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Mestrando: Alex Leonardo Tosta Profº: Eli Regina CLIMA, SOLO E IRRIGAÇÃO NA CULTURA DO COCO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal CLIMA O coqueiro (Cocos nucifera L.), sendo uma planta tropical, encontrou no Brasil excelentes condições climáticas para seu pleno desenvolvimento vegetativo e potencial produtivo, o que favoreceu sua expansão em quase todas as regiões brasileiras (Bondar, 1939). O coqueiro tem crescimento e produção contínua durante todo o ano, desde que as condições do clima sejam ideais. TEMPERATURA O coqueiro requer temperaturas quentes, e sem grandes variações entre a temperatura diurna e noturna. A média anual mais favorável: 27°C, com uma oscilação dioturna entre 6 e 7°C. Coqueiros não florescem em locais onde a temperatura média anual é inferior a 20°C. PRECIPITAÇÃO Com 1500 mm de chuvas bem distribuídas durante o ano, com nenhum mês abaixo de 130 mm; O coqueiro produz muito bem com chuvas entre 1300 mm e 2300 mm, e que precipitações acima de 3800 mm por ano são toleradas, desde que o solo tenha boa drenagem. RADIAÇÃO SOLAR Papel fundamental: interfere na regulação da abertura estomática e, assim, influencia tanto a fotossíntese quanto a transpiração. UMIDADE RELATIVA DO AR Baixas umidades relativas do ar são tão indesejáveis, como altas médias mensais, pois o coqueiro necessita de elevada evapotranspiração para que tenha um adequado suprimento de nutrientes. Umidade alta facilita a ocorrência de doenças fúngicas. VENTO O vento aumenta a transpiração, especialmente quando acompanhado de sol forte, resultando numa queda de produtividade (Child, 1974). Solução? Uso de quebra-ventos SOLOS O coqueiro é uma planta que se desenvolve em solos com as mais distintas características; Desenvolve-se melhor em solos arenosos, proporcionando a exploração de maior volume de solo. NUTRIÇÃO A concentração decrescente dos nutrientes na matéria seca foliar do coqueiro obedece a seguinte ordem: K > N > Cl > Ca > Mg > Na > P > S; A adubação deve ser realizada anualmente, para repor os nutrientes retirados pela colheita. ADUBAÇÃO Adubação de produção Adubação de formação ANÁLISE FOLIAR Nutrientes Posição da folha 4 9 14 Variedade Gigante Híbrido Gigante Híbrido Gigante Híbrido -----------------------------g kg-1MS ------------------------- N 22,0 22,0 22,0 22,0 18,0 22,0 P 1,3 1,4 1,3 1,3 1,2 1,2 K 17,5 20,0 11,5 17,0 8,0 14,0 Ca 3,4 4,4 5,0 Mg 2,2 2,4 2,4 2,3 2,4 2,0 S 1,7 1,5 1,5 1,5 Níveis críticos de N, P, K, Ca, Mg e S em posição da folha do coqueiro-gigante e coqueiro-híbrido. Fonte: SOBRAL (1998). CÁLCULO DE NECESSIDADE DE CALAGEM A quantidade de calcário a aplicar, para elevar a saturação de bases do solo e elevar também o pH: NC = CTC (V2-V1) 10 . PRNT Saturação por bases entre 60 e 70%, Não ultrapassando de 2 t ha-1 A calagem deve ser efetuada na área como um todo, localizada na projeção da copa e na cova de plantio. IRRIGAÇÃO A necessidade de água do coqueiro depende de fatores como: idade da planta (altura e área foliar); clima (radiação solar, temperatura, umidade relativa do ar e velocidade do vento); tipo de solo e teor de umidade do solo; método de irrigação utilizado A planta pode transpirar diariamente cerca de 98% da água absorvida pelas raízes. IRRIGAÇÃO NO COCO Sistemas Aspersão – Convencional; Superfície (sulcos); Gotejamento e Microaspersão - economia água; Fertirrigação. Estima-se que um coqueiro adulto, com 35 folhas (aproximadamente 150 m² de área foliar), transpira de 30 a 120 L de água por dia, dependendo da demanda evaporativa da atmosfera . IRRIGAÇÃO Produtores do sertão paraibano aplicam, em média, 200 litros de água planta-1 dia-1 para atender a elevada demanda de água da cultura; Com esse manejo estão conseguindo uma produtividade média anual de 160 frutos por planta por ano. DETERMINAÇÃO DE QUANDO IRRIGAR Tanque Classe A DETERMINAÇÃO ET0 ET0= evapotranspiração da cultura de referência [mm d-1]; Ev = evaporação medida no tanque “Classe A” [mm d-1]; e Kt = coeficiente do tanque [adimensional]. ET0=EV*Kt PENMAN – MONTEITH ETo = evapotranspiração da cultura de referência [mm d-1]; = declividade da curva de pressão de vapor de saturação [kPa ºC-1]; = calor latente de evaporação [MJ kg-1]. rc = resistência do dossel da planta [s m-1]; ra = resistência aerodinâmica [s m-1]; Rn = saldo de radiação à superfície [MJ m-2 s-1]; G = fluxo de calor no solo [MJ m-2 s-1]; = constante psicrométrica [kPa ºC-1]; T = temperatura média do ar [oC]; U2 = velocidade do vento a 2 m de altura [m s-1]; DPV = déficit de pressão de vapor [kPa]; e 900 = fator de transformação de unidades. Filtro de disco ou de tela; MÉTODO DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA Recomendação de diâmetro molhado na irrigação em função da idade do coqueiro IRRIGAÇÃO Distribuição percentual de raízes absorventes de coqueiro, cultivado em solo arenoso, em função da profundidade e da idade da planta Vantagens da irrigação localizada: Possibilidade de controle rigoroso da quantidade de água fornecida às plantas; Grande economia de água e energia; Redução da incidência de pragas e doenças e do desenvolvimento de plantas daninhas; Permite a quimigação (aplicação de produtos químicos via água de irrigação). Desvantagens da irrigação localizada Alto custo inicial; Elevado potencial de entupimento dos emissores; Necessidade de sistema de filtragem; Inviável em águas com altos níveis de ferro e carbonato; Manutenção com maior freqüência. IRRIGAÇÃO Realizada de forma adequada e eficiente, a irrigação torna-se uma ferramenta fundamental no manejo do coqueiro, suprindo e/ou complementando o conteúdo de água no solo em períodos de déficit hídricos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Fazendo um bom manejo com o clima, solo e a irrigação, terá sucesso na produção de coco. OBRIGADO
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