
da segregação das funções; (Acórdão TCU Nº 
1375/2015 – Plenário) 
118 
DESIGNAÇÃO DE FISCAL 
- “Kit” do fiscal: 
 
- Portaria, Manual de fiscalização 
- Edital, Proposta, Contrato => Processo 
- Capacitação permanente 
- Remuneração compatível 
- Livros, periódicos 
- Apoio Jurídico e contábil 
- Sistema informatizado 
- Rotina de execução 
- Bases do ANS 
- Convenção Coletiva 
119 
Fiscal 
- Acompanhamento in loco da execução: 
- Estabelecer rotina de fiscalização 
- apontamento de faltas cometidas pelo contratado 
- determinação de correções, no limite das competências 
- Verificação de cumprimento material e formal do contrato 
- Registro das ocorrências da execução contratual 
- Livro, ata, ofício, etc. 
- Aceitação e registro do preposto 
- Documentar contatos com o preposto 
- Acompanhar a atuação do técnico que lhe auxilia na 
fiscalização, questionando o que lhe parecer apropriado 
120 
- Instrução do processo para: 
 Alterações contratuais 
 prorrogação de prazos de execução 
 aplicação de penalidades 
 rescisão contratual 
- Realização de medições e solicitações de pagamentos 
- Atuação no recebimento do objeto 
- Elaboração de relatórios periódicos, a serem enviados ao 
gestor para análise e posterior anexação ao processo 
121 
Fiscal 
- Assuntos: CONTRATOS e VIGILÂNCIA. DOU de 16.09.2015, 
S. 1, p. 79. Ementa: o TCU deu ciência à Superintendência 
de Administração do Ministério da Fazenda em Goiás e 
Tocantins (SAMF/GO-TO) sobre impropriedade/deficiência 
caracterizada por falhas diversas nos contratos de 
terceirização, quais sejam: falta de relatórios de 
fiscalização, jornada efetiva de vigilantes menor do que a 
prevista no contrato, atraso no pagamento de faturas, falta 
de previsão contratual e entrega de uniformes e 
equipamentos a vigilantes e ausência de pesquisa de 
satisfação prevista em contrato (item 1.7.6, TC-
018.366/2014-7, Acórdão nº 5.103/2015-1ª Câmara). 122 
JURISPRUDÊNCIA 
 Parte gerencial e administrativa/contábil 
 Análise dos relatórios e solicitações dos fiscais, 
referentes a modificações, prorrogações e falhas 
cometidas pelo contratado indicação da penalidade cabível e da necessidade ou 
não de rescisão contratual 
 Abertura do contraditório e da ampla defesa e 
posterior encaminhamento à autoridade competente 
 Solicitação de parecer técnico ou jurídico, quando 
necessário 
 Análise e manifestação sobre os relatórios dos fiscais e 
documentos constantes do processo, relacionados a 
recebimento e pagamento 
123 
Gestor 
 Liberação dos pagamentos, de acordo com o relatório dos 
fiscais 
 Realização de pagamentos diretos, após autorização 
superior 
 Instauração de procedimentos para cobrança de multas e 
execução da garantia 
 Instrução do processo para a prorrogação de prazos de 
vigência 
 Opinar sobre a “vantajosidade” da prorrogação 
 Emitir atestados de capacidade técnica 
 Informar à Administração sobre o descumprimento de 
obrigações legais, principalmente as trabalhistas 
124 
Gestor 
- Assunto: CONTRATOS. DOU de 24.09.2015, S. 1, p. 
103. Ementa: recomendação ao DNIT/CE quanto à adoção de 
medidas capazes de assegurar que a fiscalização 
dos contratos sob sua alçada esteja de acordo com o art. 67 
da Lei nº 8.666/1993, de modo a garantir a qualidade do 
produto final e o pagamento apenas dos serviços 
efetivamente executados, incluindo a instrução de seus 
fiscais de contrato quanto à forma de verificar e medir a 
execução de obras e serviços e o respectivo recebimento, 
observando os preceitos dos arts. 73 e 76 da referida lei, 
alertando-os para a responsabilidade pessoal pelos atestos 
emitidos (item 9.7.1, TC-024.988/2013-8, Acórdão nº 
2.337/2015-Plenário). 
125 
JURISPRUDÊNCIA 
JURISPRUDÊNCIA 
Deve-se, na execução de contratos, cumprir o preceituado 
no art. 67 da Lei nº 8.666/93, quanto à necessária 
nomeação de fiscais para os contratos celebrados, que 
deverá ser efetuada tempestivamente, evitando a emissão 
de portarias de nomeação após o início da vigência 
daqueles (Acórdão nº 634/2006, TCU-1ª Câmara) 
 
