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MIOLOGIA - SISTEMA MUSCULAR

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1 
MIOLOGIA 
 
 
 
 
 
Em nosso corpo humano existem uma enorme variedade de 
músculos, dos mais variados tamanhos e formato, onde 
cada um tem a sua disposição conforme o seu local de 
origem e de inserção. 
Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual divide-se 
em muitos ramos para poder controlar todas as células do 
músculo. Onde as divisões destes ramos terminam em um 
mecanismo conhecido como placa motora. O sistema 
muscular é capaz de efetuar imensa variedade de 
movimentos, sendo todas essas contrações musculares são 
controladas e coordenadas pelo cérebro. 
Os músculos são os órgãos ativos do movimento. São eles 
dotados da capacidade de contrair-se e de relaxar-se, e, em 
conseqüência, transmitem os seus movimentos aos ossos 
sobre os quais se inserem, os quais formam o sistema 
passivo do aparelho locomotor. O movimento de todo o corpo humano ou de algumas 
das suas partes - cabeça, pescoço, tronco, extremidades deve-se aos músculos. De 
músculos estão, ainda, dotados os Órgãos que podem produzir certos movimentos 
(coração, estômago, intestino, bexiga etc.). 
A musculatura toda do corpo humano pode, portanto, dividir-se em duas categorias: 
 
1) Os músculos esqueléticos, que se ligam ao esqueleto; estes músculos se inserem 
sobre os ossos e sobre as cartilagens e contribuem, com a pele e o esqueleto, para 
 2 
formar o invólucro exterior do corpo. Constituem aquilo que vulgarmente se chama a 
"carne" e são comandados pela vontade. 
2) Os músculos viscerais, que entram na constituição dos órgãos profundos, ou 
vísceras, para assegurar-lhes determinados movimentos. Estes músculos têm estrutura 
"lisa" e funcionam independentemente da nossa vontade. 
 
Uma categoria à parte é constituída pelos músculos cutâneos, os quais se inserem na 
pele, pelo menos por uma das suas, extremidades. No homem, esses músculos são 
pouco desenvolvidos e são encontrados, na sua maior parte, na cabeça e no pescoço 
(músculos mímicos), mas são desenvolvidíssimos nos animais. 
 
As células musculares, chamadas fibras, têm a capacidade de mover-se. Com o termo 
"músculo" nos referimos a um conjunto de células musculares organizadas, unidas por 
tecido conectivo. Cada célula muscular se denomina fibra muscular. No corpo humano 
há três tipos de músculos: 
 
Estriado, voluntário ou esquelético. 
Liso, involuntário 
Cardíaco. 
 
 
Músculo esquelético estriado ou 
voluntário 
As células do músculo esquelético 
são cilíndricas, filiformes. Uma fibra muscular ordinária mede aproximadamente 2,5 cm 
de comprimento e sua largura é menor de um décimo de milímetro. As fibras 
musculares se agrupam em feixes. Cada músculo se compõe de muitos feixes de fibras 
musculares. 
É avermelhado, de contração brusca, e seus movimentos dependem da vontade dos 
indivíduos. Constitui o tecido mais abundante do organismo e representa de 40 a 45% 
do peso corporal total. 
A carne que reveste os ossos é tecido muscular. Esses se encontram unidos aos ossos 
do corpo e sua contração é que origina os movimentos das distintas partes do 
esqueleto, e também participa em outras atividades como a eliminação da urina e das 
fezes. A atividade do músculo esquelético está sob o controle do sistema nervoso 
central e os movimentos que produz se relacionam principalmente com interações 
entre o organismo e o meio externo. 
Chama-se de estriado porque suas células aparecem estriadas ou raiadas ao 
microscópio, igual ao músculo cardíaco. Cada fibra muscular se comporta como uma 
unidade. Um músculo esquelético tem tantas unidades quanto fibras. Por isso se define 
como multiunitário. O movimento é feito por contração da fibra muscular. 
 
