Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CITOESQUELETO Sistema integrado que gera, transmite e sente eventos mecânicos em uma variedade de funções celulares A célula é capaz de reagir integralmente a condições intrínsecas e extrínsecas pela coordenação dependente de forças diretas e distribuídas pelo citoesqueleto Nos tecidos – proteínas transmembranares (integrinas) e junções transmitem a informação de célula a célula e de célula a matriz extracelular citoesqueleto Importância Evolutiva Movimento (migração, músculo, cílio e flagelo) Alimentação (Fagocitose e pinocitose) Forma Sustentação Organização intracelular Transporte intracelular (organelas e vesículas) Comunicação Divisão celular (Fuso mitótico e anel contrátil) Adesão celular • Filamentos de Actina (microfilamentos)– formado por 2 filamentos torcidos com 5-9 nm que se agrupam em feixes localizados principalmente no córtex celular próximo à membrana. Determina a forma e movimento da célula. • Microtúbulos – estruturas longas e cilíndricas e um diâmetro externo de 25 nm. São mais rígidos que a actina e possuem uma extremidade associada a um centrossoma (centro organizador de microtúbuluos). Determinam o posicionamento das organelas e transporte interno. •Filamentos intermediários – são fibras com um diâmetro médio de 10 nm formadas por uma grande família de proteínas heterogêneas. Estão espalhados por todo o citoplasma, conferindo resistência mecânica às células Actina e Tubulina são altamente conservadas Tubulina de levedura e mamíferos – 75% de homologia Mamíferos – 6 isoformas com localização e função distintas, codificada por diferentes genes muito similares. Actina de levedura e de Drosophyla - 89% de homologia Várias proteínas diferentes são capazes de se ligar e interagir com os filamentos de actina e microtúbulos Estrutura do filamento de actina (A) Microscopia eletônica de filamentos de actina contrastados negativamente. Molecular Biology of the Cell. Alberts et al Molecular Biology of the Cell. Alberts et al Esquema dos monômeros e do filamento de actina Molecular Biology of the Cell. Alberts et al Figure 18-11. The three phases of G-actin polymerization in vitro. (a) During the initial nucleation phase, ATP G-actin monomers (pink) slowly form stable complexes of actin (purple). These nuclei are more rapidly elongated in the second phase by addition of subunits to both ends of the filament. In the third phase, the ends of actin filaments are in a steady state with monomeric ATP G-actin. After their incorporation into a filament, subunits slowly hydrolyze ATP and become stable ADP F-actin (white). Note that the ATP-binding clefts (black triangles) of all the subunits are oriented in the same direction in F-actin. (b) Time course of the in vitro polymerization reaction (pink curve) reveals the initial lag period. If some actin filament fragments are added at the start of the reaction to act as nuclei, elongation proceeds immediately without any lag period (purple curve). Nucleação dos filamentos de actina - Normalmente na Membrana Plasmática - - Determina forma e movimento - Projeções celulares – microvilosidades, filipódios e lamelipódios Rede de actina abaixo da membrana plasmática de uma célula animal observada em microscopia eletrônica pela técnica de “deep etch” Molecular Biology of the Cell. Alberts et al Distribuição dos filamentos de actina Como o mesmo filamento pode se organizar em diferentes arranjos? Os filamentos de citoesqueleto nunca trabalham sozinhos Proteínas acessórias – Funções: –Permitem que um mesmo filamento participe de diferentes funções em diferentes regiões da célula – Regulam a velocidade e a extensão da polimerização – Produzem força e movimento direcionado ao longo do filamento hidrolisando ATP – Regulam a distribuição espacial e o comportamento dinâmico dos filamentos – Permitem uma estrutura altamente organizada, mas flexível – Permitem a interação com outras estruturas Vídeos 16.6 / 16.4 /16.8 / 16.10 Proteínas que se ligam à actina -Proteínas empacotadoras - Proteínas formadoras de gel - Proteínas motoras – múltiplos tipos de miosina Regulam os filamentos de actina -Comprimento - Estabilidade - Número - Geometria da ligação Contatos Focais - Fibroblasto em cultura – separado do substrato por 50 nm e nas regiões de contato por 10 nm Vídeo 25.2 Especializações de Membrana Microvilosidades: