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PITOM/Apresenta��o1.pptx
Medição de pressão
Discente: Douglas do Amaral Oliveira
Docente : Wladimir Firsoffi
 	FATEC
Faculdade de Tecnologia de São Paulo
 A Pressão é uma grandeza da física onde é relacionado força sobre área.
	Na mecânica dos fluidos é uma das mais importantes, pois através da pressão é possível se determinar a vazão, nível, entre outros.
 F 
 A
P=
Onde:
P= Pressão, sua unidade no SI é (N/m² ou pa)
F= Força, no SI é Newton (N)
A= Área , no SI e metro quadrado (m²)
O que é Pressão ? 
HISTÓRIA
Galileo Galilei XVI (bomba d´agua)
Torricelli (barômetro) 1643
Varignon(manômetro) 1705
Pascal (experiências)
Eugene Bourdon 1849 (tubo de bourdon)
Pressão Atmosférica:
 É a pressão exercida pela atmosfera terrestre e medida com um barômetro. Ao nível do mar esta pressão é aproximadamente de 760 mmHg.
Pressão Relativa (manométrica)
 É a pressão medida em relação à pressão atmosférica, tomada como referência.
 
Pressão Absoluta
 É a soma da pressão relativa e atmosférica, também referida como medida a partir do vácuo absoluto.
 Pressão Negativa ou Vácuo (manométrica)
 É quando se mede uma pressão relativa abaixo da pressão atmosférica. 
Pressão Diferencial
 É a diferença entre duas pressões, sendo representada pelo símbolo ΔP (delta P). Essa diferença de pressão normalmente é utilizada para medir vazão,nivel,pressão e etc.
 Pressão Estática
 É o peso exercido por um líquido em repouso ou que esteja fluindo perpendicularmente a tomada de impulso, por unidade de área exercida.
Pressão Dinâmica ou Cinética
 É a pressão exercida por um fluído em movimento. É medida fazendo a tomada de impulso de tal forma que recebe o impacto do fluxo.
Tipos de manômetro
São classificados basicamente em dois tipos.
Tipos de Manômetros
Elementos de Recepção
Manômetros de Líquidos
Tipo Tubo em “U”
Tipo Tubo Reto
Tipo Tubo Inclinado
Manômetros Elásticos
Tipo Tubo deBourdon
Tipo Diafragma
TipoFole
 
 
 Tubo reto Tubo inclinado Tubo “U”
Manômetros de Líquidos
Manômetros Elásticos
Pressão na rede de abastecimento
A pressão da rede de abastecimento deve ser controlada, pois estando ela fora dos padrões pode ocasionar diversos problemas como, por exemplo;
Pressão abaixo de 100 kpa (10mca): não atendimento dos reservatórios nas residências entre outros.
Pressão acima de 500 kpa (50mca): Arrebentamento de tubulações, perda excessiva de água em vazamentos entre outros.
 Evolução das perdas no Guará, antes e apos a VRP
Evolução das perdas de um setor do Distrito Federal – DF
Relação pressão x perda
Monitoramento das pressões
De uma maneira geral, têm-se as seguintes recomendações para o monitoramento das pressões:
Uso de registradores de pressões manométricas com utilização máxima de até 80 % da escala do aparelho.
Essa escala pode ser obtida a partir das pressões máximas e mínimas que podem ser aproximadas, inicialmente, com a obtenção das cotas altimétricas da rede em plantas com curvas de nível.
O tipo de registrador de pressão a ser usado depende da disponibilidade tecnológica da companhia, podendo ser registrador gráfico ou data logger.
O registrador gráfico deve ter possibilidade para registro de 24 horas ou sete dias e o data logger é configurado conforme a necessidade do usuário.
 
