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LIVRO_Elementos_de_Geologia -CLARISMAR DE OLIVEIRA CAMPOS_PDF

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ELEMENTOS DE 
GEOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLARISMAR DE OLIVEIRA CAMPOS 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELEMENTOS DE 
GEOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
CLARISMAR DE OLIVEIRA CAMPOS 
 Eng
o
.
 
 Agr
o
. Dr.
 
Professor concursado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETROLINA, PE 
JULHO, 2009 
 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campos, Clarismar de Oliveira, 
 Elementos de Geologia / Clarismar de 
Oliveira Campos. – Petrolina: [s.n.], 
2009.2a.ed. 
 iv, f. : il. Color., gráfs., tabs. 
 
 
1. Geologia. 2. Rochas. 3. Minerais. I. 
Campos, Clarismar de Oliveira 
Campos. 
 
 
 
 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“ Não se deve ir atrás de objetivos fáceis. É preciso buscar o 
que só pode ser alcançado por meio dos maiores esforços”. 
 
“ Se não fosse físico, acho que seria músico. Eu penso em 
termos de música. Vejo minha vida em termos de música”. 
 
Albert Einstein (1879-1955) 
( Galileu, n
o 
 161 ) 
 
Estudante, estando no terceiro grau, você é mais criador de 
texto do que interpretador. Pense nisso. 
 
Espaço e tempo é uma descoberta humana, para entender os 
acontecimentos evolucionistas e a própria ciência. Para Deus, 
não existe espaço e nem tempo, pois magnificamente Ele É, 
espaço e tempo. 
 5 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
A geologia é uma ciência fantástica, pois foi 
através da mesma que a humanidade pôde, 
ao longo do tempo, resistir e desmistificar 
os preconceitos do surgimento do universo, 
formação do nosso sistema solar e da 
gênese da Terra. As observações 
astronômicas nos conduzem a pelo menos 
duas reflexões para os temas da origem do 
Universo e da matéria nele concentrada: 
Uma visão retrospectiva, onde a 
observação das feições mais distantes nos 
leva a informações de épocas passadas, 
são as observações das regiões no limite do 
observável, que refletem eventos há vários 
bilhões de anos. Uma visão comparativa, 
que possibilita a reconstrução do ciclo de 
evolução estelar, visto existir uma grande 
diversidade de tipologia nas estrelas, em 
relação à sua massa, tamanho, cor, 
temperatura, idade etc. Sabe-se que a vida 
de uma estrela é muito longa, bilhões de 
anos, e o grande número delas faz com que 
seja possível verificar a existência de muitas 
delas em diferentes fases de evolução 
estelar, desde a sua formação até o seu 
desaparecimento ou a sua transformação 
em outro objeto diferente no Universo. 
Quando perguntamos como foi criado o 
Universo, uma das respostas mais comum é 
que foi criado por Deus, ora isso é o óbvio 
do óbvio, o ser estudioso necessita de um 
embasamento científico, de leitura, para 
colocar em prática o seu lado crítico criador, 
para responder a essa pergunta, para tanto, 
nesta apostila, tanto na parte escrita, como 
nas sugestões de leitura, o discente poderá 
criar o seu embasamento para responder e 
esta questão e outras muito interessantes. 
Para os cientistas realizarem a 
reconstituição da história da Terra, eles se 
baseiam nos estudos das rochas e dos 
fósseis. O estudo dos fósseis, isto é, dos 
restos ou vestígios de seres orgânicos - 
vegetais ou animais - que deixaram suas 
marcas nas rochas sedimentares da crosta 
terrestre, permite aos estudiosos saber 
também sobre o passado da Terra, para 
tanto os especialistas criaram uma 
terminologia apropriada. A paleontologia. 
Uma das grandes preocupações da 
humanidade é saber a idade da Terra, esse 
tema tem acompanhado os cientistas por 
muitos séculos e a primeira tentativa, foi 
baseada nas observações contidas na 
paleontologia, entretanto, ficava muito 
empírico visto não possuir uma base 
científica consistente, apesar de ser aceita 
pelo mundo científico. Com o avanço da 
ciência, com o conhecimento sobre a 
radioatividade, tornou-se possível a 
determinação do tempo que leva para dar-
se a transmutação de um elemento em 
outro, o que se dá pela mudança do número 
atômico, com perda de elétrons, mais 
partículas do próprio núcleo do átomo e 
energia, sob a forma de radiações, com 
esses avanços científicos, os cientistas 
podem, hoje, fazer a datação dos principais 
eventos da Terra. 
O conhecimento das principais 
características do Sol, Lua e da Terra, são 
importantes para o desvendamento sobre a 
evolução da vida e das transformações por 
que passou e passa o nosso planeta. 
A meteorologia é uma ferramenta 
importante para melhor entendermos o 
nosso planeta, ensina quais aparelhos 
utilizamos e como tomar os dados, saber 
conviver com as adversidades é muito 
importante, principalmente no nosso semi-
árido, onde impera a indústria da seca. 
O autor 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
ASSUNTOS 
 
PÁGINA 
Apresentação 
 
5 
CAPITULO I 
Noções de geologia, teorias sobre o universo, gênese da terra, 
paleontologia, processos de datação, astros, movimentos da 
terra e meteorologia. 
 
 
7-31 
CAPITULO II 
Estrutura da terra; processos endógenos e exógenos; tectônica 
de placas e deriva continental; terremotos / ondas sísmicas; 
vulcões; magma e vulcanismo; produtos vulcânicos; vulcanismo 
e seus efeitos no meio ambiente; vulcanismo e seus benefícios; 
formação das montanhas. 
 
 
 
32-57 
CAPITULO III 
Minerais e rochas; estrutura cristalina; principais minerais; 
argilominerais; importância do conhecimento; rochas ígneas ou 
magmáticas; rochas sedimentares; rochas metamórficas 
 
 
 
58-69 
CAPITULO IV 
Solo, fatores de formação do solo, perfil do solo, cassificação 
brasieira de solos, frações do solo, atividades das partículas do solo, 
textura do solo, estrutura do solo, cálculos analíticos 
interpretações. 
 
 
70-79 
CAPITULO V 
Excursão, uma prática pedagógica na aprendizagem 
 
80-86 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
 
CAPITULO I 
 
NOÇÕES DE GEOLOGIA, TEORIAS SOBRE O UNIVERSO, GÊNESE DA TERRA, 
PALEONTOLOGIA, PROCESSOS DE DATAÇÃO, ASTROS, MOVIMENTOS DA 
TERRA E METEOROLOGIA. 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Da mesma forma que podemos dividir a 
nossa vida em etapas, infância, juventude, 
maturidade e velhice; a existência da Terra 
também pode ser dividida em vários 
momentos. 
Quanto a formação da Terra a teoria mais 
aceita hoje, é chamada de acreação, que 
com o acumulo destas partículas de 
diversos tamanhos, formaram planetésimos, 
protoplanetas e planetas. A Terra primitiva 
era muito quente, devido a liberação de 
energia cinética durante seu crescimento, 
decadência de elementos radioativos em 
seu interior. O derretimento parcial do 
interior da Terra permitiu que o ferro e o 
níquel mais densos ficassem no centro, 
formando um núcleo metálico. O magma 
rico em sílica subir até a superfície para 
formar um oceano de magma. O material 
restante entre o núcleo e o oceano de 
magma formou o manto. O oceano de 
magma teria esfriado para formar uma 
camada de crosta basáltica como está 
presente em baixo dos oceanos hoje. A 
crosta continental seria formada depois. 
Esse período é chamado de Éon Pré-
Cambriano, compreendendo cerca de 4/5 
da história da Terra. As rochas que restam 
desse tempo são principalmente cristalinas, 
isto é, formadas diretamente por 
resfriamento e solidificação do magma e por 
sedimentos consolidados, que foram 
submetidos a altas pressões e 
temperaturas, adquirindo consistência 
semelhanteà das rochas cristalinas 
primitivas. Do ponto de vista geológico, 
nesse período ocorreu o resfriamento da 
Terra e os minerais solidificados formaram 
as primeiras rochas magmáticas. 
No Proterozóico, ocorreu a primeira “crise 
de poluição” , visto que há 
aproximadamente 2,2 bilhões de anos atrás, 
em diversas partes da Terra encontrou-se 
evidências da presença de óxidos de ferro 
em paleossolos (solos antigos), onde 
ocorrem “camadas vermelhas” que contêm 
óxidos de ferro, apontando um aumento 
razoavelmente rápido nos níveis do 
oxigênio. O oxigênio no Arqueano 
representava menos de 1% dos níveis 
atuais, mas há aproximadamente 1,8 bilhão 
de anos, os níveis de oxigênio aumentaram, 
atingindo cerca de 10% acima dos níveis 
atuais. 
O Éon Fanerozóico, graças aos inúmeros 
tipos de sedimentos que se originaram nas 
várias partes do mundo, devido o trabalho 
das águas, dos ventos, das geleiras e dos 
próprios seres vivos sobre as rochas do 
Pré-Cambriano, desgastando-se, 
transportando-as e redepositando-as em 
diferentes condições e locais do planeta. 
 
 
 
 
 
 
GEOLOGIA 
 
Etimologicamente falando a palavra vem do 
Grego que quer dizer GEO = Terra e 
LOGOS = pensamento, ciência, em tese é a 
ciência que estuda a Terra. 
 
DEFINIÇÃO 
 
É a ciência que estuda a Terra, sua 
formação, composição, seus processos 
 8 
internos, externos e sua evolução no 
espaço e no tempo. 
A geologia como ciência, procura decifrar a 
história geral da Terra, desde o momento 
em que se formaram as rochas até o 
presente, distinguindo-se, para efeito 
didático, em Geologia Geral ou Dinâmica e 
Geologia Histórica. 
 
Dinâmica 
 
É o estudo da composição, estrutura e dos 
fenômenos genéticos formadores da crosta 
terrestre, assim como do conjunto geral de 
fenômenos que agem não somente sobre a 
superfície, como também em todo o interior 
do nosso planeta. 
 
HISTÓRICA 
 
Estuda e procura datar cronologicamente a 
evolução geral, as modificações estruturais, 
geográficas e biológicas ocorridas na 
história da Terra. 
 
RAMIFICAÇÕES DA GEOLOGIA 
 
PETROLOGIA: é a ciência das rochas no 
sentido estrito, constituindo a base das 
ciências geológicas, importante porque 
através dos processos de transmutação dos 
elementos, chega-se a fazer a datação das 
rochas, composição química e cristalografia. 
 
PALEONTOLOGIA: descreve e classifica 
os antigos seres viventes que se encontram 
nas rochas. 
 
ESTRATIGRAFIA: ordena as rochas 
estratificadas (estratos) sistematizando-as a 
partir das mais antigas. 
 
GEOGRAFIA: é a ciência cujos campos de 
ação estão na superfície da Terra e seus 
habitantes. 
 
