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Processo do Trabalho - LFG EO XIX

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1. PRINCÍPIOS�:
1.1. Princípio da Celeridade: dar ao processo o tempo necessário para a solução do conflito.
OBS.: art. 5º, inciso LXXVIII, CF.
1.2. Princípio da Oralidade: a reclamação poderá ser escrita ou verbal conforme preceitua os arts. 840, § 1º, 847 e 850, da CLT.
Basicamente: petição inicial (art. 840), contestação em vinte minutos (art. 847, CLT) e razões finais em dez minutos (art. 850, CLT).
1.3. Princípio da Informalidade: são atos processuais simples, que dispensam o excesso de formalidade do processo comum.
CUIDADO: art. 841, CLT = ao receber a reclamação trabalhista, o judiciário terá prazo de 48 horas para remeter a notificação, marcando-se a audiência inaugural respeitando o prazo de cinco dias.
1.4. Princípio do “jus postulandi”: é a capacidade de postular em juízo sem a constituição de um advogado (art. 791, CLT).
ATENÇÃO: súmula425, TST = exceção ao “jus postulandi” (ação cautelar, ação rescisória, mandado de segurança e recursos ao TST).
1.5. Princípio da Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: somente é possível recorrer dessas decisões ao final do processo (art. 893, § 1º, CLT).
Exceção: súmula 214, “c”, TST = recurso ordinário quando acolhe exceção de incompetência territorial para outro TRT distinto daquele que se vincula o juízo excepcionado.
1.6. Princípio da Subsidiariedade: 
1.6.1. Conhecimento: desde a petição inicial até a sentença, será preenchida subsidiariamente com as regras do art. 769, CPC, desde que a mesma seja compatível.
Casos que não são compatíveis com o Processo do Trabalho: “art. 191, CPC”, por que conflita com o princípio da celeridade processual (incompatibilidade).
1.6.2. Execução: “cobrança do direito/crédito de sentença”.
OBS.: em caso de omissão na fase de execução (art. 889, CLT) = primeiro ocorrerá a solução do conflito na LEF (Lei n.º 6.830/80), posteriormente será resolvido no CPC.
1.7. Princípio do Poder Normativo (art. 114, § 2º, CF): a justiça do trabalho pode criar normas devido à ausência de Lei. Exemplo: os conflitos entre sindicatos serão resolvidos através do ajuizamento do dissídio coletivo de natureza econômica.
2. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO:
2.1. Vara do Trabalho: anteriormente era chamada de Junta de Conciliação e Julgamento (JCJ), devido à figura dos juízes classistas. Havendo o seu encerramento com a EC n.º 24/99, atualmente é dado a nomenclatura “vara do trabalho”.
2.1.1. Serviços Auxiliares: 
Secretária (art. 710, CLT).
Distribuidor (art. 713, CLT): nos casos de mais de uma vara do trabalho por localidade.
Oficial de Justiça-Avaliador (arts. 721 e 788, CLT): os bens penhorados, terão preços, de acordo com a avaliação do Oficial de Justiça.
2.2. TRT (art. 115, CLT):
2.2.1. Composição: é composto de no mínimo 7 juízes (desembargadores). Não existe número máximo, depende de cada tribunal.
2.2.2. Quantidade de TRT’s: 24 no país.
2.2.3. Nomeação: Presidente da República.
2.2.4. Idade: mínimo de 30 anos e máximo de 65.
2.2.5. Preenchimento de vagas: 1/5 será composto por membros da OAB ou membros do MPT, com 10 anos de atividade profissional para ser Desembargador do TRT.
2.3. TST (art. 111, CLT): 
2.3.1. Composição: 27 ministros.
2.3.2. Idade: mínima de 35 anos e máximo de 65.
2.3.3. Nacionalidade: brasileiro nato ou naturalizado.
2.3.4. Preenchimento da vaga: 1/5 será composto por membros da OAB ou membros do MPT, com 10 anos de atividade profissional para ser Ministro do TST.
2.3.5. Nomeação: será feita pelo Presidente da República, após a aprovação do Senado federal, por maioria absoluta.
CUIDADO: o STF não está dentro da organização da justiça do trabalho.
3. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO:
3.1. Conceito: a competência é uma parcela de jurisdição que cada juiz possui.
3.2. Critérios:
3.2.1. Material (art. 114, CF):
Inciso I: as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da U/E/DF/M.
