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Resenha crítica - a graça estética da arquitetura de oscar niemeyer

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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE ITAPIRANGA – SEI
FACULDADES DE ITAPIRANGA – FAI
CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: PLÁSTICA, ESTÉTICA
PROFESSORA: BARBARA REICHERT
PERÍODO: 3º SEMESTRE
ACADÊMICA: KEILA JAINE WRONSKI
RESENHA CRÍTICA - A graça estética da arquitetura de Oscar Niemeyer, 
por João Masao Kamita
	Quando se pensa em belo e feio, fica clara a distinção que os dois conceitos tem na opinião particular de cada um. Quando se fala de graça, então, associa-se o pensamento ao modo de interpretação de algo como gracioso, sendo também uma variável em constante mudança nos pontos de vista mais diversos. No texto “A graça estética da arquitetura de Oscar Niemeyer”, de João Masao Kamita, o autor cita a grande variedade de definições de graça, que foram adaptadas e adaptaram-se aos períodos históricas em que estavam inseridas. Ao contrário do autor, a presente resenha citará tais definições antes de conectá-las ao modo de arquitetar de Oscar Niemeyer. 
	Durante o Renascentismo, a graça era vista como a sincronia entre artisticidade e naturalidade, onde ela não surge como dádiva divina, mas sim através do estudo e da cultura. A partir daí, e quebrando alguns paradigmas ainda impostos pelo barroco, a graciosidade passa a ser a junção entre várias características, como ritmo, leveza, equilíbrio, deixando para trás a obrigatoriedade de figuras exatas e perfeitamente geométricas.
	Em Niemeyer, a graça das obras, torna-se visível – e bela - enquanto o arquiteto dribla as forças da gravidade para fazer com que as edificações de grande volume pousem com delicadeza no solo, sem transpassar a sensação de algo pesado e sem uma visão poética de arte. A forma com que o arquiteto lida com a relação solidez/leveza baseia-se na utilização da estrutura na forma, onde ela toca com suavidade no solo e mesmo assim comporta o peso dos edifícios grandiosos. A maneira com que as edificações estão inseridas no terreno também faz com que sejam objetos únicos, onde nada influencie a percepção da plástica e da beleza das formas.
	Desde o processo projetual até a concretização da obra, forma e função caminham juntas, o que torna explícita a importância do conceito e partido arquitetônicos, que teorizam a inspiração inicial para a obra e torna o desenvolvimento do projeto a perfeita junção das linhas, planos e volumes com o porquê de aquela edificação estar sendo construída. Como o autor mesmo cita, ter em vista um passado e um presente artisticamente estáticos em relação às artes, pode manter o artista acomodado em todas as possibilidades que já existem, o que não o permite libertar a imaginação e propor a novidade. Oscar Niemeyer tornou-se uma das poucas personalidades que ousaram corromper esse paradigma com suas formas inusitadas e que sempre possuem alguma explicação, se não lógica, no mínimo, poética a respeito do processo criativo.
	Lúcio Costa caracteriza da maneira mais pura a criatividade e inovação em um período que as obras seguiam padrões estabilizados, enquanto Niemeyer surge para ressaltar a arte em tempos de funcionalismo. De certa forma, Lúcio define a função “individualista” do arquiteto, enquanto alguém que deve enfrentar o que é tradicional e baseado em padrões a fim de trazer o novo à arte, e preencher vazios com linhas e formas que transbordem o ser humano, representando sua existência. O fato do arquiteto trazer a humanidade para uma área exata, apesar de artística, faz a admiração por ele ser mais forte a cada interpretação de seus objetivos e traços, merecendo assim, o título de maior arquiteto da História do Brasil.
REFERÊNCIA
KAMITA, João Masao. A graça estética da arquitetura de Oscar Niemeyer. Arquitextos, São Paulo, ano 13, n. 151.07, Vitruvius, dez. 2012 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/13.151/4631>

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