Músculo liso ou involuntário 
 
As células do músculo liso são sempre fusiformes e alargadas. Seu tamanho varia 
muito, dependendo de sua origem. As células menores se encontram nas arteríolas e 
 3 
as de maior tamanho no útero grávido. Suas fibras não apresentam estriações e por 
isso são chamados de liso. Tendem a ser de cor pálida, sua contração é lenta e 
sustentada, e não estão sujeitos à vontade da pessoa; de onde deriva seu nome de 
involuntário. 
Esse músculo reveste ou forma parte das paredes de órgãos ocos tais como a traquéia, 
o estômago, o trato intestinal, a bexiga, o útero e os vasos sangüíneos. 
Como um exemplo de sua função, podemos dizer que os músculos lisos comprimem o 
conteúdo dessas cavidades, intervindo desta maneira em processos tais como a 
regulação da pressão arterial, a digestão etc. 
Além desses conjuntos organizados, também se encontram células de músculo liso no 
músculo eretor do pêlo, músculos intrínsecos do olho etc. A regulação de sua atividade 
é realizada pelo sistema nervoso autônomo e hormônios circulantes. As fibras do 
músculo liso são menores e mais delicadas do que as do músculo esquelético. Não se 
inserem no osso, mas atuam como paredes de órgãos ocos. 
Em volta dos tubos, em geral, há duas capas, uma interna circular e uma externa 
longitudinal. A musculatura circular constringe o tubo; a longitudinal encurta o tubo e 
tende a ampliar a luz. No tubo digestivo, o esforço conjunto da musculatura circular e 
da longitudinal impulsiona o conteúdo do tubo produzindo ondas de constrição 
chamadas movimentos peristálticos. 
Há dois tipos de músculo liso: 
Multi-unitário: cada fibra se comporta como uma unidade independente, 
comportamento semelhante ao músculo esquelético. Ex: músculo eretor do pêlo, 
músculos intrínsecos do olho etc. Não se contraem espontaneamente. A estimulação 
nervosa autônoma é que desencadeia sua contração. 
Unitários simples: as células se comportam de modo semelhante ao músculo cardíaco, 
como se fossem uma estrutura única. O impulso se transmite de célula a célula. Pode-
se dizer que o músculo, em sua totalidade, funciona como uma unidade. Ex: músculo 
intestinal, do útero, ureter etc. 
 
Músculo cardíaco ou miocárdio 
 
Forma as paredes do coração, não está sujeito ao controle da vontade, tem aspecto 
estriado. 
Suas fibras se dispõem juntas para formar uma rede contínua e ramificada. Portanto, o 
miocárdio pode contrair-se em massa. 
O coração responde a um estímulo do tipo "tudo ou nada", daí que se classifique como 
unitário simples. O músculo cardíaco se contrai ritmicamente 60 a 80 vezes por 
minuto. 
 
Unidade motora ou unidade funcional 
 
Cada músculo tem um nervo motor (grupo de fibras nervosas) que entra nele. 
Cada fibra nervosa se divide em ramas terminais, chegando cada rama a uma fibra 
muscular. 
Em conseqüência, a unidade motora esta formada por um só neurônio e o grupo de 
células musculares que este inerva. 
O músculo possui muitas unidades motoras. Responde de forma graduada dependendo 
do número de unidades motoras que se ativem 
 
Contração muscular 
 
A maquinaria contrátil da fibra muscular está formada por cadeias protéicas que se 
deslizam para encurtar a fibra muscular. Entre elas há a miosina e a actina, que 
 4 
constituem os filamentos grossos e finos, respectivamente. Quando um impulso chega 
através de uma fibra nervosa, o músculo se contrai. 
Quando uma fibra muscular se contrai, se encurta e alarga. Seu comprimento diminui a 
2/3 ou à metade. Deduz-se que a amplitude do movimento depende do comprimento 
das fibras musculares. O período de recuperação do músculo esquelético é tão curto 
que o músculo pode responder a um segundo estímulo quando ainda perdura a 
contração correspondente ao primeiro. A superposição provoca um efeito de 
esgotamento superior ao normal. 
Depois da contração, o músculo se recupera, consome oxigênio e elimina bióxido de 
carbono e calor em proporção superior à registrada duranteo repouso, determinando o 
período de recuperação. 
O fato de que consome oxigênio e libera bióxido de carbono sugere que a contração é 
um processo de oxidação mas, aparentemente, não é essencial, já que o músculo pode 
se contrair na ausência de oxigênio, como em períodos de ação violenta; mas, nesses 
casos, se cansa mais rápido e podem aparecer cãibras. 
 
Estrutura dos Músculos 
 
 
Fibra de músculo esquelético 
 5 
Os músculos esqueléticos estão revestidos por 
uma lâmina delgada de tecido conjuntivo, o 
perimísio, que manda septos para o interior do 
músculo, septos dos quais se derivam divisões 
sempre mais delgadas. O músculo fica assim 
dividido em feixes (primários, secundários, terciá- 
rios). O revestimento dos feixes menores 
(primários), chamado endomísio, manda para o 
interior do músculo membranas delgadíssimas que 
envolvem cada uma das fibras musculares. 
A fibra muscular é uma célula cilíndrica ou 
prismática, longa, de 3 a 12 centímetros; o seu 
diâmetro é infinitamente menor, variando de 20 a 
100 mícrons (milésimos de milímetro). A fibra 
muscular tem o aspecto de um filamento 
fusiforme. No seu interior notam-se muitos 
núcleos (quando geralmente a célula tem um só 
núcleo) de modo que se tem a idéia de ser a fibra 
constituída por várias células que perderam os 
seus limites, fundindo-se umas com as outras. O citoplasma da fibra (isto é, toda a 
restante parte da fibra, com exclusão do núcleo) aparece estriado transversalmente de 
faixas alternadamente claras e escuras. Essa estrutura existe somente nas fibras que 
constituem os músculos esqueléticos, os quais são por isso chamados músculos 
estriados. 
A estriação não existe, ao contrário, nos músculos 
viscerais, que se chamam, portanto, músculos 
lisos. Ao longo dos septos que dividem os feixes de 
fibras, ramificam-se arteríolas e vênulas, enquanto 
ao longo da membranazinha que envolve cada 
uma das fibras se expandem os capilares que 
formam uma rede de malhas retangulares. Ao 
longo dos mesmos septos caminham ramificações 
nervosas motoras e sensitivas que penetram 
depois nas fibras; os filamentos motores trazem à 
fibra o estímulo para que esta se contraia; os 
filamentos sensitivos, ao contrário, recolhem 
informações sobre o estado do músculo, sobre o 
seu grau de contração, e as transmitem ao 
cérebro. Os músculos esqueléticos, em suma, são 
órgãos muito vascularizados e muito inervados. Os músculos viscerais são também 
constituídos de fibras fusiformes, mas muito mais curtas do que as fibras musculares 
esqueléticas: têm, na verdade, um tamanho que varia de 30 a 450 mícrons. Têm, além 
disso, um só núcleo e são privadas de estrias. Estes músculos se chamam, portanto, 
fibras lisas e não são comandados pela vontade. As fibras lisas recebem, também, 
vasos e nervos motores provenientes do sistema simpático. 
 6 
 