OBS.: a ação será decorrente de uma relação de trabalho, sendo que antes era pautada em uma relação de emprego (ate 2004).
Relação de Trabalho (gênero): a relação de emprego está dentro da relação de trabalho. Exemplo: PF que realiza “qualquer atividade profissional”.
Elação de emprego (espécie): tem que conter todos os requisitos da relação de emprego na forma cumulativa, ou seja, pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação.
Inciso II: as ações que envolvam o exercício do direito de greve.
Ações típicas de greve: são aquelas que envolvem o direito de greve.
Ações atípicas: são aquelas decorrentes da greve. Exemplo: posse do seu estabelecimento sendo violada devido à greve, pela qual cabe ação possessória, na justiça do trabalho.
Inciso III: as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.
Ações sindicais: são da competência da Justiça do Trabalho, sendo que apenas um único sindicato pode realizar a representação sindical numa mesma base territorial.
Inciso IV: os mandados de segurança, HC, Habeas Data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.
Remédios constitucionais: os remédios constitucionais tem que envolver matéria trabalhista obrigatoriamente.
Inciso V: os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, inc. I, “o”.
OBS: conflito de competência na justiça do trabalho (art. 803, CLT).
Inciso VI: as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.
Ações de reparação civil: súmula 22, STF e súmula 392, TST.
Inciso VII: as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização da relação de trabalho.
Penalidade administrativa: é uma multa aplicada para a empresa, por meio do MTE, por que a mesma inobserva a lei trabalhista, sendo que a impugnação deverá ser feita na justiça do trabalho.
Inciso VIII: a execução de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, “a”, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir.
Contribuição previdenciária: o juiz de ofício pode realizar a cobrança das contribuições sociais, desde que a mesma seja de natureza salarial 9súmula 368, TST e art. 28, Lei n.º 8.212/91).
OBS.: férias indenizatórias não possuem incidência previdenciária.
Inciso IX: outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
Outras questões fixadas em lei, decorrentes da relação de trabalho poderão ter a solução do conflito na justiça trabalhista.
3.2.2. Funcional/hierárquico: envolve a hierarquia correspondente a cada órgão que irá julgar a demanda trabalhista.
Exemplo:
Vara: consignação em pagamento, ação monitória e outras.
TRT: mandado de segurança e ação rescisória.
TST: dissídio coletivo de categoria nacional, como no caso de correios e bancários.
3.2.3. Territorial (art. 651, CLT): será considerado o último local da prestação do serviço.
3.2.3.1. Empregado móvel: quando o empregado não exerce a atividade profissional em local fixo, sendo uma característica da própria atividade. Exemplo: viajante comercial.
3.2.3.2. Estrangeiro: se o contrato ocorrer no Brasil e as atividades desempenhadas forem exercidos na França, a ação poderá ser movida no território brasileiro. Do contrário, se não houver sede e nem filial no Brasil, a ação também poderá ser movida no brasil.
Se a empresa tiver várias filiais o empregado poderá escolher a mais próxima do seu domicílio. 
3.2.3.3. Empregador móvel: quando o empregador não tiver estabelecimento fixo (exemplo: circo), o ajuizamento da ação será o local onde foi celebrado o contrato, sendo que senão souber o localou o contrato for celebrado de forma tácita, o ajuizamento poderá ocorrer em qualquer local que ele prestou o serviço.
4. DISSÍDIOS TRABALHISTAS�:
4.1. Introdução: a diferença do dissídio individual para o coletivo não diz respeito ao número de reclamantes, mas sim ao pedido. O pedido no dissídio individual é pessoal, enquanto que no coletivo, o pedido diz respeito a uma categoria.
Em princípio temos dois tipos de dissídios individuais.
4.2. Dissídios individuais: 
4.2.1. Simples: ocorre quando há um só reclamante (autor da ação na justiça do trabalho).
4.2.2. Plúrimo: Ocorre quando existe uma pluralidade de reclamantes (mais de um reclamante).
	Dissídios individuais simples ou plúrimos no procedimento sumaríssimo (até 40 salários mínimos) cada parte pode ouvir até 2 testemunhas, sendo que no procedimento ordinário (acima de 40 salários mínimos) até 3 testemunhas e no inquérito até 6 testemunhas.
Exemplo: dissídio individual plúrimo com 4 reclamantes, pelo procedimento sumaríssimo, casa parte poderá ouvir até duas testemunhas.