PEDOLOGIA: estudo do solo, formação, 
perfil, análises física e química. É a base 
para os projetos de ocupação da 
agropecuária, estradas, construções e 
notadamente para os projetos de irrigação. 
 
 
 
 
UM POUCO DE HISTÓRIA 
 
Observando os depósitos fluviais, Tales de 
Mileto ( 636-648 a C ) dizia que a água era 
o agente formador de toda a Terra. Já 
Anaxímenes ( 480 a C ) dizia ser o ar; 
Heráclito (576-480 a C) dizia que era o fogo. 
Aristóteles (384 – 322 a C ) afirmava que os 
terremotos eram produzidos por fortes 
ventos dentro da Terra, que produziam as 
erupções vulcânicas, já Sêneca ( 2- 63 d C ) 
dizia que a fricção produzida pelos ventos 
determinaria o aumento da temperatura, 
inflamando os depósitos de enxofre e outros 
combustíveis originando-se estão os 
fenômenos vulcânicos. Estrabão (63 a C – 
20 d C) reconheceu o Vesúvio como um 
vulcão dormente, cita em suas obres o 
afundamento e ressurgimento de ilhas. Caio 
Plínio Segundo é considerado o primeiro 
mártir da ciência, pois em 79 d C morreu 
observando o funcionamento da erupção 
vulcânica do Vesúvio, entretanto foi um 
perspicaz observador da natureza, escreveu 
37 volumes sobre a história da natureza, 
sendo que os 5 últimos volumes foram 
dedicados ao reino mineral. Avicena ( 979 – 
1073 d C ), médico árabe, discordou de 
várias teorias de Aristóteles. Leonardo da 
Vinci ( 1452 – 1519 ) em meados do século 
XV, corrige muitas idéias, inventa o 
telescópio, fala sobre o origem correta dos 
fósseis e do papel da erosão na formação 
das montanhas e rios. Geórgio Agrícola 
(1494 – 1555 d C ), médico, entre os 
diversos trabalhos geológicos que publicou 
destacou-se “De re metálica” tratado sobre 
a técnica da mineração e da mineralogia. 
Nicolas Steno (1631 – 1687 ) médico e 
eclesiástico estudou sobre as rochas, falou 
sobre a geologia física, estratigrafia e tratou 
da história geológica da Terra. Foi o 
primeiro a apresentar por meio de perfis a 
evolução geológica de uma área, escreveu 
um famoso livro “De sólido inter solidum 
naturaliter contento”, foi o primeiro a 
verificar a constância do ângulo formado por 
faces idênticas dos cristais, formulando a 
idéia do crescimento dos cristais em meio 
líquido. Buffon (1707 – 1788 ) influenciado 
pelos ensinamentos da sagrada escritura, 
 9 
subdividiu a história geológica da Terra em 
7 grandes épocas. Abraham Werner (1749 
– 1815) e James Hutton (1726 – 1797 ) são 
considerados os pais da geologia atual. 
Werner defendia a corrente Netunista, 
baseiava-se na história bíblica segundo a 
qual todas as rochas tinham o seu início 
num oceano de águas espessas e turvas 
que cobriam a superfície da Terra. As 
rochas calcárias, graníticas e basálticas 
formaram-se a partir de precipitados 
químicos. Já Hutton pertencia a corrente 
Uniformista, contestou a teoria do dilúvio, 
verificou perturbações de rochas, 
seqüências de estratos, cortes inclinados 
etc. Concluiu que todas as rochas se 
formaram de material levado de outras 
rochas mais antigas, explicando a formação 
de todas as rochas. Em resumo, a erosão e 
o tempo foram os responsáveis. Uma frase 
de Button causou na época uma grande 
polêmica “Não encontramos nenhum sinal 
de um começo, nenhuma perspectiva de um 
fim”. 
William Smith (1769 – 1839), não tendo 
nada a ver com a briga das correntes 
Netunista e Uniformista, em trabalhos de 
canais (canal Somerset) e de várias 
estradas na Inglaterra, descobriu que os 
sedimentos de cada época tinham seus 
fósseis, surgindo de suas pesquisas o 
primeiro mapa geológico, com divisões 
estratigráficas baseadas nos fósseis. 
Eduard Suess (1831 – 1914 ) esclareceu a 
história física da crosta e sintetizou a 
constituição geológica do globo terrestre na 
sua imortal obra “ Das Anttitz der Erde”. 
 
No fim do século passado, duas instituições 
foram importantes para o desvendamento 
dos mistérios do nosso planeta, que são: 
Geological Society of London e Société 
Géologique de France, que tinham como 
finalidade estudar em conjunto os 
problemas geológicos e as discussões dos 
novos dados coletados. 
O incremento da geologia foi progressivo, 
continuando a ser até hoje, onde os 
principais trabalhos são publicadas nas 
seguintes revistas: Taschenbuch der 
geologie and geoguoste, Jahrbuch fur 
mineralogie, Geognosie, Geologie and 
petrefaktenkunde e The american journal of 
sciences. 
 
UNIVERSO 
 
A Astronomia nos ensina que o cosmo é 
formado por incontáveis estrelas, planetas, 
asteróides, etc. formando as galáxias. Neste 
mundo inimaginável observamos que os 
astros dispõem-se de uma maneira 
ordenada, seguindo hierarquias. As estrelas 
agrupam-se primeiramente em galáxias, 
cujas dimensões são da ordem de 100.000 
anos-luz de forma elíptica ou espiral. 
A estrutura interna das galáxias pode conter 
mais de 100 bilhões de estrelas de todas as 
dimensões, com incontáveis 
particularidades, podendo citar como 
exemplo os quasars, objetos com 
dimensões ao nosso sistema solar, 
contendo imensa quantidade de energia 
(possivelmente Rádio) que brilha com 
grande intensidade. Cada quasars é 
provavelmente o núcleo de umagaláxia 
remota, observa-los significa testemunhar 
os primeiros tempos do Universo. As 
galáxias podem conter enormes espaços 
interestelares de baixa densidade, mas 
também regiões de densidade extrema, os 
buracos negros, que podem sugar qualquer 
matéria, em virtude de sua gigantesca força 
gravitacional, nem mesmo a luz consegue 
escapar dos buracos negros. 
Quem olha para o céu numa noite escura 
sem o auxílio de um telescópio pode ver até 
6 mil estrelas brilhando, parece muito mais 
não é, os astrônomos presumem a 
existência de pelo menos 100 bilhões de 
galáxias, cada uma contendo outros 
inimagináveis 100 bilhões de estrelas, 
profundamente afastadas no espaço e no 
tempo. Esses astros vão entrando em 
colapso lentamente como conseqüência de 
sucessivas explosões cósmicas e o material 
de sua composição acaba se espalhando 
pelas galáxias. 
O Universo conhecido se encontra 
projetado num disco de 40 bilhões de anos 
luz de diâmetro, as galáxias por sua vez, se 
agrupam formando os aglomerados, que 
podem conter algumas dezenas a alguns 
 10 
milhares de galáxias. A Via Láctea pertence 
ao Grupo Local, que inclui também a 
galáxia de Andrômeda (M 31) e as Nuvens 
de Magalhães (M 33) ou Nebulosa do 
Triângulo, com um diâmetro de cerca de 
150 milhões de anos-luz, estando afastadas 
da Via Láctea por 2,2 e 2,3 milhões de 
anos-luz, respectivamente. 
A nossa Via Láctea é uma galáxia do tipo 
espiral, tem cerca de 100 mil anos-luz de 
diâmetro, sendo constituída por 250 bilhões 
de estrelas.O o nosso Sol está localizado 
em braço periférico da galáxia, chamado de 
Orion, com diâmetro de 7 mil anos-luz. O 
Sol se move a 250 quilômetros por segundo 
e desde que surgiu, até agora, ele deu 23 
voltas em torno do centro da Via Láctea A 
Via Láctea possui também um núcleo, onde 
aparecem os agrupamentos das estrelas 
jovens. 
Para compreender o Universo que 
habitamos, devemos fazer um passeio até 
os limites do que foi observado pela ciência, 
podemos ter como ponto de partida o 
sistema solar, onde estão a Terra e os 
outros planetas, a partir daí, a viagem se dá 
por etapas, em primeiro lugar, a Galáxia em 
que se encontra o Sol e seus planetas e as 
estrelas e constelações próximas; em 
seguida, a Via Láctea, depois o chamado 
Grupo Local ( o aglomerado de galáxias 
formada pela Via Láctea e suas vizinhas), o 
Superaglomerado Local a que pertence o 
Grupo Local e, finalmente, os limites do 
Universo observável pelos instrumentos 
mais sofisticados de medição. 
 
As observações astronômicas nos 
conduzem a pelo menos duas reflexões 
para os temas da origem do Universo e da 
matéria nele concentrada: 
Uma visão retrospectiva, onde a 
observação das feições mais distantes nos 
leva à informações de épocas passadas, 
são as observações das regiões no limite do 
observável, que refletem eventos há vários 
bilhões de anos. 
Uma visão comparativa, que possibilita a 
reconstrução do ciclo de evolução estelar, 
visto existir uma grande diversidade de 
tipologia nas estrelas, em relação à sua 
massa, tamanho, cor temperatura, idade 
etc. Sabe-se que a vida de uma estrela é 
muito longa, bilhões de anos, e o grande 
número delas faz com que seja possível 
verificar a existência de muitas delas em 
diferentes fases de evolução estelar, desde 
a sua formação até o seu desaparecimento 
ou a sua transformação em outro objeto 
diferente no Universo. 
Para entender a evolução sobre a evolução 
do Universo, devemos recorrer a vários 
cientistas em diversas épocas, vejamos 
como se avançou neste campo: 
 
A hipótese de Laplace ( 1796 ) 
 
Foi elaborada em 1796, essa teoria foi 
aprimorada com o tempo, hoje em dia, 
grande parte dos astrônomos procura unir a 
teoria de Laplace com o Big-bang, que 
explica a origem do Universo. 
 
Sistema estático ( 1937 ) 
 
Albert Einstein, quando formulou a Teoria 
da Relatividade, trabalhava com a 
concepção de que o universo era estático, 
ou seja não se expandia, isso levado por 
suas crenças cristãs. A teoria era tão boa 
que contrariava matematicamente a 
concepção errônea de seu criador. As 
equações de Einstein apontavam 
justamente o contrário. O universo só 
poderia se expandir, e violentamente. Seus 
cálculos só davam certo levando em conta 
um universo em movimento. Einstein 
contornou momentaneamente o problema 
criando a “constante cosmológica”, uma 
variável que, encravada nas equações, 
conseguia fecha-las para os cálculos num 
universo estático. Mais tarde Einstein 
confessou ao físico George Gamow que “ a 
introdução da constante cosmológica foi o 
maior erro de sua vida. 
 
