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1 impostos sobre propriedade

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Fábio Borges!
www.fabioborges.pro.brDireito Tributário II
TRIBUTAÇÃO DA 
PROPRIEDADE
2
�1
Direito Tributário II - 2014/A"
www.fabioborges.pro.br
""
A) TEMAS: "
• Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana "
• Imposto sobre a propriedade territorial rural "
• Imposto sobre a propriedade de veículo automotor """
B) BASE NORMATIVA: "
• Constituição: ITR (153, VI, §4º), IPVA (155, III, §6º) e IPTU (156, I, §1º; 182, §4º) "
• Código Tributário Nacional: ITR (29-31) e IPTU (34-34) "
• Lei federal n. 9393/96 "
• Decreto-lei n. 57/66 "
• Lei Estadual SC n. 7543/88 "
• Lei Complementar Municipal n. 01/02 (CTM Tubarão) """
C) JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA: "
• STF: AgRE 601.247, AgRE 406.955, AgRE 424.991, AgAI 483.726, RE 379-572, RE 
255.111 "
• STJ: REsp 1.112.646, 1.150.408 e 1.207.093 """
1 | IMPOSTOS SOBRE O DIREITO DE PROPRIEDADE
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.393, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1996.
Conversão da MPv nº 1.528, de 1996
Regulamento
Produção de efeito
Dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural -
ITR, sobre pagamento da dívida representada por Títulos da
Dívida Agrária e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Capítulo I
DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE
TERRITORIAL RURAL - ITR
Seção I
Do Fato Gerador do ITR
Definição
Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração anual, tem como fato gerador a propriedade, o
domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano.
§ 1º O ITR incide inclusive sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária, enquanto não
transferida a propriedade, exceto se houver imissão prévia na posse.
§ 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de terras,
localizada na zona rural do município.
§ 3º O imóvel que pertencer a mais de um município deverá ser enquadrado no município onde fique a sede do imóvel e,
se esta não existir, será enquadrado no município onde se localize a maior parte do imóvel.
Imunidade
Art. 2º Nos termos do art. 153, § 4º, in fine, da Constituição, o imposto não incide sobre pequenas glebas rurais, quando
as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área igual ou inferior a :
I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-
grossense;
II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental;
III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município.
Seção II
Da Isenção
Art. 3º São isentos do imposto:
I - o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, caracterizado pelas autoridades competentes
como assentamento, que, cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos:
a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção;
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b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites estabelecidos no artigo anterior;
c) o assentado não possua outro imóvel.
II - o conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja área total observe os limites fixados no parágrafo único
do artigo anterior, desde que, cumulativamente, o proprietário:
a) o explore só ou com sua família, admitida ajuda eventual de terceiros;
b) não possua imóvel urbano.
Seção III
Do Contribuinte e do Responsável
Contribuinte
Art. 4º Contribuinte do ITR é o proprietário de imóvel rural, o titular de seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer
título.
Parágrafo único. O domicílio tributário do contribuinte é o município de localização do imóvel, vedada a eleição de
qualquer outro.
Responsável
Art. 5º É responsável pelo crédito tributário o sucessor, a qualquer título, nos termos dos arts. 128 a 133 da Lei nº 5.172,
de 25 de outubro de 1966 (Sistema Tributário Nacional).
Seção IV
Das Informações Cadastrais
Entrega do DIAC
Art. 6º O contribuinte ou o seu sucessor comunicará ao órgão local da Secretaria da Receita Federal (SRF), por meio do
Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR - DIAC, as informações cadastrais correspondentes a cada imóvel,
bem como qualquer alteração ocorrida, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal.
§ 1º É obrigatória, no prazo de sessenta dias, contado de sua ocorrência, a comunicação das seguintes alterações:
I - desmembramento;
II - anexação;
III - transmissão, por alienação da propriedade ou dos direitos a ela inerentes, a qualquer título;
IV - sucessão causa mortis;
V - cessão de direitos;
VI - constituição de reservas ou usufruto.
§ 2º As informações cadastrais integrarão o Cadastro de Imóveis Rurais - CAFIR, administrado pela Secretaria da Receita
Federal, que poderá, a qualquer tempo, solicitar informações visando à sua atualização.
§ 3º Sem prejuízo do disposto no parágrafo único do art. 4º, o contribuinte poderá indicar no DIAC, somente para fins de
intimação, endereço diferente daquele constante do domicílio tributário, que valerá para esse efeito até ulterior alteração.
Entrega do DIAC Fora do Prazo
Art. 7º No caso de apresentação espontânea do DIAC fora do prazo estabelecido pela Secretaria da Receita Federal, será
cobrada multa de 1% (um por cento) ao mês ou fração sobre o imposto devido não inferior a R$ 50,00 (cinqüenta reais), sem
prejuízo da multa e dos juros de mora pela falta ou insuficiência de recolhimento do imposto ou quota.
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Seção V
Da Declaração Anual
Art. 8º O contribuinte do ITR entregará, obrigatoriamente, em cada ano, o Documento de Informação e Apuração do ITR -
DIAT, correspondente a cada imóvel, observadas data e condições fixadas pela Secretaria da Receita Federal.
§ 1º O contribuinte declarará, no DIAT, o Valor da Terra Nua - VTN correspondente ao imóvel.
§ 2º O VTN refletirá o preço de mercado de terras, apurado em 1º de janeiro do ano a que se referir o DIAT, e será
considerado auto-avaliação da terra nua a preço de mercado.
§ 3º O contribuinte cujo imóvel se enquadre nas hipóteses estabelecidas nos arts. 2º e 3º fica dispensado da
apresentação do DIAT.
Entrega do DIAT Fora do Prazo
Art. 9º A entrega do DIAT fora do prazo estabelecido sujeitará o contribuinte à multa de que trata o art. 7º, sem prejuízo da
multa e dos juros de mora pela falta ou insuficiência de recolhimento do imposto ou quota.
Seção VI
Da Apuração e do Pagamento
Subseção I
Da Apuração
Apuração pelo Contribuinte
Art. 10. A apuração e o pagamento do ITR serão efetuados pelo contribuinte, independentemente de prévio procedimento
da administração tributária, nos prazos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal, sujeitando-se a
homologação posterior.
§ 1º Para os efeitos de apuração do ITR, considerar-se-á:
I - VTN, o valor do imóvel, excluídos os valores relativos a:
a) construções, instalações e benfeitorias;
b) culturas permanentes e temporárias;
c) pastagens cultivadas e melhoradas;
d) florestas plantadas;
II - área tributável, a área total do imóvel, menos as áreas:
a) de preservação permanente e de reserva legal, previstas na Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, com a redação
dada pela Lei nº 7.803, de 18 de julho de 1989;
a) de preservação permanente e de reserva legal, previstas na Lei no 12.651, de 25 de maiode 2012; (Redação dada
pela Lei nº 12.844, de 2013) (Vide art. 25 da Lei nº 12.844, de 2013)
b) de interesse ecológico para a proteção dos ecossistemas, assim declaradas mediante ato do órgão competente, federal
ou estadual, e que ampliem as restrições de uso previstas na alínea anterior;
c) comprovadamente imprestáveis para qualquer exploração agrícola, pecuária, granjeira, aqüícola ou florestal,
declaradas de interesse ecológico mediante ato do órgão competente, federal ou estadual;
d) as áreas sob regime de servidão florestal.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)
d) sob regime de servidão florestal ou ambiental; (Redação dada pela Lei nº 11.428, de 2006)
d) sob regime de servidão ambiental; (Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012).
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e) cobertas por florestas nativas, primárias ou secundárias em estágio médio ou avançado de regeneração; (Incluído pela
Lei nº 11.428, de 2006)
f) alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidrelétricas autorizada pelo poder público. (Incluído pela
Lei nº 11.727, de 2008)
III - VTNt, o valor da terra nua tributável, obtido pela multiplicação do VTN pelo quociente entre a área tributável e a área
total;
IV - área aproveitável, a que for passível de exploração agrícola, pecuária, granjeira, aqüícola ou florestal, excluídas as
áreas:
a) ocupadas por benfeitorias úteis e necessárias;
b) de que tratam as alíneas "a", "b" e "c" do inciso II;
b) de que tratam as alíneas do inciso II deste parágrafo; (Redação dada pela Lei nº 11.428, de 2006)
V - área efetivamente utilizada, a porção do imóvel que no ano anterior tenha:
a) sido plantada com produtos vegetais;
b) servido de pastagem, nativa ou plantada, observados índices de lotação por zona de pecuária;
c) sido objeto de exploração extrativa, observados os índices de rendimento por produto e a legislação ambiental;
d) servido para exploração de atividades granjeira e aqüícola;
e) sido o objeto de implantação de projeto técnico, nos termos do art. 7º da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993;
VI - Grau de Utilização - GU, a relação percentual entre a área efetivamente utilizada e a área aproveitável.
§ 2º As informações que permitam determinar o GU deverão constar do DIAT.
§ 3º Os índices a que se referem as alíneas "b" e "c" do inciso V do § 1º serão fixados, ouvido o Conselho Nacional de
Política Agrícola, pela Secretaria da Receita Federal, que dispensará da sua aplicação os imóveis com área inferior a:
a) 1.000 ha, se localizados em municípios compreendidos na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-
mato-grossense;
b) 500 ha, se localizados em municípios compreendidos no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental;
c) 200 ha, se localizados em qualquer outro município.
§ 4º Para os fins do inciso V do § 1º, o contribuinte poderá valer-se dos dados sobre a área utilizada e respectiva
produção, fornecidos pelo arrendatário ou parceiro, quando o imóvel, ou parte dele, estiver sendo explorado em regime de
arrendamento ou parceria.
§ 5º Na hipótese de que trata a alínea "c" do inciso V do § 1º, será considerada a área total objeto de plano de manejo
sustentado, desde que aprovado pelo órgão competente, e cujo cronograma esteja sendo cumprido pelo contribuinte.
§ 6º Será considerada como efetivamente utilizada a área dos imóveis rurais que, no ano anterior, estejam:
I - comprovadamente situados em área de ocorrência de calamidade pública decretada pelo Poder Público, de que resulte
frustração de safras ou destruição de pastagens;
II - oficialmente destinados à execução de atividades de pesquisa e experimentação que objetivem o avanço tecnológico
da agricultura.
§ 7o A declaração para fim de isenção do ITR relativa às áreas de que tratam as alíneas "a" e "d" do inciso II, § 1o, deste
artigo, não está sujeita à prévia comprovação por parte do declarante, ficando o mesmo responsável pelo pagamento do
imposto correspondente, com juros e multa previstos nesta Lei, caso fique comprovado que a sua declaração não é verdadeira,
sem prejuízo de outras sanções aplicáveis. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)
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Valor do Imposto
Art. 11. O valor do imposto será apurado aplicando-se sobre o Valor da Terra Nua Tributável - VTNt a alíquota
correspondente, prevista no Anexo desta Lei, considerados a área total do imóvel e o Grau de Utilização - GU.
§ 1º Na hipótese de inexistir área aproveitável após efetuadas as exclusões previstas no art. 10, § 1º, inciso IV, serão
aplicadas as alíquotas, correspondentes aos imóveis com grau de utilização superior a 80% (oitenta por cento), observada a
área total do imóvel.
§ 2º Em nenhuma hipótese o valor do imposto devido será inferior a R$ 10,00 (dez reais).
Subseção II
Do Pagamento
Prazo
Art. 12. O imposto deverá ser pago até o último dia útil do mês fixado para a entrega do DIAT.
Parágrafo único. À opção do contribuinte, o imposto a pagar poderá ser parcelado em até três quotas iguais, mensais e
consecutivas, observando-se que:
I - nenhuma quota será inferior a R$ 50,00 (cinqüenta reais);
II - a primeira quota ou quota única deverá ser paga até a data fixada no caput;
III - as demais quotas, acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema de Liquidação e de Custódia
(SELIC) para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subseqüente à data fixada no
caput até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) no mês do pagamento, vencerão no último dia
útil de cada mês;
IV - é facultado ao contribuinte antecipar, total ou parcialmente, o pagamento do imposto ou das quotas.
Pagamento Fora do Prazo
Art. 13. O pagamento do imposto fora dos prazos previstos nesta Lei será acrescido de:
I - multa de mora calculada à taxa de 0,33% (zero vírgula trinta e três por cento), por dia de atraso, não podendo
ultrapassar 20% (vinte por cento), calculada a partir do primeiro dia subseqüente ao do vencimento do prazo previsto para o
pagamento do imposto até o dia em que ocorrer o seu pagamento;
II - juros de mora calculados à taxa a que se refere o art. 12, parágrafo único, inciso III, a partir do primeiro dia do mês
subseqüente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.
Seção VII
Dos Procedimentos de Ofício
Art. 14. No caso de falta de entrega do DIAC ou do DIAT, bem como de subavaliação ou prestação de informações
inexatas, incorretas ou fraudulentas, a Secretaria da Receita Federal procederá à determinação e ao lançamento de ofício do
imposto, considerando informações sobre preços de terras, constantes de sistema a ser por ela instituído, e os dados de área
total, área tributável e grau de utilização do imóvel, apurados em procedimentos de fiscalização.
§ 1º As informações sobre preços de terra observarão os critérios estabelecidos no art. 12, § 1º, inciso II da Lei nº 8.629,
de 25 de fevereiro de 1993, e considerarão levantamentos realizados pelas Secretarias de Agricultura das Unidades Federadas
ou dos Municípios.
§ 2º As multas cobradas em virtude do disposto neste artigo serão aquelas aplicáveis aos demais tributos federais.
Seção VIII
Da Administração do Imposto
Competência da Secretaria da Receita Federal
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Art. 15. Compete à Secretaria da Receita Federal a administração do ITR, incluídas as atividades de arrecadação,
tributação e fiscalização.
Parágrafo único. No processo administrativo fiscal, compreendendo os procedimentos destinados à determinação e
exigência do imposto, imposição de penalidades, repetiçãode indébito e solução de consultas, bem como a compensação do
imposto, observar-se-á a legislação prevista para os demais tributos federais.
Convênios de Cooperação
Art. 16. A Secretaria da Receita Federal poderá celebrar convênio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária - INCRA, com a finalidade de delegar as atividades de fiscalização das informações sobre os imóveis rurais, contidas no
DIAC e no DIAT.