 
 
Como funcionam os músculos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para que um músculo, esquelético ou visceral, 
se ponha em ação, isto é, se contraia, deve 
ser excitado. Experimentalmente o músculo 
responde a diversos tipos de excitação: 
-excitações mecânicas, como são as 
determinadas por uma pancada, uma picada, 
um esmagamento etc.; 
-excitaçoes térmicas, como o aumento de 
temperatura; 
-excitações elétricas; este tipo de excitação é 
o ideal porque o experimentador pode fazer 
variar a intensidade e o grau de excitabilidade 
do próprio músculo. 
No ser vivo, a excitação chega ao músculo 
através dos nervos motores. 
O músculo excitado responde ao estímulo 
contraindo-se. A contratibilidade é a 
característica essencial do músculo. O músculo 
excitado se deforma, se encolhe, aumenta de 
espessura, mas o seu volume total não muda. 
Diversa é a contração nos músculos estriados 
e nos músculos lisos. Os primeiros se 
contraem muito mais rapidamente do que os 
segundos. 
 7 
Uma vez contraído, o músculo relaxa, voltando à sua forma primitiva. O músculo é, 
portanto, dotado de elasticidade. Isto se pode constatar distendendo um músculo pelas 
suas extremidades: observa-se que o músculo retorna ao seu primitivo comprimento 
uma vez cessada a tração, com a condição de que esta não tenha sido muito forte ou 
muito violenta. 
A elasticidade do músculo é indispensável. O músculo deve, na verdade, voltar à sua 
forma primitiva para poder contrair-se de novo. Além disso, nos músculos considerados 
antagônicos, isto é, que desempenham funções opostas, têm lugar, 
contemporaneamente, dois fenômenos contrários: quando um deles se contrai o outro 
relaxa. 
Assim, quando dobramos o antebraço sobre o braço, temos a contração do bíceps e, ao 
mesmo tempo, o relaxamento do tríceps, o músculo antagônico. 
Contraindo-se, os músculos esqueléticos agem sobre os ossos, que constituem 
verdadeiras "alavancas". Quando levantamos um peso com a mão, dobrando o 
cotovelo, o antebraço constitui a alavanca, a articulação do cotovelo é o ponto de 
apoio, a força desenvolvida pelos bíceps constitui a força motora e o peso a resistência. 
Os músculos realizam sempre um "trabalho". Em física, define-se o "trabalho" como o 
produto de uma força pelo deslocamento do ponto de aplicação dessa força. Mas os 
músculos realizam um trabalho mesmo sem deslocamento das alavancas ósseas. Para 
manter na respectiva posição a cabeça, o tronco e os membros, é necessária uma 
harmônica contração de diversos grupos musculares. A manutenção da posição ereta é, 
sob este ponto de vista, qualquer coisa de maravilhoso, porque a base da figura 
constituída pelo corpo humano é muito pequena e o centro de gravidade está situado 
muito no alto. O corpo tende a cair ora para diante e ora para trás, tanto para a direita 
como para a esquerda; apesar da nossa aparente imobilidade, somos constrangidos, 
para evitar a queda, a contrair, de momento a momento e no tempo oportuno, diversos 
grupos musculares. Que tudo impõe trabalho muscular fica demonstrado pelo fato que 
basta perder, mesmo por um único instante, a consciência, para cair no chão. 
O trabalho necessário para manter o equilíbrio se chama "trabalho estático" e é 
comparado ao trabalho fornecido pelo músculo para manter um peso a uma 
determinada altura. 
Mesmo os músculos viscerais realizam um trabalho. Calculou-se que o trabalho 
fornecido cada dia pelo coração é equivalente ao de uma máquina que levantasse 
27.200 quilos à altura de um metro. É fácil deduzir daí qual possa ser o trabalho 
produzido pelo estômago e pelo intestino que devem fazer caminhar o alimento neles 
contido e obrigá-lo a caminhar para a extremidade terminal do tubo digestivo. 
O trabalho de um músculo depende da força que desenvolve e, portanto, do seu 
volume, que, por sua vez, está em relação com o número de fibras que o forma. 
 