Data logger
Registrador gráfico
A vantagem do registrador gráfico é que se pode obter de forma imediata o comportamento das pressões ao longo do período específico, tendo como desvantagem a necessidade de transferir a leitura para uma planilha.
A desvantagem do data logger é que, para a visualização do comportamento das pressões, é necessária a utilização de software próprio e microcomputador, nem sempre disponíveis em campo. Por outro lado, após a captura dos dados, os mesmos já se encontram em formato eletrônico, podendo ainda ser registrados em um período maior que sete dias.
 
Pode ser utilizado, também, sistema de transmissão de pressão por meio de telemetria, permitindo o monitoramento contínuo e a distância de pressões de montante e de jusante da válvula.
De forma a se obter controle e monitoramento representativos de pressão na rede, recomenda-se que seja feita a colocação de pelo menos três pontos de monitoramento por zona de pressão:
no ponto de menor cota geométrica;
no ponto de maior conta geométrica;
 
E no ponto de cota média 
Pressão na rede de abastecimento
Obrigado
Mariana da Fonseca Pereira ,Cálculo da Incerteza de Medição na Calibração de uma Balança de Pressão, monografia, Natal,2006.
 
Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues , Apostila mecânica dos fluidos, Instituto federal de educação, ciências e tecnologia, disponível em http://www.engbrasil.eng.br/pp/mf/mef.pdf, acesso em 12 de março de 2015.
 
Mariana da Fonseca Pereira, Cálculo da Incerteza de Medição na Calibração de uma Balança de Pressão, monografia, Natal, 2006.
 
Eng. César Cassiolato, medição de pressão: tudo o quê você precisa conhecer, Smar Equipamentos Industriais, disponível em http://www.profibus.org.br/files/artigos/Artigo_Pressao_Cesar_Cassiolato_CI_2008.pdf, acesso em 12 de março de 2015 .
 
Porto Editora, manómetro, Infopédia, disponível em http://www.infopedia.pt/$manometro, acesso em 12 de março de 2015.
Bibliografia
PITOM/CAPA GEROBR.docx
 FATEC
Faculdade de Tecnologia de São Paulo
 