Sistema aberto ( 1929 ) 
 
Quase uma década após a publicação da 
Teoria da Relatividade, o físico americano 
Edwin Hubble (1889-1953) em 1929, propôs 
o modelo de universo em expansão. Não 
era preciso uma anti-gravidade para evitar o 
deslocamento das galáxias. Einstein, então 
entendeu qual era o problema de suas 
equações. A Teoria da Relatividade 
 11 
reproduzia as leis do universo com tal 
clareza que bastou desprezar a “constante 
cosmológica” para que suas regras 
fizessem sentido outra vez. 
Hubble inferiu daí que um dia as galáxias 
estiveram unidas num único ponto, surgindo 
daí a idéia do Big-Bang, a explosão criadora 
do universo. Também surgiu uma dúvida: 
quando isso ocorreu? Hubble calculou a 
idade do cosmo em dois bilhões de anos, 
número impossível pois já se conheciam na 
época rochas terrestres com o dobro dessa 
idade ( o sistema solar tem 4,6 bilhões de 
anos ). Para descobrir a idade correta, 
faltava aos astrônomos a tecnologia para 
medir as distâncias e a velocidade de 
afastamento das galáxias. Passados 70 
anos, oito anos de trabalho intenso do 
telescópio espacial Hubble, chegou-se ao 
resultado. O Big Bang foi há 15 bilhões de 
anos, anunciaram solenemente na revista 
Science pesquisadores de universidades 
dos EUA, da Austrália e da NASA. Tão 
importante quanto essa descoberta foi a 
constatação de que, em vez de desacelerar, 
a expansão está acelerando. Conclui-se daí 
que, num futuro remoto, digamos, daqui a 
meio trilhão de anos, mesmo os telescópios 
mais potentes serão incapazes de focalizar 
as galáxias vizinhas da Via Láctea. 
A prova do Big bang, só ocorreu em 1965 
por Arno Penzias e Robert Wilson do 
laboratório Bell (Estados Unidos) – Prêmio 
Nobel, 1978 (Radiação de fundo). A 
descoberta dos ruídos remanescentes da 
grande explosão aconteceu por acaso em 
1964, numa montanha do Estado americano 
de Nova Jersey, os astrônomos Arno 
Penzias e Robert Wilson passaram a 
primavera de 1964 tentando medir a 
intensidade das ondas de rádio emitidas por 
uma galáxia. Dispunham da mais moderna 
tecnologia da época, desenvolvida pela 
empresa telefônica americana Bell, que 
instalou para a dupla uma potente antena 
na montanha. A experiência não dava certo 
devido a um estranho zumbido, de origem 
não identificada. Durante semanas, Penzias 
e Wilson tentaram, sem sucesso, isolar a 
antena do persistente sinal de microondas. 
Precisavam ter a segurança de que os 
sinais que captavam vinham todos do 
espaço, mas não conseguiam se livrar do 
fraco som que não se alterava com a 
mudança de posição da antena. Após várias 
tentativas, revisão do material, lá estava de 
novo o barulho. Um amigo da dupla sugeriu 
que se procurasse ajuda da Universidade 
de Princeton, onde uma equipe de físicos 
desenvolvia estudos teóricos sobre a 
universo após o Big Bang. A evidência mais 
forte de que a radiação captada por Penzias 
e Wilson eram os ecos do Big Bang veio 
com a medição do comprimento de onda, 
idêntico ao que os cientistas de Princeton 
haviam calculado para as radiações da 
explosão, 15 bilhões de anos atrás. O ruído 
foi batizado de “radiação cósmica de fundo”. 
 
Sistema cíclico ( 2002 ) 
 
“ O Universo se destróie se refaz em 
implosões e explosões separadas por 
trilhões de anos”. Big Bangs (grandes 
explosões) e Big Crunchs (grandes 
implosões), essa é a teoria de Paul 
Steinhart (físico de Princeton) e Neil Turok 
(matemático de Cambridge), vejamos como 
os mesmos estão tratando do assunto. 
O Universo, tal qual é conhecido, vai 
terminar em um colapso, a causa é uma 
misteriosa energia que hoje está acelerando 
a expansão do cosmo. Eles propõem um 
novo modelo cosmológico que derrubaria, 
de uma vez, a idéia de um único Big Bang e 
o processo eterno de expansão. Em 
cosmologia, inflação é o que teria feito o 
Universo se espalhar rapidamente, poucos 
instantes após seu surgimento, evitando 
uma implosão logo após a explosão inicial. 
O conceito é crucial para a versão mais 
aceita da teoria do Big Bang, mas 
Steinhardt e Turok o descartam em seu 
novo modelo. A nova teoria propõe que o 
“Universo seja cíclico, ou seja, composto 
por seqüências intermináveis de Big Bangs 
(grandes explosões) Big Crunchs (grandes 
implosões), que nunca tiveram um início e 
nunca terão um fim”. O que impulsiona o 
Universo rumo à expansão em seu novo 
modelo é uma entidade misteriosa chamada 
de “energia escura”. O nome vem do fato de 
os físicos já saberem, por observação, que 
ela está lá hoje, mas não terem a menor 
idéia do que a produz. A tal energia escura 
é uma pedra no sapato dos defensores do 
 12 
Big Bang único e do chamado Universo 
inflacionário. Embora o enigma não derrube 
a teoria, a verdade é que ela nunca previu 
que essa aberração existiria. 
Foi por falta de evidência definitiva sobre a 
existência dessa forma energética 
misteriosa que físicos italianos, com base 
em análises do eco do Big Bang (a radiação 
cósmica de fundo), afirmaram há dois anos 
que o Universo iria se expandir para 
sempre, por falta de massa para impedir a 
expansão. A única força conhecida capaz 
de causar um Big Crunch, a gravidade, não 
seria forte o suficiente para fazer o serviço. 
Atualmente a energia escura está 
acelerando a expansão cósmica, o que 
corrobora a idéia de que o universo nunca 
acabará numa implosão, mas, dizem os 
autores, no futuro distante, daqui a trilhões 
de anos, ela terá o efeito inverso. Para eles, 
a energia escura esteve atuando desde o 
início do atual ciclo do Universo, o nosso 
Big Bang não teria sido o primeiro, de 
acordo com eles, aumentando a expansão. 
Isso aconteceu durante os últimos 15 
bilhões de anos e deve continuar por outros 
trilhões, até que tudo já tenha sido 
dissolvido no vácuo. Até mesmo os buracos 
negros, objetos com maior concentração de 
massa de que já se teve notícia, acabariam 
esfarelados pela ação da energia escura. 
Nesse momento, segundo suas previsões 
matemáticas, a energia escura viraria a 
casaca e passaria a aglutinar os corpos, 
vez de separa-los. A matéria continuaria 
voltando a se compactar, até se concentrar 
em um único ponto. Depois da implosão, 
um novo Big Bang ocorreria e o ciclo 
começaria de novo. “ Parece que temos 
agora duas possibilidades dispares”, 
escreveu a dupla na conclusão de um artigo 
publicado ontem eletronicamente pela 
Science (www.sciencex press.or). “ Um 
Universo com um início definido e um 
Universo feito e refeito para sempre. O 
árbitro definitivo será a natureza”. 
 
 
 
 
CRONOLOGIA DO UNIVERSO 
 
INÍCIO 
 
O cosmo era menor que um átomo, toda a 
matéria se resumia a uma esfera um trilhão 
de vezes menor que 1 centímetro. 
 
 
 Com 1028 graus Celsius e com 10-38 
segundos aparece a 1a força: a 
gravidade. 
 Com 1028 graus Celsius e com 10-36 
segundos aparece a força nuclear 
forte, formando os quarks que vão 
formar prótons. 
 Com 1028 graus Celsius e com 10-36 
e 10-13 segundos surgem os quarks 
e os anti-quarks que se atacam 
mutuamente até que os primeiros 
aniquilem os segundos. 
 Com 1015 graus Celsius e com 10-13 
e 10-8 segundos, surgem o eletro-
magnetismo e a força nuclear fraca. 
Daí em diante 4 forças se 
encarregam de governar o universo. 
 Com 1012 graus Celsius e com 10-8 
e 10-4 segundos, formação dos 
prótons e nêutrons, formando o 
núcleo de átomos. 
 Com 1012 graus Celsius e com 10-4 
e 10-3 segundos, os núcleos 
vencem os antinúcleos, formando a 
matéria (A DERROTA DA 
ANTIMATÉRIA). 
 
 Entre 1012 e 30.000 graus Celsius e 
entre 10-2 e 102 segundos, vários 
eventos: 
Liberação dos neutrinos. 
Sobrevivência dos elétrons. 
Síntese dos primeiros elementos. 
Os nêutrons se desintegram em 
prótons que colidem formando 
núcleos de hidrogênio pesado 
(Deutério) e Hélio. 
 
 Entre 1012 e 30.000 graus Celsius e 
entre 10-2 e 104 anos. Termina a 
síntese do hidrogênio. Os núcleos 
de hélio consomem os nêutrons. Os 
prótons que restam formam os 
núcleos do Hidrogênio. 
 13 
 
 Entre 30.000 e –270 graus Celsius 
e entre 104 e 108 anos. Surge um 
período de plasma é o fim da 
radiação. O Universo esfria. Os 
elétrons são atraídos e formam os 
núcleos dos átomos. 
 
 Entre 30.000 e –270 graus Celsius 
e entre 108 e 109 anos. Nascem as 
galáxias e as estrelas. 
 Entre 30.000 e –270 graus Celsius 
e entre 109 e 1010 anos. É o 
chamado ciclo das estrelas, extinção 
de umas para formar outras e os 
planetas. 
 Entre 30.000 e –270 graus Celsius 
e entre 1010 e 1011 anos. 
Desenvolvimento da Terra ( últimos 
3 bilhões de anos ). 
 Entre 10-10 e 1040 graus Celsius e 
entre 1011 a 10100 anos. 
Velhice da Via Láctea 
Extinção das estrelas 
O fim da Via Láctea 
Os prótons se desintegram, sobrando só 
a radiação cósmica 
O fim dos buracos negros (explodem). 
 
 
GÊNESE 
 
Formação da Terra 
 
A teoria mais aceita hoje, é chamada de 
acreação (crescimento, acréscimo por 
justaposição), segundo essa hipótese, a 
formação de todos os corpos naturais que 
giram em torno do Sol deu-se por um 
processo de aglomeração de partículas, 
dentro de uma espécie de nuvem de poeira 
e gás que circundava o Sol primitivo, à 
maneira de um grande disco, como os que 
circundam Saturno e outros planetas ainda 
hoje. Vejamos o esquema: 
 
Poeira cósmica corpúsculos 
maiores coágulos blocos ( 1 
Km-planetésimos ) protoplanetas 
planetas 
 
Formação e contração da nebulosa solar 
original, provavelmente devido a ondas de 
choque de uma supernova. Formação de 
um grande disco giratório com a maior parte 
de massa na forma de gás de hidrogênio 
concentrada no centro, formando o proto 
Sol. Formação de partículas de poeira de 
tamanho e composição discrepantes, 
acumulo destas partículas em tamanhos 
maiores e maiores, formando planetésimos, 
protoplanetas e planetas. 
 