Deve ser nomeado representante, pertencente aos 
quadros próprios de pessoal da Administração, 
especialmente designado para acompanhar e fiscalizar a 
execução dos contratos, permitida a contratação de 
agentes terceirizados apenas para assisti-lo a essa 
atribuição, a teor do art. 67 da Lei nº 8.666/93 (Acórdão 
nº 690/2005, TCU-Plenário) 
 
126 
- Assunto: CONTRATOS. DOU de 04.08.2015, S. 1, p. 
350. Ementa: o TCU deu ciência à Companhia Docas 
do Ceará sobre as seguintes impropriedades: a) a 
designação de fiscais de contrato é feita a servidor do 
quadro próprio de pessoal e não a departamentos da 
empresa, conforme determina o art. 67 da Lei nº 
8.666/1993 e o Acórdão nº 690/2005-P (a não 
observância deste requisito legal pode ensejar a 
aplicação de multa ao responsável, de acordo com o 
art. 58, inciso II, da Lei nº 8.443/1992); 
127 
JURISPRUDÊNCIA 
- Assunto: CONTRATOS. DOU de 13.08.2013, S. 1, p. 123. 
Ementa: recomendação ao Departamento Nacional de 
Infraestrutura de Transportes (DNIT) para que inclua, no ato 
de designação dos ficais de contrato, informação sobre a 
exclusividade ou não da dedicação do servidor à função 
(Acórdão nº 2.065/2013-Plenário). 
 
- Recomendação ao DNIT no sentido de que avalie o 
quantitativo de contratos fiscalizados por cada servidor, 
com vistas a garantir efetiva fiscalização contratual e a 
mitigar riscos dessa atividade (Acórdão nº 2.831/2011-
Plenário) 
 
128 
JURISPRUDÊNCIA 
- No ato de designação do supervisor/encarregado do 
acompanhamento da execução do contrato, fosse 
observada a necessidade de que tal profissional possua 
tempo hábil suficiente para o desempenho das funções a 
ele confiadas, considerando os possíveis deslocamentos 
pelo território nacional que esta atribuição poderá lhe 
trazer, nos termos do art. 67 da Lei n° 8.666/1993. 
(Acórdão nº 299/2007-1ª Câmara). 
129 
JURISPRUDÊNCIA 
Responsabilidade da Administração 
por encargos decorrentes da execução 
 O contratado deve entregar o objeto do contrato (a 
prestação do serviço) à Administração totalmente desonerado, daí a 
previsão do art. 71, caput da Lei 8.666/93 de que é ele o responsável 
pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais 
resultantes da execução. 
 
 Ainda de acordo com a Lei (§ 1º do art. 71), a inadimplência 
de encargos trabalhistas não transfere à Administração a 
responsabilidade por seu pagamento, nem pode onerar o objeto do 
contrato ou restringir a regularização e o uso de obras e edificações, 
inclusive perante o Registro de imóveis. Contudo, é notório que a 
posição do Tribunal Superior do Trabalho é de responsabilizar a 
Administração contratante subsidiariamente, ou seja, no caso de o 
contratado não realizar os pagamentos devidos após judicialmente 
demandado. 
130 
Trata-se da Súmula 331 do TST, com o seguinte teor: 
 
“I. A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, 
formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo 
no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03-01-74). 
 
II. A contratação irregular de trabalhador, através de empresa 
interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da 
Administração Pública Direta, Indireta ou Fundacional (Art. 37, II, da 
Constituição da República). 
 
131 
Responsabilidade da Administração 
por encargos decorrentes da execução 
III. Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de 
serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20-06-1983), de conservação e 
limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-
meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a 
subordinação direta. 
 