4.2.3. Especial: denominado Inquérito Judicial para Apuração de Falta Grave (IJAFG) - art. 853, CLT.
	Caso o empregado estável cometa alguma falta grave passível de ruptura contratual por justa causa não haverá demissão imediata, desde que este empregado tenha garantido sua estabilidade em virtude de ser dirigente sindical. Neste caso, o empregador deverá suspender o empregado e, dentro de 30 dias (prazo decadencial contado da data da suspensão do empregado), o inquérito deverá ser proposto.
CUIDADO: todos os dissídios individuais (simples, plúrimo ou especial) tem competência originária nas Varas do Trabalho.
4.3. Dissídios Coletivos: em regra têm competência originária no TRT.
Quando extravasar a competência de um TRT, a competência originária dos dissídios coletivos passa a ser do TST.
4.3.1. Natureza econômica: é o mais comum, pois é aquele que se pretende, em regra, reajuste salarial.
4.3.2. Natureza jurídica: tende a interpretar cláusulas de acordos ou convenções coletivas de trabalho.
5. AUDIÊNCIA NA JUSTIÇA DO TRABALHO:
5.1. Conciliação: a tentativa de conciliação é obrigatória. Exemplo: art. 764, CLT.
5.1.1. Procedimento Ordinário: há dois momentos processuais em que deve haver a tentativa de conciliação. Deve haver a tentativa antes da entrega da defesa (art. 847, CLT) e antes da sentença (art. 850, CLT).
5.1.2. Procedimento Sumaríssimo: a tentativa de conciliação pode ser tentada a qualquer tempo na audiência.
IMPORTANTE: a conciliação, qualquer que seja o procedimento, pode ocorrer em qualquer momento processual. O acordo, por si só, pode ser feito em qualquer momento processual. A tentativa feita pelo juiz é que tem seu momento exato.
O juiz não é obrigado a homologar a conciliação e se assim fizer não há nenhum remédio processual cabível.
A sentença homologatória de acordo transita em julgado para as partes, que só podem ataca-la por meio de ação rescisória (súmula 259, TST). Só o INSS, poderá recorrer desta decisão.
5.2. UNA: em regra, são três fases num só momento, porém o juiz pode dividir.
Na audiência inicial ocorre a tentativa de conciliação e não havendo esta, a entrega da defesa.
Havendo a instrução, há análise das provas e a tentativa de conciliação.
Quando do julgamento, o juiz profere a sentença.
A presença das partes em audiência é obrigatória, sob pena de serem penalizadas.
5.3. Substituição (art. 843, ª 2º, CLT): se por doença ou qualquer outro motivo poderoso (ponderoso), devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por ouro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo sindicato.
O reclamante pode ser substituído por um colega de serviço ou membro do sindicato. O único objetivo do substituto é justificar ao juiz a ausência do reclamante.
O reclamado pode ser substituído em audiência, nos termos do art. 843, § 1º, CLT: é facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
5.4. Ausência:
5.4.1. Reclamante ausente na primeira audiência: haverá o arquivamento da ação trabalhista, por meio de sentença. Apesar do cabimento de Recurso Ordinário, não é válida a propositura deste, visto que o reclamante pode propor nova ação no dia seguinte.
5.4.2. Reclamante ausente da segunda audiência: haverá novamente o arquivamento, no entanto, para propor a terceira vez, deverá esperar o prazo de seis meses (perempção parcial).
5.4.3. Reclamante ausente na terceira audiência: haverá a perempção total. Não mais poderá promover a ação trabalhista.
5.4.4. Reclamado ausente na primeira audiência: haverá a revelia e perempção quanto à matéria de fato. Presumem-se verdadeiros todos os fatos presentes na inicial. Exceto insalubridade e periculosidade, visto que para ambos os casos é necessária perícia.
Caso o reclamante ou o reclamado não compareçam á audiência de instrução, ficam condicionados à pena de confissão quanto à matéria de fato, não gerando o arquivamento e nem a revelia.
Caso o reclamante e o reclamado não compareçam à audiência de instrução, quem ganha à ação? Ganha a ação quem não tem ônus da prova.
OBS.: reclamado ou reclamante ausentes na audiência, ainda que o advogado compareça munido de procuração, gera revelia e pena de confissão quanto à matéria de fato. Advogado ausente ou presente não importa e sim a parte.
