Buscar

AULA 9.

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
AULA 9.
I - Temas da aula: 
Recurso de Revista
Agravo de petição
Agravo regimental
Recurso Adesivo
Embargos no TST
Pedido de revisão
Recurso Extraordinário
Reclamação Correcinal
II – AULA
RECURSO DE REVISTA
O recurso dirigido ao Presidente TST
As razões são dirigidas a turma do TST.
3 Juízos de admissibilidade 896-CLT- 1º Presidente do TRT - 2º Relator do TST - 3ºTurma do TST
CABIMENTO: Para turma do TST. Das decisões proferidas em grau de recurso ordinário (SÓ DE RECURSO ORDINÁRIO)
EM DISSIDIO INDIVIDUAL quando (houver divergência ou violação):
Der a dispositivo de lei federal interpreta ao diversa de outro TRT
Der interpretação divergente de sumula ou OJ da SDI-1
Der a interpretação em divergência com sumula ou OJ para lei estadual, acordo, convenção, sentença normativa, regulamento empresarial
Proferir com violação de lei federal ou afronta a constituição
DETALHES: O recurso de revista será recebido com efeito devolutivo, pelo presidente do tribunal recorrido, que poderá receber ou denegar, sempre fundamentadamente. Em decisão do TRT, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro,
.O TRTs procederão obrigatoriamente a uniformização de sua jurisprudência, não servindo a sumula respectiva para ensejar a admissibilidade de recurso de revista quando contrariar SUMULA DA JURISPRUDENCIA UNIFORME DO TST.
A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando como tal, a ultrapassada por sumula, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do TST.
HÁ NECESSIDADE DE DEPOSITO RECURSAL (hoje 18/10/2012 o valor do deposito recursal R$ 13.196,42 ESSE VALOR É ALTERADO POR RESOLUÇÃO DO TST SMPRE ENTRE OS MESES DE JULHO E AGOSTO) E DE RECOLHIMENTO DE CUSTAS PROCESSUAIS SE A DECISÃO FOR MAJORADA EM SEGUNDA INSTANCIA ALTERANDO SEU VALOR.
Se a decisão estiver recorrida estiver de acordo com sumula, poderá o Ministro relator a mencionara e denegara provimento ao RECURSO DE REVISTA, EMBARGOS, OU AGRAVO 
OBS não se discute fatos ou provas – discute-se matéria de direito, interpretação da lei pelos tribunais, para uniformização de jurisprudência – cabe nos casos de divergência de jurisprudência de Tribunais Regionais (2ª. Instância) ou Súmula do TST, ou afronta à CF e lei federal. Divergência entre turmas do mesmo Tribunal: não cabe Recurso de Revista, e sim, incidente de Uniformização de Jurisprudência – Competência: endereçar o Recurso de Revista ao presidente do TRT e razões ao TST, juntando cópias das decisões divergentes e entendimentos dados às leis e CF, ou indicar a fonte oficial – Prazo: 8 dias – Preparo – o dobro do preparo do Recurso Ordinário – Efeito: não suspende a execução
AGRAVO DE PETIÇÃO.
É um dos tipos de agravos previstos no processo do trabalho, UTILIZÁVEL SOMENTE NAS EXECUÇÕES.
O agravo de petição deve ser utilizado das decisões proferidas em execução que apreciam os embargos à execução, daquelas terminativas que não são impugnáveis pelos embargos, como as de pré-executividade e das decisões interlocutórias que não encerram o processo executivo, mas que acarretam gravame à parte e que não são impugnáveis, também, pelos embargos.
Dessa forma, pode-se chegar à conclusão de que o agravo de petição é cabível tanto das decisões do juiz na execução que proferem decisões de mérito, tais como nos embargos á arrematação, à adjudicação, à penhora, à execução, remição da execução, como naquelas terminativas que extinguem a fase de execução. (SCHIAVI,2011,p.830).
Todavia, o TST através da Súmula 266, admite uma exceção para interposição de agravo de petição na “liquidação de sentença”, quando: 
“RECURSO DE REVISTA. ADMISSIBILIDADE. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. A admissibilidade do recurso de revista interposto de acórdão proferido em agravo de petição na liquidação de sentença ou em processo incidente na execução, inclusive os embargos de terceiro, depende de demonstração inequívoca de violência direita à Constituição Federal”. 
Excepcionalmente, portanto, caberá agravo de petição das decisões interlocutórias na fase de execução. Isso acontecerá naquelas decisões em que não podem ser objeto de impugnação pelos embargos à execução e que causem grave dano imediato à parte, como por exemplo, a decisão que determina o levantamento de penhora, aquela que libera valores depositados, a que não homologa acordo na fase de execução. (SCHIAVI, 2011, p. 830). 
Para que o agravo de petição seja recebido necessário que o agravante delimite justificadamente os valores e a matéria objetos do recurso. Assim reza o art. 897, parágrafo 1º da CLT: 