 8 
Enquanto desenvolve o seu trabalho, o "músculo produz calor. Fazendo ginástica, como 
todos podem constatar, há aquecimento do corpo. A temperatura de um ciclista, 
durante uma corrida, pode elevar-se até 39-
40°C. Em estado de atividade, os músculos 
produzem 60% do calor do nosso corpo. Por esse 
motivo, com o fim de combater o frio, aconselha-
se o movimento. Um meio para evitar o 
congelamento durante os descansos forçados dos 
alpinistas é justamente o de fazer movlmentos 
energlcos. 
Naturalmente, para que funcione, o músculo tem 
necessidade de ser nutrido. As substâncias 
nutritivas que o músculo consome são 
essencialmente os açúcares e as graxas. Os 
músculos podem, no entanto, utilizar-se da 
própria substância de que são formados, istoé, 
das proteínas. Os músculos consomem muito 
oxígênio e é por isso que são ricamente 
vascularizados. Os alimentos consumidos pelos 
músculos produzem energia; uma parte desta 
energia é transformada em energia mecânica, e 
outra em calor. Os produtos de rejeição do 
músculo são anidrido carbônico e ácido lático. O 
ácido lático forma-se em grande quantidade no 
decurso de exercícios físicos muito intensos e de 
longa duração. Ele se acumula no interior do 
músculo e provoca a coagulação da matéria de 
que é constituído, resultando daí uma diminuição 
da elasticidade e seu enrijecimento. O ácido 
lático é ainda responsável pela fadiga muscular. 
Durante o repouso, o músculo, recebendo uma 
quantidade suficiente de oxigênio, queima pouco 
a pouco o ácido lático e volta às primitivas 
condições 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
PRINCIPAIS MÚSCULOS 
 
Na enumeração dos principais músculos do corpo limitar-nos-emos aos músculos 
esqueléticos, isto é, aqueles que permitem os movimentos da cabeça, do tronco e dos 
membros. Deixamos de lado os nossos músculos viscerais que pertencem 
intrinsecamente aos órgãos e nao têm, quase nunca, um nome seu próprio. 
O número de músculos esqueléticos não se pode estabelecer com exatidão porque em 
algumas regiões os corpos musculares não se podem delimitar de modo preciso. O 
número médio gira em torno de 327 músculos pares (isto é, duplos, porque existem de 
um lado e de outro do nosso corpo); apenas 2 são, pelo contrário, ímpares, isto é, 
únicos 
 
MÚSCULOS DA CABEÇA - Os músculos da cabeça podem-se classificar em 
esqueléticos e cutâneos. 
 
 
 