EM REGRA o ônus da prova é do reclamante (art. 818, CLT).
5.5. Inversão do ônus da prova:
Justa Causa;
Equiparação salarial;
Negativa de vínculo de emprego:
OBS.: não é negativa de prestação de serviço. Nesta caso, o reclamante deve provar que prestou serviço. 
Horas extras: o ônus da prova referente às horas extras, em regra, é do empregado, mas se a empresa anexar à defesa cartões de ponto com horários britânicos, o ônus será invertido pela presunção de fraude (súmula 338, III, TSTS).
6. RECURSOS�:
6.1. Introdução: os recursos existem em face do duplo grau de jurisdição.
O duplo grau de jurisdição permite discutir qualquer coisa até o TRT, ou seja, fatos, provas e direito. Acima do TRT, em tese, somente se discute direito (tese). 
6.2. Efeitos:
a) Devolutivo: é a possibilidade dos recursos subirem de instância, ou seja, devolver ao Judiciário (órgão hierarquicamente superior) o poder de dizer direito (jurisdição). 
b) Suspensivo: é aquele que suspende a execução.
OBS.: em regra os recursos trabalhistas não são recebidos no seu efeito suspensivo.
O art. 893, § 1º, da CLT, prevê a irrecorribilidade de imediato das decisões interlocutórias, que no processo do trabalho só podem ser atacadas por mandado de segurança.
Contudo, caso a tutela antecipada seja concedida na sentença, não caberá mandado de segurança, mas sim diretamente o recurso ordinário, porém, como os recursos não são recebidos no efeito suspensivo, deve se propor medida cautelar para obtenção do referido efeito (súmula 414, TST).
6.3. Pressupostos de Admissibilidade:
6.3.1. Intrínsecos (subjetivos): está ligada sempre a parte.
Legitimidade: possui legitimidade para recorrer (i) o vencido, (ii) o terceiro interessado (como no caso no INSS) e (iii) o juiz (também conhecido como reexame necessário, recurso “ex officio” e recurso por imperativo legal; art. 475, CPC). 
OBS.: o último diz respeito a condenações contra qualquer tipo de público (deve ser confirmado pelo Tribunal), desde que a condenação seja superior há 60 salários-mínimos.
Capacidade processual:
Interesse:
6.3.2. Extrínsecos (objetivos): encontra-se ligado em relação ao processo.
Previsão legal: conforme o recurso cabível.
Tempestividade: prazo (em regra todos os recursos previstos na CLT possuem prazo de 8 dias).
OBS.: recurso interposto antes do prazo? Conformea súmula 434 do TST (CANCELADA), o recurso interposto antes do prazo (antes da publicação da decisão) será extemporâneo, ou seja, seu seguimento será denegado (como se intempestivo fosse). 
Depósito recursal (art. 899, CLT): funciona como caução parcial/total (conforme o valor da condenação).
Não há necessidade de se comprovar o pagamento do depósito recursal no ato da interposição do recurso (súmula 245, TST).
Advertência: conforme a OJ 140 da SDI-I o recurso não será remetido (deserto) mesmo se a diferença for de quantias ínfimas, referentes a centavos (não há possibilidade de concessão de prazo suplementar na Justiça do Trabalho para complementação de custas e depósitos recursais).
Custas processuais (art. 789, CLT): 
6.4. Recursos em espécie:
6.4.1. Recurso Ordinário (art. 895, CLT):
6.4.1.1. Cabimento (incisos I e II):
Será cabível sobre decisões terminativas da VT para o TRT da respectiva região.
Cabe também de decisões do TRT (em competência originária) para o TST: o TRT possui competência recursal em (i) mandado de segurança, (ii) ação rescisória, (iii)dissídio coletivo e (iv) habeas corpus (não é mais cabível RO conforme a OJ 156 da SDI-I do TST, sendo permitido impetrar ao TST novo HC).
6.4.2. Recurso de Revista (art. 896, CLT):
6.4.2.1. Cabimento (Lei 13.015/2014): cabe RR em decisões proferidas pelo TRT que julga o RO, ou seja, quando o TRT atuar em segunda instância, para o TST julgar.
Só se discute no RR: 
a) Divergência jurisprudencial;
b) Divergência de OJ;
c) Súmula do TST;
d) Súmula vinculante do STF;
e) Divergência de norma coletiva;
f) Divergência da CF ou de Lei Federal.