PITOMETRIA
PITOM
MEDIÇÃO DE PRESSÃO
 
São Paulo/SP
2015
Douglas do Amaral Oliveira 		Nº 11201526
MEDIÇÃO DE PRESSÃO
Artigo apresentado à disciplina de Pitometria Ministrada pelo Professor Wladimir Firsoffi, do Departamento de Hidráulica e Saneamento Ambiental, para obtenção parcial de nota no curso de graduação em tecnologia Hidráulica e Saneamento Ambiental, da Faculdade de tecnologia de São Paulo.
São Paulo/SP
2015
 Pça. Cel. Fernando Prestes, 30 - CEP 01124-060 São Paulo, SP, Brasil Tel: (011) 3322-2200 Fax: (011) 3315-0383 
PITOM/medi��o de Press�o.docx
Introdução
	A pressão é a variável mais usada na indústria de controle de processos nos seus mais diversos segmentos e através da mesma, é possível encontrar outras variáveis de processo, tais como nível, volume, vazão e densidade. Mas para obter a pressão e necessário um instrumento de medição para esse propósito, ou seja, de um manômetro que atenda às necessidades atuais, por tanto o manômetro a ser utilizado irá depender do processo envolvido e a precisão necessária. 
	No caso de sistemas de abastecimento a pressão vem recebendo cada vez mais atenção devido à grande relação que possui com as perdas na rede de abastecimento. Sendo assim este trabalho tem como objetivo introduzir o leitor no conceito de pressão, demonstrar os principais equipamentos utilizados e a relação de pressão com as perdas na rede de abastecimento.
A medição de pressão e um pouco de história
	A medição de pressão é ponto de interesse da ciência há muitos anos. No final do século XVI, o italiano Galileu Galilei (1564-1642) recebeu patente por um sistema de bomba d’água usada na irrigação. O coração de sua bomba era um sistema de sucção que ele descobriu ter a capacidade de elevar a água no máximo 10 metros. A causa desse limite não foi descoberta por ele, o que motivou outros cientistas a estudarem esse fenômeno.
	Em 1643, o físico italiano Evangelista Torricelli (1608-1647) desenvolveu o barômetro. Com esse aparelho, avaliava a pressão atmosférica, ou seja, o peso do ar sobre a superfície da terra. Ele fez uma experiência preenchendo um tubo de 1 metro com mercúrio, selado de um dos lados e mergulhado
em uma cuba com mercúrio do outro. A coluna de mercúrio invariavelmente descia no tubo até cerca de 760 mm. Sem saber exatamente o porquê deste fenômeno, ele o atribuiu à uma força vinda da superfície terrestre. Torricelli concluiu também que o espaço deixado pelo mercúrio no começo do tudo não continha nada e o chamou de “vacuum” (vácuo).
	Cinco anos mais tarde, o francês Blaise Pascal usou o barômetro para mostrar que no alto das montanhas a pressão do ar era menor.
	Em 1650, o físico alemão Otto Von Guericke desenvolveu a primeira bomba de ar eficiente.
	Robert Boyle realizou experimentos sobre compressão e descompressão com a bomba de Otto Von Guericke.
	Depois de 200 anos, o físico e químico francês, Joseph Louis Gay-Lussac, verificou que a pressão de um gás confinado a um volume constante é proporcional à sua temperatura.
	O primeiro manômetro foi inventado por Varignon, em 1705. Este tinha como finalidade a medição da pressão dos gases num espaço fechado.
	Em 1849, Eugene Bourdon recebeu patente pelo Tubo de Bourdon, utilizado até hoje em medições gages. 
	Em 1893, E.H. Amagat(1841-1915) utilizou o pistão de peso morto gage em medições de pressão. A lei de Amagat ou a Lei de Volumes Parciais é usada para descrever o comportamento e propriedades de misturas de gases não ideais. (Cassiolato,2008,pg1)
Medição de Pressão
A medição de pressão é o mais importante padrão de medida, pois as medidas de vazão, nível, entre outros, podem ser feitas utilizando-se esse princípio. A pressão em uma determinada área é medida através do quociente da força exercida pela área, (P=F/A),onde: P=pressão ,F=força e A=área. Como a força aplicada é dada em Newtons [N] e a área em metro ao quadrado [m²], o resultado dimensional será o quociente entre essas duas unidades, portanto a unidade básica de pressão no sistema internacional de unidades (SI) é N/m² (Newton por metro ao quadrado). A unidade N/m² também é usualmente chamada de Pascal (Pa),portanto é muito comum na indústria se utilizar a unidade Pa e os seus múltiplos kPa (quilo pascal) e MPa (mega pascal). 
 
3.1- Pressão Atmosférica
É a pressão exercida pela atmosfera terrestre e medida com um barômetro. Ao nível do mar esta pressão é aproximadamente de 760 mmHg.
3.2-Pressão manométrica
É a pressão medida em relação à pressão atmosférica, tomada como referência.
3.3-Pressão Absoluta
É a soma da pressão relativa e atmosférica, também referida como medida a partir do vácuo absoluto.
3.4-Pressão Negativa ou Vácuo
É quando se mede uma pressão relativa abaixo da pressão atmosférica.
Na Figura 1 é mostrado um diagrama comparativo das escalas de pressão absoluta, pressão relativa e vácuo em relação à pressão atmosférica.
Figura 1– Diagrama Comparativo das Escalas de Pressão.
3.5-Pressão Diferencial
É a diferença entre duas pressões, sendo representada pelo símbolo ΔP (delta P). Essa diferença de pressão normalmente é utilizada para medir vazão, nível, pressão, etc.
3.6-Pressão Estática
É o peso exercido por um líquido em repouso ou que esteja fluindo perpendicularmente a tomada de impulso, por unidade de área exercida.
3.7-Pressão Dinâmica ou Cinética
	É a pressão exercida por um fluído em movimento. É medida fazendo a tomada de impulso de tal forma que recebe o impacto do fluxo.
Tipos classificados de manômetros.
Em geral são divididos em duas partes principais: o manômetro de líquidos, que utiliza um líquido como meio para se medir a pressão, e o manômetro tipo elástico que utiliza a deformação de um elemento elástico como meio para se medir pressão.
 