§ 1º No exercício da delegação a que se refere este artigo, o INCRA poderá celebrar convênios de cooperação com o
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, Fundação Nacional do Índio - FUNAI e
Secretarias Estaduais de Agricultura.
§ 2º No uso de suas atribuições, os agentes do INCRA terão acesso ao imóvel de propriedade particular, para
levantamento de dados e informações.
§ 3º A Secretaria da Receita Federal, na forma do convênio a que se refere este artigo, colocará à disposição do INCRA
as informações contidas no CAFIR, para fins de levantamento, pesquisas e proposição de ações administrativas e judiciais de
política fundiária.
§ 4º Às informações enviadas ao INCRA na forma do parágrafo anterior, aplica-se o disposto no art. 198 da Lei nº 5.172, de 25
de outubro de 1966 - Sistema Tributário Nacional.
§ 3o A Secretaria da Receita Federal, com o apoio do INCRA, administrará o CAFIR e colocará as informações nele
contidas à disposição daquela Autarquia, para fins de levantamento e pesquisa de dados e de proposição de ações
administrativas e judiciais. (Redação dada pela Lei nº 10.267, de 28.8.2001)
§ 4o Às informações a que se refere o § 3o aplica-se o disposto no art. 198 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966. 
(Redação dada pela Lei nº 10.267, de 2001)
Art. 17. A Secretaria da Receita Federal poderá, também, celebrar convênios com:
I - órgãos da administração tributária das unidades federadas, visando delegar competência para a cobrança e o
lançamento do ITR;
II - a Confederação Nacional da Agricultura - CNA e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura -
CONTAG, com a finalidade de fornecer dados cadastrais de imóveis rurais que possibilitem a cobrança das contribuições
sindicais devidas àquelas entidades.
Seção IX
Das Disposições Gerais
Dívida Ativa - Penhora ou Arresto
Art. 18. Na execução de dívida ativa, decorrente de crédito tributário do ITR, na hipótese de penhora ou arresto de bens,
previstos no art. 11 da Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, será penhorado ou arrestado, preferencialmente, imóvel rural,
não tendo recaído a penhora ou o arresto sobre dinheiro.
§ 1º No caso do imóvel rural penhorado ou arrestado, na lavratura do termo ou auto de penhora, deverá ser observado,
para efeito de avaliação, o VTN declarado e o disposto no art. 14.
§ 2º A Fazenda Pública poderá, ouvido o INCRA, adjudicar, para fins fundiários, o imóvel rural penhorado, se a execução
não for embargada ou se rejeitados os embargos.
§ 3º O depósito da diferença de que trata o parágrafo único do art. 24 da Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, poderá
ser feito em Títulos da Dívida Agrária, até o montante equivalente ao VTN declarado.
§ 4º Na hipótese do § 2º, o imóvel passará a integrar o patrimônio do INCRA, e a carta de adjudicação e o registro
imobiliário serão expedidos em seu nome.
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Valores para Apuração de Ganho de Capital
Art. 19. A partir do dia 1º de janeiro de 1997, para fins de apuração de ganho de capital, nos termos da legislação do
imposto de renda, considera-se custo de aquisição e valor da venda do imóvel rural o VTN declarado, na forma do art. 8º,
observado o disposto no art. 14, respectivamente, nos anos da ocorrência de sua aquisição e de sua alienação.
Parágrafo único. Na apuração de ganho de capital correspondente a imóvel rural adquirido anteriormente à data a que se
refere este artigo, será considerado custo de aquisição o valor constante da escritura pública, observado o disposto no art. 17
da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995.
Incentivos Fiscais e Crédito Rural
Art. 20. A concessão de incentivos fiscais e de crédito rural, em todas as suas modalidades, bem como a constituição das
respectivas contrapartidas ou garantias, ficam condicionadas à comprovação do recolhimento do ITR, relativo ao imóvel rural,
correspondente aos últimos cinco exercícios, ressalvados os casos em que a exigibilidade do imposto esteja suspensa, ou em
curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora.
Parágrafo único. É dispensada a comprovação de regularidade do recolhimento do imposto relativo ao imóvel rural, para
efeito de concessão de financiamento ao amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF.
Registro Público
Art. 21. É obrigatória a comprovação do pagamento do ITR, referente aos cinco últimos exercícios, para serem praticados
quaisquer dos atos previstos nos arts. 167 e 168 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei dos Registros Públicos),
observada a ressalva prevista no caput do artigo anterior, in fine.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis pelo imposto e pelos acréscimos legais, nos termos do art. 134 da Lei
nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Sistema Tributário Nacional, os serventuários do registro de imóveis que descumprirem o
disposto neste artigo, sem prejuízo de outras sanções legais.
Depósito Judicial na Desapropriação
Art. 22. O valor da terra nua para fins do depósito judicial, a que se refere o inciso I do art. 6º da Lei Complementar nº 76,
de 6 de julho de 1993, na hipótese de desapropriação do imóvel rural de que trata o art. 184 da Constituição, não poderá ser
superior ao VTN declarado, observado o disposto no art. 14.
Parágrafo único. A desapropriação por valor inferior ao declarado não autorizará a redução do imposto a ser pago, nem a
restituição de quaisquer importâncias já recolhidas.
Capítulo II
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos, quanto aos arts. 1º a 22, a partir de janeiro
de 1997.
Art. 24. Revogam-se os arts. 1º a 22 e 25 da Lei nº 8.847, de 28 de janeiro de 1994.
Brasília, 19 de dezembro de 1996; 175º da Independência e 108º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Pedro Malan
Raul Belens Jungmann Pinto
Este texto não substitui o publicado no DOU de 20.12.1996
TABELA DE ALÍQUOTAS
(Art.11)
Área total do imóvel
(em hectares)
GRAU DE UTILIZAÇÃO - GU ( EM %)
Maior que Maior que Maior que Maior que
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80 65 até 80 50 até 65 30 até 50
Até 30
Até 50 0,03 0,20 0,40 0,70 1,00
Maior que 50 até 200 0,07 0,40 0,80 1,40 2,00
Maior que 200 até 500 0,10 0,60 1,30 2,30 3,30
Maior que 500 até 1.000 0,15 0,85 1,90 3,30 4,70
Maior que 1.000 até 5.000 0,30 1,60 3,40 6,00 8,60
Acima de 5.000 0,45 3,00 6,40 12,00 20,00
09/03/14 09:34Del0057
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO-LEI Nº 57, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1966.
Regulamento
Altera dispositivos sôbre lançamento e cobrança do
Impôsto sôbre a Propriedade Territorial Rural, institui
normas sôbre arrecadação da Dívida Ativa correspondente,
e dá outras providências.
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 31, Parágrafo
Único, do Ato Institucional nº 2, de 27 de outubro de 1965, e pelo artigo 2º do Ato Complementar nº 23, de 20 de
outubro 1996,
 DECRETA:
 Art 1º Os débitos dos contribuintes, relativos ao Impôsto sôbre a Propriedade Territorial Rural (ITR), Taxas de
Serviços Cadastrais e respectivas multas, não liquidadasem cada exercício, serão inscritos como dívida ativa,
acrescidos da multa de 20% (vinte por cento).
 Art 2º A dívida ativa, de que trata o artigo anterior, enquanto não liquidada, estará sujeita à multa de 20% (por
cento) por exercício, devido a partir de primeiro de janeiro de cada ano, sempre sôbre o montante do débito de 31 de
dezembro do ano anterior.
 § 1º Os débitos em dívida ativa, na data de primeiro de janeiro de cada exercício subseqüente, estarão sujeitos
aos juros de mora de 12% a.a. (doze por cento ao ano) e mais correção monetária, aplicados sôbre o total da dívida
em 31 de dezembro do exercício anterior.
 § 2º O Conselho Nacional de Economia fixará os índices de correção monetária, específicos para o previsto no
parágrafo anterior.
 Art 3º Enquanto não fôr iniciada a cobrança judicial, os débitos inscritos em dívida ativa poderão ser incluídos na
guia de arrecadação do ITR dos exercícios subseqüentes, para sua liquidação conjunta.
 Parágrafo único. Ressalvada a hipótese prevista neste artigo, não será permitido o pagamento dos tributos
referentes a um exercício, sem que o contribuinte comprove a liquidação dos débitos do exercício anterior ou o
competente depósito judicial das quantias devidas.
 Art 4º Do produto do ITR e seus acrescidos, cabe ao Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (IBRA) a parcela de
20% (vinte por cento) para custeio do respectivo serviço de lançamento e arrecadação. (Suspensa a execução pela
RSF nº 337, de 1983)
 Art 5º A taxa de serviços cadastrais cobrada pelo IBRA, pela emissão do Certificado de Cadastro, incide sôbre
todos os imóveis rurais, ainda que isentos do ITR. (Vide Lei nº 6.747, de 1979) (Vide Decreto-lei nº 1.989, de 1982)
 (Vide Decreto-lei nº 2.377, de 1987) 
 § 1º O Certificado de Cadastro será emitido juntamente com a guia de arrecadação do ITR, e seu prazo de
validade terminará na data de emissão da guia do ITR do exercício seguinte. (Revogado pela lei nº 5.868, de 1972)
 § 2º A Taxa de Serviços Cadastrais será cobrada uma única vez, salvo quando os dados cadastrados venham a
ser modificados por solicitação do interessado, atendida pelo IBRA, ou alterados por verificação dêste, casos em que
será cobrada nova taxa acrescida das despesas de verificação conforme art. 118 da Lei nº 4.504, de 30 de novembro
de 1964. (Revogado pela lei nº 5.868, de 1972)
 Art 6º As isenções concedidas pelo art. 66 da Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, não se referem ao ITR e
à Taxa de Serviços Cadastrais.
09/03/14 09:34Del0057
Página 2 de 3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0057.htm
 Art 7º O parágrafo 8º do artigo 50 da Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, passa a vigorar com a seguinte
redação: "As florestas ou matas de preservação permanente, definidas nos arts. 2º e 3º da Lei 4.771, de 15 de
setembro de 1965, não podem ser tributadas, excetuando-se as áreas por elas ocupadas, que ficam sujeitas à
incidência do ITR". (Revogado pela Lei nº 5.868, de 1972)
 Parágrafo único. Para fins de cadastramento e de lançamento do ITR, as áreas ocupadas com florestas ou
matas de preservação permanente, serão consideradas como inaproveitáveis, desde que caracterizadas pelo
contribuinte, na forma da regulamentação dêste Decreto-Lei. (Revogado pela Lei nº 5.868, de 1972)
 Art 8º Para fins de cadastramento e do lançamento do ITR, a área destinada a exploração mineral, em um
imóvel rural, será considerada como inaproveitável, desde que seja comprovado que a mencionada destinação
impede a exploração da mesma em atividades agrícolas, pecuária ou agro-industrial e que sejam satisfeitas as
exigências estabelecidas na regulamentação dêste Decreto-Lei.
 Art 9º Para fins de cadastramento e lançamento do ITR, as emprêsas industriais situadas em imóvel rural
poderão incluir como inaproveitáveis as áreas ocupadas por suas instalações e as não cultivadas necessárias ao seu
funcionamento, desde que feita a comprovação, junto ao IBRA, na forma do disposto na regulamentação dêste
Decreto-Lei.
 Art 10. As notificações de lançamento e de cobrança do ITR e da Taxa de Cadastro considerar-se-ão feitas aos
contribuintes, pela só publicação dos respectivos editais, no Diário Oficial da União e sua afixação na sede das
Prefeituras em cujos municípios se localizam os imóveis, devendo os Prefeitos promoverem a mais ampla divulgação
dêsses editais.
 Parágrafo único. Até que sejam instalados os equipamentos próprios de computação do IBRA, que permitam a
programação das emissões na forma estabelecida no inciso IV do artigo 48 da Lei 4.504, de 30 de novembro de
1964, o período de emissão de Guias será de 1º de abril a 31 de julho de cada exercício.
 Art 11. Para fins de transmissão a qualquer título, na forma do artigo 65 da Lei 4.504, de 30 de novembro de
1964, nenhum imóvel rural poderá ser desmembrado ou dividido em áreas de tamanho inferior ao quociente da área
total pelo número de módulos constantes do Certificado de Cadastro. Regulamento Regulamento (Revogado pela lei
nº 5.868, de 1972)
 § 1º São considerados nulos e de nenhum efeito quaisquer atos que infrinjam o disposto no presente artigo, não
podendo os Cartórios de Notas lavrar escrituras dessas áreas nem serem tais atos transcritos nos Cartórios de
Registros de Imóveis sob pena de responsabilidade dos seus respectivos titulares. Regulamento(Revogado pela lei nº
5.868, de 1972)
 § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos casos em que a alienação da área se destine comprovadamente à
sua anexação ao prédio rústico confrontante, desde que o imóvel do qual se desmembre permaneça com área igual
ou superior ao seu módulo. Regulamento
 § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos casos em que a alienação da área se destina comprovadamente à
sua anexação ao prédio rústico confrontante, desde que o imóvel do qual se desmembre permaneça com área igual
ou superior ao seu módulo, nem aos casos previstos na nova redação do § 2º do art. 10 da Lei nº 4.947, de 6 de abril
de 1966. (Redação dada pela Lei nº 5.672, de 1971) Regulamento (Revogado pela lei nº 5.868, de 1972)
 Art 12. Os tabeliães e oficiais do Registro de Imóvel franquearão seus livros, registros e demais papéis ao IBRA,
por seus representantes devidamente credenciados, para a obtenção de elementos necessários ao Cadastro de
Imóveis Rurais.
 Art 13. As terras de emprêsas organizadas como pessoa jurídica, pública ou privada, sòmente poderão ser
consideradas como terras racionalmente aproveitadas, para os fins de aplicação do § 7º do art. 50 da Lei 4.504, de 30
de novembro de 1964, quando satisfaçam, comprovadamente, junto ao IBRA, as exigências da referida lei e estejam
classificadas como emprêsas de capital aberto, na forma do disposto no art. 59 da Lei 4.728 de 14 de julho de 1965.
 Art 14. O disposto no art. 29 da Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange o imóvel que,
comprovadamente, seja utilizado como "sítio de recreio" e no qual a eventual produção não se destine ao comércio,
incidindo assim, sôbre o mesmo impôsto sôbre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, a que se refere o art. 32 da
mesma lei. (Revogado pela lei nº 5.868, de 1972)
 Art 15. O disposto no art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange o imóvel de que,
comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial, incidindo
assim, sôbre o mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados. (Revogado pela lei nº 5.868, de 1972)
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 Art 15. O disposto no art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange o imóvel de que,
comprovadamente, seja utilizadoem exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial, incidindo
assim, sôbre o mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados. (Revogação suspensa pela RSF nº 9, de
2005)
 Art 16. Os loteamentos das áreas situadas fora da zona urbana, referidos no parágrafo 2º do art. 32 da Lei 5.172
de 25 de outubro de 1966, só serão permitidos quando atendido o disposto no art. 61 da Lei 4.504, de 30 de
novembro de 1964.
 Art 17. O Poder Executivo baixará dentro do prazo de 30 dias, regulamento sôbre a aplicação dêste Decreto-Lei.
