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POLÍTICA OU POLITICAGEM

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POLÍTICA OU POLITICAGEM?
Texto para a coluna “Filosofando”
JAILTON DOS SANTOS FILHO
Departamento de Física, Universidade Federal de Sergipe.
DATA: 23 de maio de 2016
“É preciso começar a revolução nas consciências, pois é através do pensamento que se pode exercer alguma influência no mundo”. (Bruno Bauer)
Indubitavelmente houve um avanço na conscientização da população brasileira no tocante aos nossos governantes, não restringindo este assunto a uma pequena elite intelectual que doutrinavam o restante da população. O avanço é notório, pois grande parte das pessoas hoje tem uma opinião formada e mostra no mínimo uma preocupação com o ambiente político nacional.
Todavia é preciso ressaltar que existe uma praga que se derivou da tão louvável política em termos originais, chamada POLITICAGEM. E é ai que entra a culpa dos eleitores, dai que se propagam os primeiros problemas num sistema governamental. Infelizmente a troca de favores é um ponto crucial para alguém se eleger, favores absurdos como: “Eu só voto se você pagar minha conta de luz”. Como se a conta fosse deixar de vir mensalmente a casa deste eleitor.
E os políticos o que fazem? Parece mentira ou filme, mas não é a realidade. Eles apenas jogam conforme a música. Fazem de tudo para conseguir um cargo, para que lá, ao invés de cuidar e trabalhar em prol do povo, angariam o máximo de recursos (propina de todos os tipos) para que nas próximas eleições eles possam ser eleitos novamente.
Hoje vemos que, salvo os cargos efetivos, boa parte dos cargos públicos é suprida por indicação e não por qualificação, o que é uma barbaridade. Um exemplo: quando um prefeito é eleito quem geralmente ocupa a Secretaria de Assistência social? A primeira dama. Sem se preocupar se ela é formada na área ou ao menos tem experiência. Cargo comissionado, indicação direta! Enquanto que poderia ser ocupado por um profissional qualificado e que geraria muito mais benefícios para a população.
Claro que existem exceções, porém são tão ínfimas... E esse é o maior mal, pensar na minoria, quando temos o poder de transformar tais exceções em plenitude. Por isso, não adianta impeachment, exonerações, conduções coercitivas, investigações sem que haja uma mudança no comportamento da população brasileira. Pois quantos dos que vão às ruas gritar por um Brasil melhor não fazem parte do sistema? O sistema é mal, é complexo. Contudo só nós podemos resolver. 
A política deve ser ensinada desde berço, deve ser implantada como componente curricular nas escolas, para que o sinônimo de político não seja corrupto. E nada melhor que discutir este pensamento no momento em que vivemos. A corrida para eleições já começou, em todas as cidades do país as lideranças políticas já se lançaram rumo ao poder. Poder? Sim. Poder. Enquanto você se presta a vender seu voto, implorar favores a um candidato, você o coloca automaticamente nesse estado de liderança, de soberania. O que é inadmissível. Como queremos uma sociedade justa se antes do ato de votar já nos deixamos na condição de inferiores?
O PROBLEMA DO BRASIL NÃO ESTÁ NOS POLÍTICOS E SIM EM QUEM OS COLOCOU LÁ!
“Talvez as leis não sejam tão cruéis como os costumes da sociedade”. (Honoré de Balzac) 
Vamos filosofar!

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