4.1- Manômetros de líquidos:
Consiste, basicamente, de um tubo de vidro, contendo certa quantidade de líquido, fixado a uma base junto a uma escala graduada.
As colunas podem ser basicamente de três tipos: coluna reta vertical, reta inclinada e em forma de “U”. Na Figura 2 são mostrados os tipos, mais comuns, de coluna de líquido. Os líquidos mais utilizados nas colunas são: água (normalmente com um corante) e mercúrio.
Quando se aplica uma pressão na coluna o líquido é deslocado, sendo que este deslocamento é proporcional à pressão aplicada.
 
Tubo reto Tubo inclinado Tubo “U”
Figura 2 – Tipos de Coluna de Líquido.
 4.2- Manômetros tipo elástico:
 
 4.2.1- Tubo de Bourdon
Consiste geralmente de um tubo com seção oval, disposto na forma de arco de circunferência tendo uma extremidade fechada, estando a outra aberta à pressão a ser medida. Com a pressão agindo em seu interior, o tubo tende a se expandir resultando um movimento em sua extremidade fechada. Esse movimento é transmitido, através da engrenagem, a um ponteiro que indicará o valor da pressão. O tubo de Bourdon pode se apresentar nas seguintes formas: tipo C, espiral e helicoidal, mostradas na Figura 3. 
Figura 3– Tipos de Tubos de Bourdon.
 4.2.2- Membrana ou Diafragma
É constituído por um disco de material elástico (metálico ou não), fixo pela
borda. Uma haste fixa ao centro do disco está ligada a um mecanismo de indicação.
Quando uma pressão é aplicada, a membrana se desloca e esse deslocamento é
proporcional à pressão aplicada. A membrana (diafragma) geralmente é ondulada ou
Tipo C Tipo Espiral Tipo Helicoidal
corrugada para aumentar sua área efetiva. Na Figura 4 é mostrado o princípio de
funcionamento de uma membrana ou diafragma. 
 