prolongamentos da membrana plasmática que aumentam a superfície de absorção das células; contêm glicocálice desenvolvido e filamentos de actina, que dão sustentação. Encontradas nas células epiteliais do intestino delgado e rim. Calcula-se cada célula epitelial possua em média 3.000 microvilosidades. Como conseqüência, há um aumento apreciável da superfície da membrana em contato com o alimento. Isso permite, por exemplo, uma absorção muito mais eficiente do alimento ingerido. Microvilosidades Especializações de Membrana Estereocílios: prolongamentos da superfície celular; não possuem mobilidade; aumentam a superfície de absorção das células, facilitando o transporte de água e moléculas. São encontradas em células epiteliais do epidídimo e ductos do aparelho genital masculino, e em células do ouvido interno. Vídeo 11.2 Microtúbulos Vídeo 16.1 Figure 16-27. The interphase array of microtubules in a cultured fibroblast. The microtubules (green) are stained with an antibody to tubulin; the cell nucleus (blue) is stained with a fluorescent DNA-binding dye. (Courtesy of Nancy L. Kedersha.) Centro Organizador dos Microtúbulos g – tubulina que forma complexo de anéis que servem como molde para os 13 protofilamentos Centrossomo – maioria das células animais Localização próxima ao núcleo Matriz fibrosa de proteínas 1 par de centríolos que organiza a matriz e se duplica na intérfase e migra para depois formar o fuso ‘ Vídeo 16.3 Proteínas acessórias Statimina – se liga ao dímero, diminuindo a disponibilidade para polimerização MAPs (estabilidade, regulação, interação e distribuição) TAU XMAP215 – ubíqua – fosforilação e mitose Catastrofina g – tubulina MAPs- proteínas associadas a microtúbulos Verde- distribuição da MAP TAU nos axônios Laranja- MAP2 no corpo celular e dendritos Proteínas Motoras Vídeo 16.7 Figure 13-34. The endocytic pathway from the plasma membrane to lysosomes. Transport from early to the late endosome is mediated by large endosomal carrier vesicles, which contain large amounts of invaginated membrane and are therefore called multivesicular bodies. It is uncertain whether they should be regarded as middle-aged endosomes moving toward the cell interior as they mature or as distinct transport compartments. The movement occurs along microtubules and can be experimentally blocked with microtubule-depolymerizing drugs. Eventually, the late endosome is thought to convert into a lysosome. Transport vesicles recycle material between the early endosome and the cell surface, while a different set of transport vesicles recycle material between the late endosome and the trans Golgi network. OS MICROTÚBULOS FORMAM TRILHOS POR ONDE VESÍCULAS E ORGANELAS PODEM CIRCULARCentrossomo Microtúbulos R.E. Golgi Núcleo B- células tratadas com anticorpos que reconhecem o RE e microtúbulos; C- células tratadas com anticorpos que reconhecem Golgi e microtúbulos Vídeos 16.5 / 16.2 Orientation of cellular microtubules Vídeos 18.2 / 18.4 / 18.5 Figure 19-16. Structures of colchicine and taxol. These and other drugs that interfere with normal assembly and disassembly of microtubules have an antimitotic effect that is particularly devastating to rapidly dividing cells, such as cancer cells. Drogas que inibem tubulina Taxol – se une aos microtúbulos e impede a despolimerização da tubulina Colchicina, vinblastina e vincristina – se ligam à tubulina pela extremidade +, evitando a agregação dos microtúbulos Figure 19-26. A general model for kinesin- and dynein-mediated transport in a typical cell. The array of microtubules, with their (+) ends pointing toward the cell periphery, radiates from an MTOC in the Golgi region. Kinesin-dependent anterograde transport conveys mitochondria (carried by KIF1B), lysosomes, and an assortment of membrane vesicles to the endoplasmic reticulum (ER) or cell periphery. Cytosolic dynein dependent retrograde transport conveys elements of the ER, late endosomes, and lysosomes to the cell center. [Adapted from N. Hirokawa, 1998, Science 279:519.] Especializações da Membrana Cílios e Flagelos Os cílios e flagelos são flexíveis prolongamentos da membrana celular, que variam de comprimento, sendo responsáveis pelo movimento de células como o espermatozóide e organismos unicelulares como o Paramecium. Essas estruturas são construídas a partir de microtúbulos, proteínas motoras (dineínas) e outras proteínas acessórias. As dineínas do axonema provocam o deslizamento entre os microtúbulos através da hidrólise de ATP, proporcionando os batimentos ciliares e flagelares. 