Modernamente, após a descoberta da meia 
vida dos elementos, ou seja os níveis de 
Oxigênio na Terra teve variações e isso 
provocou muitas alterações nos seres que 
habitavam a nossa Terra. Hoje existe uma 
estabilidade de O2 em torno de 21%, devido 
ao equilíbrio entre fotossíntese e respiração, 
entretanto, no passado, a oscilação 
começou há 2 bilhões de anos quando o 
nível de O2 situava-se em torno de 2%, esse 
nível aumentou para 20% há 550 milhões 
de anos, subindo para 35% há 300 milhões 
de anos, caiu para 15 % há 250 milhões de 
anos, voltou a subir para 25% há 100 
milhões de anos e hoje está estável em 
21%. Essa tese é fantástica ainda, pois 
desvenda o elo da teoria de Darwin, pois 
explica as ocorrências bruscas na evolução 
das espécies, pedra no sapato de Darwin, 
pois a teoria da evolução explicava que 
deveria ser lenta e gradual (Sapiens, 2004). 
Até então a atmosfera era dominada pelo 
gás carbônico. O Oxigênio é um destruidor 
poderoso de compostos orgânicos. Os 
organismos tiveram que desenvolver 
métodos bioquímicos para reter o Oxigênio, 
um destes métodos foi a respiraçãoaeróbica. 
A Terra primitiva era muito quente, devido a 
liberação de energia cinética durante seu 
crescimento, decadência de elementos 
radioativos em seu interior e a colisão que 
formou a Lua. O derretimento parcial do 
interior da Terra permitiu que o ferro e o 
níquel mais densos ficassem no centro, 
formando um núcleo metálico. O magma 
rico em sílica subir até a superfície para 
formar um oceano de magma. O material 
restante entre o núcleo e o oceano de 
magma formou o manto. O oceano de 
magma teria esfriado para formar uma 
camada de crosta basáltica como está 
presente em baixo dos oceanos hoje. A 
 14 
crosta continental seria formada depois. A 
formação de grande parte da atmosfera 
inicial e dos oceanos foi conseqüência do 
derretimento parcial e diferenciação da 
Terra que teria permitido a liberação de 
combinações gasosas. Os atuais vulcões 
libertam gases e magma que são trazidos 
ainda a superfície, compostos de vapor de 
água, CO2 , CO , N2 , H2 e Cloreto de 
Hidrogênio. O vapor de água teria 
condensado na atmosfera e as violentas 
descargas elétricas tornaram possível a 
passagem da água do estado sólido para o 
líquido, formando os oceanos. As violentas 
descargas elétricas, radiações ultravioletas, 
provocaram ruptura das ligações 
químicas, o Hidrogênio (elemento mais 
abundante do cosmo) vai formar Hélio, os 
núcleos estelares passam a fundir Hélio em 
Carbono, depois Carbono em Oxigênio, e 
por aí vai. Os radicais livres, resultantes da 
quebra, originaram moléculas, dentre as 
quais os primeiros aminoácidos (a.a). As 
moléculas orgânicas foram carreadas, 
combinaram-se entre si, formando as 
primeiras proteínas, que foram até os mares 
primitivos. Nos mares, as proteínas 
formaram os coacevados. Choques e 
reações químicas aumentaram a 
complexidade molecular, chegando a 
duplicar-se. Estágio da primeira forma viva, 
capaz de duplicar-se, principal característica 
dos seres vivos. Segundo os especialistas, 
esse período é chamado de Éon Pré-
Cambriano. As rochas que restam desse 
tempo são principalmente cristalinas, isto 
é, formadas diretamente por resfriamento e 
solidificação do magma e por sedimentos 
consolidados, que foram submetidos a altas 
pressões e temperaturas, adquirindo 
consistência semelhante à das rochas 
cristalinas primitivas. O panorama terrestre 
era o seguinte: o manto solidificava-se 
rapidamente em conseqüência das grandes 
perdas de calor para o espaço através da 
superfície. Movimentos enérgicos de 
convecção provocavam ainda freqüentes 
rupturas, explosões, formação de inúmeros 
vulcões, derrames de magma sobre 
grandes áreas da superfície, por cima de 
rochas já solidificadas. Esses movimentos 
de convecção, ainda subsistem hoje, só 
com velocidades centenas de vezes 
menores: naquela época, as velocidades de 
revolvimento desse magma semilíquido, 
altamente viscoso, eram da ordem de 
alguns metros por ano. O núcleo central, já 
estava constituído em 75%. Há cerca de 3,8 
bilhões de anos, começavam a formar-se as 
primeiras placas continentais, constituídas 
de rochas mais leves flutuando como uma 
espuma sobre as rochas pesadas do 
magma. 
 
Do ponto de vista geológico, nesse período 
ocorreu o resfriamento da Terra e os 
minerais solidificados formaram as 
primeiras rochas magmáticas. Atualmente a 
rocha mais antiga descoberta é uma rocha 
metamórfica da Formação Acosta do 
Canadá de 3,8 a 4,0 bilhões de anos, 
embora grãos do mineral Zircão, de rochas 
da Austrália ocidental foram datadas de 4,1 
a 4,2 bilhões de anos. 
No Arqueano a atmosfera era muito 
diferente da que respiramos hoje, sendo 
composta principalmente por metano, 
amônia e de outros gases que seriam 
tóxicos a maioria da vida em nosso planeta. 
Também nessa era, a crosta da terra esfriou 
e as rochas e placas continentais 
começaram a se formar. Durante o 
Arqueano a vida apareceu primeiramente 
no mundo. Nossos fósseis mais antigos 
datam de aproximadamente 3,5 bilhões de 
anos e são constituídos de microfósseis e 
bactérias. De fato, toda a vida por mais de 
um bilhão de anos era formada 
essencialmente por bactérias. 
Surgimento de rochas magmáticas e 
metamórficas. Segundo o professor Kei 
Sato da USP, “os moradores de Brumado, 
Ba. vivem no lugar mais antigo da América 
do Sul – e um dos mais velhos do mundo. 
As rochas de seu solo, os granitos usados 
em suas construções e sobre os quais a 
população assentou as fundações de suas 
casas solidificaram-se entre 3,8 e 3,5 
bilhões de anos”. 
No Proterozóico, período da história da 
Terra que começou há 2,5 bilhões de anos 
e terminou por volta de 570 milhões de 
anos. Muitos dos eventos da história da 
Terra e da vida ocorreram durante essa era. 
Foi nesse intervalo que ocorreu a primeira 
“crise de poluição” , visto que há 
 15 
aproximadamente 2,2 bilhões de anos atrás, 
em diversas partes da Terra encontrou-se 
evidências da presença de óxidos de ferro 
em paleossolos ( solos primitivos – antigos 
), onde ocorrem “camadas vermelhas” que 
contêm óxidos de ferro, apontando um 
aumento razoavelmente rápido nos níveis 
do oxigênio. O oxigênio no Arqueano 
representava menos de 1% dos níveis 
atuais, mas há aproximadamente 1,8 bilhão 
de anos, os níveis de oxigênio aumentaram, 
atingindo cerca de 10% acima dos níveis 
atuais. Acredita-se que esse aumento tenha 
decorrido do surgimento dos primeiros 
seres fotossintetizantes, cuja atividade 
biológica pode ter contribuído para esse 
evento. 
Com os achados arqueológicos das 
libélulas gigantes (meio metro de 
envergadura) em Bolsover, Inglaterra e 
através de outros experimentos com 
animais, o cientista Robert Berner, da 
Universidade de Yale (livro Oxygen-The 
molecule that made the world, Nick Lane, 
Oxford University Press, Reino Unido, 2002 
), provocou uma revolução ao defender sua 
tese de qmentares, formação dos escudos 
cristalinos (Brasileiro e Guiano ). Formação 
das jazidas e minerais metálicos. Formação 
das Serra do Mar e da Mantiqueira. 
 
O Éon Fanerozóico é o mais recente, sendo 
representado por uma vasta gama de 
registro fóssil. É também o intervalo no qual 
nos encontramos agora. Quase todo o 
conhecimento paleontológico provém deste 
bloco. 
O Fanerozóico representa um período 
relativamente breve, em relação à idade da 
Terra e do universo, de pouco mais de meio 
bilhão de anos. Constitui a idade da vida 
animal e multicelular na Terra. Durante este 
período de tempo organismos multicelulares 
deixaram um registro fóssil detalhado e 
construíram complexos ecossistemas e 
construíram complexos ecossistemas e 
diversificadas espécies. 
O termo Fanerozóico geralmente é aplicado 
para o Paleozóico, Mesozóico e Cenozóico. 
Isto contrasta com o Pré-Cambriano que 
durou muito mais tempo, mas foi 
caracterizado por micro-organismos que 
geralmente não deixaram fósseis. 
Com a descoberta no Pré-Cambriano 
superior (Vendiano / Ediacariano) de formas 
de vida complexas o termo Fanerozóico 
perdeu muito de seu significado, mas ainda 
pode ser usado para definir o período do 
desenvolvimento e evolução dos grupos 
como artrópodes, moluscos, vertebrados, 
etc. 
Neste Éon, torna-se muito mais fácil 
reconhecer as diferentes eras, subdivididas 
em diferentes períodos, graças aos 
inúmeros tipos de sedimentos que se 
originaram nas várias partes do mundo, 
devido o trabalho das águas, dos ventos, 
das geleiras e dos próprios seres vivos 
sobre as rochas do Pré-Cambriano, 
desgastando-se, transportando-as e 
redepositando-as em diferentes condições e 
locais do planeta. Os fósseis encontrados 
em cada um desses sedimentos permitem 
não só caracterizar sua formação como 
também estabelecer sua idade aproximada. 
 
 
PALEONTOLOGIA 
 
Da mesma forma que podemos dividir a 
nossa vida em etapas, infância, juventude,maturidade e velhice; a existência da Terra 
também pode ser dividida em vários 
momentos. Para tanto os especialistas 
criaram uma terminologia apropriada. A 
paleontologia ( do grego palaiós = antigo, 
ontos = ser e logos = estudo ) é a ciência 
que estuda os fósseis. 
Para os cientistas realizarem a 
reconstituição da história da Terra, eles se 
baseiam nos estudos das rochas e dos 
fósseis. O estudo dos fósseis, isto é, dos 
restos ou vestígios de seres orgânicos 
(vegetais ou animais) que deixaram suas 
marcas nas rochas sedimentares da crosta 
terrestre, permite aos estudiosos saber 
também sobre o passado da Terra. 
 