Figura 4– Princípio de funcionamento de uma membrana ou diafragma.
 4.2.3- Fole
O fole é também muito empregado na medição de pressão, é basicamente um
cilindro metálico corrugado ou sanfonado.
Uma pressão aplicada no interior do fole provoca sua distensão que é
proporcional à pressão aplicada. O sistema se mantém em equilíbrio por meio da força
de uma mola. Na Figura 5 é mostrado o princípio de funcionamento de um sensor de
pressão com fole.
Figura 5– Princípio de funcionamento de um fole.
Tipos de manômetros usuais:
a) Manômetros utilitários: Recomendado para compressores de ar, equipamentos pneumáticos, linhas de ar, de gases, de líquidos e instalações em geral.
b) Manômetros industriais: São manômetros de construção robusta, com mecanismo reforçado e recursos para ajuste. São aplicados como componentes de quase todos os tipos de equipamentos industriais.
c) Manômetros herméticos ou com glicerina: São manômetros de construção robusta, com mecanismo reforçado e recursos para ajuste. Com a caixa estanque, pode ser enchida com líquido amortecedor (glicerina ou silicone). Adaptam-se especialmente às instalações submetidas a vibrações ou pulsações da linha quando preenchida com líquido amortecedor.
d) Manômetros de aço inoxidável: São manômetros totalmente feitos de aço inoxidável, caixa estanque, à prova de tempo, para aplicações nas indústrias petroquímicas, papel e celulose, alimentares, nos produtos corrosivos, nas usinas e outras que exijam durabilidade, precisão e qualidade.
e) Manômetros petroquímicos: São manômetros de processo em caixa de aço inoxidável, fenol, alumínio fundido e nylon, com componentes em aço inoxidável, estanque, a prova de tempo, para aplicação nas indústrias petroquímicas, químicas, alimentícias, equipamentos industriais e outras que exijam durabilidade, precisão e qualidade.
f) Manômetros de baixa pressão (mmca): São manômetros capsular de latão ou de aço inox, para medir pressões baixas, aplicadas nos equipamentos de respiração artificial, ventilação e ar condicionado, teste de vazamentos, queimadores, secadores, etc. Recomenda-se não operar diretamente com líquidos, pois estes alteram seu funcionamento.
g) Manômetros de teste: Os manômetros de teste são aparelhos de precisão destinados a aferições e calibração de outros manômetros. Recomenda-se que o instrumento padrão seja pelo menos quatro vezes mais preciso que o instrumento em teste.
h)
Manômetros sanitários: Os manômetros com selo sanitário, são construídos totalmente de aço inoxidável para aplicações em indústrias alimentícias, químicas e farmacêuticas e nos locais onde se requerem facilidade de desmontagem para a limpeza e inspeção. A superfície plana da membrana corrugada de aço inoxidável evita a incrustação dos produtos.
i) Manômetros de mostrador quadrado para painel: Os manômetros de mostrador quadrado são aparelhos especialmente concebidos para montagem embutida em painéis.
j) Manômetros para freon: Os manômetros destinados especialmente à indústria de refrigeração utilizam o Freon 11, 12, 13, 22, 114 e 502. Os mostradores desses manômetros possuem uma escala de equivalência em temperatura e pressão.
k) Manômetros para amônia (NH3): São manômetros totalmente de aço inoxidável ou partes em contato com o processo em aço inox para trabalhar com gás de amônia. Os mostradores desses manômetros possuem uma escala de equivalência em temperatura e pressão.
l) Manômetros de dupla ação: São manômetros construídos especialmente para indicar as pressões no cilindro e no sistema de freios pneumáticos de locomotivas ou poderá ser usado para fins industriais. O manômetro compõese na realidade de dois sistemas independentes em que os eixos dos ponteiros são coaxiais para indicar duas pressões.
m) Manômetro diferencial: O elemento elástico deste aparelho é composto de um conjunto de 2 foles ou tubo - bourdon em aço inoxidável, recebendo de um lado, a pressão alta, e do outro a baixa pressão. O deslocamento relativo do conjunto dos foles ou tubo - bourdon movimenta o mecanismo e o ponteiro indicará diretamente a pressão diferencial.
n) Manômetros com contato elétrico: São projetados para serem adaptados aos manômetros para ligar, desligar, acionar alarmes ou manter a pressão dentro de uma faixa.
o) Manômetros com selo de diafragma: Os selos de diafragma são utilizados nos manômetros para separar e proteger o instrumento de medição do processo. Aplicadas nas instalações em que o material do processo seja corrosivo, altamente viscoso, temperatura excessiva, material tóxico ou perigoso, materiais em suspensão, etc.
p) Manômetros com transmissão mecânica: Os manômetros com transmissão mecânica (MEC) funcionam sem o tubo - bourdon, o elemento sensor é a própria membrana. Recomendado para trabalhar com substâncias pastosas, líquidas e gases, e nas temperaturas excessivas onde o fluído não entra em contato com o instrumento. As vantagens dos manômetros com transmissão mecânica em relação aos outros, incluem uma menor sensibilidade aos efeitos de choque e vibrações e os efeitos de temperaturas são reduzidos além de facilidade de manutenção.
q) Manômetros digitais: Podem ser utilizados em sistemas de controle de processos, sistemas pneumáticos, sistemas hidráulicos, refrigeração, instrumentação, compressores, bombas, controle de vazão e medição de nível.
r) Manômetro de mercúrio: Utilizado em diversos processos, sua principal característica é a utilização de fluidos manométricos como, por exemplo, mercúrio. (Miranda,2012,pg 84)