 
 10 
Músculos cutâneos - No pescoço há um único músculo cutâneo, mas na cabeça, e 
mais particularmente no rosto, os músculos cutâneos são numerosos e servem para 
compor os vários aspectos da fisionomia (músculos mímicos). Na cabeça existe um 
largo músculo cutâneo, o músculo epicrânico, que recobre toda a abóbada do crânio, 
abaixo da pele. Nele distinguem-se três partes: uma anterior, o músculo frontal; uma 
média, que não tem estrutura muscular mas tendinosa, a aponevrose epicrânica; uma 
posterior, o músculo occipital. O músculo frontal é também chamado o músculo da 
atenção porque, contraindo- se, enruga a testa. O músculo occipital também termina 
na aponevrose, mas parte, posteriormente, do osso occipital. No homem, o músculo 
occipital é pouco desenvolvido, e nas contrações puxa para trás o couro cabeludo. 
Dos lados da orelha existem três músculos cutâneos chamados músculos auriculares 
(anterior, posterior e superior) pouco desenvolvidos porque, como se sabe, a orelha 
não é dotada de movimento. Esses poucos e limitados movimentos que a orelha pode 
realizar são devidos aos músculos auriculares. 
Na testa existe um outro músculo cutâneo, o músculo 
superciliar, chamado também músculo da agressão, porque, 
contraindo-se, determina a formação de rugas transversais da 
pele da testa (entre os dois supercílios e em cima do nariz), 
contribuindo para dar ao rosto uma expressão ameaçadora. 
Os outros músculos cutâneos se dispõem, na face, em torno 
da abertura da boca, do nariz e das órbitas. São muito 
desenvolvidos do lado funcional e a sua contração, isolada ou 
associada, dá ao rosto a expressão dos sentimentos. A volta 
da órbita há o músculo orbicular dos olhos, dito também 
orbicular das pálpebras. Está disposto em anel à volta do olho 
e, com as suas contrações, determina o fechamento das 
pálpebras e intervém na distribuição das lágrimas. 
Na maçã do rosto existe o músculo zigomático, dito também 
músculo do riso, porque, agindo sobre os lábios, determina o alongamento da abertura 
bucal e a sua curvatura com concavidade voltada para cima (puxa para cima os 
ângulos da boca) na típica figura do riso. O lábio superior é levantado principalmente 
pelo músculo quadrado do lábio superior, que dá ao rosto uma expressão de desgosto: 
na verdade, ele deixa imóveis os ângulos da boca enquanto dilata as narinas como na 
ação de cheirar. Nos ângulos da boca se insere o músculo incisivo do lábio inferior que 
os puxa para dentro e para diante, como no muxoxo, no ato de chupar e de beijar. 
Na mandíbula se inserem dois músculos cutâneos: o quadrado do lábio inferior e o 
triangular. O primeiro puxa para baixo e para fora o lábio inferior, dando à boca uma 
expressão de desgosto. O segundo atua mais diretamente sobre os ângulos da boca, 
puxando-os para baixo e lateralmente. Também este imprime ao rosto uma impressão 
de desgosto ou de riso forçado. 
A boca está contornada por um músculo em anel, o orbicular da boca, dito também 
orbicular dos lábios, que fecha os lábios. 
Na bochecha encontra-se o músculo bucinador que se estende da região entre a arcada 
zigomática e o nariz, até o maxilar inferior. Agindo juntos, os dois bucinadores puxam 
para trás os ângulos da boca, alongando a abertura bucal e aproximando os lábios. 
Os bucinadores se contraem quando "sopramos", como no assobiar, no apagar uma 
vela, no tocar um instrumento de sopro, isto é, todas as vezes que se expele o ar que 
enche a boca e estufa as bochechas. 
Todos os músculos da cabeça que temos até agora mencionado pertencem ao grupo 
dos músculos cutâneos, não só por , suas caracterlstlcas anatomlcas mas também pela 
inervação, que é comum a todos e diversa daquela do músculos esqueléticos. 
Os músculos cutâneos da cabeça ou músculos mímicos são, na verdade, inervados pelo 
nervo facial, enquanto os esqueléticos são inervados pelo nervo trigêmio. 
 11 
Músculos esqueléticos - São chamados músculos mastigadores porque determmam 
os movimentos do maxilar inferior. O maxilar inferior realiza três tipos de movimento: 
se levanta, abaixa e se volta lateralmente. 
Os que fazem o maxiliar executar movimentos são quatro: o músculo temporal, o 
músculo masseter, e os dois músculos pterigóideos (interno e externo). 
O músculo temporal e o masseter são externos, apenas sob a pele. O temporal parte 
da têmpora e o masseter da arcada zigomática. Ambos elevam o maxilar inferior. Os 
músculos pterigóideos são profundos. Se os dois músculos externos se contraem, ao 
mesmo tempo, o maxilar inferior é projetado para a frente, enquanto será levado para 
um lado pela contração de um só músculo. O pterigóideo interno eleva o maxilar 
inferior. 
Como se vê, os músculos "mastigadores" têm somente a função de elevar o maxilar 
inferior e de avançá-lo para a frente ou para os lados. 
 
MÚSCULOS DO PESCOÇO 
No pescoço existe um único músculo cutâneo, o cuticular, que tem a forma de uma 
lâmina quadrilátera muito larga que cobre toda a 
região lateral do pescoço. A sua ação é de puxar 
para baixo e para o lado os ângulos da boca (tem, 
portanto, importância também na mímica); quando 
se contrai fortemente levanta a pele do pescoço em 
rugas transversais e puxa para cima a pele do 
peito. 
Todos os outros músculos do pescoço são 
esqueléticos e se classificam em anteriores 
(chamados supraióideos e subióideos, conforme se 
acham acima ou abaixo do osso hióide), posteriores 
e laterais. Um músculo destaca-se dos demais e é o 
mais importante: o esternoclidomastóideo. 
Músculo esternoclidomastóideo 
É assim chamado pelas suas inserções: na 
verdade, se liga, por uma parte, ao esterno 
e à clavícula, e, por outra, à apófise 
mastóide do osso temporal. Percorre, 
portanto, todo o pescoço lateralmente. É o 
músculo que faz voltar a cabeça de lado: 
neste caso, o músculo do lado oposto faz 
saliência de modo bem visível, 
principalmente nos indivíduos magros. 
Quando os dois esternoclidomastóideos se 
contraem ao mesmotempo, se a cabeça 
está distendida, fazem-na ficar mais 
distendida ainda; se, ao contrário, a cabeça 
está flexionada, fazem-na flexionar mais. 
Desde que o ponto de inserção na cabeça (mastóide) se torne fixo, os músculos 
esternoclidomastóideos fazem levantar o tórax. 
 12 
Músculos Supranóides aproximam o osso hióide do maxilar in- ferior e da base do 
crânio. São quatro: o miloióideo, o estiloióideo, o gênioióideo e o digástrico. Têm a 
função de abaixar o maxilar inferior ou então de levantar o osso hióide, como acontece 
na deglutição. 
Os músculos da coluna dorsal são destinados principalmente a endireitar o tronco 
quando está flexionado. Eles asseguram também o equilíbrio e a estática do 
corpo,quando o indivíduo carrega um peso. 
Músculos subiódeos Estendem-se do osso hióide à caixa torácica e servem para abaixar 
a laringe. São quatro: o esternoióideo, o omoióideo, o esternoiróideo e o tiroióideo. 
Músculos posteriores e laterais 
Os músculos hióideos estão situados na parte anterior do pescoço. Posteriormente há 
os músculos pré-vertebrais, que estão adiante da coluna vertebral; e, lateralmente, os 
músculos escalenos, que se inserem sobre vértebras e sobre costelas, determinando a 
expansão da caixa torácica: são músculos que permitem a inspiração, isto é, a entrada 
de ar nos pulmões, e são, assim, chamados músculos inspiradores. 
. 
MÚSCULOS DO DORSO 
 13 
 