 Art 18. O presente Decreto-Lei entra em vigor, na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
 Brasília, 18 de novembro de 1966; 145º da Independência e 78º da República.
H. CASTELLO BRANCO 
Carlos Medeiros Silva 
Octávio Bulhões
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 21.11.1966
09/03/14 09:41LEI 7.543, de 30.12.88 - IPVA
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Lei n° 7.543, de 30 de dezembro de 1988
DOE de 30.12.88
Institui o imposto sobre a propriedade de veículos automotores e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a
Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1° Fica instituído o imposto sobre a propriedade de veículos automotores - IPVA.
Art. 2° O imposto sobre a propriedade de veículos automotores tem como fato gerador a propriedade, plena ou
não, de veículos automotores de qualquer espécie.
§ 1° Considera-se ocorrido o fato gerador:
I - na data da aquisição, em relação a veículos nacionais novos;
II - na data do desembaraço aduaneiro, em relação a veículos importados;
III - no dia 1° de janeiro de cada ano, em relação a veículos adquiridos ou desembaraçados em anos anteriores.
IV - relativamente a veículo de propriedade de empresa locadora na data em que vier a ser locado ou colocado à
disposição para locação no território deste Estado, em se tratando de veículo registrado anteriormente em outro
Estado.
§ 2º O disposto no inciso IV do § 1º aplica-se às empresas locadoras de veículos qualquer que seja o seu
domicílio, sem prejuízo da aplicação das disposições dos incisos I a III, no que couber.
§ 3º Na hipótese de chassi ainda não encarroçado, considera-se ocorrido o fato gerador no momento da saída, do
estabelecimento industrializador, do conjunto formado pela carroceria acoplada ao respectivo chassi.
Art. 3° É contribuinte do IPVA o proprietário do veículo automotor.
§ 1° São responsáveis pelo pagamento do imposto e dos acréscimos legais:
I - o adquirente ou remitente do veículo automotor, quanto aos débitos do proprietário ou proprietários anteriores;
II - o fiduciante ou possuidor direto, em relação ao veículo automotor objeto de alienação fiduciária em garantia;
III - o arrendatário, no caso de veículo cedido pelo regime de arrendamento mercantil.
§ 2° São solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto e dos acréscimos devidos as pessoas que
tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal.
§ 3º Respondem solidariamente pelo pagamento do imposto e dos acréscimos legais, em relação aos fatos
geradores ocorridos nos exercícios em que o veículo estiver sob locação, sem a comprovação do pagamento do
imposto:
I - a pessoa jurídica de direito privado, bem como o sócio, diretor, gerente ou administrador, que tomar em locação
veículo para uso neste Estado; e
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II - o agente público responsável pela contratação de locação de veículo, para uso neste Estado por pessoa
jurídica de direito público.
Art. 4° O imposto será devido anualmente e recolhido nos prazos fixados em regulamento, sendo facultado ao
contribuinte liquidar seu débito a partir da data da ocorrência do fato gerador.
Parágrafo único. O regulamento poderá definir as condições para pagamento parcelado.
Art. 5° As alíquotas do IPVA são:
I - 2% (dois por cento) para veículos terrestres de passeio, utilitários e motor-casa, nacionais ou estrangeiros;
II - REVOGADO.
III - 1% (um por cento) para veículos terrestres de duas ou três rodas e os de transporte de carga ou passageiros
(coletivos), nacionais ou estrangeiros;
IV - 1% (um por cento) para veículos terrestres destinados à locação, de propriedade de locadoras de veículos ou
por elas arrendados mediante contrato de arrendamento mercantil.
V - 0,5% (cinco décimos por cento), para aeronaves de qualquer tipo.
Parágrafo único. Considera-se empresa locadora de veículos, para os efeitos do inciso IV, a pessoa jurídica cuja
atividade de locação de veículos represente no mínimo 50% (cinquenta por cento) de sua receita bruta, devendo tal
condição ser reconhecida na forma prevista em regulamento.
Art. 6° A base de cálculo do imposto é o valor de mercado do veículo (VETADO).
§ 1° No ano do internamento do veículo automotor, novo ou usado, importado para uso do importador, a base de
cálculo do imposto é o valor constante do documento de importação, convertido em moeda nacional pela taxa
cambial vigente na data do desembaraço aduaneiro, acrescido dos impostos incidentes e das demais despesas
aduaneiras efetivamente pagas.
§ 2° É facultado ao Poder Executivo, através de Portaria do Secretário de Estado da Fazenda, expedir tabela,
indicando os valores de mercado de veículos automotores usados, para fins de determinação da base de cálculo,
podendo ser considerados, conforme o tipo de veículo, os preços médios por publicações especializadas ou órgãos
oficiais, o ano de fabricação, a procedência, a capacidade máxima de tração, o peso, o número de eixos, a potência e
cilindrada do motor, se for o caso, e eventuais acessórios ou equipamentos opcionais.
§ 3° O valor do imposto a pagar relativo a veículo novo e a veículo importado e na hipótese do inciso IV do § 1º do
art. 2º, é proporcional ao número de meses restantes do exercício fiscal, contado a partir do mês de aquisição, de
importação ou da disponibilização para locação.
§ 4° O valor de mercado dos veículos usados não constantes da tabela prevista no § 2° será determinado
mediante arbitramento da autoridade fazendária, à vista da nota fiscal e/ou documento relativo à transmissão da
propriedade, se houver.
§ 5° A tabela de que trata o § 2°, cujos valores serão expressos em cruzeiros e em Unidades Fiscais de
Referência - UFR, será aplicada durante o exercício imediatamente seguinte ao de sua publicação.
§ 6° Os valores estabelecidos como base de cálculo para efeito do cálculo do imposto devido, para veículos
automotores usados, não poderão ser superiores aos vigentes no mercado para veículos similares em estado de
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novo.
§ 7° Os valores em UFR da tabela prevista no § 2° serão convertidos em cruzeiros pelo valor da UFR vigente na
data do pagamento da primeira ou única parcela do imposto.
§ 8° É facultado ao Secretário de Estado do Planejamento e Fazenda modificar a tabela prevista no § 2º, para
incluir item ou alterar valor, sempre que as condições do mercado de veículos assim o exigirem.
§ 9º O imposto relativo a veículo automotor sinistrado, não recuperável para uso, ou que tenha sido objeto de
furto, roubo, apropriação indébita, estelionato ou apreensão pelas autoridades policiais, será devido no exercício em
que ocorrido o evento, à razão de um doze avos por mês ou fração, contados até o mês da ocorrência do fato. (NR)
§ 10. Na hipótese do § 9º, o imposto relativo ao exercício em que o veículo for devolvido ao proprietário, ainda que
a título precário, será devido à razão de um doze avos por mês ou fração, contadosa partir do mês da ocorrência do
fato. (NR).
Notas:
2) V. Lei n° 15.020/09 – Torna obrigatória a comunicação ao DETRAN, pelas empresas seguradoras de veículos, dos
sinistros que acarretaram perda total do veículo.
1) V. arts. 1º a 5º da Lei n° 11.712/01 – Créditos tributários de IPVA.
Art. 7° O imposto é devido no município em que o veículo deva ser registrado, matriculado ou licenciado.
§ 1º Nas seguintes hipóteses o imposto será devido:
I - no estabelecimento situado neste Estado, quanto aos veículos que a ele estejam vinculados na data da
ocorrência do fato gerador;
II - no estabelecimento onde o veículo estiver disponível para entrega ao locatário na data da ocorrência do fato
gerador, na hipótese de contrato de locação avulsa; e
III - no local do domicílio do locatário ao qual estiver vinculado o veículo na data de ocorrência do fato gerador, na
hipótese de locação de veículo para integrar sua frota.
§ 2º Tratando-se de veículo de propriedade de empresa de arrendamento mercantil, o imposto será devido no
local de domicílio ou residência do arrendatário.
§ 3º Excetua-se do disposto no § 1º, inciso II, o veículo destinado à locação avulsa em caráter eventual.
Art. 8° Não se exigirá o imposto:
I - de consulados credenciados junto ao Governo brasileiro;
II - de instituições religiosas, de educação e de assistência social;
III - de fundações instituídas e/ou mantidas pelo Estado;
IV - de associações de pais e amigos de excepcionais legalmente constituídas;
V - sobre a propriedade;
a) de ambulância;
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b) de máquina agrícola, de terraplanagem, ou qualquer outra, ainda que trafeguem em vias públicas para efeitos
de deslocamento de local de atividade. (NR)
c) de embarcações destinadas à pesca, utilizadas por pescadores artesanais e pela indústria pesqueira;
d) de veículo terrestre de aluguel (táxi), dotado ou não de taxímetro, destinado ao transporte público de
passageiros;
Nota:
V. Resolução Normativa 62/09
e) de veículo terrestre adaptado para ser dirigido, exclusivamente, por motorista portador de deficiência física que
o impeça de dirigir veículo normal;
f) de veículo terrestre, nacional ou estrangeiro, fabricado até 31 de dezembro de 1984;
g) de ônibus e microônibus utilizados exclusivamente em linhas de transporte urbano de passageiros, inclusive
dentro da mesma área metropolitana;
Nota:
V. Resolução Normativa 62/09
h) de veículo de duas ou três rodas com cilindrada não superior a 200 cm³;
i) de veículo automotor que tenha sido objeto de apreensão pelas autoridades policiais, furto, roubo, apropriação
indébita ou estelionato, enquanto não estiver na posse do proprietário, nos termos do disposto em regulamento; (NR)
j) de veículo automotor que se encontre registrado no órgão executivo de trânsito deste Estado, com placa do tipo
“duas letras e três ou quatro algarismos” conforme o art. 122 do Regulamento do Código Nacional de Trânsito,
aprovado pelo Decreto nº 62.127, de 16 de janeiro de 1968. (AC)
k) de veículo terrestre equipado com motor de cilindrada não superior a dois mil centímetros cúbicos, de
propriedade de pessoa portadora de deficiência física, visual, mental severa ou profunda ou autista, ou de seu
responsável legal, para uso do deficiente ou autista, ainda que conduzido por terceiro. (NR)
VI - dos partidos políticos;
VII - de veículos terrestres e de embarcações de propriedade das sociedades corpos de bombeiros voluntários
devidamente registradas e reconhecidas como de utilidade pública municipal e estadual.
§ 1° A isenção do que trata a alínea “e” do item V perdurará enquanto o veículo estiver na propriedade de
paraplégico ou deficiente físico e se aplica a somente um veículo por beneficiário.
§ 2° A exoneração tributária prevista no inciso II é subordinada à observância dos seguintes requisitos, pelas
entidades nele referidas:
I - não distribuírem parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou participação no seu
resultado;
II - aplicarem, integralmente, no País os seus recursos na manutenção de seus objetivos institucionais;
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros de formalidades capazes de assegurar sua
exatidão.
09/03/14 09:41LEI 7.543, de 30.12.88 - IPVA
Página 5 de 6http://legislacao.sef.sc.gov.br/html/Leis/1988/Lei_88_7543.htm
§ 3° A fruição do benefício previsto na alínea “c” do inciso V fica condicionado a que a embarcação pesqueira
possua o seu registro, bem como do seu proprietário ou armador, atualizado junto ao Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídricos Renováveis - IBAMA.
§ 4° As condições a serem implementadas para a fruição do benefício de que trata este artigo serão definidas no
regulamento de que trata o artigo 18 desta Lei.
§ 5º A partir de 2008, o benefício previsto na alínea h do inciso V fica condicionado a que não tenha sido aplicada
pelo órgão de trânsito, no ano anterior à ocorrência do fato gerador do imposto, penalidade por infração de trânsito,
vinculada ao veículo automotor. (NR)
§ 6º O disposto na alínea “k” do inciso V somente se aplica a um veículo por deficiente ou autista. (NR)
Art. 8º A Será dispensado o pagamento do imposto relativo ao veículo de propriedade de empresa locadora, a
partir do mês seguinte ao da transferência para operação do veículo em outra unidade da Federação, em caráter não
esporádico, desde que seja comprovado o pagamento proporcional aos meses restantes do ano civil em favor da
unidade da Federação de destino, se assim estiver previsto na legislação da referida unidade.
Parágrafo único. O imposto pago será restituído proporcionalmente em relação ao período em que se configurar
a hipótese prevista neste artigo.
Art. 9° O comprovante do pagamento do IPVA é vinculado ao veículo e, no caso de sua alienação, será transferido
ao novo proprietário, para efeito de registro ou averbação no órgão competente.
§ 1º No ano de transferência para este Estado, de veículo regularizado em outra unidade da Federação, não será
exigido novo pagamento do imposto, passando-se a exigi-lo a partir do exercício seguinte, exceto na hipótese do
inciso IV do § 1º do art. 2º.
§ 2° Se o veículo usado estiver registrado, no dia 1° de janeiro, neste Estado, somente mediante o pagamento
integral do tributo correspondente ao exercício em curso, e aos anteriores, poderá ser transferido para outra unidade
da Federação.
Art. 10. O recolhimento do IPVA fora do prazo regulamentar será efetuado com o acréscimo de multa, calculada
sobre o valor corrigido do imposto, nas seguintes proporções:
I - 0,3% (três décimos por cento) ao dia até o limite de 20% (vinte por cento), no caso de recolhimento
espontâneo;
II - 50% (cinqüenta por cento), no caso de exigência de ofício.
Parágrafo único. REVOGADO.
Art. 11. Do produto da arrecadação do IPVA, 50% (cinqüenta por cento) serão destinados ao município em que
estiver registrado, matriculado ou licenciado o veículo (VETADO).
§ 1° Ao produto de que trata este artigo acrescerão quaisquer valores acessórios ao principal, inclusive os
resultantes de atualização monetária e as penalidades de natureza pecuniária.
§ 2° (VETADO)
Art. 12. No caso de aquisição de veículo automotor, novo ou usado, o proprietário deverá regularizar a
transferência junto ao órgão oficial competente e junto à Secretaria de Estado da Fazenda, no prazo de 30 (trinta)
09/03/14 09:41LEI 7.543, de 30.12.88 - IPVA
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dias, contados da data da transmissão da propriedade.
Parágrafo único. REVOGADO.
Nota:
Parágrafo único - revogado - Lei promulgada pela Assembléia e contestada judicialmente
Art. 13. O pagamento do IPVA exclui a incidência de taxa ou imposto incidentesobre a utilização de veículos
automotores.
Art. 14. O condutor do veículo automotor deverá portar o comprovante do pagamento do IPVA para ser exibido às
autoridades, quando solicitado.
Art. 15. (VETADO).
Art. 16. As parcelas pertencentes aos municípios lhes serão, observado o disposto nos parágrafos seguintes,
repassadas no último dia útil de cada quinzena, relativamente ao produto da arrecadação havida na quinzena
imediatamente anterior.
§ 1° (VETADO).
§ 2° (VETADO).
Art. 17. Competem à Secretaria de Estado da Fazenda a supervisão, o controle da arrecadação e a fiscalização
do IPVA.
Art. 18. Regulamento aprovado por Decreto do Chefe do Poder Executivo fixará as demais normas pertinentes ao
IPVA.