Pressão na rede de abastecimento:
A pressão da rede de abastecimento deve ser controlada, pois estando ela fora dos padrões pode ocasionar diversos problemas como, por exemplo;
Pressão acima de 500 kpa (50mca): Arrebentamento de tubulações, perda excessiva de água em vazamentos entre outros.
Pressão abaixo de 100 kpa (10mca): não atendimento dos reservatórios nas residências entre outros.
 Redução de pressão nas tubulações é uma tecnologia praticada rotineiramente pelas companhias de saneamento para redução de perdas de água. 
Com o avanço dos equipamentos hidráulicos e da transmissão de dados, é possível acompanhar em tempo real a quantidade de água utilizada em uma determinada região e calibrar remotamente a pressão existente na tubulação local para reduzir a quantidade de água perdida em vazamentos e fraudes. A Sabesp já aplica esta tecnologia na rede de abastecimento da Grande São Paulo desde 1997. 
6.1 - Relações pressão x perdas
O controle de pressão por meio de Válvulas Redutoras de Pressão (VRP) apresenta-se como uma das ferramentas mais importantes no controle e redução de perdas, sendo recomendado o seu uso nos sistemas de abastecimento de água, na medida do necessário. Este controle deve assegurar as pressões mínimas e máximas permitidas para os consumidores finais, isto é, as pressões estáticas e dinâmicas que obedecem a limites prefixados. Segundo a Norma Técnica NBR nº 12.218/1994, da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, a pressão estática máxima nas tubulações distribuidoras deve ser de 500 kPa (50 mca), e a pressão dinâmica mínima, de 100 kPa (10 mca). Valores fora dessa faixa podem ser aceitos desde que justificados técnica e economicamente.
Sabe-se que, em um sistema de água com alta pressão, ocorre com mais frequência uma grande quantidade de vazamentos. Caso uma análise de custo-benefício aponte ser viável economicamente um controle ativo dos vazamentos, recomenda-se reduzir a pressão no sistema com VRP ou com utilização de reservatórios, objetivando a redução de ocorrências de vazamentos e, por consequência, a redução do número de pesquisas de vazamentos.
Com base nestas informações é possível controlar, através de válvulas ligadas na rede, a quantidade de água conforme o período do dia. Por exemplo: 
No período de pico de consumo, entre 8h e 11h, as tubulações estão carregadas com maior pressão para que, mesmo com todos utilizando água ao mesmo tempo, os imóveis permaneçam abastecidos. 
Durante a noite/madrugada, com a grande maioria da população dormindo e as atividades econômicas praticamente inexistentes, é necessária menor pressão na rede para manter os imóveis abastecidos. 
Com a diminuição da pressão da água dentro da tubulação, diminui-se a quantidade de água que vaza através de possíveis fissuras na rede de abastecimento, reduzindo a perda de água.
Figura 6 Redução de pressão na rede de água
A experiência indica que se não houver uma redução de pressão, o sistema retornará com perdas equivalentes a do início da pesquisa, anulando em pouco tempo a campanha de combate realizada.
A questão da necessidade de articulação das atividades de controle de perdas reais na rede é ilustrada na Figura 7. É representada a evolução das perdas de um setor do Distrito Federal – DF, onde se observa:
Queda nas perdas a partir de março de 1992, data em que foi feita a primeira pesquisa e combate de vazamentos não visíveis, com a utilização de geofone eletrônico e correlacionador de ruídos, pela Caesb;
Com o passar do tempo, as perdas retiradas com a pesquisa de vazamentos retornou ao patamar inicial (de março de 1992);
Em meados de 1997, foi instalada uma VRP, reduzindo as perdas no setor, estabilizando-as praticamente na mesma faixa.
Figura 7 Evolução das perdas no Guará, antes e apos a VRP
6.2 – Monitoramentos das pressões na rede
O monitoramento das pressões na rede permite a visualização das pressões em um determinado ponto ao longo das horas do dia, possibilitando o conhecimento das pressões médias, mínimas e máximas. Dessa forma, podesse comparar os valores de pressão na rede com os valores permitidos em norma e, então, definir as estratégias de adequação de rede, como, por exemplo, a redução de pressões ou substituição de trechos de rede com incrustação.
De uma maneira geral, têm-se as seguintes recomendações para o monitoramento das pressões:
Uso de registradores de pressões manométricas com utilização máxima de até 80 % da escala do aparelho.
Essa escala pode ser obtida a partir das pressões máximas e mínimas que podem ser aproximadas, inicialmente, com a obtenção das cotas altimétricas da rede em plantas com curvas de nível.
O tipo de registrador de pressão a ser usado depende da disponibilidade tecnológica da companhia, podendo ser registrador
gráfico ou data logger.
O registrador gráfico deve ter possibilidade para registro de 24 horas ou sete dias e o data logger é configurado conforme a necessidade do usuário.
A vantagem do registrador gráfico é que se pode obter de forma imediata o comportamento das pressões ao longo do período específico, tendo como desvantagem a necessidade de transferir a leitura para uma planilha.
A desvantagem do data logger é que, para a visualização do comportamento das pressões, é necessária a utilização de software próprio e microcomputador, nem sempre disponíveis em campo. Por outro lado, após a captura dos dados, os mesmos já se encontram em formato eletrônico, podendo ainda ser registrados em um período maior que sete dias.
 
