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ATPS Contabilidade Internacional

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UNIVERSIDADE UNIDERP ANHANGUERA
AMANDA
CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA: CONTABILIDADE INTERNACIONAL.
TAQUARA, 15 DE ABRIL DE 2015.
SUMÁRIO
	
31.0 INTRODUÇÃO	�
42.0 NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE	�
63.0 IAS 1 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.	�
74.0 IAS – ATIVOS INTANGÍVEIS	�
95.0 CONCLUSÃO	�
106.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
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1.0 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem objetivo um melhor entendimento da Contabilidade Internacional. Sendo, abordado os principais tópicos sobre as novas alterações e padronizações internacionais de contabilidade. Tais como: Aderência às Normas Internacionais de Contabilidade pelas Empresas Brasileiras, os desafios para o contador e para as empresas frente à Contabilidade Internacional, enfatizando as diferenças, padrões e métodos entre outros países. E ainda verificando, as Demonstrações Financeiras, Mensuração dos Estoques e as exigências para o reconhecimento de um Ativo Intangível.
2.0 NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
1. Quais os desafios para o contador frente à contabilidade internacional?
As taxas de depreciação deveriam refletir a vida útil econômica do bem, não cabendo a adoção de qualquer metodologia definida por legislação fiscal. A adoção de taxas de depreciação fiscais prevalecia entre as empresas brasileiras. O presente trabalho visou identificar se as empresas abertas brasileiras do setor de bens industriais, diante do processo de convergência para as normas internacionais de contabilidade, passariam a adotar taxas de depreciação condizentes com a vida útil econômica dos bens do ativo imobilizado, fazendo com que a contabilidade de fato e de direito fossem coincidentes, pelo menos no tocante às taxas de depreciação. 
Os resultados da pesquisa evidenciaram que a maioria das empresas brasileiras listadas em bolsa do setor de bens industriais, utilizava, até 2008, taxas de depreciação fiscais. A partir daí, com a vigência de novo ordenamento contábil, as empresas passaram gradualmente a adotar os critérios de taxas de depreciação baseados na vida útil econômica dos bens, para os anos de 2009 e 2010. 
Essas constatações mostram que, apesar da possibilidade de tratamentos alternativos às taxas de depreciação, grande parte das empresas estudadas aderiu às normas internacionais de contabilidade, pelo menos no tocante às taxas de depreciação. 
Porém, a existência de empresas que ainda adotam as taxas fiscais evidencia que o processo de convergência ainda não ocorre com totalidade. A não adoção pode ser explicada em parte pelas diferenças naturais de padrões contábeis e pela percepção dos participantes desse processo. 
Seria necessário um aprofundamento da pesquisa sobre os reais motivos que levaram as empresas a não adotarem novas taxas. Para maior conforto sobre as conclusões do processo de convergência, novos estudos nesse sentido poderão ser conduzidos com a ampliação da amostra. Adicionalmente, poderiam ser desenvolvidos estudos sobre todas as práticas alternativas que a adoção das IFRS permite, bem como a adoção ou não dessas práticas alternativas por empresas brasileiras.
2. Quais os desafios para as empresas brasileiras?
Considerada como a linguagem universal dos negócios, a contabilidade vem passando por um processo de convergência das normas contábeis, por iniciativa de diversos países. O principal normatizador contábil no mundo é o IASB – International Accounting Standards Board, que emite as IFRS – International Financial Reporting Standards. O objetivo do IASB é “desenvolver, com base em princípios claramente articulados, um conjunto único de pronunciamentos contábeis de alta qualidade, compreensíveis, exequíveis e aceitáveis globalmente” (IFRS, 2011). 
Recentemente, o Brasil, por intermédio de legislações específicas, passou a fazer parte desse processo de convergência, através da sanção das leis 11.638/07 e 11.941/09, que alteram em parte a lei 6.404/76 (lei das sociedades anônimas). A nova legislação determinou que a CVM – Comissão de Valores Mobiliários – adotasse a normatização contábil de acordo com os padrões internacionais, permitindo ainda que os reguladores firmassem convênio com a entidade que estudava e produzia tais normas. Esse dispositivo legal permitiu que o CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, criado em 2005, passasse a ser o principal produtor de normas contábeis no Brasil. O direcionamento do CPC é para a convergência total com as normas produzidas pelo IASB. 