Art. 18-A. Aplicam-se ao imposto, no que não for contrário a esta Lei, as disposições da Lei nº 5.983, de 27 de
novembro de 1981, exceto aquelas previstas em seus arts. 70 a 73.
Art. 18-B. As disposições desta Lei relativas às empresas locadoras são aplicáveis aos veículos de propriedade
de empresas de arrendamento mercantil, quando o arrendatário for empresa locadora.
Art. 19. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1° de janeiro de 1989.
Art. 20. Ficam revogadas as Leis n°s 6.710, de 16 de dezembro de 1985, 6.841, de 21 de julho de 1986, 6.904, de
5 de dezembro de 1986 e 7.161, de 17 de dezembro de 1987 e demais disposições em contrário.
TÍTULO II
IMPOSTOS
!
CAPÍTULO I
IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO
!
DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA - IPTU
!
SEÇÃO I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
!
Art. 167 - A hipótese de incidência do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial 
Urbana é a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou 
acessão física, localizado na zona urbana do Município.
!
Parágrafo único - O fato gerador do Imposto ocorre anualmente, no dia primeiro do mês 
de janeiro.
!
Art. 168 - Para os efeitos deste Imposto, considera-se zona urbana a definida e 
delimitada em lei municipal, onde existam pelo menos dois dos seguintes 
melhoramentos, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
!
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
!
II - abastecimento de água;
!
III - sistema de esgotos sanitários;
!
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento, para distribuição domiciliar;
!
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros.
!
§ 1º - Consideram-se também zona urbana as áreas urbanizáveis ou de expansão 
urbana, definidas e delimitadas em lei municipal, constantes de loteamentos aprovados 
pelos órgãos competentes e destinados a habitação, indústria ou comércio, localizados 
fora da zona acima referida.
!
§ 2º - O imposto predial e territorial urbano incide sobre o imóvel que, localizado fora da 
zona urbana, seja comprovadamente utilizado como sítio de recreio e no qual a eventual 
produção não se destine ao comércio.
!
§ 3º - O imposto predial e territorial urbano não incide sobre imóvel que localizado dentro 
da zona urbana, seja comprovadamente utilizado em exploração extrativo-vegetal, 
agrícola, pecuária, ou agro-industrial, independentemente de sua área, conforme 
regulamento.
!
Art. 169 - O bem imóvel, para os efeitos deste imposto, será classificado como terreno 
ou prédio.
!
§ 1º - Considera-se terreno o bem imóvel:
!
a) sem edificação;
!
b) em que houver construção paralisada ou em andamento;
!
c) em que houver edificação interditada, condenada, em ruína ou em demolição;
!
d) cuja construção seja de natureza temporária ou provisória, ou possa ser removida sem 
destruição.
!
§ 2º - Considera-se prédio o bem imóvel no qual exista edificação utilizável para 
habitação ou para exercício de qualquer atividade, seja qual for a sua denominação, 
forma ou destino, desde que não compreendida nas situações do parágrafo anterior.
!
Art. 170 - A incidência do imposto independe:
!
I - da legitimidade dos títulos de aquisição da propriedade, do domínio útil ou da posse 
do bem imóvel;
!
II - do resultado financeiro da exploração econômica do bem imóvel;
!
III - do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas 
relativas ao bem imóvel.
!
SEÇÃO II
SUJEITO PASSIVO
!
Art. 171 - Sujeito Passivo do imposto é o proprietário, o titular do domínio útil ou o 
possuidor, a qualquer título, do bem imóvel.
!
§ 1º - Conhecidos o proprietário ou o titular do domínio útil e o possuidor, para efeito de 
determinação do sujeito passivo, dar-se-á a preferência àquele e não a este; dentre 
aqueles tomar-se-á o titular do domínio útil.
!
§ 2º - Na impossibilidade de eleição do proprietário ou titular do domínio útil devido ao 
fato de o mesmo ser imune ao imposto, dele estar isento, ser desconhecido e não 
localizado, será considerado sujeito passivo aquele que estiver na posse do imóvel.
!
§ 3º - O promitente comprador imitido na posse, os titulares de direito real sobre o imóvel 
alheio e o fideicomissário serão considerados sujeitos passivos da obrigação tributária.
!
Art. 172 - Quando o adquirente de posse, domínio útil ou propriedade de bem imóvel já 
lançado for pessoa imune ou isenta, vencerão antecipadamente as prestações vincendas 
relativas ao imposto, respondendo por elas o alienante, ressalvado o disposto no item VI 
do Art. 182.
!
SEÇÃO III
BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTA
!
Art. 173 - A base de cálculo do imposto é o valor venal do bem imóvel.
!
Art. 174 - O valor venal do bem imóvel será conhecido:
!
I - tratando-se de prédio, pela multiplicação do valor do metro quadrado de cada tipo de 
edificação, aplicados os fatores corretivos dos componentes da construção, pela 
metragem da construção, somado o resultado ao valor do terreno, observada a tabela de 
valores de construção anexa a este código e conforme regulamento.
!
II - tratando-se de terreno, levando-se em consideração as suas medidas, aplicados os 
fatores corretivos, observada a tabela de valores de terrenos anexa a este código e 
conforme o regulamento.
!
§ 1º - Toda gleba terá seu valor venal reduzido em até 50%(cinqüenta por cento) do 
excedente, de acordo com sua área.
!
§ 2º - Entende-se por gleba, para efeito do § 1º, a porção de terra contínua com mais de 
10.000m²(dez mil metros quadrados), situada em zona urbanizável ou de expansão 
urbana do Município.
!
§ 3º - Quando num mesmo terreno houver mais de uma unidade autônoma edificada, 
será a fração ideal do terreno, conforme regulamento.
!
§ 4º - As unidades construídas com até 60m2 (sessenta metros quadrados) que 
multiplicando a pontuação atingida pelo índice de correção do estado de conservação, 
ambos do anexo VII, cujo resultado for igual ou inferior a 40, terá redução de 30% (trinta 
por cento) no cálculo do valor venal da edificação.
!
Art. 175 - Será atualizado, anualmente, antes da ocorrência do fato gerador, o valor venal 
dos imóveis levando-se em conta os equipamentos urbanos e melhorias decorrentes de 
obras públicas recebidos pela área onde se localizem, bem como os preços correntes no 
mercado.
!
Parágrafo único - Quando não forem objeto de atualização prevista neste artigo, os 
valores venais dos imóveis serão atualizados, pelo Poder Executivo, com base em até o 
limite da variação da UFM ou outro indexador que vier a substituí-la.
!
Art. 176 - No cálculo do imposto, a alíquota a ser aplicada sobre o valor venal do imóvel 
será de:
!
I - 3%(três por cento) para terreno não edificado;
!
II - 1%(um por cento) para terreno edificado.
!
Art. 177 - Tratando-se de imóvel cuja área não edificada seja superior a 50 (cinqüenta) 
vezes a área edificada, aplicar-se-á, sobre seu valor venal, a alíquota de 1,5%(um vírgula 
cinco por cento). O disposto neste artigo não se aplica aos imóveis definidos no § 2º do 
Art. 174.
!
SEÇÃO IV
LANÇAMENTO
!
Art. 178 - O lançamentodo Imposto, a ser feito pela autoridade administrativa, será anual 
e distinto, um para cada imóvel ou unidade imobiliária independente, ainda que contíguo, 
levando-se em conta sua situação à época da ocorrência do fato gerador, e reger-se-á 
pela lei então vigente ainda que posteriormente modificada ou revogada.
!
Parágrafo único - O lançamento será procedido, na hipótese de condomínio:
!
a) quando "pro indiviso", em nome de qualquer um dos co-proprietários, titulares do 
domínio útil ou possuidores;
!
b) quando "pro diviso", em nome do proprietário, do titular do domínio útil ou do 
possuidor da unidade autônoma.
!
Art. 179 - Na impossibilidade da obtenção dos dados exatos sobre o imóvel ou dos 
elementos necessários à fixação da base de cálculo do imposto, o valor venal do imóvel 
será arbitrado e o tributo lançado com base nos elementos de que dispuser a 
Administração, sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas no Art. 185.
!
Art. 180 - O lançamento do imposto não implica em reconhecimento da legitimidade da 
propriedade, do domínio útil ou da posse do bem imóvel.
!
SEÇÃO V
ARRECADAÇÃO
!
Art. 181 - O imposto será pago de uma só vez ou em até 10 parcelas, na forma e prazos 
definidos em regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 2/2003)
!
§ 1º - O contribuinte que optar pelo pagamento em cota única gozará do desconto de até 
20% (vinte por cento), conforme regulamento.
!
§ 2º - O pagamento das parcelas vincendas só poderá ser efetuado após o pagamento 
das parcelas vencidas.
!
§ 3º - O parcelamento constitui-se quando da solicitação pelo contribuinte de certidão 
negativa de débitos em quaisquer circunstâncias, no vencimento antecipado das demais 
parcelas e na imediata cobrança do crédito.
!
§ 4º. O contribuinte que não tiver débitos vencidos de IPTU até 31 de dezembro do 
exercício anterior gozará de mais 10% (dez por cento) de desconto, a título de "bônus de 
adimplência, sem prejuízo do disposto no § 1o. deste artigo. (Redação acrescida pela Lei 
Complementar nº 2/2003)
!
§ 5º - Ficam assegurados os benefícios do artigo 181 "caput" e § 4º. ao contribuinte que, 
mesmo devedor, esteja com seu parcelamento em dia. (Redação acrescida pela Lei 
Complementar nº 2/2003)
!
§ 6º. O contribuinte que optar pela forma de pagamento parcelado fará jus ao desconto 
previsto no parágrafo 4º. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 2/2003)
!
SEÇÃO VI
IMUNIDADE E ISENÇÃO
!
Art. 182 - É vedado o lançamento do imposto predial territorial urbano sobre:
!
I - imóveis de propriedade da União, dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios;
!
II - templos de qualquer culto;
!
III - imóveis de propriedade de partidos políticos, inclusive suas fundações;
!
IV - imóveis de propriedade das instituições de educação e de assistência social, sem 
fins lucrativos;
!
V - imóveis de propriedade das entidades sindicais dos trabalhadores;
!
VI- imóveis classificados como de preservação permanente;
!
VII - imóveis declarados de utilidade pública para fins de desapropriação, a partir da 
parcela correspondente ao período de arrecadação do imposto em que ocorrer a imissão 
de posse ou ocupação efetiva pelo poder desapropriante.
!
§1º - O disposto do inciso I deste artigo é extensivo às autarquias, no que se refere aos 
imóveis efetivamente vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes, 
mas não exonera o promitente comprador da obrigação de pagar o imposto que incidir 
sobre o imóvel objeto de promessa de compra e venda.
!
§2º - O disposto no inciso I deste artigo não se aplica aos casos de enfiteuse ou 
aforamento, devendo o imposto nesses casos, ser lançado em nome do titular do 
domínio útil.
!
§3º - O disposto no inciso II deste artigo aplica-se a todo e qualquer imóvel em que se 
pratique, permanentemente qualquer atividade, que pelas suas características, possa ser 
qualificada como culto, independentemente da fé professada, a imunidade, todavia, se 
restringe ao local do culto, não se estendendo a outros imóveis de propriedade, uso ou 
posse da entidade religiosa que não satisfaçam às condições estabelecidas neste artigo.
!
§4º - O disposto no inciso IV deste artigo é subordinado à observância dos seguintes 
requisitos pelas entidades nele referidas:
!
I - não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de 
lucro ou participação no seu resultado;
!
II - aplicarem integralmente, no país os seus recursos, na manutenção dos seus objetivos 
institucionais;
!
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas livros revestidos de formalidades 
capazes de assegurar a sua exatidão.
!
§5º - Na falta de cumprimento do disposto no parágrafo anterior, o Prefeito determinará a 
suspensão do beneficio a que se refere este artigo.
!
§ 6º - O disposto no inciso II deste artigo é aplicável também ao imóvel quando locado 
em favor de entidade religiosa, não importando, nesta hipótese, a natureza jurídica do 
seu locador e proprietário, desde que atendidas as exigências a seguir descritas:
!
I - Os contratos de locação deverão ser apresentados perante a Fazenda Municipal 
anualmente, sendo cabível o requerimento de reconhecimento da isenção apenas para o 
exercício financeiro do ano do respectivo requerimento;
!
II - Os contratos deverão contemplar como prazo mínimo de locação 01 (um) ano, além 
de conter firma reconhecida em Cartório Extrajudicial do locador e locatário, bem como 
cláusula expressa de que a obrigação pelo pagamento do IPTU recaia sobre o locatário. 
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 24/2009)
!
Art. 183 - Ficam isentos do pagamento do imposto predial e territorial urbano:
!
I - os prédios cedidos gratuitamente, em sua totalidade, para uso da União, dos Estados, 
do Distrito Federal ou dos Municípios;
!
II - os prédios pertencentes ao civil, ex - combatentes da Segunda Guerra Mundial, que 
tenha participado efetivamente de operações bélicas da Força Expedicionária Brasileira, 
da Marinha, da Força Aérea Brasileira, da Marinha Mercante ou da Força do Exército, 
utilizado como residência dos mesmos;
!
III - os aposentados, pensionistas, menor órfão e pessoa definitivamente incapacitada 
para o trabalho, que perceba mensalmente no máximo 3 (três) salários mínimos, que seja 
proprietária de um único imóvel utilizado para sua moradia, que não seja ocupado por 
terceiros.
!
IV - imóveis de propriedade das entidades desportivas, culturais e recreativas, sem fins 
lucrativos, mediante contraprestação através de serviços em projetos sociais, na forma 
que dispuser o regulamento. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 81/2013)
!!
Art. 184 As isenções serão requeridas anualmente, cabendo serem solicitadas mediante 
requerimento administrativo protocolizado dentro do exercício vigente ao lançamento do 
respectivo tributo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 74/2013)
!
§ 1º Os requerimentos de isenção referentes a exercícios anteriores serão recebidos 
mediante recolhimento de multa, no valor equivalente a 0,5 (zero vírgula cinco) UFM.
!
§ 2º As isenções do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, concedidas no exercício 
de 2013, serão prorrogadas automaticamente por período máximo de 04 (quatro) 
exercícios, independentemente de novo requerimento do interessado.
!
§ 3º O benefício de que trata o § 2º, poderá, a qualquer tempo, ser cancelado pela 
Fazenda Pública, caso o contribuinte deixe de atender as condições necessárias para 
sua concessão, podendo, ainda, ser multado em 3 (três) UFM`s, caso não comunique 
fatos novos que venham desenquadrá-lo da condição de beneficiário. (Redação 
acrescida pela Lei Complementar nº 74/2013)
!
!
SEÇÃO VII
INFRAÇÕES E PENALIDADES
!!
Art. 185 - Serão punidas com multa de 15%(quinze por cento) sobre o valor do imposto 
calculado com base nos dados corretos do imóvel, as seguintes infrações:
!
I - o não comparecimento docontribuinte à Prefeitura para solicitar a inscrição do imóvel 
no cadastro fiscal imobiliário ou a anotação de suas alterações, no prazo de 20(vinte) 
dias a contar do surgimento da nova unidade ou das alterações das unidades já 
existentes;
!
II - erro ou omissão dolosa, bem como falsidade de informações fornecidas para 
inscrição ou alteração dos dados cadastrais do imóvel.
 