Por exemplo, as espécies animais e 
vegetais que existiram em épocas passadas 
e as variações do clima, pois cada animal 
ou vegetal apresenta um tipo de estrutura 
para cada tipo de clima. Hoje, 
modernamente, após a descoberta da meia 
vida dos elementos, ou seja dos processos 
de transmutação, é possível fazer-se a 
 16 
datação através do C 14 , bem como através 
da meia vida do Urânio, servindo assim 
como ferramenta para datação das rochas e 
minerais que existem na Terra. Para um 
maior entendimento, criou-se unidades de 
intervalo de tempo para se determinar as 
diferentes fases da história geológica de 
nosso planeta. 
 
Convencionou-se subdividir a história da 
Terra em dois grandes blocos temporais, 
conhecidos como Éons. 
 
ÉON PRÉ-CAMBRIANO 
 
O mais antigo, é o Éon Pré-Cambriano, que 
representa o período no qual o nosso 
planeta se forma, assim como também 
compreende a origem da vida. É também o 
mais longo, ocupando aproximadamente 
90% da história geológica. No entanto, 
dadas as características desse intervalo, o 
registro é extremamente raro e 
fragmentado, seja porque os fósseis teriam 
sido destruídos em conseqüência dos 
fenômenos vulcânicos e químicos muito 
intensos. Esse bloco é, por isso, 
denominado Azóico e compreende cerca de 
4/5 da história da Terra. As rochas que 
restam desse tempo são principalmente 
cristalinas, isto é, formadas diretamente 
por resfriamento e solidificação do magma e 
por sedimentos consolidados, que foram 
submetidos a altas pressões e 
temperaturas, adquirindo consistência 
semelhante à das rochas cristalinas 
primitivas. Esse Éon, estende-se desde a 
formação da Terra até cerca de 570 milhões 
de anos. Há cerca de 4,3 bilhões de anos, o 
panorama terrestre era o seguinte: o manto 
solidificava-se rapidamente em 
conseqüência das grandes perdas de calor 
para o espaço através da superfície. 
Movimentos enérgicos de convecção 
provocavam ainda freqüentes rupturas, 
explosões, formação de inúmeros vulcões, 
derrames de magma sobre grandes áreas 
da superfície, por cima de rochas já 
solidificadas. Esses movimentos de 
convecção, ainda subsistem hoje, só com 
velocidades centenas de vezes menores: 
naquela época, as velocidades de 
revolvimento desse magma semilíquido, 
altamente viscoso, eram da ordem de 
alguns metros por ano. O núcleo central, já 
estava constituído em 75%. Há cerca de 3,8 
bilhões de anos, começavam a formar-se as 
primeiras placas continentais, constituídas 
de rochas mais leves flutuando como uma 
espuma sobre as rochas pesadas do 
magma. 
 
ÉON FANEROZÓICO 
 
O Éon Fanerozóico é o mais recente, sendo 
representado por uma vasta gama de 
registro fóssil. É também o intervalo no qual 
nos encontramos agora. Quase todo o 
conhecimento paleontológico provém deste 
bloco. 
O Fanerozóico representa um período 
relativamente breve, em relação à idade da 
Terra e do universo, de pouco mais de meio 
bilhão de anos. Constitui a idade da vida 
animal e multicelular na Terra. Durante este 
período de tempo organismos multicelulares 
deixaram um registro fóssil detalhado e 
construíram complexos ecossistemas e 
construíram complexos ecossistemas e 
diversificadas espécies. 
O termo Fanerozóico geralmente é aplicado 
para o Paleozóico, Mesozóico e Cenozóico. 
Isto contrasta com o Pré-Cambriano que 
durou muito mais tempo, mas foi 
caracterizado por micro-organismos que 
geralmente não deixaram fósseis. 
Com a descoberta no Pré-Cambriano 
superior (Vendiano / Ediacariano) de formas 
de vida complexas o termo Fanerozóico 
perdeu muito de seu significado, mas ainda 
pode ser usado para definir o período do 
desenvolvimento e evolução dos grupos 
como artrópodes, moluscos, vertebrados, 
etc. 
Neste Éon, torna-se muito mais fácil 
reconhecer as diferentes eras, subdivididas 
em diferentes períodos, graças aos 
inúmeros tipos de sedimentos que se 
originaram nas várias partes do mundo, 
devido o trabalho das águas, dos ventos, 
das geleiras e dos próprios seres vivos 
sobre as rochas do Pré-Cambriano, 
desgastando-se, transportando-as e 
 17 
redepositando-as em diferentes condições e 
locais do planeta. Os fósseis encontrados 
em cada um desses sedimentos permitem 
não só caracterizar sua formação como 
também estabelecer sua idade aproximada. 
 
ERAS 
 
HADEANA 
 
Formação e contração da nebulosa solar 
original, provavelmente devido a ondas de 
choque de uma supernova. Formação de 
um grande disco giratório com a maior parte 
de massa na forma de gás de hidrogênio 
concentrada no centro, formando o proto 
Sol. Formação de partículas de poeira de 
tamanho e composição discrepantes, 
acumulo destas partículas em tamanhos 
maiores e maiores, formando planetésimos. 
A Terra primitiva era muito quente, devido a 
liberação de energia cinética durante seu 
crescimento, decadência de elementos 
radioativos em seu interior e a colisão que 
formou a Lua. O derretimento parcial do 
interior da Terra permitiu que o ferro e o 
níquel mais densos ficassem no centro, 
formando um núcleo metálico. O magma 
rico em sílica subir até a superfície para 
formar um oceano de magma. O material 
restante entre o núcleo e o oceano de 
magma formou o manto. O oceano de 
magma teria esfriado para formar uma 
camada de crosta basáltica como está 
presente em baixo dos oceanos hoje. A 
crosta continental seria formada depois. A 
formação de grande parte da atmosfera 
inicial e dos oceanos foi conseqüência do 
derretimento parcial e diferenciação da 
Terra que teria permitido a liberação de 
combinações gasosas. Os atuais vulcões 
libertam gases e magma que são trazidos 
ainda a superfície, compostos de vapor de 
água, CO2 , CO , N2 , H2 e Cloreto de 
Hidrogênio. O vapor de água teria 
condensado na atmosfera e as violentas 
descargas elétricas tornaram possível a 
passagem da água do estado sólido para o 
líquido, formando os oceanos. As violentas 
descargas elétricas, radiações ultravioletas, 
provocaram ruptura das ligações químicas, 
o Hidrogênio ( elemento mais abundante do 
cosmo ) vai formar Hélio, os núcleos 
estelares passam a fundir Hélio em 
Carbono, depois Carbono em Oxigênio, e 
por aí vai. Os radicais livres, resultantes da 
quebra, originaram moléculas, dentre as 
quais os primeiros aminoácidos ( a a ). As 
moléculas orgânicas foram carreadas, 
combinaram-se entre si, formando as 
primeiras proteínas, que foram até os mares 
primitivos. Nos mares, as proteínas 
formaram os coacevados. Choques e 
reações químicas aumentaram a 
complexidade molecular, chegando a 
duplicar-se. Estágio da primeira forma viva, 
capaz de duplicar-se, principal característica 
dos seres vivos. 
Do ponto de vista geológico, nesse período 
ocorreu o resfriamento da Terra e os 
minerais solidificados formaram as 
primeiras rochas magmáticas. Atualmente a 
rocha mais antiga descoberta é uma rocha 
metamórfica da Formação Acosta do 
Canadá de 3,8 a 4,0 bilhões de anos, 
embora grãos do mineral zircão, de rochas 
da Austrália ocidental foram datadas de 4,1 
a 4,2 bilhões de anos. 
 
ARQUEANA OU ARQUEOZÓICA 
 
A atmosfera era muito diferente da que 
respiramos hoje, sendo composta 
principalmente pormetano, amônia e de 
outros gases que seriam tóxicos a maioria 
da vida em nosso planeta. Também nessa 
era, a crosta da terra esfriou e as rochas e 
placas continentais começaram a se formar. 
Durante o Arqueano a vida apareceu 
primeiramente no mundo. Nossos fósseis 
mais antigos datam de aproximadamente 
3,5 bilhões de anos e são constituídos de 
microfósseis e bactérias. De fato, toda a 
vida por mais de um bilhão de anos era 
formada essencialmente por bactérias. 
Surgimento de rochas magmáticas e 
metamórficas. Segundo o professor Kei 
Sato da USP, “os moradores de Brumado, 
Ba. vivem no lugar mais antigo da América 
do Sul – e um dos mais velhos do mundo. 
As rochas de seu solo, os granitos usados 
em suas construções e sobre os quais a 
população assentou as fundações de suas 
casas solidificaram-se entre 3,8 e 3,5 
bilhões de anos”. 
 
 18 
 
 
PROTEROZÓICA 
 
É o período da história da Terra que 
começou há 2,5 bilhões de anos e terminou 
por volta de 570 milhões de anos. Muitos 
dos eventos da história da Terra e da vida 
ocorreram durante essa era. 
Foi nesse intervalo que ocorreu a primeira 
“crise de poluição” , visto que há 
aproximadamente 2,2 bilhões de anos atrás, 
em diversas partes da Terra encontrou-se 
evidências da presença de óxidos de ferro 
em paleossolos ( solos primitivos – antigos 
), onde ocorrem “camadas vermelhas” que 
contêm óxidos de ferro, apontando um 
aumento razoavelmente rápido nos níveis 
do oxigênio. O oxigênio no Arqueano 
representava menos de 1% dos níveis 
atuais, mas há aproximadamente 1,8 bilhão 
de anos, os níveis de oxigênio aumentaram, 
atingindo cerca de 10% acima dos níveis 
atuais. Acredita-se que esse aumento tenha 
decorrido do surgimento dos primeiros 
seres fotossintetizantes, cuja atividade 
biológica pode ter contribuído para esse 
evento. Até então a atmosfera era 
dominada pelo gás carbônico. O Oxigênio é 
um destruidor poderoso de compostos 
orgânicos. Os organismos tiveram que 
desenvolver métodos bioquímicos para reter 
o Oxigênio, um destes métodos foi a 
respiração aeróbica. 
No campo da geologia destaca-se a 
formação das primeiras rochas 
sedimentares, formação dos escudos 
cristalinos ( Brasileiro e Guiano ). Formação 
das jazidas e minerais metálicos. Formação 
das Serra do Mar e da Mantiqueira. 
 