“o agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença”. 
Ademais, o TST complementou informações sobre a dispensabilidade do depósito recursal em agravo de petição, ao editar Súmula 161 que dispõe: 
“DEPÓSITO . CONDENAÇÃO A PAGAMENTO EM PECÚNIA. Se não há condenação a pagamento em pecúnia, descabe o depósito de que tratam os parágrafos 1º e 2º do art. 899 da CLT”. 
O agravo de petição deverá ser interposto no prazo de 8 (oito) dias contados da ciência da decisão impugnada, em petição dirigida ao juiz prolator da mesma que exercerá o juízo primeiro de admissibilidade. Bezerra Leite acredita que para tal recurso é cabível juízo de retratação, embora não seja pacífico tal posicionamento na doutrina e jurisprudência. (LEITE, 2011, p. 815).
Admitido o recurso e não havendo retratação, o agravado será intimado para contraminutar o agravo, também no prazo de 8 (oito) dias. Assim, o juiz deverá remeter o processo ao Tribunal Regional, decidindo apenas sobre a extração da carta de sentença ou formação de instrumento para a execução imediata da parcela incontroversa, se houver. O agravo de petição será julgado pelo próprio Tribunal, presidido pela autoridade recorrida. Caso a decisão seja de juiz do trabalho de 1ª instância ou juiz de direito, então o julgamento caberá a uma das Turmas do Tribunal ou ao pleno, caso o Tribunal não seja dividido em Turmas. (LEITE, 2011, p. 815).
Contra o juízo negativo de admissibilidade deste recurso, salienta Bebber, que caberá agravo de instrumento. Para ele, poderá ser revista a decisão positiva de admissibilidade do agravo de petição, nos termos do art. 518 CPC, parágrafo único (juízo de retratação). Não revista a decisão, os autos serão enviados ao órgão recursal competente.(CHAVES, 2009, p.827).
O juízo de admissibilidade exarada pelo juízo ‘a quo’ não vincula o ‘ad quem’, este poderá não admitir o agravo de petição que fora admitido por aquele. O acórdão que denegar o agravo de petição somente caberá recurso de revista se a referida decisão houver violado, de maneira direta e literal, norma da Constituição Federal, conforme salienta Teixeira Filho. (FILHO, 2009, p.1677).
Nos Tribunais Regionais, a tramitação e o julgamento do agravo de petição muito se assemelham ao julgamento do Recurso Ordinário.
Faz-se necessário ainda pontuar que não cabe agravo de petição de decisão que denegar a assistência judiciária, seja na fase de conhecimento ou de execução, tendo em vista o princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias, previsto no art. 893, parágrafo 1º da CLT.
EM RESUMO: Custas: não é necessário. O pagamento das custas na hora da interposição do agravo de petição, mas isso não significa que é isento. Deve-se porém pagar as custas no final.
o Art. 789-A, CLT – No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado e PAGAS AO FINAL. Depósito recursal: não existe previsão para deposito recursal no agravo de petição, inclusive, no ato do TST que estipula os valores para o depósito não existe a previsão de quantias para esse recurso.Pressuposto recursal específico: Exige a delimitação dos valores e da matéria impugnada. §1º do art. 897-CLT : oagravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. CABE EM 8 DIAS Nas decisões do juiz ou presidente na execução
o agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução da parte remanescente (a não prejudicada pelo agravo) ate o final, nos próprios autos ou por carta de sentença 
 O agravo será julgado pelo tribunal, presidido pela autoridade recorrida, salvo se tratar de 1 instancia, onde o juiz remetera os autos em apartados ou nos próprios autos se tiver sido determinada a extração de carta de sentença, O agravo de instrumento interposto contra despacho que não receber agravo de petição não interfere na execução da sentença. O agravo será julgado pelo tribunal a quem caberia conhecer do recurso, cuja interposição foi denegada. 
Agravo Regimental – Previsto no regimento interno dos Tribunais Finalidade – impugnar decisão de juiz relator que negou seguimento a recurso – destrancamento de recurso negado seguimento dentro do próprio Tribunal, para que o recurso seja enviado de um órgão para o outro, dentro do mesmo Tribunal. Ex: pode ser contra despacho do presidente da Turma, que negou seguimento dos Embargos, que iriam para o mesmo Tribunal. Competência – SDI – Dissídios individuais e SDC, coletivos. Prazo – 5 dias TRT / 8 dias TST Efeito: devolver a matéria para outro órgão, dentro do mesmo Tribunal.
  