9 PARES DE MICROTÚBULOS PERIFÉRICOS (13 + 11 SUBUNIDADES) + 1 PAR CENTRAL (13+13 SUBUNIDADES) Cílios e flagelos são constituídos por estrutra denominada axonema, constituída de nove duplas de microtúbulos dispostos circularmente e dois microtúbulos centrais. Moléculas de dineína ciliar formam pontes entre os pares de microtúbulos. O axonema é fixado por corpos basais à superfície celular, que apresenta forma semelhante ao centríolo e funciona como um núcleo de montagem de cílios e microtúbulos flagelares. CENTRÍOLOS E CORPÚSCULO BASAL 9 TRIPLETS (TRIOS) DE MICROTÚBULOS PERIFÉRICOS (11+13 + 11 SUBUNIDADES) SEM PAR CENTRAL Filamentos Intermediários Encontrado em alguns metazoários (vertebrados, nematodos e moluscos) Importância para suportar estresse mecânico Não ocorre em todos os tipos celulares Diferentes famílias expressa em diferentes tipos celulares Localização – rede que envolve o núcleo indo até a periferia onde interage com a membrana Célula epitelial em cultura marcada com anticorpo contra queratina mais proeminente nas células que estão sujeitas a estresse mecânico Presente em grande número no epitélio, onde participam das junções celulares; ao longo dos axônios das células nervosas e em todos os tipos de células musculares 4 famílias diferentes expressas em diferentes tipos celulares Tipos de Filamentos Intermediários 1) Queratina – 20 tipos diferentes expresso nas células epiteliais humanas (10 específicas para cabelo e unha) -Diagnóstico da origem de câncer epitelial – escolha de tratamento - Mutação – doenças humanas Ex. Epidermólise bullosa simplex 2) Laminas Nucleares – proteínas filamentosas que formam uma rede abaixo da membrana interna nuclear. Ancoragem de cromossomos e poros nucleares 3) Neurofilamentos – durante o crescimento do axônio novos filamentos são adicionados. O nível de expressão de neurofilamentos parece controlar diretamente o diâmetro do axônio (relacionado com a velocidade do sinal elétrico) Doenças Neurodegenerativas- Ex.: esclerose amiotrófica lateral (Lou Gehrig´s) – associada ao acúmulo e à formação anormal de neurofilamentos no corpo do axônio (transporte neuronal e atrofia muscular) Electron micrographs of two types of intermediate filaments in cells of the nervous system. (A) Freeze-etch image of neurofilaments in a nerve cell axon, showing the extensive cross-linking through protein cross-bridges - an arrangement believed to provide great tensile strength in this long cell process. The cross-links are formed by the long, nonhelical extensions at the carboxyl terminus of the largest neurofilament protein. (B) Freeze-etch image of glial filaments in glial cells illustrating that these filaments are smooth and have few cross-bridges. (C) Conventional electron micrograph of a cross-section of an axon showing the regular side-to-side spacing of the neurofilaments, which greatly outnumber the microtubules. (A and B, courtesy of Nobutaka Hirokawa; C, courtesy of John Hopkins.) 4) Vimentina – Desmina- expressa em músculo cardíaco, liso e esquelético Classificação funcional das junções celulares Junções bloqueadoras ou oclusivas Junções compactas (somente em vertebrados) Junções septadas (somente em invertebrados) Junções de ancoramento Sítio de ligação de filamentos de actina Junções aderentes Adesões focais Sítio de ligação de filamentos intermediários Desmossomos Hemidesmossomos Junções comunicantes Junções do tipo fenda Plasmodesmata (somente em plantas) Junções bloqueadoras ou oclusivas Junções compactas (em vertebrados) - formadas principalmente por proteínas transmembrana chamadas claudinas e ocludinas que, juntamente com proteínas periféricas de membrana intracelular (proteínas ZO), ancoram fitas de actina do citoesqueleto de células do epitélio do intestino delgado dos mamíferos. atuam como uma barreira de permeabilidade seletiva, separando os fluidos com composição química diferente em cada lado. No intestino atuam como barreira contra a difusão de algumas proteínas de membrana e lipídeos entre os domínios apical e basolateral da membrana plasmática (transporte transcelular) selam as células vizinhas para impedir a passagem de proteínas marcadoras de baixo peso molecular Vídeos 19.1 / 