Os músculos da região dorsal podem ser 
classificados em dois grupos, um 
superficial outro profundo. 
Os músculos superficiais são músculos 
muito largos que, com a sua própria 
superfície, recobrem os músculos 
subjacentes. Inserem-se de uma parte 
nas vértebras e de outra parte nos 
membros. 
Nos músculos da camada profunda, 
contrariamente, achamos músculos 
encarregados do movimento das costelas 
e da coluna vertebral, que são chamados, 
respectivamente, espino-costais e espino-
dorsais. 
Músculos superficiais 
Em cima achamos o músculo trapézio, que tem a forma de 
um triângulo muito grande, e se insere, de um lado, nas 
vértebras cervicais e no osso occipital, e, de outro, na 
omoplata. Quando os trapézios se contraem juntamente, 
dos dois lados, levam a cabeça para trás, isto é, a 
estendem. 
Para mover a espádua para cima, para dentro e para trás, 
devemos contrair um único músculo trapézio, de um só 
lado. Um outro músculo superficial é o grande músculo 
dorsal. E também esse triangular e está situado 
inferiormente ao trapézio. Toma, na verdade, inserção nas 
vértebras torácicas e lombares por meio de uma vasta 
aponevrose. Do lado oposto se insere no úmero. 
Contraindo-se, leva o braço para dentro e para trás. Os 
músculos denteados posteriores (superior e inferior) vão 
das vértebras às costelas. O músculo superior abaixa as 
últimas costelas; o inferior levanta as primeiras costelas. 
Músculos espino-costais 
Inserem-se também estes na espinha dorsal e nas costelas, participando dos movimentos 
respiratórios. 
Músculos espino-dorsais 
São músculos muito complexos que, no seu conjunto, servem para estender a coluna 
vertebral e mantê.la direita na posição ereta. 
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MÚSCULOS DO TÓRAX 
Os músculos do tórax se podem classificar em duas 
categorias: os músculos tóraco-apendiculares, que ligam 
o tórax ao membro superior, e os músculos intrínsecos do 
tórax) que vão da coluna vertebral às costelas. O 
diafragma é um músculo à parte. 
Músculos tóraco-apendiculares 
São os músculos do peito, entre os quais se distinguem o 
grande peitoral que recobre todos os outros, estendendo-
se do esterno e da clavícula ao úmero. Tem a função de 
levar o braço para dentro. Em condições particulares, por 
exemplo, quando o tronco está suspenso pelos braços, contribui para levantar o tronco. 
É o peitoral que se contrai quando um ginasta se levanta "pela força do braço". Oculto 
pelo grande peitoral está o pequeno peitoral que levanta as costelas; é um músculo 
inspirador como o músculo denteado anterior que se insere, também ele, nas costelas. 
 
 
Músculos intrínsecos do tórax 
São os músculos intercostais que ligam uma costela a 
outra. Vão da margem inferior de uma costela à 
margem superior da costela subjacente. A sua ação é 
discutida. Contribuem para fechar a caixa torácica e 
protegê-la, mas não é claro se intervêm nos 
movimentos respiratórios. Temos depois os músculos 
subcostais, os elevadores das costelas e o transverso do 
torax: servem para a respiraçao. 
DIAFRAGMA 
É um músculo ímpar que se encontra acima da cavidade 
abdominal, que ele separa da cavidade torácica. É sobre 
as costelas, as vértebras lombares e o esterno que ele 
se insere. Dessas regiões os feixes musculares se 
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irradiam para cima e para a parte mediana, confluindo para um centro tendinoso. O 
diafragma é inervado pelo nervo frênico. Ao contrair-se, a sua curvatura diminui, isto é, 
o músculo tende a achatar-se, a capacidade do tórax aumenta e os pulmões se enchem 
passivamente de ar. Ao mesmo tempo, o diafragma, achatando-se, comprime a 
cavidade abdominal. Quando essa contração é enérgica e atuam juntamente os 
músculos do abdome, temos uma ação de pressão sobre os órgãos abdominais, útil 
para esvaziar o intestino, e, na mulher, para o parto. 
MÚSCULOS DO ABDOME 
Distinguem-se os músculos ventrais e os músculos 
dorsais. 
Músculos ventrais 
São representados pelo reto do abdome, pelos oblíquos 
(esterno e interno) e pelo transverso, os quais, no seu 
conjunto, formam a parede abdominal. 
O reto é um músculo em fita que desce do esterno ao 
púbis e que tem a função de dobrar o tórax. para a 
frente; tomando ponto fixo no abdome, ao contrário, 
levanta a bacia. Os músculos oblíquos, que são largas lâminas musculares e que se 
inserem nas costelas e no osso ilíaco, abaixam as costelas (e comprimem, portanto, o 
tórax: músculos expiratórios), ou então levantam a bacia. O músculo transverso 
comprime a cavidade abdominal (é importante na defecação, no vômito, no parto) e 
age, também, como músculo expirador. 
Músculos dorsais 
São representados pelo músculo quadrado dos lombos, de forma quadrilátera, que 
fecha o abdome posteriormente e tem a função de inclinar a coluna vertebral 
lateralmente, e pelos músculos caudais, que estão situados sobre o osso sacro e sobre 
o cóccix e que têm uma função protetora. 
 