OBS.: no procedimento sumaríssimo somente é cabível (i) divergência de súmula do TST ou súmula vinculante do STF e (ii) divergência da CF.
6.4.3. Agravo de Instrumento (art. 897, “b”, CLT): é cabível quando o juízo “a quo” denega o seguimento de recursos da VT ao TRT, do TRT ao TST e do TST ao STF.
É necessário o pagamento de depósito recursal para a interposição do Agravo de Instrumento e este corresponderá a 50% do valor que foi pago a título de depósito recursal no recurso denegado, salvo se o Agravo de Instrumento pretende destrancar RR que se fundamento em divergência de súmula ou OJ do TST.
6.4.4. Embargos no TST (art. 894, CLT): cabem Embargos no TST das decisões proferidas pelas Turmas do TST para a SDI-I ou SDC deste Tribunal julgar.
Só se discute esses embargos:
a) Divergência de jurisprudência do TST;
b) Divergência de OJ ou súmula do TST;
c) Divergência de súmula vinculante.
6.4.5. Recurso Extraordinário (art. 102, inc. III, “a”, “b” e “c”, CF):
6.4.5.1. Prazo: 15 dias.
6.4.5.2. Cabimento: será cabível RE de decisões proferidas pelo TST.
Cabe RE no prazo de quinze dias, nas decisões proferidas pela última instância do TST que contrariar a Constituição Federal, para STF julgar.
7. EXECUÇÃO TRABALHISTA�:
7.1. Introdução:
7.1.1. Títulos Judiciais:
Sentença:
Acordo descumprido:
7.1.2. Títulos Extrajudiciais: 
TAC: termo de ajuste de conduta, geralmente firmando pelo MPT (LC n.º 75/93, art. 83) e pela empresa.
Termo da CCP (art. 625-A, CLT): feito por um órgão de conciliação (Comissão de Conciliação Prévia).
Trata-se de uma opção, não existe obrigação. Contudo, se o empregado passar pela CCP e firmar acordo, poderá executar diretamente.
7.2. Certeza do Título:
7.2.1. Definitiva: não há mais discussão, existe sentença com trânsito em julgado.
7.2.2. Provisória: ainda discute o direito material, geralmente ocorre na pendência de recurso.
Advertência: a execução provisória ocorre até a penhora (art. 899, CLT).
OBS.: súmula 417, TST = quando a empresa não nomeia outros bens para penhora, mesmo em execução provisória. CUIDADO: pode o exequente levantar os valores? Pelo CPC poderia (art. 475-O), sendo que o TST entende que o Reclamante não poderá levantar esses valores enquanto perdurar a execução provisória.
7.2.2.1. Procedimento:
a) Carta de sentença (art. 475, CPC): são cópias das peças principais do processo principal, que os substituem (estão no tribunal “ad quem”).
OBS.: segue até a penhora, sendo que o levantamento só se efetiva em execução definitiva. 
7.3. Art. 585, CPC? Não tem aplicação na justiça do trabalho, ou seja, não tem força executiva.
A justiça do trabalho somente possui competência para executar (i) TAC e (ii) Termo CCP.
7.4. Competência: será competente o juiz que formou o título JUDICIAL (art. 877, CLT). Exemplo: juiz da 1ª VT de Marília que proferiu a sentença, sendo que a execução correrá na mesma VT.
OBS.: execução EXTRAJUDICIAL? Conforme o art. 877-A, CLT, será competente a VT para uma possível ação principal. Exemplo: TAC que será executado na VT (OJ 130 da SDI-II, TST) e Acordo CCP na VT da prestação de trabalho (art. 651, CLT).
7.5. Legitimados:
a) Exequentes = legitimados ativos (art. 878, CLT).
São os donos do crédito executado na Justiça do Trabalho, ou seja, aquele que conste no título executivo como credor do crédito. Exemplo: Reclamante em face de sentença condenatória transitada em julgado de horas extras.
OBS.: a CLT utiliza a expressão “qualquer interessado”, ou seja, podem ser exequentes qualquer um que tenha interesse na execução, como no caso do (i) dependente do INSS ou na sua falta pelos (ii) herdeiros do CPC (alvará/inventário na justiça comum) em caso de morte do credor (art. 1º, Lei n.º 6.858/80).