 
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 1.150.408 - SP (2009/0074333-1)
 
RELATOR : MINISTRO CASTRO MEIRA
RECORRENTE : JOSÉ PAPILE E OUTRO
ADVOGADO : TELEMACO LUIZ FERNANDES JUNIOR E OUTRO(S)
RECORRIDO : MUNICÍPIO DE PIRAJUÍ 
PROCURADOR : RICARDO GENOVEZ PATERLINI E OUTRO(S)
EMENTA
TRIBUTÁRIO. IPTU. IMÓVEL LOCALIZADO EM ÁREA URBANA. 
EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADES ESSENCIALMENTE RURAIS. IPTU. 
NÃO-INCIDÊNCIA. PRECEDENTE.
1. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóveis nos quais são exploradas atividades 
essencialmente rurais, ainda que localizados em áreas consideradas urbanas por 
legislação municipal. Precedente: REsp 1.112.646/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 
Primeira Seção, DJe 28/08/2009, submetido ao art. 543-C do CPC e da Resolução 
8/2008 do STJ.
2. Todavia, no caso dos autos, o Tribunal de origem não se manifestou de forma 
específica sobre as atividades desenvolvidas no imóvel dos recorrentes, o que 
impossibilita o conhecimento do recurso por incidência da Súmula 7/STJ.
3. Ainda que assim não fosse, extrai-se da sentença, que o imóvel seria objeto de 
parcelamento para fins urbanos (implantação de loteamento residencial), já aprovado 
pelas autoridades competentes e em fase de implantação, o que afastaria a incidência do 
ITR.
4. Recurso especial não conhecido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, 
acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, não 
conhecer do recurso nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Humberto 
Martins, Herman Benjamin e Mauro Campbell Marques votaram com o Sr. Ministro Relator. 
Brasília, 28 de setembro de 2010(data do julgamento).
Ministro Castro Meira 
Relator
Documento: 1007354 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2010 Página 1 de 5
 
