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Epiderme Disciplina: Introdução Anatomia Vegetal Professor: José Paulo B. S. Filho EPIDERME Sistema de células compactamente arranjadas que reveste o corpo primário da planta, podendo ser formada por 1 ou mais camadas. FUNÇÃO • Revestimento do corpo primário da planta; • Proteção e suporte mecânico; • Regulação da trocas gasosas e transpiração (estômatos); • Absorção; • Reserva de substâncias. ORIGEM • Protoderme Apenas 1 camada Múltiplas camadas Origem Protoderme Meristema Fundamental HipodermeEpiderme Múltipla Apenas 1 camada Epiderme Múltipla Parede anticlinal mais fina Parede periclinal externa espessa e com cutícula. EPIDERME CONSTITUI • Células epidérmicas não especializadas; • Células epidérmicas especializadas. Células epidérmicas não especializadas • Forma tabular; • Sem espaços intercelulares; • Protoplasto vivo; •Pode apresentar papilas (projeções da superfície externa das células epidérmicas); • Apresenta substâncias ergásticas (cristais, taninos e óleos); • Apresenta leucoplasto. Estrutura da parede celular • Parede celular 1ª; • Parede anticlinal pode ser reta ou sinuosa; • Parede periclinal pode variar de espessura; • Possuem plasmodesmas; • Presença de Ectodesmas- Canais da parede externa (entre citoplasma- cutícula) funções de absorção (adubos/defensivos) e excreção (ex.: cutina e ceras epicuticulares); • Presença de substância incrustante de natureza lipídica (cutina) na parede periclinal externa. Corte paradérmico Corte transversal EPIDERME A característica mais típica das células epidérmicas é a presença da cutina. Composição da CUTINA Substância lipídica encontrada dentro da parede celular; A cutina também forma uma camada especial chamada de cutícula (situa-se na camada externa). Cutícula Consiste de 3 camadas: • 1ª camada é de pectina; • 2ª camada de extratos cuticulares (cutina + materiais da parede); • 3ª camada apenas cutícula (a cutícula propriamente dita); • Além dessas três camadas, pode haver uma 4ª camada constituída de CERA. • Cuticularização: Processo de formação da cutícula; • Cutinização: Processo de impregnação pela cutina FUNÇÕES •Proteção mecânica; •Proteção contra perda de água; •Proteção contra excesso de luminosidade; •Proteção contra entrada de patógenos. Curiosidades sobre ceras epicuticulares: •Confere aspecto brilhoso à maçã e aspecto aveludado das uvas •Comercialmente úteis. Ex. cera da folha de carnaúba como lustradores. Células epidérmicas especializadas TIPOS • Estômatos; • Células buliformes; • Células silicificadas e suberosas; • Litocisto; • Tricomas. Estômatos São aberturas na epiderme, limitados por duas células epidérmicas especializadas. CONSTITUI-SE: • Células guardas: São duas células especializadas que delimitam o espaço intercelular. • Ostíolo: Fenda estomática limitada pelas células guardas. Células Guardas: • Possui cloroplastos; • Podem ser multivacuoladas; Parede espessa • Parede oposta à abertura é + fina e flexível facilita modificação da forma celular no processo de abertura estomática; • Micelação radial (fibrilas celulósicas) facilita modificação da forma celular no processo de abertura estomática. FORMAÇÃO DOS ESTÔMATOS A- Divisão assimétrica de uma célula protodérmica originando Célula-mãe do estômato e célula-irmão; B- Célula mãe do estômato; C- Divisão da célula mãe; D- Início da formação do ostíolo. A B C D FORMA DAS CÉLULAS GUARDAS • Reniforme: Nas dicotiledôneas • Halteres: Nas Poaceae Células Guardas Célula-guarda Ostíolo Ostíolo Célula-guarda São células que somente circundam o estômato (células guardas) e que são claramente diferentes das demais células epidérmicas. Células Subsidiárias Classificação dos Estômatos Os estômatos podem ser classificados quanto à origem, número e forma das células subsidiárias. Origem dos estômatos em relação as Células subsidiárias: • Mesógeno: Quando as células subsidiárias têm a mesma origem das células estomáticas. • Perígeno: Quando tem origem de células protodérmicas adjacentes à célula-mãe do estômato. • Mesoperígeno: Quando a origem é mista. Células Subsidiárias Classificação dos Estômatos Classificação dos estômatos quanto a ocorrência e disposição das células subsidiárias: ANOMOCÍTICO Sem células subsidiárias ANISOCÍTICO 3 céls subsidiárias, sendo 1 menor que as outras duas Classificação dos Estômatos PARACÍTICO 1 ou + células subsidiárias paralelas ao maior eixo das células guardas. DIACÍTICO 2 células subsidiárias perpendiculares ao maior eixo das células guardas. Classificação dos Estômatos ACTINOCÍTICO Várias células subsidiárias dispostas perpendicular e radialmente em torno das céls. guardas. TETRACÍTICO (em monocotiledôneas) 4 céls subsidiárias ao redor das células guardas Estômatos Quanto a posição na Lâmina Foliar Estômatos encontrados apenas na superfície superior (Adaxialmente) • FOLHA EPIESTOMÁTICA Estômatos encontrados apenas na superfície inferior (Abaxialmente) FOLHA HIPOESTOMÁTICA FOLHA ANFIESTOMÁTICA Est Est Estômatos encontrados nas duas superfície. Estômatos Quanto a posição na epiderme da Lâmina Foliar. • No mesmo nível das