PALEOZÓICA 
 
O Paleozóico engloba um intervalo de 
tempo entre 570 e 280 milhões de anos 
atrás, sendo dividido em seis períodos 
(Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, 
Devoniano, Carbonífero e Permiano). Os 
cerca de 300 milhões de anos da era 
Paleozóica viram muitos eventos 
importantes, inclusive o desenvolvimento da 
maioria dos grupos de invertebrados, a 
conquista da vida terrestre, a evolução dos 
vertebrados, plantas vasculares e a 
formação do supercontinente Pangéia. A 
Terra girava mais rápido do que hoje, assim 
os dias eram mais curtos. A Lua estava 
mais próxima, significando marés mais 
fortes. 
O Paleozóico Inferior viu os continentes 
agrupados ao redor do equador, com a 
Gondwana vagando pelo sul, lentamente e 
a Sibéria, Laurêntia e a Báltica convergirem 
nos trópicos. O Paleozóico Inferior era mais 
frio, culminando na grande idade do gelo do 
Ordoviciano. O Siluriano viu climas 
tropicais e mares rasos e mornos. 
Durante o Paleozóico Superior, a 
temperatura novamente abaixou e a idade 
do gelo no Carbonífero-Permiano marcou a 
maioria de Gondwana debaixo de pesadas 
camadas de gelo. 
A vida mudou muito durante o Paleozóico, 
de algas para florestas, de protocordados 
para protomamíferos. Basicamente pode-se 
dizer que o Paleozóico Inferior foi 
dominado por invertebrados, enquanto o 
meio terrestre permaneceu quase 
totalmente estéril. O Paleozóico Médio viu e 
elevação estranhos peixes placodermos, as 
primeira plantas terrestres e insetos. 
Enquanto o Paleozóico Superior viu o 
desenvolvimento de grandes florestas de 
árvores que produziam esporos, habitadas 
por uma fauna rica de artrópodes, anfíbios e 
répteis. 
O Paleozóico testemunhou várias crises na 
história da vida. No Cambriano Inferior, no 
Ordoviciano e no Devoniano Superior. Mas 
a pior extinção foi a que marcou o fim da 
Era Paleozóica, que foi a grande extinção 
Permiana, a maior catástrofe da história da 
vida. 
 
Destaques 
 
Cambriano : Fungos, bactérias 
Ordoviciano: Peixes 
Siluriano: Plantas 
Devoniano: Plantas vasculares, insetos, 
anfíbios 
Carbonífero: Gimnospermas, heléboros, 
répteis, domínio dos anfíbios 
Permiano: Desaparecem os heléboros, 
primeiros répteis, expansão dos répteis. 
 
 19 
No campo geológico destaca-se o 
desenvolvimento do processo de 
sedimentação e formação de bacias 
sedimentares e formação de jazidas 
carboníferas. No Brasil, destaca-se a 
formação de bacias sedimentares e a 
formação das jazidas carboníferas do Sul. 
 
Cambriano / Ordoviciano : Formação 
Kaleteur, Gorotire, Cubencraquém, Jaú, 
Jaibara, Araras, Bodoquena. Série Uatumã, 
Rio Fresco, Itajaí, Camaquã, Maricá e 
Corumbá. 
 
Siluriano : Série Trombetas, São Francisco 
ou Bambui, Vaza Barris, Jacadigo. 
Formação do Rio Pardo e Iapó. 
 
Devoniano: Série Paraná. Formação da 
Serra Grande, Pimenteiras, Cabeças, 
Longa, Tombador. Grupo Maecuru e Curuá. 
 
Carbonífero: Série Tubarão e Aquidauana. 
Formação Piauí, Montte Alegre, Nova 
Olinda e Itaituba. 
 
Permiano: Série Estância e Passa Dois. 
Formação de Pedra do Fogo e Sepetuba 
 
MESOZÓICO 
 
A Era Mesozóica durou mais de 160 
milhões de anos, tendo englobado 3 
grandes períodos : Triássico, Jurássico e 
Cretáceo. Durante este tempo, muitas 
formas modernas de plantas, invertebrados 
e peixes evoluíram. 
O Trássico viu o aparecimento de muitos 
grupos de invertebrados modernos, e em 
terra os répteis arcossauros substituíram os 
terapsideos e répteis mamaliformes. Nos 
oceanos ictiossauros ficaram tão grandes 
quanto baleias. 
O Jurássico viu a primeira grande 
diversificação dos dinossauros. Os 
mamíferos eram minúsculos. Plantas como 
samambaias, cicas e coníferas 
caracterizaram a paisagem. 
O período Cretáceo viu o surgimento das 
plantas com flores, pássaros verdadeiros, 
uma diversificação dos peixes e o 
aparecimento de tipos novos de 
dinossauros. O clima esfriou e dinossauros 
evoluíram em continentes diferentes. 
 
Em terra, dinossauros eram os animais 
dominantes, enquanto os oceanos foram 
povoados por répteis marinhos e os 
pterossauros dominaram os ares. O clima 
mundial era quente e tropical, com mares 
rasos que cobriam muitas massas 
continentais. No começo do Mesozóico, 
todos os continentes do mundo estavam 
unidos no supercontinente Pangéia, no qual 
se quebrou em Laurásia no norte e 
Gondwana ao Sul. No final da era a maior 
parte dos continentes já tinham se separado 
na forma atual. 
O final do Mesozóico foi marcado por um 
grande evento de extinção em massa, 
possivelmente derivado de um grande 
cataclisma global. Dinossauros, 
Pterossauros e diversos grupos de 
invertebrados, entre outros, desapareceram 
do planeta. 
 
Do ponto de vista geológico, intensa 
atividade vulcânica era verificada, início da 
separação dos continentes, formação do 
petróleo e formação de bacias 
sedimentares. Caracterizou-se pelos 
derrames basálticos na Região Sul, 
formando um planalto arenito-basáltico. 
No Triássico tivemos as Formações 
Roraima, Sucunduri, Prainha, Motuca 
Sambaiba e a Séries Perecis e São Bento. 
No Jurássico tivemos as Formações de 
Uberaba e Caiuá. 
Já no Cretáceo tivemos a formação da 
Série Acre, Itanajuri, Rio do Peixe, Araripe, 
Sergipe, Alagoas, Bahia, Jatubá, Urucula, 
Santa Teda. Formação dos Grupos Apodi, 
Codó, Grajaú, Serra Negra, Iguatú, 
Itamaracá, Gramame, Estiva, Itapicuru, 
Japoatã, Bauru e Algodões. 
 
CENOZÓICO 
 
Durante os mais de 70 milhões de anos da 
Era Cenozóica o mundo assumiu suaforma 
moderna. A maioria dos invertebrados, 
peixes, répteis modernos já existiam, mas 
mamíferos, pássaros, protozoários e ainda 
plantas com flores evoluíram e se 
desenvolveram durante este período de 
 20 
forma nunca vista. A Era Cenozóica é 
dividida em dois períodos muito desiguais, o 
Terciário (que compõe quase todo o 
Cenozóico) e o Quaternário que ocupa 
somente os últimos dois milhões de anos. 
Durante o Cenozóico a fragmentação das 
massas de terra continental que iniciou no 
Mesozóico continuou até sua configuração 
atual. O clima mundial era tropical morno 
em seu início, semelhante ao encontrado no 
Mesozóico. 
Esse primeiro intervalo viu a diversificação 
de muitos mamíferos e pássaros. A maioria 
dos continentes estavam isolados através 
de mares rasos, e linhagens diferentes de 
mamíferos evoluíram em cada um, 
mamíferos estes que ainda incluíram muitas 
formas gigantes semelhante aos 
rinocerantes atuais, os uintatérios da Ásia e 
América do Norte, brontotérios e 
arsinotérios africanos. Haviam enormes 
pássaros carnívoros não voadores, os 
diatrymídeos da Laurásia e o Sul com os 
forusracídeos. Todos estes animais viviam 
em florestas tropicais. Os crocodilianos 
sobreviveram aos dinossauros e a extinção 
do Cretáceo. Nos mares apareceram as 
primeiras baleias dentadas arcaicas. 
Protistas marinhos 
(foraminíferos) do tamanho de lentilhas 
evoluíram durante o Eoceno. Bivalves e 
moluscos gastrópodes eram basicamente 
os mesmos até hoje. Os nautilóides 
experimentaram a última radiação evolutiva 
moderada no Terciário. Formas transitivas 
ancestrais de cefalópodes modernos 
evoluíram. Equinodermos, corais, 
briozoários, insetos e esponjas eram 
basicamente modernos. Formigas eram até 
mesmo mais numerosas do que hoje. 
A partir da segunda metade do Terciário um 
esfriamento drástico no clima da Terra é 
fator marcante, possivelmente causado pela 
ascensão do Himalaia. Durante o período 
Quaternário o clima frio continuou 
resultando numa série de idades do gelo 
com períodos mornos. Evoluem mamíferos 
modernos e plantas com flores, como 
também muitos mamíferos estranhos. O 
evento mais surpreendente foi o surgimento 
e ascensão das gramíneas. Isto conduziu à 
evolução de animais adaptados a vida nas 
savanas e pradarias. Os cavalos e animais 
de pasto conquistaram uma história de 
sucesso durante esse período. Ainda havia, 
porém muitos animais de floresta.Os 
mastodontes viveram em todos os 
continentes menos na Austrália. Muitos 
mamíferos estranhos, litoptenos, 
notoungulatos, boriaenídeos evoluíram em 
isolamento na América do Sul antes de uma 
ponte de terra que permitiu uma invasão 
das formas do norte. Em quanto isso 
surgem os primeiros hominídeos nas 
savanas da África, os australopitecíneos. 
Os oceanos estavam habitados por baleias 
modernas que tinham substituído as baleias 
dentadas arcaicas. 
O período Quaternário viu a flora e a fauna 
de insetos ser essencialmente moderna. 
Contudo muitos tipos de mamíferos extintos 
ainda existiam, e geralmente de grande 
porte, tendo sobrevivido até a última 
glaciação do Pleistoceno. O final dessa 
época é marcado pelo último grande evento 
de extinção antes do início de nossa era. A 
chamada megafauna pleistocênica 
desapareceu, dando lugar á formas 
modernas conhecidas. 
Do ponto de vista geológico nessa era 
houve a formação das Cordilheiras atuais: 
Alpes, Andes, Himalaia, Rochosas 
(Terciário). Intensas glaciações na América 
do Norte, chegando até a região dos 
Grandes Lagos. No Brasil houve a 
formação das bacias sedimentares 
terciárias e quaternárias (Pantanal, 
Amazônica etc). Atividade vulcânica e 
formação de ilhas vulcânicas (Arquipélago 
de Fernando de Noronha, Ilha de Trindade 
etc.). Formação de Boa vista, aluviões, 
terraços fluviais, mangues, recifes de corais, 
recifes de arenito, dunas, restingas. No 
Terciário tivemos a Formação Barreiras, 
Pebas, Puçá, Pirabas, Manaus, Rio Branco, 
Ramon, Alter do Chão, Serra do Martins, 
Camassari e Itaboraí. 
 