 
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 1.150.408 - SP (2009/0074333-1)
 
RELATOR : MINISTRO CASTRO MEIRA
RECORRENTE : JOSÉ PAPILE E OUTRO
ADVOGADO : TELEMACO LUIZ FERNANDES JUNIOR E OUTRO(S)
RECORRIDO : MUNICÍPIO DE PIRAJUÍ 
PROCURADOR : RICARDO GENOVEZ PATERLINI E OUTRO(S)
RELATÓRIO
O EXMO. SR. MINISTRO CASTRO MEIRA (Relator): Trata-se de recurso 
especial interposto pelas alíneas "a" e "c", do permissivo constitucional contra acórdão proferido 
pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:
AÇÃO ORDINÁRIA - Incidência de IPTU e não de ITR - Município de 
Pirajuí - Imóvel localizado em área considerada de expansão urbana por Lei 
Municipal - Tributação definida pelo critério de localização do imóvel e não da 
atividade nele desenvolvida - Sentença mantida - RECURSO IMPROVIDO (fl. 320).
No recurso especial, os recorrentes sustentam a violação do artigo 32 do CTN e 15 do 
DL 57/66, além de dissídio jurisprudencial, ao argumento de que o IPTU não pode incidir na 
propriedade que explora atividade agropecuária (fls. 369-389).
Contrarrazões (fls. 416-424).
Inadmitido o recurso especial (fl. 429), os autos subiram por força de provimento no 
AG 1.093.458-SP (fl. 453).
É o relatório.
 