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MÚSCULOS DOS MEMBROS 
MEMBRO SUPERIOR. Músculos da espádua 
O músculo mais característico da espádua é o deltóide, de forma triangular, que 
comunica à espádua, no começo do braço, 
a sua forma arredondada. Insere-se, de 
um lado, na clavícula, e, do outro, no colo 
cirúrgico do úmero. Afasta o braço do 
tronco lateralmente. A sua ação não se 
estende, porém, além de 90 graus. A 
escápula dá inserção ainda a outros cinco 
músculos que vão ter, todos, ao úmero 
(músculo supra-espinhal, subespinhal, 
grande e pequeno redondo) e têm por 
função afastar o braço lateralmente e para 
trás ou de levantar a espádua. 
 
 
 
 
Músculos do braço 
Distinguem-se os músculos anteriores e os 
posteriores, que têm função contrária. 
O maior e mais superficial dos músculos 
anteriores é o bíceps, porque tem duas 
cabeças que se inserem na escápula. As 
duas cabeças se reúnem em um grande 
ventre que termina por um forte tendão na 
extremidade proximal do rádio. A sua 
função é dobrar o antebraço sobre o 
braço; quando se contrai forma uma 
proeminência característica. Durante a 
flexão do antebraço, o seu tendão faz 
saliência na prega do cotovelo. Menores e mais profundos, o músculo córaco-braquial, 
que vai, também ele, da escápula ao úmero e leva o braçopara diante, para cima e 
para dentro, e o músculo braquial, que vai do úmero ao ulna, e dobra, também, por 
três cabeças: na escápula, na metade superior do úmero e na metade inferior do 
úmero. As três cabeças se reúnem em um grande ventre que o antebraço. 
Dos músculos posteriores o maior é o tríceps, que nasce constitui, praticamente, toda a 
porção posterior do braço, e vai inserir-se, por um tendão, no olécrano do ulna. Sua 
ação é oposta à do bíceps: isto é, estende o antebraço. 
 
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Músculos do antebraço 
 
Podem-se distinguir três grupos colocados em três lojas distintas: um grupo anterior, 
um grupo lateral e um grupo posterior. 
Os músculos anteriores são essencialmente flexores da mão (flexor radial e flexor 
cubital) e dos dedos (flexor superficial dos dedos e flexor profundo dos dedos, longo 
flexor do polegar). Os músculos laterais são o músculo bráquio-radial (que dobra o 
antebraço) e os extensores radiais do carpo (longo e curto), que estendem a mão. 
Os músculos posteriores estendem a mão (extensor cubital do carpo) e os dedos 
(extensor comum dos dedos, extensor próprio do mínimo, curto e longo extensor do 
polegar, extensor do indicador). Um leva o polegar para fora (longo abdutor do 
polegar), um outro faz rodar o braço sobre o próprio eixo (supinador), fazendo realizar 
à mão o movimento característico pelo qual a palma, que voltada para baixo, rode, 
voltando-se para cima. 
 
 
 
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Músculos da mão 
São desenvolvidos particularmente do lado palmar e, entre os outros, têm maior 
evidência aqueles do polegar e do 
mínimo. Estes dois grupos de 
músculos formam duas saliências que 
se chamam eminência tenar (do lado 
do polegar) e eminência hiPotenar (do 
lado do mínimo). Distinguimos assim 
os músculos da eminência tenar, 
aqueles da eminência hipotenar e Os 
músculos da palma. 
 
Aos músculos da eminência tenar cabem 
os movimentos do polegar: o curto 
abdutor leva o polegar para fora, 
enquanto o oponente permite opor-se o 
polegar ao mínimo; o curto abdutor 
concorre com o já citado longo abdutor 
(que pertence aos músculos do 
antebraço). O adutor do polegar leva, 
contrariamente, o polegar para dentro; 
enfim O curto flexor concorre com o longo 
flexor (do antebraço) para dobrar o 
polegar. Os músculos da eminência hipotenar têm a função de dobrar o mínimo (curto 
flexor do mínimo), de levá-lo para fora (abdutor) e de opô-lo ao polegar (oponente do 
mínimo). 
 