células epidérmicas comuns; • Abaixo do nível das células epidérmicas comuns; • Acima das células epidérmicas comuns Depressão Nivelado Saliente Estômatos COMPLEXO ESTOMÁTICO Termo que pode ser utilizado para designar o conjunto das células guardas e Subsidiárias. FUNÇÃO • Responsável pelas trocas gasosas. Câmera Subestomática São espaços intercelulares que se encontra abaixo do estômato que se localiza no interior do mesofilo. Câmara subestomática Mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos Bomba Prótons H+-ATPase Células Buliformes FUNÇÃO: • Evita a evapotranspiração excessiva; • Distensão (desenrolamento) de folha jovem em desenvolvimento. • Células motoras São células maiores que as demais células epidérmicas, possuem parede fina, não possuem cloroplastos e são muito vacuoladas na epiderme de folhas de gramíneas. LOCALIZA-SE: • Na epiderme adaxial; • Com menos freqüência na epiderme abaxial; • Encontradas nas Liliopsidas (Poaceae). FORMA: Em secção transversal, tem forma de leque Cb Células Suberosas e Silicificadas São células pequenas, que se encontram aos pares entre as células longas da epiderme das Poaceaes. Células Suberosas • Apresentam paredes suberificadas; • Lume é altamente vacuolizado e preenchido com substâncias ergásticas. Células Silicificadas • Possuem corpos silicosos de forma variada (elíptica, nodular, circular) no lume; • Sílica pode ser depositado na parede celular. FUNÇÃO: Ambas conferem rigidez e proteção ao órgão (ex.. em epidermes de folhas) Sil Sub Litocistos São células grandes, que contêm um cristal de carbonato de cálcio, chamada cistólito. FORMAÇÃO DO CISTÓLITO • Formam a partir de invaginações da parede celular. COMPOSIÇÃO • Carbonato de Cálcio; • Pectoses; • Sílica FUNÇÃO: - Reserva de Cálcio, confere rigidez e protege contra herbivoria. Cistólitos em corte de folha de Ficus Papilas São projeções da parede periclinal externa das células epidérmicas, com forma variada. Considera-se como um tricoma simples. LOCALIZA-SE • Pode localiza-se em ambas superfícies. FUNÇÃO • Importância taxonômica; • Refletir a luz solar • Nas pétalas, confere aspecto aveludado;• Estigma, importantes no processo de polinização. Pp Tricomas São apêndices de origem epidérmica/subepidérmica, de forma e funções variáveis. Característica Celular • Parede celular geralmente celulósica, mas podem sofrer lignificação, impregnação de sílica e carbonato de cálcio; • Podem perder o protoplasto vivo; • O conteúdo dos tricomas, podem ter cloroplastos, cristais, substâncias mucilaginosas. Funções •Isolamento (p.ex. contra excesso de calor e evapotranspiração): A grande quantidade de tricomas reflete o excesso de luminosidade, evitando superaquecimento dos tecidos internos. Secreção (p.ex. de compostos de metabolismo secundário): Os Compostos de metabolismo secundário (Alcalóides; Terpenos; Compostos fenólicos) são produtos resultantes do metabolismo celular e são tóxicos ou conferem gosto desagradável às plantas (Defesa química contra herbivoria e patógenos). Proteção mecânica: tricomas rígidos e pontiagudos conferem proteção mecânica à planta. Absorção (p.ex. raiz): Células com pêlos radiculares (extensões de células epidérmicas) para absorção de água e sais minerais. Tricomas TIPOS • Tectores (não glandulares); • Glandulares. Devido apresentarem grande variedade de formas, podem ser classificados de diversas maneiras. Tectores (não glandulares) Características • Podem ser Unicelulares ou Multicelulares Tricoma unicelular • Podem variar em tamanho, forma e espessura na parede. Tricoma Multicelular • Podem ser ramificados ou não; • Não-ramificados unisseriados, compõem-se de apenas uma única fileira de célula; • Multicelulares, compõem-se de mais de uma fileira de célula. Tricomas unicelular - Papila (evaginações delicadas das células epidérmicas) ex. na epiderme celular. Tricoma Multicelular - Escamas- Pluricelulares e sésseis. Vista lateral Vista superior Vista superior Função • Absorção de água e sais minerais -Tricomas peltados- -Pluricelular ramificado (Base + chapéu: guarda chuva) Tricoma Multicelular Função • Absorção de água e sais minerais -Tricomas Estrelados -Pluricelular ramificado, contêm uma haste na base e ápice com ramificações (Base + chapéu: guarda chuva) Diminuir o excesso de luminosidade, evitando superaquecimento dos tecidos internos e proteção. Função Pêlos radiculares: Extensões das células epidérmicas. Tricoma Multicelular Função Absorção de água e nutrientes Tricoma Glandular São envolvidos com secreção de várias substâncias, como óleos, néctar, sais, resinas, mucilagem, sucos digestivos e água. CONSTITUI-SE • Na extremidade formada por uma cabeça uni ou pluricelular; • A cabeça une-se à epiderme através de um haste ou pedúnculo uni ou pluricelular. Células secretoras Pedúnculo Células secretorasTricoma séssil Tricoma pedunculado DEVER DE CASA PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA SEMANA • CITAR E CARACTERIZAR 4 TIPOS DE TRICOMAS GLÂNDULARES • COM REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA NO FINAL
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