 
 
 
 
 
 21 
 
ÉON > ERA > PERÍODO > ÉPOCA > IDADE 
 
 
ÉON 
 
ERAS 
 
PERÍODOS 
 
ÉPOCAS 
ESCALA 
( ANOS ) 
 
 É 
 O 
 N 
 
 F 
 
 
CENOZÓICA 
Quaternária 
 
Terciária 
Holoceno ( Neolítico ) 
Pleistoceno ( Paleolítico ) 
Plioceno 
Mioceno 
Oligoceno 
Eoceno 
Paleoceno 
11.000 
1.500.000 
12.000.000 
28.000.000 
40.000.000 
60.000.000 
75.000.000 
 A 
 N 
 E 
 
MESOZÓICA 
Cretáceo 
Jurássico 
Triássico 
 145.000.000 
185.000.000 
220.000.000 
 R 
 O 
 Z 
 Ó 
 I 
 C 
 O 
 
 
PALEOZÓICA 
Permiano 
Carbonífero 
 
Devoniano 
Siluriano 
Ordoviciano 
Cambriano 
 
Superior 
Inferior 
280.000.000 
315.000.000 
345.000.000 
395.000.000 
440.000.000 
500.000.000 
570.000.000 
 
ÉON 
PROTEROZÓICA Superior 
Média 
Inferior 
1.000.000.000 
1.800.000.000 
2.500.000.000 
PRÉ- 
CAM 
ARQUEANA OU 
ARQUEOZÓICA 
 Superior 
Inferior 
3.300.000.000 
4.000.000.000 
BRIA 
NO 
AZÓICA OU 
HADEANA 
 
5.000.000.000 
 
 
 
PROCESSOS DE DATAÇÃO 
 
Uma das grandes preocupações da 
humanidade é saber a idade da Terra, esse 
tema tem acompanhado os cientistas por 
muitos séculos e a primeira tentativa, foi 
baseada nas observações contidas na 
paleontologia, entretanto, ficava muito 
empírico visto não possuir uma base 
científica consistente, apesar de ser aceita 
pelo mundo científico. Para se ter uma 
idéia, os Hindus consideram a Terra como 
eterna. Em 1654 um arcebispo Irlandês 
calculou, baseando-se em dados bíblicos, a 
idade da Terra de 4.004 anos a. C, tendo a 
Terra se formado no dia 26 de outubro, as 9 
horas. A desmistificação desse assunto 
deu-se pela abnegação de muitos cientistas 
ao longo do tempo, como Bacquerel em 
1896 que utilizando sulfato duplo de 
potássio e uranila, conseguiu a impressão 
de chapas fotográficas. O casal Marie e 
Pierre Curie em 1898, utilizando sais de 
Urânio verificaram a propriedade de 
impressão de chapas fotográficas, dando 
início assim ao processo da fotografia, esse 
casal verificou ainda que as impureza do 
Urânio eram mais radiativas que o próprio 
Urânio, o Polônio era 400 vezes mais 
radioativo que o Urânio e que o Rádio era 
900 vezes superior à temperatura do meio 
ambiente e tornava-se azulado. Por não se 
ter conhecimento dos males da 
radiatividade, naquela época, e por não se 
trabalhar com proteção, o casal veio a 
falecer de câncer. 
Com o avanço da ciência, com o 
conhecimento sobre a radioatividade, 
tornou-se possível a determinação do 
tempo que leva para dar-se a transmutação 
de um elemento em outro, o que se dá pela 
mudança do número atômico, com perda de 
 22 
elétrons, mais partículas do próprio núcleo 
do átomo e energia, sob a forma de 
radiações. 
Um fato importante é que as condições de 
alta temperatura e pressão, não modificam 
o ritmo da transformação. O processo 
ficou conhecido como “meia vida” de um 
certo elemento. 
 
O princípio é o seguinte: “ tanto faz que 
se parta inicialmente de um grama ou de 
alguns quilos de um elemento que se 
inicie no seu processo de desintegração, 
porque os átomos se vão desintegrando 
em todas as partes do corpo inicial, ter 
ele o peso que tiver”. 
 
A fórmula utilizada tem como base: 
 
URÂNIO ( U ) estável ►CHUMBO (Pb ) 
estável ► 7,6 bilhões de anos 
 
Medindo-se a quantidade de Chumbo já 
formada e a quantidade residual de 
Urânio presente, obtém-se a idade em 
anos, pela seguinte fórmula: 
 
Gramas de Pb x 7,6 bilhões = idade 
 Gramas de U 
 
Exemplos com isótopos: 
 
Um isótopo do Urânio de peso atômico igual 
a 238, transforma-se em Chumbo de peso 
atômico 206, mais Hélio. A meia vida deste 
Urânio é de 4,6 x 109 anos, decorrido este 
tempo, restaráapenas a metade dos 
átomos de Urânio do número original, 
enquanto o resto se transformou. 
Em outras palavras, ou números. 1 grama 
de 238U ►depois de 4,6 . 109 anos ► 0,5g 
U ; 0,43 g Pb e 0,07 g He. 
 
Depois de 2 x 4,6 x 109 anos ; 0,25 g U ; 
0,65 g Pb e 0,10 He. 
 
 Potássio ► Argônio, Isótopo do 
Potássio (peso atômico 40) 
►Argônio 40 a meia vida é de 1,3 
bilhão de anos. 
 Rubídio ► Estrôncio (87Rb ►87 Sr) 
►50 bilhões de anos. 
 Tório ► Chumbo (232Th ► 208 Pb) ► 
13,9 bilhões de anos. 
 Samário ► Neodímio ► 6,54 
trilhões de anos. 
 
Com base nestes cálculos, admite-se que 
as rochas mais antigas foram formadas há 
4,2 bilhões de anos e que a Terra possui 
uma idade de 4,6 bilhões de anos. 
 
Para as determinações arqueológicas 
orgânicas até 30.000 anos , é utilizado um 
isótopo radioativo de Carbono de peso 
atômico 14. O C12 é considerado um 
carbono estável com uma meia vida 
aproximada de 5.730 anos. Hoje, por ser 
um processo perigoso, trabalhoso e meia 
vida curta, prefere-se trabalhar com os 
métodos inorgânicos, acima mencionados. 
 
Podemos citar algumas determinações, já 
feitas no Brasil: 
 
 Brumado ( Ba ) ► 3,8 a 3,5 bilhões 
de anos; 
 Rochas basálticas – áreas do Brasil 
Meridional ► 120 a 130 milhões de 
anos (Cretáceo); 
 Maciço Alcalino – Poços de Caldas 
► 60 a 80 milhões de anos; 
 Maciço Itatiaia ► 65 milhões de 
anos; 
 Fernando de Noronha ► 11,8 
milhões de anos, 
 Trindade ► 3,3 milhões de anos 
 
O SOL , A LUA , A TERRA 
 
O SOL 
 
Devido sua proximidade com a Terra, a luz 
solar leva 8 minutos e 30 segundos para 
chegar à Terra, enquanto a luz da estrela 
mais próxima, Centauro, leva quatro anos. 
O Sol é uma estrela em torno do qual giram 
os planetas Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, 
Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão e 
os demais componentes do sistema solar, 
asteróides, satélites, cometas e 
meteoróides. É classificado na astronomia 
como uma estrela anã da série principal de 
tipo espectral G2 V, sendo formado há 4,6 
bilhões de anos a partir do colapso de uma 
 23 
imensa nuvem de gás e poeira. O diâmetro 
do Sol é de 1.392.000 Km, é 109 vezes 
maior que o da Terra e sua massa excede 
em aproximadamente 330.000 vezes a do 
globo terrestre. A força gravitacional 
registrada à superfície do astro é 28 vezes 
maior do que a da superfície terrestre, um 
corpo que pesa 10 Kg na Terra, no Sol 
pesaria 280Kg. 
O Sol é uma fonte de calor, luz e da própria 
vida na Terra, o Sol é composto por 90 % 
de Hidrogênio e 9% de Hélio, os elementos 
restantes são principalmente carbono, 
nitrogênio, oxigênio, magnésio, silício e 
ferro. A energia solar tem origem nas 
reações nucleares que ocorrem de forma 
constante no interior do astro, a principal 
dessas reações é a que transforma 
Hidrogênio em Hélio, sob calor intenso, 4 
núcleos de Hidrogênio, 4 prótons, colidem e 
fundem-se para formar um núcleo de Hélio. 
A cada segundo, o Sol converte em energia 
cinco milhões de toneladas de matéria, 
porção desprezível de sua massa total. 
Com forma esférica e ligeiramente achatado 
nos pólos, o Sol é formado por uma massa 
gasosa de temperatura extremamente 
elevada, calcula-se que na superfície seja 
de 5.700 o C e no interior deve ultrapassar 
15.000.000 o C, por sua natureza gasosa 
,possui uma densidade média de 1,41 g/cm3 
. 
O Sol executa um movimento de rotação 
muito lento em torno de um eixo imaginário, 
inclinado 70 15´ em relação ao plano de sua 
órbita, por ser gasoso, apresenta diversas 
velocidades de rotação em suas diferentes 
latitudes, um giro completo dura 25 dias 
terrestres no equador e 36 dias nos pólos. 
O Sol apresenta também um movimento de 
translação em torno do centro da Via 
Láctea, que completa em 225 milhões de 
anos, à velocidade de 216 Km/s, ao 
deslocar-se pelo espaço, a estrela arrasta 
consigo todo o sistema planetário em 
direção a um ponto na constelação de Lira. 
A região exterior do Sol, é denominada 
comumente de atmosfera, que é composta 
das seguintes camadas sucessivas e 
superpostas: fotosfera, cromosfera e coroa. 
A evolução do Sol deve seguir a da maioria 
das estrelas, acredita-se que ele continuará 
a brilhar por mais 5 bilhões de anos, quando 
o hidrogênio de seu interior se esgotar, a 
combustão nuclear começará a ocorrer em 
camadas cada vez mais externas, nessa 
fase a luminosidade se intensificará e o 
astro aumentará de tamanho em função da 
dilatação de seu núcleo, com o que se 
tornará uma estrela gigante vermelha, 
estima-se que nesse estágio, sua 
superfície alcançará a órbita de Vênus, ou 
até mesmo a da Terra; depois dessa fase o 
astro começara a se contrair até se 
transformar numa anã branca, estrela com 
as dimensões da Terra. Esgotada toda sua 
energia, entrará em seu estágio final de 
evolução, como uma anã negra. 
O Sol é indispensável para a existência da 
vida no nosso planeta, sem o calor e a luz 
solar não haveria nenhuma forma de vida 
na Terra, o calor do Sol fornece a energia 
indispensável para a vida vegetal, pois está 
diretamente relacionado ao maior fenômeno 
do globo terrestre, a fotossíntese, sem essa 
energia não existiria toda a cadeia alimentar 
do nosso planeta. Dos 100% da energia 
solar que chega ao nosso planeta, 19% é 
absorvido pela atmosfera, 34% é refletido 
para o espaço e 47% é absorvido pelas 
rochas, solos e águas. Desses 47%, 66% é 
irradiado novamente para o espaço, após 
cumprir os papéis de aquecimento do globo 
e fornecimento de energia para os diversos 
processos transformativos da Terra. A 
energia que vem do Sol, contribui também 
para a formação dos ventos, evaporação 
das águas, as variações da temperatura do 
ar e outros fenômenos que ocorrem na 
superfície terrestre. 
 
