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Abolicionismo Penal

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Abolicionismo Penal:
 O abolicionismo penal é uma teoria criminológica relacionada à descriminalização, ou seja, a retirada de determinadas condutas de leis penais; e a despenalização, extinção da pena quando da prática de determinadas condutas. Trata-se de um novo método de se pensar o direito penal, uma vez que se questiona o verdadeiro significado das punições e das instituições, com o objetivo de construir outras formas de liberdade e justiça.
É um movimento relacionado à descriminalização, que é a retirada de determinadas condutas de leis penais incriminadoras e à despenalização, entendida como a extinção de pena quando da prática de determinadas condutas. 
A questão é interessante e serve como um dos meios de se amenizar o caos penitenciário em que se encontra o país. Isso porque pode ser aplicada rapidamente e apresentará resultados a curto prazo, estabelecendo penas somente aos atos criminosos que atinjam, verdadeiramente, o indivíduo ou a coletividade.
Assim, para determinadas condutas, hoje criminosas, não haveria nem a tipicidade penal nem pena.
Pode-se argumentar que tal medida seria uma espécie de incentivo para que se cometessem tais condutas, vez que estas não mais seriam condutas criminosas e sim atos da conduta humana. Mas o fato de se despenalizar não incentiva a conduta, prova disso é o tratamento atribuído ao usuário drogas, ele não é criminoso, é dependente, não precisa ser encarcerado, merece ser curado, e, o fato de não mais se incriminar o usuário não resultou em aumento de usuários.
Desse modo, apenas para concluir, o abolicionismo penal, que poderia, por exemplo, ser atribuído a crimes leves patrimoniais, é instrumento de justiça e segurança social e está diretamente relacionado ao princípio da dignidade da pessoa humana.
O abolicionismo penal consiste numa teoria filosófico-penal que defende o fim do sistema penal, por considerá-lo gerador de um sofrimento inútil e nocivo. Parte do pressuposto de que o conceito de crime é errôneo, e o direito penal deve ser substituído por formas de conciliação e reparação realizadas pela própria sociedade civil, sem a interferência coercitiva do Estado o abolicionismo penal é utópico, não deixando claro que os conflitos sociais irão desparecer com a abolição do sistema penal, mas se demandam na crença que este serve apenas como instrumento de falsa resolução dos conflitos. Não há como se extinguir a violência da sociedade, mas pode-se tentar diminuí-la priorizando a queda da desigualdade que privilegia o interesse das classes dominantes, as quais ficam isentas dos processos de criminalização que são desviados para as classes inferiores.
 	A sociedade atual vive com a precariedade da política criminal, já que essa vem atravessando a falência das medidas penais, pois a modernização traz consigo o surgimento de novas formas delitivas e, com isso, a necessidade da tutela do direito penal.
Não obstante haver excesso das leis, a criminalidade só aumenta e a sociedade clama por uma pronta resposta do Estado e esse se utiliza do Direito Penal que deveria ser acionado como último argumento. 
            É nesse contexto que o sistema penal passa por um questionamento doutrinário, vindo este de encontro à tese do abolicionismo, crendo na ineficácia da norma penal numa sociedade cada vez mais desigual.
O contexto histórico nos diz que o final da Segunda Guerra Mundial é apontado, por inúmeros doutrinadores, como a época do nascimento do movimento abolicionista. Todavia, só ganhou força nas décadas de 60 e 70 uma vez que com o passar do tempo essa doutrina vem ganhando nova vida e novos adeptos. O termo abolição, como movimento social humanitário tem sido utilizado desde o século XVIII, significativo da luta pela pena de prisão em substituição às penas.
 O movimento abolicionista é desmembrado em três correntes:
 I) tem como seu principal idealizador Louk Husman que prega a eliminação do sistema penal como um todo, não admitindo, para tanto, a intervenção do Estado na resolução dos conflitos. É, o sistema penal considerado como um mal em si mesmo, um procedimento incapaz de solucionar os problemas para os quais se propõe. Louk tem como principal proposta afastar o Estado de todo e qualquer litígio, objetivando, com isso, dar uma visão sociológica acerca do fato, eliminando os termos crime e criminalidade reestruturando-os em forma de problemas sociais. Para os adeptos da Criminologia Tradicional essa corrente de pensamento, também, pode ser chamada de Anarquismo Penal;
 