Pode ser utilizado, também, sistema de transmissão de pressão por meio de telemetria, permitindo o monitoramento contínuo e a distância de pressões de montante e de jusante da válvula.
Figura 8 Aspecto de uma data logger para registro de pressões
Figura 9 Aspecto de um registrador gráfico de pressões
De forma a se obter controle e monitoramento representativos de pressão na rede, recomenda-se que seja feita a colocação de pelo menos três pontos de monitoramento por zona de pressão:
No ponto de menor cota geométrica;
No ponto de maior conta geométrica; e
No ponto de cota média.
Dependendo da disponibilidade de equipamentos para registro de pressões, pode ser aumentado o número de pontos de monitoramento, o que aumenta a representatividade do controle.
Além das variações de cota dentro da zona de pressão ou setor, caso se tenha condições características da rede de distribuição como trechos isolados e/ou subdimensionados recomendam-se o aumento do número de pontos de monitoramento.
É desejável que haja um registro contínuo das pressões nos setores ou zonas de pressões definidas. Caso se tenha um número de setores ou zonas de pressão incompatível com o número de aparelhos para registro de pressão, deve-se fazer um rodízio no monitoramento de todos os pontos, garantindo-se, no mínimo uma periodicidade por setor ou zona de pressão representativa ao longo de um ano. A duração desses registros poderá ser de sete dias ou até de 24 horas, dependendo da quantidade de equipamentos registradores gráficos disponíveis. No caso de data loggers, a duração dos registros poderá assumir outros valores.
Conclusão:
	 O controle da pressão e de suma importância para diversos processos industriais e no setor de abastecimento de água o controle das pressões é a forma mais eficiente de evitar as perdas de água, sendo assim a medição de pressão deve ser feita garantindo ao máximo a confiabilidade dos resultados, para isso devem ser respeitados os tipos de manômetros para cada aplicação, escala de pressão de trabalho entre outros. Nos sistemas de abastecimento as pressões devem manter dentro de um valor determinado em norma afim de evitar problemas com pressões muito altas e pressões muito baixas, mas como observado se a companhia puder controlar a pressão para valores menores possíveis sem prejuízos de abastecimento ela irá obter diminuição significativa na perda de água na rede.
Bibliografia
Mariana da Fonseca Pereira ,Cálculo da Incerteza de Medição na Calibração de uma Balança de Pressão, monografia, Natal,2006.
Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues , Apostila mecânica dos fluidos, Instituto federal de educação, ciências e tecnologia, disponível em http://www.engbrasil.eng.br/pp/mf/mef.pdf, acesso em 12 de março de 2015.
Mariana da Fonseca Pereira, Cálculo da Incerteza de Medição na Calibração de uma Balança de Pressão, monografia, Natal, 2006.
Eng. César Cassiolato, medição de pressão: tudo o quê você precisa conhecer, Smar Equipamentos Industriais, disponível em http://www.profibus.org.br/files/artigos/Artigo_Pressao_Cesar_Cassiolato_CI_2008.pdf, acesso em 12 de março de 2015 .
Porto Editora, manómetro, Infopédia, disponível em http://www.infopedia.pt/$manometro, acesso em 12 de março de 2015.
PITOM/PITOM/PITOM - trabalho.docx
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
Curso: Hidráulica e Saneamento Ambiental 
Depto. De Hidráulica e Saneamento - Disciplina Pitometria
MEDIÇÃO INDIVIDUAL DE ÁGUA EM APARTAMENTOS
SÃO PAULO
2015
 