Esse processo de convergência vem sendo aplicado gradualmente desde então, tendo o seu ápice para o exercício de 2010, durante o qual as companhias abertas foram obrigadas a adotar as normas internacionais de contabilidade em sua forma completa. 
Porém, nem todo processo de harmonização ou convergência é infalível, em face da existência de peculiaridades entre os países participantes deste processo. É importante destacar que o processo de harmonização é distinto do processo de convergência. A harmonização permite a aproximação das normas e práticas entre os países, buscando preservar as particularidades inerentes de cada um, e possibilitando a reconciliação dos sistemas contábeis a fim de melhorar a troca de informações a serem interpretadas e compreendidas (Niyama, 2005). Já a convergência passou a ser bastante utilizada com o intuito de definir a trajetória dos países na adoção integral dos International Accounting Reporting Standards (IFRS (Ikuno et al., 2010).
3. Destaque as diferenças, padrões e práticas entre os países.
Diversos autores pesquisaram sobre as diferenças nos padrões e práticas contábeis entre os países. Weffort (2005), além de apontar as principais causas dessas diferenças, afirma ainda que esse processo pode conduzir à existência de uma contabilidade de fato e outra de direito. Corroborando o pensamento de Weffort (2005), Carmo et al. (2011) asseveram que apesar da ressaltada relevância da convergência internacional da contabilidade, a simples introdução das normas, sem considerar os aspectos culturais e institucionais dos países, pode levar a uma adoção de jure (de direito) e não de fato (de fato) das normas, o que prejudicaria o processo de uniformização das práticas contábeis, transformando a convergência em uma simples questão de formalidade. É importante ressaltar que a contabilidade de direito trata da uniformidade da regulação contábil, da convergência entre as normas, enquanto que a contabilidade de fato diz respeito à adoção na prática cotidiana das empresas (Weffort, 2005; Tay e Parker, 1990 in Carmo et al. , 2011). 
Kvaal e Nobes (2010) conduziram um estudo sobre as diferenças entre as práticas contábeis atuais de países que já adotaram as normas internacionais de contabilidade, quando as mesmas permitiam avaliações alternativas, principalmente baseadas em práticas locais pré-normas internacionais de contabilidade - IFRS. Eles chegaram à conclusão de que, na maioria dos casos em que era possível a avaliação alternativa, a prática adotada era a da norma local.
3.0 IAS 1 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.
Fundamentos Básicos das Demonstrações Contábeis em IFRS
De acordo com IAS 1, as demonstrações contábeis consolidadas que devem ser organizadas e divulgadas ao mercado, essenciais a pelo menos dois exercícios sociais comparativos, são as seguintes:
• Balanço Patrimonial: 
• Demonstração de Resultado
• Demonstração de Resultado Abrangente
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
• Demonstração dos Fluxos de Caixa (regulamentada pela IAS 7)
• Notas Explicativas
O International Accounting Standards Board, ou IASB, sediado em Londres iniciou suas atividades em 2001, substituindo o antigo International Accounting Standards Committe, ou IASC. O IASB tem como compromisso principal desenvolver um modelo único de normas contábeis internacionais de alta qualidade, que demandem transparência e comparabilidade na elaboraçãode Demonstrações Contábeis, e que atendam ao público interessado nas Demonstrações Contábeis seja eles investidores, administradores, analistas, pesquisadores ou quaisquer outros usuários eleitores de tais demonstrações. 
O IASB enuncia as normas internacionais de contabilidade, que são chamadas International Financial Reporting Standards, ou IFRS. Até o momento, já foram emitidas sete IFRSs. O IASC, que foi substituído pelo IASB, emitiu 41 normas, que eram denominadas International Accounting Standards, ou IAS, a maioria das quais continua em vigência até hoje.
 Neste conjunto, é importante observar que a IFRS 1 que trata de adoção de IFRS, pela primeira vez, é diferente da IAS 1, que trata do formato, do conteúdo e da apresentação das Demonstrações Contábeis preparadas de acordo com o IFRS, e assim sendo. Em 2003 e 2004, o IASB revisou e atualizou quinze das IASs que haviam sido, anteriormente, emitidas pelo IASC, em linha com seu compromisso de desenvolvimento contínuo das normas contábeis.
 Adicionalmente às normas internacionais de contabilidade, existem interpretações, chamadas IFRIC, que são emitidas, para auxiliar a aplicação de uma norma em relação a um determinado assunto que esteja em evidência, e que promova direcionamento sobre sua correta interpretação técnica. As normas contábeis estão em permanente processo de evolução, pois existem muitos estudos e processos para novas alterações, tanto as locais quanto as internacionais.