IV. O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do 
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador de 
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da 
relação processual e conste também do título executivo judicial 
 
132 
Responsabilidade da Administração 
por encargos decorrentes da execução 
V- Os entes integrantes da administração pública direta e indireta 
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso 
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da 
Lei nº 8.666/93, especialmente na fiscalização do cumprimento das 
obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como 
empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero 
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa 
regularmente contratada. 
 
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange 
todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da 
prestação laboral. 
 
ADC 16/STF X SÚMULA 331/TST 133 
Responsabilidade da Administração 
por encargos decorrentes da execução 
ADC 16/STF 
Em conclusão, o Plenário, por maioria, julgou procedente pedido 
formulado em ação declaratória de constitucionalidade movida pelo 
Governador do Distrito Federal, para declarar a constitucionalidade 
do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93. 
Quanto ao mérito, entendeu-se que a mera inadimplência do 
contratado não poderia transferir à Administração Pública a 
responsabilidade pelo pagamento dos encargos, mas reconheceu que 
isso não significaria que eventual omissão da Administração Pública, 
na obrigação de fiscalizar as obrigações do contratado, não viesse a 
gerar essa responsabilidade. Registrou-se que, entretanto, a 
tendência da Justiça do Trabalho não seria de analisar a omissão, 
mas aplicar, irrestritamente, o Enunciado 331 do TST. 
134 
Responsabilidade da Administração 
por encargos decorrentes da execução 
OJ 383/TST - A contratação irregular de trabalhador, mediante 
empresa interposta, não gera vínculo de emprego com ente da 
Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da 
isonomia, o direitodos empregados terceirizados às mesmas verbas 
trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados 
pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de 
funções. Aplicação analógica do art. 12, "a", da Lei nº 6.019, de 
03.01.1974. 
 135 
Responsabilidade da Administração 
por encargos decorrentes da execução 
- A exigência de CNDT nas licitações e nos contratos, 
elide a responsabilidade subsidiária pelos encargos 
trabalhistas? 
 
- Devemos exigir CNDT na execução dos contratos? 
 
 
 
136 
Responsabilidade da Administração 
por encargos decorrentes da execução 
JURISPRUDÊNCIA 
 
Os órgãos e entidades da administração pública estão 
obrigados a exigir das empresas contratadas, por ocasião 
de cada ato de pagamento, a apresentação da certidão 
negativa de débitos trabalhistas, de modo a dar efetivo 
cumprimento às disposições constantes dos artigos 27, IV, 
29, V, e 55, XIII, da Lei nº 8.666/1993, c/c os artigos 1º e 
4º da Lei nº 12.440/2011. (Acórdão TCU 1054/2012 – 
Plenário) 
 
137 
IMPORTANTE 
 O contato direto do fiscal com os funcionários da contratada, 
em contratos de prestação de serviços que envolvam cessão de mão-
de-obra, deve ser evitado, pois aumenta o risco de condenação em 
responsabilidade subsidiária ao pagamento de verbas trabalhistas, em 
caso de inadimplemento do contratado. 
 
 A IN 02/08-SLTI/MPOG traz, no art. 10, regra explícita com a 
finalidade de evitar a responsabilização, vedando à Administração ou 
aos seus servidores praticar atos de ingerência na administração da 
contratada, tais como: 
 
- exercer o poder de mando sobre os empregados da contratada, 
devendo reportar-se somente aos prepostos ou responsáveis por ela 
indicados, exceto quando o objeto da contratação prever o 
atendimento direto, tais como nos serviços de recepção e apoio ao 
usuário; 
138 
IMPORTANTE 
 
- direcionar a contratação de pessoas para trabalhar nas 
empresas contratadas; 
 
- promover ou aceitar o desvio de funções dos trabalhadores da 
contratada, mediante a utilização destes em atividades distintas 
daquelas previstas no objeto da contratação e em relação à 
função específica para a qual o trabalhador foi contratado; e 
 
»»considerar os trabalhadores da contratada como 
colaboradores eventuais do próprio órgão ou entidade 
responsável pela contratação, especialmente para efeito de 
concessão de diárias e passagens. 
139 
Disposições do Edital 
 
IN 02/2008, Art. 19: 
 