II) seu precursor é Thomas Mathiesen que funda o seu entendimento no ideário marxista, o qual vincula a norma penal à organização do sistema capitalista. Thomas prega apenas o banimento da prisão, já que esta constitui, para ele, um mero instrumento de ação política contra as classes sociais mais desfavorecidas e que, na maioria das vezes, só atrapalha a eficácia do próprio sistema penal. Matheinsen sustenta ainda que não existe teoria acabada por mais perfeita que esta possa parecer tendo em vista que a sociedade vive em constante evolução, fato este que culmina na necessidade de estudos contínuos para que possibilite a adequação do abolicionismo à realidade fática da sociedade.
 
III) tem como expoente Nils Christie, que fundamenta a sua concepção na ideia de que deve ser abolida toda e qualquer sanção penal que comine dor ou sofrimento pessoal, já que baseia suas ideias em rígidas regras morais, desse modo, é visto como um comportamento insuportável infringir sofrimentos ao indivíduo.
 Abolicionismo de Michel Foucault:
            Existe na doutrina fundamentação unânime de que Foucault não coadunava com o ideário abolicionista já que seus estudos não compreendem a concepção abolicionista. É certo que em colação com os doutrinadores até então estudados Michel não poderia ser considerado um abolicionista. A teoria do abolicionismo penal de Michel é fundada na consideração do sujeito como um produto do poder 
A teoria abolicionista abrange duas vertentes, sendo elas:
Abolicionismo como movimento social: uma das particularidades mais comuns de seus idealizadores é a de terem instituído grupos de ação ou de pressão contra o sistema penal e de, principalmente, terem levado adiante movimentos com participação de indivíduos com experiência na área da criminalização. Seus principais líderes foram Foucault e Hulsman.
 Abolicionismo como perspectiva teórica: existem díspares tipos de abolicionismo, com diferentes fundamentações metodológicas para abolição. Não há apenas um ideário acerca da ideia abolicionista, ou uma teoria totalizadora que abranja todos os aspectos de suas distintas variantes. Seus líderes foram Foucault, Thomas Mathiesen, Louk Hulsman e Nils Christie.
Pode-se concluir que abolicionismo penal é utópico o abolicionismo tem como parâmetro o fim de se buscar a melhoria da realidade do sistema carcerário brasileiro, bem como a redução da criminalidade, não deixando claro que os conflitos sociais irão desparecer com a abolição do sistema penal, mas se demandam na crença que este serve apenas como instrumento de falsa resolução dos conflitos a censura que se faz à criminologia abolicionista é que ela não possui anuência da maioria dos povos, já que a realidade social e a estruturação dos governos de muitos países não incitam a implantação dos sistemas abolicionistas.
 Não há como se extinguir a violência da sociedade, mas pode-se tentar diminuí-la priorizando a queda da desigualdade que privilegia o interesse das classes dominantes, as quais ficam isentas dos processos de criminalização que são desviados para as classes inferiores.
O abolicionismo não pode ser tratado como pensamento único, em face da existência de diversos métodos, pressupostos filosóficos, bem como diferentes táticas para alcançar seus objetivos. Destaca-se a forte crítica ao Abolicionismo a necessidade de um direito penal positivo, que tomaria como referência para a punição os chamados direitos fundamentais, que no Brasil encerram como ponto importantíssimo a dignidade da pessoahumana.
Bibliografia: 
https://jus.com.br/artigos/24443/o-abolicionismo-penal-e-a-realidade-brasileira/2
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=11840
https://pt.wikipedia.org/wiki/Abolicionismo_penal
http://conteudojuridico.com.br/artigo,abolicionismo-e-direito-penal-do-inimigo-correntes-totalmente-opostas,28085.html

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