A LUA 
 
Depois do Sol é o astro que mais influência 
exerce sobre a organização dos povos, 
visto que devido a seus movimentos 
surgiram duas importantes medidas de 
tempo: a semana e o mês. 
A Lua é o único satélite natural da Terra, e 
acompanha o nosso planeta em seu 
deslocamento em torno do Sol, possui um 
diâmetro de 3.476 Km., massa de 
7,343.1025g , estando distante da Terra 
entre 363.000 a 406.000 Km. Com média de 
384.000 Km. É o único satélite no sistema 
solar, que possui massa solar superior a 
 24 
1%. A Lua como a Terra, executa dois 
movimentos simultâneos, o primeiro de 
translação, onde descreve uma órbita 
elíptica em torno da Terra, onde os pontos 
máximos de aproximação e afastamento 
dos dois corpos recebem os nomes de 
perigeu e apogeu, respectivamente. O 
movimento de translação é realizado em 27 
dias, 7 horas e 43 minutos. O segundo 
movimento, de rotação, é executado no 
mesmo intervalo de tempo, por essa 
coincidência, a Lua tem sempre a mesma 
face voltada para a Terra. 
A órbita lunar é oblíqua em relação à elipse 
que a Terra descreve em torno do Sol, com 
isso impede seu alinhamento exato com 
esse astro. O alinhamento Lua-Sol só 
ocorre quando se cruzam ambas as órbitas 
de translação e provoca eclipses do Sol, em 
fase de lua nova e lua cheia. 
Um fato de extrema importância quanto ao 
movimento de translação, é que em cada 
mês a face da Lua gira aproximadamente 80 
à direita e à esquerda, com relação ao seu 
eixo central, isso porque o plano do equador 
lunar forma um ângulo aproximado de 60 40` 
com o plano da órbita. 
A superfície lunar está diretamente exposta 
aos raios X e ultravioleta, procedentes do 
Sol, essas radiações não afetam sua 
conformação, entretanto, podem provocar 
alterações em suas propriedades ópticas, 
essa informação é importante fonte de 
pesquisa pois remontam à história primitiva 
do sistema Terra-Lua. 
Enquanto descreve sua órbita elíptica em 
torno da Terra, a Lua pode ser vista da 
Terra sob diferentes aparências, que 
denominamos de fases, e isso é devidoo 
satélite ser um corpo não-luminoso, ou seja 
reflete a luz solar com ângulos de incidência 
variáveis; num dado momento, o Sol ilumina 
apenas a metade da superfície da Lua, a 
outra metade permanece escura e não pode 
refletir luz. No início do ciclo lunar, o satélite 
se encontra aproximadamente entre o Sol e 
a Terra e seu lado noturno se volta para o 
planeta, é a fase da lua nova; prosseguindo 
seu percurso, a porção iluminada alcança a 
metade do disco lunar, dando-se a fase de 
quarto crescente; na terceira fase, é a lua 
cheia, toda a face voltada para a Terra 
reflete a luz do Sol, a região iluminada se 
reduz gradualmente no quarto minguante, 
até o reinício do ciclo, como a lua nova. 
Em relação ao Sol, o ciclo lunar dá origem a 
um período sinódico ( compreendido entre 
duas conjunções sucessivas do Sol e da 
Lua ) de 29 dias, 12 horas e 44 minutos, 
como a órbita lunar é excêntrica, a duração 
do mês sinódico não é constante, variando 
em cerca de 13 horas. 
Do ponto de vista geológico, a Lua exerce 
uma função importante para com a Terra, 
devido aos movimentos das marés, o nível 
das águas dos oceanos e mares da Terra 
se modifica em função da situação da Lua 
no firmamento, ocasionando um movimento 
lento e contínuo de modelagem do nosso 
planeta, classificado de epirogenético. A 
origem do fenômeno é a atração 
gravitacional que a Lua exerce sobre as 
águas, de maneira que, quando o satélite se 
encontra no ponto de maior altura na 
abóbada celeste, atrai os oceanos e 
provoca a maré alta ou preamar; quando se 
encontra no horizonte, dá-se a situação 
contrária e as águas se afastam do litoral, 
caracterizando a maré baixa. 
 
A TERRA 
 
Uma característica marcante da Terra é a 
presença da água na forma líquida, 
essencial não só para a vida dos animais, 
bem como para os vegetais, além de que 
para os processos geológicos de 
intemperismo, erosão, transporte e 
deposição, que moldam o nosso planeta. 
O Planeta Terra é o terceiro do sistema 
solar em ordem de distância do Sol e o 
quinto em tamanho. Pode ser descrita como 
uma esfera dotada de uma crosta rochosa, 
litosfera, parcialmente recoberta de água, 
hidrosfera, e envolvida por uma camada 
gasosa a atmosfera. O interior do planeta é 
dividido em camadas alternadas, sólida e 
pastosa, sendo: manto, núcleo externo e 
núcleo central. A força centrífuga de seu 
movimento de rotação em torno do próprio 
eixo torna a Terra mais volumosa no 
equador e achatada nos pólos. Seu eixo de 
rotação apresenta uma inclinação de 230 
27´ 30” em relação ao plano da eclíptica. A 
área total da Terra é de aproximadamente 
509.600.000 Km2 , sendo que 29% são 
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sólidos, e o restante são ocupados por 
oceanos, mares, logos e rios. A densidade 
média da Terra é de 5,5 g/cm3 , possui um 
volume de 1,08 bilhão de Km3 e massa de 
6 sextilhões de toneladas ( 6.1027 g ). 
O campo gravitacional da Terra se 
manifesta como uma força que atua sobre 
um corpo livre em repouso e faz com que 
ele se desloque na direção do centro do 
planeta. A gravidade da Terra não tem valor 
fixo, ocorrendo variações de acordo com a 
latitude, em virtude da imperfeita 
esfericidade do planeta e do movimento de 
rotação. A aceleração média da gravidade 
ao nível do mar é de 980 cm/s2 , mas esse 
valor pode variar de 978 cm/s2 na linha do 
equador até 983 cm/s2 nos pólos, como a 
gravidade normalmente não é medida ao 
nível do mar, é necessário fazer reduções 
em seu valor à medida que aumenta a 
altitude. A força gravitacional da Terra 
mantém a Lua em órbita ao redor do 
planeta e também produz marés lunares, 
deformações que se manifestam na forma 
de protuberâncias na superfície lunar. 
Devido ao seu magnetismo, a Terra se 
comporta como um gigantesco ímã cujos 
pólos diferem em poucos graus dos pólos 
geográficos. A existência desse campo 
magnético pode ser facilmente comprovada 
pela orientação que ele exerce sobre as 
agulhas imantadas, mais de 90% do campo 
magnético terrestre é gerado pela 
eletricidade existente no núcleo externo, 
evidências indicam que em intervalos de 
tempo ( centenas de milhares de anos ), a 
direção do dipolo se inverte, ou seja, o norte 
se transforma em sul. O campo magnético 
da Terra se estende por uma área do 
espaço, chamada de magnetosfera, 
começando por cerca de 140 Km da 
superfície terrestre, nessa área o planeta, 
captura partículas eletricamente carregadas 
( elétrons e prótons de alta energia), 
provenientes do Sol. Se não existisse a 
magnetosfera, as partículas bombardeariam 
a superfície do planeta e destruiriam a vida. 
As altas concentrações dessas partículas 
capturadas nessa área, formam os 
cinturões de radiação de Van Allen, que 
exercem importante papel em vários 
fenômenos geofísicos, como por exemplo 
as auroras polares. 
 
MOVIMENTOS DA TERRA 
 
Já foram identificados mais 30 movimentos, 
e medidos, entretanto os mais conhecidos 
são o de rotação e translação. Vejamos 
alguns exemplos: 
 
ROTAÇÃO 
 
O movimento de rotação, no sentido Oeste-
Leste, é o que se realiza ao redor de um 
eixo que atravessa os pólos, é o giro que o 
nosso planeta faz ao redor de si mesmo. 
Uma rotação completa da Terra dura 23 
horas 56 minutos e 4 segundos e causa a 
sucessão dos dias e das noites. A 
velocidade é de 1.667 Km por hora. O eixo 
terrestre fica ligeiramente inclinado 230 27` 
30``. Os dias, as noites e os diferentes 
horários (fusos horários), são conseqüência 
desse movimento. 
 
TRANSLAÇÃO 
 
Também é chamado de orbital ou de 
revolução, é o que a Terra executa ao redor 
do Sol, no período de um ano sideral, ou 
365 dias mais 5 horas, 48 minutos, 
aproximadamente. É o giro que a Terra 
realiza ao redor do Sol, seguindo uma órbita 
elíptica, à velocidade média de 106.920 Km 
por hora. A principal conseqüência do 
movimento de translação ( e da inclinação 
do eixo da Terra ) são as estações do ano: 
Primavera, Verão, Outono e Inverno. Além 
disso, por sobrar 5 horas e 48 minutos, ao 
final de 4 anos, teremos 24 horas, que 
corresponde a um dia, gerando de 4 em 4 
anos, o ano bissexto, em fevereiro. As 
estações do ano distribuem-se em épocas 
diferentes nos dois hemisférios. De 21 de 
dezembro a 20 de março, Inverno no 
hemisfério norte e Verão no hemisfério sul; 
de 21 de março a 20 de junho, Primavera 
no hemisfério norte e Outono no hemisfério 
sul; de 21 de junho a 22 de setembro, Verão 
no hemisfério norte e Inverno no hemisfério 
sul e de 23 de setembro a 20 de dezembro, 
Outono no hemisfério norte e Primavera no 
hemisfério sul. 
Equinócio e Solstício, são as datas do início 
de cada estação. Equinócio significa dia e 
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noites iguais, os raios solares ficam 
perpenticulares à linha do equador, 
iluminando igualmente os dois hemisférios. 
O Solstício significa dia e noite desiguais. 
O movimento de translação é a origem do 
movimento aparente do Sol, de Oeste para 
Leste, no plano da eclíptica. 
 
PRECESSÃO DOS EQUINÓCIOS 
 
Foi descoberto por Hiparco no século II a. C 
a explicação do fenômeno só surgiu, porém 
no século XVII, foi quando Isaac Newton 
demonstrou que o Sol e a Lua exercem, 
sobre as regiões equatoriais da Terra, uma 
atração em virtude da qual o eixo do 
planeta, na rotação, descreve um 
movimento cônico ( como o de um pião ). 
Esse movimento ocorre a uma velocidade 
de 50 segundos por ano e se completa em 
aproximadamente 26.000 anos. A 
precessão dos Equinócios provoca 
alteração nas coordenadas das estrelas e 
na duração das estações. 
 
NUTAÇÃO 
 
Foi descoberto no século XVIII, por James 
Bradley e consiste numa leve oscilação do 
eixo terrestre em torno de sua posição 
média, o que se traduz numa irregularidade 
no movimento de precessão dos 
equinócios. A nutação é causada por 
alterações na relação entre o plano orbital 
da Lua

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