- Execução completa do contrato só com a comprovação do 
pagamento de todas as obrigações trabalhistas 
referente à mão de obra utilizada; 
- Falta grave: o não recolhimento do FGTS e das 
contribuições sociais previdenciárias, bem como o não 
pagamento do salário, do vale-transporte e do auxílio 
alimentação, que poderá dar ensejo à rescisão do contrato, 
sem prejuízo da aplicação de sanção pecuniária 
140 
Responsabilidade da Administração 
por encargos decorrentes da execução 
- Conta vinculada específica para provisionamento das 
férias, 13º (décimo terceiro) salário e verbas rescisórias; 
- Liberação das verbas: 
- a) parcial e anualmente, pelo valor correspondente 
aos 13ºs salários, quando devidos 
- b) parcialmente, pelo valor correspondente as férias e 
ao 1/3 de férias, quando dos gozos de férias dos 
empregados vinculados ao contrato; 
- c) parcialmente, pelo valor correspondente aos 13ºs 
salários proporcionais, férias proporcionais e à 
indenização compensatória porventura devida sobre o 
FGTS, quando da demissão de empregado vinculado 
ao contrato; 
- d) ao final da vigência do contrato, para o pagamento 
das verbas rescisórias; 
 
141 
Responsabilidade da Administração 
por encargos decorrentes da execução 
- Pagamento dos salários dos empregados por 
depósito bancário, em agências situadas na 
localidade ou região metropolitana em que ocorre a 
prestação dos serviços; 
- Autorização para a Administração reter, a qualquer 
tempo, a garantia de execução; 
- Possibilidade de pagamento de encargos trabalhistas 
diretamente pela Administração; 
- Emissão do cartão Cidadão; 
- Acesso dos empregados, via internet, por meio de 
senha própria, aos sistemas da Previdência Social e da 
Receita do Brasil, com emissão de extrato; 
142 
Responsabilidade da Administração 
por encargos decorrentes da execução 
- Requisitos de qualificação técnica (Art. 19, XXV c/c 
§5º) e econômico-financeira (Art. 19, XXIV) mais 
rígidos: 
- Experiência de 3 anos, escritório local, atestado com 
50% do quantitativo, cópia de contratos, 
- Relação de compromissos assumidos, índices 
contábeis, Capital circulante líquido (capital de giro) 
 
- Importância do Termo de Referência* 
143 
Responsabilidade da Administração 
por encargos decorrentes da execução 
JURISPRUDÊNCIA 
Comprovação de regularidade com as obrigações sociais 
e trabalhistas, para pagamento às empresas de prestação 
serviços contínuos de terceirização, respaldada apenas 
pela apresentação da documentação prevista na Lei 
8.666/93. 
Na mesma representação, o Tribunal tratou da questão da 
fiscalização da documentação relativa ao cumprimento de 
obrigações trabalhistas e sociais por parte das empresas 
contratadas. Para o relator, "a administração tem exigido 
das contratadas, por força da IN/MP 2/2008, uma extensa 
relação de documentos, que demandam considerável 
esforço dos setores dos órgãos que exercem a fiscalização 
contratual". 
144 
A análise de toda essa documentação acabaria afastando 
a fiscalização de sua atividade precípua, que seria a de 
verificar a adequada execução do contrato. Ademais, 
ainda para o relator, "a exigência de toda essa gama de 
documentos não tem evitado a ocorrência de problemas 
em relação ao cumprimento das obrigações trabalhistas 
por parte das empresas contratadas, dados os 
subterfúgios que têm sido utilizados por algumas 
empresas para mascarar eventuais inadimplementos 
dessas obrigações". 
145 
JURISPRUDÊNCIA 
O relator anotou, ainda, que é possível a utilização de outras 
medidas, com vistas ao controle do recolhimento de encargos 
previdenciários e de FGTS, que consistiriam fundamentalmente 
em criar mecanismos para que os próprios empregados das 
empresas contratadas verificassem se elas estão promovendo 
os recolhimentos devidos. Com isso, "a administração 
continuaria fazendo o controle, não de todos os empregados, 
mas amostralmente. Teria também a obrigação de exigir as 
certidões necessárias, de fazer prever nos contratos como falta 
grave o não recolhimento do FGTS e da contribuição social e 
de comunicar aos Ministérios da Previdência Social e do 
Trabalho no caso de irregularidade nos recolhimentos". 
146 
JURISPRUDÊNCIA 
Para o relator, a partir das conclusões do grupo de trabalho 
interinstitucional, seria suficiente que os pagamentos às 
contratadas fossem realizados exclusivamente com base na 
documentação prevista no art. 29 da Lei 8.666/93, não mais se 
exigindo os diversos outros documentos hoje previstos na 
IN/MP 2/2008, o que levou a votar por que se recomendasse à 
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do 
Ministério do Planejamento (SLTI/MP) que incorpore à norma 
em questão regra que estabeleça que os pagamentos às 
empresas terceirizadoras de mão de obra fossem 
condicionados apenas à apresentação da documentação 
prevista na Lei 8.666/93, o que foi aprovado pelo Penário. 
Acórdão 1214/2013-Plenário, TC 006.156/2011-8, relator 
Ministro Aroldo Cedraz, 22.5.2013. 
 