Documento: 1007354 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2010 Página 2 de 5
 
 
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RECURSO ESPECIAL Nº 1.150.408 - SP (2009/0074333-1)
 
EMENTA
TRIBUTÁRIO. IPTU. IMÓVEL LOCALIZADO EM ÁREA URBANA. 
EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADES ESSENCIALMENTE RURAIS. IPTU. 
NÃO-INCIDÊNCIA. PRECEDENTE.
1. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóveis nos quais são exploradas atividades 
essencialmente rurais, ainda que localizados em áreas consideradas urbanas por 
legislação municipal. Precedente: REsp 1.112.646/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 
Primeira Seção, DJe 28/08/2009, submetido ao art. 543-C do CPC e da Resolução 
8/2008 do STJ.
2. Todavia, no caso dos autos, o Tribunal de origem não se manifestou de forma 
específica sobre as atividades desenvolvidas no imóvel dos recorrentes, o que 
impossibilita o conhecimento do recurso por incidência da Súmula 7/STJ.
3. Ainda que assim não fosse, extrai-se da sentença, que o imóvel seria objeto de 
parcelamento para fins urbanos (implantação de loteamento residencial), já aprovado 
pelas autoridades competentes e em fase de implantação, o que afastaria a incidência do 
ITR.
4. Recurso especial não conhecido.
VOTO
O EXMO. SR. MINISTRO CASTRO MEIRA: O recurso especial não pode ser 
conhecido.
A questão trazida no recurso especial já foi por diversas vezes julgada neste Egrégio 
Tribunal, que concluiu não incidir IPTU sobre imóveis nos quais são exploradas atividades 
essencialmente rurais, ainda que localizados em áreas consideradas urbanas por legislação 
municipal.
A propósito, o seguinte precedente julgado nos termos do artigo 543-C do CPC e 
Resolução STJ 8/2008:
TRIBUTÁRIO. IMÓVEL NA ÁREA URBANA. DESTINAÇÃO RURAL. IPTU. 
NÃO-INCIDÊNCIA. ART. 15 DO DL 57/1966. RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C 
DO CPC.
1. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do 
Município, desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, 
agrícola, pecuária ou agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966).
2. Recurso Especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da 
Resolução 8/2008 do STJ. (REsp 1112646/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, Primeira Seção, 
DJe 28/08/2009).
 