Recurso Adesivo – adere a um recurso principal – o acessório acompanha o principal – se o principal não for conhecido ou houver a desistência, o mesmo ocorre com o adesivo. Não é contra-razões. Só pode ser utilizado caso haja sucumbência recíproca, recorrendo a parte apenas no que lhe foi desfavorável. Prazo: 8 dias. Ex: Sentença parcialmente procedente – sucumbência recíproca – prazo para as partes recorrerem – apenas uma recorre – abre prazo para a outra parte contra-arrazoar – É nesta oportunidade que a parte que não recorreu pode apresentar Recurso Adesivo ao apresentado pela outra parte, além de contra-razões. Competência – juízo que proferiu a decisão – da mesma forma como ocorre com o Recurso Ordinário – petição ao juízo a quo que proferiu a decisão, e razões de recurso ao juízo ad quem. Preparo – o recorrente do Recurso Adesivo procede ao preparo igual ao recorrente do Recurso Principal. Efeito – devolutivo.
  
Embargos no TST (com razões anexas) – contra acórdãos do próprio TST – 2ª Instância Finalidade – uniformizar jurisprudência das Turmas do TST – entendimentos divergentes. Competência – os Embargos são apresentados ao presidente da Turma, que realiza juízo de admissibilidade, encaminhando após a SDI – Seção de Dissídios Individuais do TST, que apreciará as razões anexas. Prazo: 8 dias. Efeito devolutivo. Há preparo. Tipos de embargos: - Para a SDI: Contra acórdãos de Recurso de Revista Embargos de divergência – decisões de outras Turmas, decisões da SDI, decisões do TST Embargos de nulidade – violação de lei Federal ou da CF.- Para a SDC: Embargos infringentes – decisões do TST – quando as decisões não são unânimes.
Pedido de Revisão – Recurso de Revisão Cabe somente nas causas de até 2 salários mínimos – são os dissídios de alçada. Finalidade – reexame do valor da causa quando considerados em desacordo com os pedidos, incompatíveis com a importância econômica do litígio, devendo se encaixar em outro rito. Competência: dirigido ao presidente do TRT correspondente – 2ª instância. Prazo: 48 horas – Não há preparo
  
Recurso extraordinário - Competência – interposto contra a última decisão do TST – 2ª Instância, endereçada ao presidente ou vice-presidente do TST, posterior remessa ao STF (3ª Instância) – mais alta corte do País. Contra decisões que:- Afrontem a CF - Declarem a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal.- Julgar válida lei ou ato de governo local, contestados como inconstitucionais em face da CF - Julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Efeito – Devolutivo Prazo – 15 dias Preparo – teto do Recurso de Revista.
  
Reclamação Correicional - Não é recurso, é procedimento administrativo. Cabe em caso de inversão tumultuária dos atos processuais, provocada pelo juiz da causa. É dirigido ao corregedor do Tribunal. Prazo – 5 dias, contados da ciência do ato impugnado Requisitos para o seu recebimento: - o ato deve atentar contra a ordem processual- não pode haver outro recurso cabível- o recorrente deve demonstrar o prejuízo

Continue navegando