147 
JURISPRUDÊNCIA 
Como fiscalizar o cumprimento dos encargos? 
 Art. 34, §5º, IN 02/08 
 
- No 1º mês da prestação dos serviços: 
- Relação dos empregados(Nome, Cargo, horário, nº de 
RG, CPF 
- CTPS assinada 
- Exames admissionais 
- Até o dia 30 do mês seguinte ao da prestação dos serviços: 
- Certidões de regularidade fiscal e trabalhista 
- Quando solicitado: 
- Extratos do INSS e FGTS 
- Folha de pagamento 
- Contracheques 
- Comprovante de entrega de benefícios 
- Comprovante de realização de cursos 
 
 
148 
 Art. 34, §5º, IN 02/08 
 
- Extinção ou rescisão do contrato: 
- Termos de rescisão dos contratos de trabalho 
- Guias de recolhimento de INSS e FGTS 
- Extratos dos depósitos do FGTS 
- Exames demissionais 
 
 
149 
Como fiscalizar o cumprimento dos encargos? 
JURISPRUDÊNCIA 
 
A perda da regularidade fiscal no curso de contratos de execução 
continuada ou parcelada justifica a imposição de sanções à 
contratada, mas não autoriza a retenção de pagamentos por 
serviços prestados. (Acórdão TCU 964/2012 – Plenário) 
 
“podem motivar a rescisão contratual, a execução da garantia para 
ressarcimento dos valores e indenizações devidos à Administração e 
a aplicação das penalidades previstas no art. 87 da Lei nº 8.666/93, 
mas não a retenção do pagamento” 
 
Caso contrário estaria a Administração incorrendo em 
enriquecimento sem causa. Observou, também, que a retenção de 
pagamento ofende o princípio da legalidade por não constar do rol 
do art. 87 da Lei nº 8.666/93 
150 
- Assunto: CONTRATOS. DOU de 23.06.2015, S. 1, p. 115. Ementa: 
recomendação à (...) no sentido de que, no seu modelo de 
processo de aquisições para a contratação de bens e serviços e na 
gestão dos contratos decorrentes que vierem a ser elaborados, 
inclua os seguintes controles internos na etapa de gestão 
do contrato: a) exigir, antes do início da execução contratual, a 
designação formal do preposto responsável por representar à 
contratada durante execução contratual; b) registrar todas as 
ocorrências relativas à execução contratual; d) a cada prorrogação 
contratual, verificar se a contratada mantém as mesmas condições 
de habilitação exigidas à época da licitação, e) quando da 
realização de repactuações, utilizar informações gerenciais 
do contrato para negociar valores mais justos para a administração 
(itens 9.1.36.1 a 9.1.36.5, TC-022.395/2014-8, Acórdão nº 
1.520/2015-Plenário). 
 
 
151 
JURISPRUDÊNCIA 
RESCISÃO DO CONTRATO 
 A rescisão do contrato pode decorrer de inadimplemento 
total ou parcial do ajuste, acarretando para a parte faltosa as 
consequências legais e as previstas no termo de contrato. 
 
- Considera-se adimplemento da obrigação contratual “ a 
prestação do serviço, a realização da obra, a entrega do bem ou 
de parcela destes, bem como qualquer outro evento contratual a 
cuja ocorrência esteja vinculada a emissão de documento de 
cobrança” (art. 40, §3º da Lei 8.666/93). 
 