Todavia, no caso dos autos seria imprescindível adentrar a seara dos fatos para apurar a 
existência de exploração típica "extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial" no imóvel 
em referência, pois o Tribunal de origem não se manifestou sobre tal aspecto.
Por isso, o recurso especial esbarra na Súmula 7/STJ: "A pretensão de simples reexame 
Documento: 1007354 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2010 Página 3 de 5
 
 
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de prova não enseja recurso especial".
Ainda que assim não fosse, o recurso não colheria chance de êxito. Isso porque a 
sentença é clara em afirmar que no imóvel dos autores foi instituído loteamento para fins 
residenciais já aprovado pelos órgãos competentes:
No caso aqui tratado, há lei municipal definindo como zona urbana aquela 
em que está situado o imóvel do impetrante (Lei Municipal n. 1.669/99, fls. 90/91), 
onde os autores instituíram um loteamento para fins que se encontra em fase de 
implantação. è que se extrai das conclusões do laudo pericial (fls. 191/209) e da 
matrícula do imóvel (fls. 83).
Ante o exposto, não conheço do recurso especial.
É como voto.
Documento: 1007354 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2010 Página 4 de 5
 
 
Superior Tribunal de Justiça
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA TURMA
 
 
Número Registro: 2009/0074333-1 REsp 1.150.408 / SP
Números Origem: 200802042498 50605 6139145 6139145400 6139145601 9982005
PAUTA: 28/09/2010 JULGADO: 28/09/2010
Relator
Exmo. Sr. Ministro CASTRO MEIRA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO MARTINS
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. MARIA CAETANA CINTRA SANTOS
Secretária
Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : JOSÉ PAPILE E OUTRO
ADVOGADO : TELEMACO LUIZ FERNANDES JUNIOR E OUTRO(S)
RECORRIDO : MUNICÍPIO DE PIRAJUÍ
PROCURADOR : RICARDO GENOVEZ PATERLINI E OUTRO(S)
ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - IPTU/ Imposto Predial e Territorial Urbano
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão 
realizada nesta data, proferiu aseguinte decisão:
"A Turma, por unanimidade, não conheceu do recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a). 
Ministro(a)-Relator(a)."
Os Srs. Ministros Humberto Martins, Herman Benjamin e Mauro Campbell Marques 
votaram com o Sr. Ministro Relator.
 Brasília, 28 de setembro de 2010
VALÉRIA ALVIM DUSI
Secretária
Documento: 1007354 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2010 Página 5 de 5
 
 
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 1.207.093 - SP (2010/0127944-9)
 
RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES
RECORRENTE : LAILA RACY SAIGH E OUTROS
ADVOGADO : RUY PEREIRA CAMILO JUNIOR E OUTRO(S)
RECORRIDO : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO 
PROCURADOR : ELISABETH MONIQUE VOELIN E OUTRO(S)
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. IPTU. 
VIOLAÇÃO DO ARTIGO 535 DO CPC. SÚMULA 284/STF. IMÓVEL 
LOCALIZADO EM ÁREA URBANA. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE 
AGROPASTORIL. ENTENDIMENTO DO RESP 1.112.646-SP, SUBMETIDO 
AO RITO DO ARTIGO 543-C DO CPC. TRÂNSITO EM JULGADO DE 
AÇÃO DECLARATÓRIA RECONHECENDO SER O IMÓVEL SUJEITO 
AO ITR. EFEITOS EM RELAÇÃO AOS EXERCÍCIOS POSTERIORES.
1. Preliminarmente, no tocante à negativa de vigência ao artigo 535, II, do Código de 
Processo Civil, os recorrentes se restringiram a defender que o Tribunal de origem 
não teria se manifestado acerca das questões deduzidas nos embargos de declaração 
opostos em face do acórdão recorrido, sem, contudo, indicar quais seriam as 
questões omitidas e a pertinência de manifestação para o deslinde da controvérsia. 
Aplica-se, por conseguinte, a Súmula 284/STF, que assim expressa: "É inadmissível 
o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a 
exata compreensão da controvérsia."
2. Cinge-se a controvérsia do recurso especial aos efeitos do trânsito em julgado da 
sentença que, em determinado exercício, reconhecera que o imóvel deveria ser 
tributado pelo ITR, e não pelo IPTU, em relação aos exercícios seguintes. Na 
espécie, os autores ajuizaram ação declaratória de inexigibilidade cumulada com 
repetição de indébito em relação à cobrança de IPTU, exercício 1998, ao fundamento 
de que o imóvel, apesar de situado em área urbana, era empregado em atividade 
agropastoris. O pedido dessa ação foi julgado procedente para reconhecer a não 
incidência do IPTU, mas do ITR. Esse entendimento foi confirmado em apelação. 
Contra esse acórdão, o Município de São Bernardo do Campo interpôs o Recurso 
Especial n. 679.617-SP ao qual foi negado seguimento (trânsito em julgado em 
27/11/2006).
3. A questão acerca da incidência do ITR para imóvel localizado em área urbana, 
contando que empregado em atividade exploração extrativa, vegetal, agrícola, 
pecuária ou agroindustrial, foi submetida a julgamento no REsp 1.112.646/SP, de 
relatoria do Ministro Herman Benjamin.
4. As instâncias ordinárias negaram o pleito de extinção da execução sob à pecha de 
que a Súmula 349/STF dispõe que a "decisão que declara indevida a cobrança do 
imposto em determinado exercício não faz coisa julgada em relação aos posteriores". 
Não se desconhece o teor desse enunciado sumular, entretanto, tendo os autores 
obtido o reconhecimento judicial de que o imóvel está sujeito ao ITR, tal fato não se 
enquadra em situações que, em regra, se renovam anualmente, mas de uma situação 
fática que pode perdurar por vários exercícios seguintes. 
5. O trânsito em julgado da ação declaratória não torna imutável a situação de 
Documento: 1024712 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 26/11/2010 Página 1 de 10
 
 
Superior Tribunal de Justiça
contribuinte de ITR, pois, cessando o exercício de atividade agropastoril e localizado 
o imóvel em área urbana, o Município legitimamente poderá cobrar o IPTU, mas 
dever-se-á respeitar o devido processo legal e o contraditório. 
6. Recurso especial parcialmente conhecido e, no ponto, provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam 
os Ministros da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer 
parcialmente do recurso especial e, nessa parte, dar-lhe provimento, nos termos do voto do Sr. 
Ministro Relator. Os Srs. Ministros Hamilton Carvalhido, Luiz Fux, Teori Albino Zavascki e 
Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. 
Brasília (DF), 23 de novembro de 2010(Data do Julgamento)
MINISTRO BENEDITO GONÇALVES 
Relator
Documento: 1024712 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 26/11/2010 Página 2 de 10
 
 
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RECURSO ESPECIAL Nº 1.207.093 - SP (2010/0127944-9)
 
RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES
RECORRENTE : LAILA RACY SAIGH E OUTROS
ADVOGADO : RUY PEREIRA CAMILO JUNIOR E OUTRO(S)
RECORRIDO : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO 
PROCURADOR : ELISABETH MONIQUE VOELIN E OUTRO(S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO BENEDITO GONÇALVES (Relator): Cuida-se de 
recurso especial interposto por Laila Racy Saigh e outros, com fundamento no artigo 105, III, 
"a", da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, 
consubstanciado nos termos da seguinte ementa:
AGRAVO - EXECUÇÃO FISCAL - IPTU de 2002 - Alegada coisa julgada - Não 
ocorrência, pois o julgado anterior refere-se a exercício de 1998 - Além disso, 
cuida-se de imóvel situado no perímetro urbano, o que justifica a exigência de IPTU e 
não ITR - RECURSO IMPROVIDO. 
Noticiam os autos que Laila Racy Saigh e outros interpuseram agravo de instrumento 
contra decisão do Juízo singular que indeferiu o pleito de extinção da execução fiscal ao 
fundamento de que a existência de ação declaratória de inexigibilidade de IPTU transitada em 
julgado, que teve por objeto valores concernentes ao exercício 1998, não faz coisa julgada em 
relação a exercícios posteriores.
O Tribunal local negou provimento ao agravo de instrumento (acórdão às fls. 63-65).
Em sede de recurso especial, os recorrentes sustentam a negativa de vigência ao artigo 
535, II, do CPC. No mérito, afirmam que o acórdão negou vigência aos artigos 4º, 267, V e VI, e 
295 do CPC; e 156, X, do CTN. Alegam, em síntese, que há decisão transitada em julgado que 
reconheceu a natureza do imóvel como sujeito à incidência do ITR. Defendem que o imóvel não 
pode estar sujeito à cobrança do IPTU qualquer que seja o exercício fiscal. 
Aduzem que o Município não fez prova de alteração da situação fática do imóvel, nos 
termos do artigo 333, I, do CPC.
Contrarrazões ao recurso especial às fls. 104-109.
Documento: 1024712 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 26/11/2010 Página 3 de 10
 
 
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Juízo negativo de admissibilidade às fls. 110-111. Contra essa decisão os recorrentes 
interpuseram agravo de instrumento, ao qual foi dado provimento para determinar a conversão 
em recurso especial (fl. 346).
É o relatório.
 
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RECURSO ESPECIAL Nº 1.207.093 - SP (2010/0127944-9)
 
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. IPTU. 
VIOLAÇÃO DO ARTIGO 535 DO CPC. SÚMULA 284/STF. IMÓVEL 
LOCALIZADO EM ÁREA URBANA. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE 
AGROPASTORIL. ENTENDIMENTO DO RESP 1.112.646-SP, SUBMETIDO 
AO RITO DO ARTIGO 543-C DO CPC. TRÂNSITO EM JULGADO DE 
AÇÃO DECLARATÓRIA RECONHECENDO SER O IMÓVEL SUJEITO 
AO ITR. EFEITOS EM RELAÇÃO AOS EXERCÍCIOS POSTERIORES.
1. Preliminarmente, no tocante à negativa de vigência ao artigo 535, II, do Código de 
Processo Civil, os recorrentes se restringiram a defender que o Tribunal de origem 
não teria se manifestado acerca das questões deduzidas nos embargos de declaração 
opostos em face do acórdão recorrido, sem, contudo, indicar quais seriam as 
questões omitidas e a pertinência de manifestação para

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