Buscar

resenha vigiar e punir

Prévia do material em texto

TEMA: RESENHA CRÍTICA
ITABUNA
10/06/2016
Caio Cesar Santos Silva
Trabalho apresentado para avaliação e analise ao docente Lara Kauark, do curso de Direito da Faculdade de Tecnologias e Ciências – FTC da disciplina TID1.
ITABUNA
10/06/2016
Referência:
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: o nascimento da prisão. 27ª ed. Tradução Raquel Ramalhete. Petrópolis, RJ: Vozes, 1987. 288p.
RESENHA CRÍTICA
 Caio Cesar Santos Silva
Paul-Michel Foucault, filho do cirurgião Paul Foucault e de Anna Malapert, nasceu em Poitiers, no dia 15 de outubro de 1926.
A obra Vigiar e Punir, escrita por Michel Foucault e divulgada, em 1975, com o título original, em francês, uma biografia correspondente á alma moderna o poder de julgar, o nascimento dos presídios onde o poder de punir, ganha seus preceitos, estende seus efeitos calhando por um sistema de punição e disciplina que junta toda uma obra de tecnologias científicas, relação que existe entre o poder e esses diversos saberes, compreendido entre magistrados, advogados, e outras classes.
A obra principia tormento, suplício e esquartejamento de um parricida, em 1757, Damiens, que condenado, a pedir perdão publicamente diante da porta principal da Igreja de Paris onde levado e escoltado em uma carroça, nu, de camisola, carregando uma tocha de cera acesa de duas libras, na dita carroça, na praça de Greve, e sobre um patíbulo que aí será erguido, atenazado nos mamilos, braços, coxas e barrigas das pernas, sua mão direita segurando a faca com que cometeu o dito parricídio, queimada com fogo de enxofre, e as partes em que será atenazado se aplicarão chumbo derretido, óleo fervente, piche em fogo, cera, e enxofre derretidos conjuntamente, e a seguir seu corpo será puxado e desmembrado por quatro cavalos e seus membros consumidos ao fogo, reduzido a cinzas, e suas cinzas lançadas ao vento, a explicação detalhada de cada passo do ritual é descrito com detalhes, a astúcia de toda monstruosidade imposta ao condenado.
Perante verdadeiros suplícios, os acusados tinham seu corpo jurado a uma maldição pública, processo, de um abuso não só física, mas, também psicológico, completo show de odiosidade cada operação de punição, cujo tempo de duração poderia ir até a morte, dependendo da pena do delinquente, anos depois organizaram um novato código em Paris, os suplícios eram aplicados segundo o crime, bem como o período de sua duração.
Toda a sociedade testemunhava o castigo, que era uma das finalidades do monarca, mostrar o seu poder de força e severidade para com quem infringiam seus princípios, ou provocar, destaca os trabalhos forçados, enclausurados, além da penúria da completa liberdade, aguentavam a diminuição de comer, aflição física, masmorra etc. No final do século XVIII e início do século XIX relatos da época o apagamento do suplício tem a ver com a tomada de consciência em proveito de uma humanização das penas, o pensamento era achar uma nova maneira de punir, o suplício passou a ficar intolerável.
Ainda na primeira metade do século XIX, na França a cadeia convencionava o exercício do suplício, havia cadeias que eram carros que seguia por distintas cidades arrastando o condenado prendido a aparelhos de martírio a aglomeração compartilhava desta festa do atormento, gritando, contra ou a favor do delinquente ou contra o abuso da repreensão às vezes o delinquente compartilhava igualmente do festival, ganhava beneficies, uma vez que os diários referiam seu nome e sua vida antes dele chegar à cidade, essa festa reservava prazeres que nem a liberdade concedia, havia uma estranha inversão do código de ética exaltação do delinquente, humilhação dos poderes instituídos, tal fato, o carro-cadeia foi substituído a uma espécie de carroça, que copiava um panóptico perambulante, décadas depois deu lugar à prisão no formato em que a conhecemos hoje. 
A prisão surgiu não diminuindo a criminalidade, mas aumentado, provocando reincidência construindo novos delinquentes, assim, tornando-os mais violentos uma verdadeira faculdade do crime.
As críticas hoje são as mesmas, prisão não regula só pune, a prisão faz um trabalho ineficaz, o sistema carcerário, condicionamentos coercitivos e proposições científicas, efeitos sociais ilusórios, um falho funcionamento da prisão. 
O panoptismo aloca um efeito, forma de disciplina diferente da chamada sociedade disciplinar esta se baseia na criação cerrada, marginalizada, à paralisação do tempo e da conversa, uma máquina disciplinar jogada por essa nova arte, procura volver o domínio mais ligeiro, mais eficaz o essencial é que ele saiba que estar sendo vigiado o panóptico é uma máquina de dissociar, dá ao poder a oportunidade de explorar inovações, experiências, modificar o comportamento de indivíduos, domar através de técnicas controladas é o que torna o poder mais forte, intenso.
Conclusão, quanto máximo de informações em relação aos sujeitos, maior a probabilidade de domínio de conduta desses indivíduos, o visionário escritor explica algumas técnicas disciplinares. 
“Na periferia uma construção de anel; no centro, uma torre; esta é vazada de largas janelas que se abrem sobre a face interna do anel; a construção periférica é dividida em três em celas, cada uma atravessando toda a espessura da construção; elas têm duas janelas, uma para o interior, correspondendo às janelas da torre; outra, que dá para o exterior, permite que a luz atravesse a cela de lado a lado. Basta então colocar um vigia na torre central, e em cada cela trancar um louco, um doente, um condenado, um operário ou um escolar. Pelo efeito da contraluz, podese perceber da torre, recortando-se extremamente sobre a claridade, as pequenas silhuetas cativas nas celas da periferia. Tantas jaulas, tantos pequenos teatros, em que cada ator está sozinho, perfeitamente individualizado e constantemente visível. O dispositivo panóptico organiza unidades espaciais que permitem ver sem parar e recolher imediatamente.” (FOUCAULT, Michel,1999, p. 165.)

Continue navegando