- É possível classificar as espécies de rescisão da seguinte forma: 
 
- Por acordo entre as partes 
 - Desde que haja conveniência administrativa, conforme 
art. 79 da Lei 8.666/93 
152 
- Judicial 
 
- Unilateral, pela Administração (art. 78 da Lei 8.666/93) 
 
 - Decorrente de falha do contratado 
 
 - Decorrente de conduta administrativa 
 
 - Decorrente de atos ou fatos não relacionados com 
a atuação de nenhuma das partes 
153 
RESCISÃO DO CONTRATO 
 
Entre as hipóteses de rescisão unilateral decorrentes de falha do 
contratado, estão: 
 
- não cumprimento ou cumprimento irregular de cláusulas 
contratuais, especificações, projetos ou prazos 
 
- lentidão no cumprimento, que acarrete impossibilidade da 
conclusão do objeto no prazo estipulado 
 
- atraso injustificado no início da execução 
 
- paralisação sem justa causa e prévia comunicação à Administração 
 
- subcontratação, associação com outrem, cessão ou transferência do 
objeto, fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no 
contrato 
154 
RESCISÃO DO CONTRATO 
 
- desatendimento das determinações do fiscal ou de superiores 
 
- reiteradas falhas na execução 
 
- decretação de falência ou a instauração de insolvência civil 
 
- dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado 
 
- alteração social ou modificação da finalidade ou da estrutura da 
empresa, que prejudique a execução do contrato 
 
- perda das condições habilitatórias (art. 55, inc. XIII da Lei 
8.666/93) 155 
RESCISÃO DO CONTRATO 
 
Entre as hipóteses de rescisão decorrente de conduta 
administrativa, estão: 
 
- razões de interesse público, de alta relevância e amplo 
conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade 
da esfera administrativa 
 
- supressão do objeto, acarretando modificação do valor inicial do 
contrato além do limite permitido 
 
- suspensão da execução, por ordem escrita da Administração, por 
prazo superior a 120 dias, salvo em caso de calamidade pública, 
grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por 
repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo 
156 
RESCISÃO DO CONTRATO 
- atraso dos pagamentos devidos superior a 90 dias, salvo em 
caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem 
interna ou guerra 
 
- não liberação, pela Administração, de área, local ou objeto 
para execução, nos prazos contratuais, bem como das fontes de 
materiais naturais especificadas no projeto 
 Por fim, não decorre da atuação de nenhuma das 
partes contratantes: 
- ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente 
comprovada, impeditiva da execução do contrato 
 
 A rescisão contratual unilateral não é uma medida 
impositiva para toda e qualquer situação. A Administração 
deverá avaliar o caso concreto, a gravidade da falha cometida 
pelo contratado e os prejuízos para a execução, ponderando se 
a melhor solução é a rescisão ou a manutenção do ajuste. 
 
157 
RESCISÃO DO CONTRATO 
Procedimento para a rescisão 
 
 De acordo com o parágrafo único do art. 78 da 
Lei 8.666/93, a rescisão deve ser motivada nos autos 
do processo e o contratado tem direito ao 
contraditório e à ampla defesa. Desse modo, é possível 
sistematizar o procedimento administrativo da 
rescisão da seguinte forma: 
 
 
 
158 
 
- Denúncia/Informação da irregularidade 
- Abertura de processo administrativo 
- Citação/Notificação do contratado 
- Apresentação ou não de manifestação (defesa prévia) 
- Instrução probatória 
- Parecer jurídico (facultativo) 
- Decisão administrativa pela Autoridade competente 
- Publicidade da decisão 
- Prazo recursal 
- Decisão administrativa pela Autoridade superior (recurso) 
- Publicidade 
 
159 
Procedimento para a rescisão 
Consequências da rescisão 
- Para o contratado 
 - Perda do contrato 
 - Aplicação de sanção, se unilateral 
 
- Para a Administração 
- Perda do contrato 
 - Contratação direta, por dispensa de licitação, do 
remanescente de contrato, se atendidos os requisitos impostos 
pelo art. 24, inc. XI da Lei 8.666/93 
 - Indenização ao contratado, se causada por conduta 
administrativa 160 
Procedimento para a rescisão 
CONTATO 
 
 
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 @mvalcantara 
 
 
 Marcus Alcântara 
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