4.0 IAS – ATIVOS INTANGÍVEIS
Após as atualizações feitas, a Lei 11.638/2007 divulgada em 28/12/2007 procurou compor as normas contábeis brasileiras com as exercidas internacionalmente e a Lei 11.941/2009, publicada em 27/05/2009 admitiu o Regime Tributário de Transição (RTT). Antes não se adotava nenhum tipo de ativo intangível no balanço patrimonial das empresas brasileiras, com as citadas leis foi obtida uma melhoria para contabilidade brasileira do modo ao tratamento dos ativos intangíveis. Em conjunto com a publicação do CPC 04 – Ativo Intangível que tem conexão com a International Accounting Standards 38 (IAS 38).
 	O Ativo Intangível pelo conceito do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) 04 o define como um ativo não monetário identificável e sem substância física. O significado de ativo pelas normas é a mesma da estrutura conceitual, ou seja, que um ativo é um recurso controlado pela empresa como resultado de eventos passados e do qual são aguardados benfeitorias futuras. Alguns exemplos de Ativos Intangíveis são: Softwares; Marcas; Patentes; filmes cinematográficos e Direitos Autorais. As fixações das Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 devem ser advertidas por todas as entidades obrigadas a obedecer a Lei das S/A, sociedades por ações ou sociedade de grande porte. Deverão seguir o novo tratamento contábil dos ativos intangíveis para seu reconhecimento e mensuração, assim também como analisar e efetuar as exposições específicas referentes a esses ativos. 
Com as alterações surgem dúvidas, como quais são as exigências para o reconhecimento de um Ativo Intangível? A identificação do ativo intangível ocorrerá quando: 
a) for separável da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado, ou permutado individualmente ou em conjunto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou
b) resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais, independentemente de os direitos poderem ser transferidos ou separados da entidade ou de outros direitos e obrigações.
c) O reconhecimento de um ativo intangível também se dá a avaliação do potencial de origem de benefícios futuros, devendo ser evidenciada. Podendo conter a receita da venda de produtos ou serviços, abatimento de custos ou outros benefícios. 
As empresas deverão considerar a vida útil de um ativo intangível, ela poderá ser definida ou indefinida. A constância ou o volume de produção ou unidades semelhantes que constituem a vida útil definida, a indefinição da vida útil necessita ser atribuída pela empresa a um ativo intangível por meio do diagnóstico de todos os fatores condescendentes, não havendo um alcance previsível para o tempo durante o qual o ativo precisará gerar fluxos de caixa líquidos positivos para a entidade. Para definir se um ativo intangível demanda uma provisão para perdas por desvalorização, a entidade necessita aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
5.0 CONCLUSÃO
Conclui-se com a realização deste trabalho que a contabilidade internacional nasceu para estabelecer um tema comum entre os relatórios financeiros formados por contextos de outros países e determinar processos de adequação aos padrões internacionais a partir da contabilidade local. Em nosso país a regulamentação é desempenhada através do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, devendo seguir os padrões internacionais contidos nos International Financial Reporting Standards (IFRS) publicados pelo International Accounting Standards Board (IASB). 
Sendo assim, a partir de 2010 ficam obrigadas todas as empresas, a elaborar seus demonstrativos financeiros conforme as novas normas. Sendo assim o conjunto completo de IFRS deve ser observado pelas empresas de grande porte e as pequenas e medias empresas estão sujeitas ao previsto na Resolução CFC 1.255/2009. 
As fundamentais variações se referem á nova estruturação do Balanço Patrimonial, e os critérios de cálculo dos ativos e passivos, a publicação do Fluxo de Caixa e da Demonstração do Valor Adicionado, em meio a outros.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.afixcode.com.br/ativos-intangiveis-conceito-mensuracao-divulgacao/#ixzz3TwAQ9fNYY
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm
http://www.jusbrasil.com.br/bem-vindo?ref
http://crc-go.jusbrasil.com.br/noticias/1912719/contabilidade-novas-praticas-leis-11638-2007-e-11941-2009-roteiro
ERNST & YOUNG, Ernst & Young; FIPECAFI, FIPECAFI. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade: IFRS - Versus Normas Brasileiras. 2ª edição. SP: Atlas,2010 - PLT 429.
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