 
 
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Os músculos da palma, enfim, são constituídos pelos lumbricais e pelos interósseos. Os 
músculos lumbricais são pequenos músculos que dobram a primeira falange dos 
últimos quatro dedos (isto é, excluindo o polegar) sobre a palma, enquanto, 
contrariamente, estendem a segunda e a terceira falange. Os músculos interósseos 
ocupam os espaços entre um osso e outro do metacarpo e têm a função de aproximar 
e de afastar os dedos do eixo da mão (isto é, servem para abrir os dedos em leque e 
para reuni-los). 
MEMBRO INFERIOR. Músculos do quadril 
Têm eles origem nos ossos da bacia e da coluna vertebral e vão 
inserir-se no fêmur. Dividem-se em músculos da fossa ilíaca e 
músculos da região glútea. Entre os primeiros deve ser citado o 
músculo psoas-ilíaco, que nasce, por duas inserções distintas, da 
fossa ilíaca e da coluna lombar; termina no fêmur, e, conforme 
tenha fixa uma ou outra das inserções, dobra a coxa sobre a bacia 
ou então inclina para diante o tronco; concorre também para rodar 
para fora a coxa. Os músculos da região glútea são representados 
pelos músculos glúteos (grande, médio e pequeno glúteo), 
dispostos em três camadas sobrepostas: têm a função de estender 
a coxa (entram em ação quando alguém passa da posição sentada 
para a posição em pé) e de levá-la para fora. Sempre na região 
glútea há outros músculos menores, como o Piriforme, o obturador 
interno e o quadrado do fêmur, que têm a função de rodar a coxa. 
Músculos da coxa 
Dividem-se em anteriores, mediais e posteriores. Entre os 
anteriores os mais importantes são o costureiro e o quadríceps. O 
costureiro parte da espinha ilíaca ântero-superior, percorre toda a 
coxa obliquamente e tem multa importância na marcha. O 
quadríceps femoral é um grande músculo constituído de quatro 
ventres, que, embaixo, confluem para um tendão único, o qual se 
insere na tíbia. Na espessura do tendão, pouco antes deste se 
inserir na tíbia, está incluída a patela (rótula). A função do 
quadríceps é a de estender a perna; entra em ação quando, 
depois de ter dobrado o joelho, é posta a perna em linha com a 
coxa. 
Os músculos mediais, isto é, os situados na parte interna da coxa, 
têm a finalidade de reconduzir a coxa para a linha mediana, depois 
que a própria coxa foi levada para fora: isto é, são adutores. Estão 
dispostos, em quatro planos e compreendem quatro músculos 
adutores propriamente ditos além do delgado, do pectíneo e do 
obturador. 
Os músculos posteriores da coxa têm a função de dobrar a perna sobre a coxa e de 
estender a coxa sobre a bacia, em outros termos, fazem dobrar o joelho e levam a 
perna atrás da coxa. São constituídos pelo músculo bíceps femoral e pelos músculos 
semitendinoso e semimembranoso. 
 
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Músculos da perna 
Também os músculos da perna estão distribuídos por três grupos: anteriores, laterais e 
posteriores. Os anteriores partem da tíbia e terminam no pé. Têm a função de estender 
o pé, no seu todo, ou os dedos (isto é, fazem dobrar o pé ou os dedos para cima). O 
músculo tibial anterior move o pé; aos dedos chegam, contrariamente, o longo 
extensor dos dedos e do maior. Os músculos laterais são representados pelos dois 
'peroneanos', lon- go e curto, que dão ao pé o movimento de abdução, isto, levam-no 
para fora. Os músculos posteriores têm função contrária à dos anteriores, isto é, 
dobram o pé e os dedos (dobram para baixo). O maior dos músculos posteriores é o 
triceps sural, constituído por três ventres. 
Dois deles formam os gastrocnemianos ou gêmeos, os quais constituem a barriga da 
perna (observando-se atentamente, notar-se-á como a barriga da perna é constituída 
por duas globulosidades distintas); o terceiro é o músculo solear, situado mais 
profundamente. O músculo tríceps sural tem um único grande tendão que se insere no 
calcâneo: é o tendão de Aquiles. A função do tríceps é a de estender o pé (como 
acontece quando alguém se põe na ponta dos pés). Os outros músculos posteriores são 
os flexores dos dedos todos inclusive do maior; o tibial posterior não só estende mas 
leva para fora e roda para dentro o pé; o poplíteo, que dobra a perna, e roda-a para 
dentro. 
 
 
 
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Músculos do pé 
 
No dorso do pé há um único músculo, o curto extensor dos dedos, que dobra os dedos 
para cima, Na planta, há numerosos músculos: um grupo lateral faz mover o pequeno 
dedo (leva-o para baixo e para fora); um grupo medial atua sobre o dedo maior e o faz 
mover para fora e para baixo; enfim, o terceiro grupo de músculos medianos, que 
ocupam a região central da: planta do pé, serve para o movimento comum de todos os 
dedos. 
 
Indiquemos de modo breve os seus nomes: 
Músculos mediais: abdutor do dedo maior - curto flexor do dedo maior - adutor do 
dedo maior. 
Músculos laterais: abdutor do 5º dedo - curto flexor do 5º dedo - oponente do 5º dedo. 
Músculos medianos: curto flexor dos dedos - quadrado da Planta - músculos lumbricais 
- músculos interósseos plantares - músculos interósseos dorsais. 
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