16.9 / 19.2 Junções septadas (em invertebrados) - cinturão contínuo ao redor de cada célula epitelial, onde as membranas plasmáticas que interagem são ligadas por proteínas organizadas paralelamente e com periodicidade regular. Junções de ancoramento formam estrutura que liga filamentos do citoesqueleto de uma célula ao de outra célula vizinha são muito abundantes em tecidos que sofrem estresse mecânico como o tecido cardíaco e a epiderme são compostas principalmente por proteínas de ancoramento intracelular e proteínas de adesão transmembrana, mas muitas junções possuem proteínas sinalizadoras intracelulares Estas junções ocorrem de duas formas: - Junções Aderentes e Desmossomos - Adesões Focais e Hemidesmossomos Junções aderentes mantêm as células unidas são formados por proteínas de adesão transmembrana da família das caderinas conectam os filamentos de actina entre as células no tecido epitelial, forma uma estrutura conhecida como cinturão de adesão, que se localiza abaixo das junções oclusivas Os feixes de actina, ligados às caderinas e proteínas de ancoramento, formam uma malha, que podecontrair por associação a proteínas motoras. Desmossomos Os desmossomos formam uma ponte entre duas células vizinhas, por onde se conectam os filamentos intermediários, formando uma estrutura de grande força tensora Sua estrutura é composta por várias proteínas de ancoramento intracelular (placoglobina e desmoplaquina) responsáveis pela conexão do citoesqueleto às proteínas de adesão transmembrana (desmogleína e desmocolina) que pertecem à família das caderinas Vídeo 19.3 Figure 16-17. Keratin filaments join cells together in cell sheets. Immunofluorescence micrograph of the network of keratin filaments in a sheet of epithelial cells in culture. The filaments in each cell are indirectly connected to those of its neighbors by desmosomes. (Courtesy of Michael Klymkowsky.) Figure 16-12. The intermediate filaments in the cytoplasm of a tissue culture cell. Rat kangaroo epithelial cells (Ptk2 cells) in interphase were labeled with antibodies to one class of intermediate filaments (called keratin filaments) and examined by fluorescence microscopy. (Courtesy of Mary Osborn.) Adesões Focais Formadas por proteínas da família das integrinas, que se ligam aos filamentos de actina, proporcionando adesão célula-matriz extracelular. Assim, por exemplo, células musculares ligam-se aos seus tendões. Hemidesmossomos O hemidesmossomo é semelhante à metade de um desmossomo, porém liga a membrana plasmática de uma célula à lamina basal adjacente, por meio da interação de filamentos de queratina à proteína transmembranar integrina. Figure 11.34. Attachment of intermediate filaments to desmosomes and hemidesmosomes (B) Schematic of a desmosome. Intermediate filaments are anchored to sites of cell-cell adhesion by desmoplaskin. (C) Schematic of a hemidesmosome. Intermediate filaments are anchored to an integrin by plectin. (A, Don Fawcett/Photo Researchers, Inc.) Filamentos Intermediários promovem interação célula-célula e célula-matriz-extracelular Figure 12.61. Junctions between cells and the extracellular matrix Integrins mediate two types of stable junctions in which the cytoskeleton is linked to the extracellular matrix. In focal adhesions, bundles of actin filaments are anchored to the b subunits of most integrins via associations with a number of other proteins, including a-actinin, talin, and vinculin . In hemidesmosomes, a6b4 integrin links the basal lamina to intermediate filaments via plectin. Vídeo 1.1 Junções Comunicantes Conhecidas também por nexos, junção em hiato ou gap junction, são partículas cilíndricas que fazem com que as células entrem em contato umas com as outras, para que funcionem de modo coordenado e harmônico. Esses canais permitem o movimento de moléculas e íons, diretamente do citosol de uma célula para outra. São formados por conexinas, proteínas transmembranares, que se unem formando o canal chamado conexon que constitui a junção tipo fenda. As células vegetais possuem um tipo de junção chamada plamodesmata ou plasmodesmos, que conectam diretamente o citoplasma de uma célula a outras células adjacentes. Cada plasmodesmata é revestido com uma membrana plasmática comum às duas células ligadas e contém uma estrutura tubular, o desmotúbulo, que é contínuo com o retículo endoplasmático liso.
Compartilhar