Outrossim, o juiz pode também de ofício executar (impulso).
b) Executados = legitimados passivos (omissão da CLT aplica-se analogamente a LEF + art. 568, CPC).
i. Empresa;
ii. Sócios: pela desconsideração da personalidade jurídica;
OBS.: desconsideração da personalidade jurídica = maior (art. 50, CC) e menor (art. 28, § 5º, CDC).
	Desconsideração Maior (requisitos)
	Desconsideração Menor (requisitos)
	Confusão patrimonial.
	Não tem requisitos, basta o inadimplemento.
	Desvio.
	
Advertência: na Justiça do Trabalho se aplica a desconsideração da personalidade jurídica MENOR, com base na equivalência de hipossuficiência. 
iii. Grupo econômico (art. 2º, § 2º): respondem de forma solidária sem benefício de ordem. OBS.: é diferente de subsidiariedade (com benefício de ordem), sendo que no curso da execução pode o exequente executar de qualquer uma delas.
Vertical = subordinação (pode cobrar daqueles que estão na mesma linha).
Horizontal = coordenação (pode cobrar de qualquer um).
OBS.: súmula 205, TST (foi cancelada).
iv. Terceirização (súmula 331, TST): só pode executar a tomadora de serviços se ela estiver no polo passivo da ação.
OBS.: tomador e prestador de serviço. Quando lícita a responsabilidade será subsidiária e se ilícita será solidária.
7.6. Procedimentos: podem os magistrados adotar duas formas de execução, ou seja, pelo art. 879 da CLT (dá vista ao executado antes da homologação dos cálculos pelo prazo de 10 dias) ou pelo art. 884 da CLT (padrão).
7.6.1. Execução definitiva: juiz profere um despacho ordenando que o exequente apresente os cálculos da liquidação da sentença (quando ilíquida).
a) Por artigos: fato novo. 
b) Por arbitramento: necessita de perícia.
c) Cálculos: mais comum (mera memória discriminatória de valores).
7.6.2. Sentença homologatória:
a) Intima o exequente: por meio de seu advogado.
Pode impugnar os valores homologados, por meio de uma IMPUGNAÇÃO À CONTA DE LIQUIDAÇÃO (cinco dias).
b) Mandado de citação, penhora e avaliação ao executado: por meio de oficial de justiça. Pode ele:
Oficial penhora: na inércia o Oficial de Justiça retorno após 48 horas e penhora até o valor correspondente do débito (garantia do juízo).
Nomear bens a penhora: observa a ordem do art. 655, do CPC (garantia do juízo).
Pagar: extingue a obrigação.
c) Embargos à execução: quando a penhora está garantida, o executado pode opor embargos à execução no prazode 5 dias.
d) Nova sentença: sobre os embargos à execução.
e) Recurso cabível na execução = Recurso de AGRAVO DE PETIÇÃO no prazo de 8 dias (art. 897, “a”, CLT).
f) RR: após o julgamento do Agravo de Petição no TRT, desde que a matéria seja constitucional, cujo prazo é de 8 dias.
OBS.: Lei n.º 13.015/14 = novas hipóteses para interpor RR em execução trabalhista, ou seja, podem-se questionar execuções fiscais, CNDT, além da matéria constitucional (art. 896, §§ 2º e 10º, CLT).
g) Embargos à SDI (TST): só cabem perante a divergência constitucional (súmula 433, TST), cujo prazo de interposição é 8 dias. 
h) RE (art. 543, CLT e art. 102, CF): prazo de 15 dias, para discussão constitucional.
7.6.3. Trânsito em julgado da sentença homologatória: produto da penhora (nomeação ou penhora oficial).
7.6.3.1. Hasta Pública:
a) Praça: primeiro.
b) Leilão: segunda haste pública.
7.6.3.2. Arrematação: terceiro adquire a propriedade sobre o bem, sendo que retornará ao executado o valor acima do débito.
7.6.3.3. Adjudicação: o próprio exequente fica com o produto da penhora.
7.6.3.4. Remição: liberação do bem penhora, retorna ao réu o bem penhorado.
OBS.: o intuito é que o bem seja arrematado pelo valor da avaliação ou pelo maior lance.
Advertência: no segundo leilão o preço pode ser inferior à avaliação, respeitando o preço vil (conforme o caso concreto).
� 1ª Aula. Josley Soares.
� 2ª Aula. André Paes.
� 3ª Aula (03 de novembro de 2015). André Paes.
� 4ª Aula (06 de novembro de 2015). Josley Soares.

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