 Khristyan Yukio Kawashima 12106381
MEDIÇÃO INDIVIDUAL DE ÁGUA EM APARTAMENTOS
 		 		 																	 								 	 
SÃO PAULO
2015
Sumário
 RESUMO	4
1.0 OBJETIVO	5
2.0 INTRODUÇÃO	5
 2.1 TIPOS DE SISTEMA INDIVIDUALIZADO DE ÁGUA	……..6
3.0 VISÃO GERAL DE UM SISTEMA INDIVIDUALIZADO DE ÁGUA	9
4.0 COMPONENTES DE UM SISTEMA DE MEDIÇÃO INDIVIDUALIZADO DE ÁGUA	12
 4.1 CAIXA DE PROTEÇÃO	……..12
 4.2 HIDRÔMETROS	……..12
 4.2.1 TIPOS DE HIDRÔMETROS	…….12
 4.2.1.1 HIDRÔMETROS MONOJATOS E MULTIJATOS	……..13
 4.2.1.3 HIDRÔMETRO INDIVIDUAL	…….14
 4.2.1.4 HIDRÔMETRO MESTRE	…….14
 4.2.1.5 HIDRÔMETRO PRÉ EQUIPADO	……14
 4.3 TIPOS DE LEITURA	……..14
 4.4 CRITÉRIO PARA INSTALAÇÃO DOS HIDRÔMETROS	…….15
 4.5 TIPOS DE MEDIÇÃO	……..17
 4.5.1 MEDIÇÃO REMOTA	……..17
 4.5.2 MEDIÇÃO REMOTA VIA RÁDIO FREQUÊNCIA	……..17
 4.5.3 MEDIÇÃO REMOTA VIA CABOS	……..18
 4.5.4 PADRÃO M-BUS	……..18
 4.5.5 TELEMETRIA	……..19
5.0 CONDIÇÕES TÉCNICAS OBEDECIDAS	19
6.0 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA MEDIÇÃO INDIVIDUALIZADA	20
 6.1 VANTAGENS	……..20
 6.2 DESVANTAGENS	……..21
7.0 EDIFICAÇÕES EXISTENTES	21
8.0 CONCLUSÃO	23
BIBLIOGRAFIA	24
ANEXOS	25
RESUMO
O sistema de medição individual de apartamentos consiste na instalação de um hidrômetro em cada apartamento de forma que seja possível medir o seu consumo. Neste caso, o medidor instalado no ramal predial de água que abastece o prédio é mantido, servindo para apuração do consumo comum do prédio. Assim sendo, a conta de água/Esgotos será estabelecida para cada apartamento com base no consumo registrado no hidrômetro individual somado ao volume referente ao rateado do consumo comum do prédio de forma proporcional com todos os apartamentos.
O Sistema de medir somente o consumo global de água fornecida a um edifício de apartamentos é injusto por não permitir a todos os usuários a cobrança proporcional ao consumo. Neste sistema, a conta de água é rateada com todos os apartamentos, independente do número de pessoas, ou mesmo se os apartamentos, durante o mês foi mantido fechado. O fator negativo principal é que os usuários que economizam pagam pelos que esbanjam água.
Outro aspecto desfavorável é que, quando alguns apartamentos não contribuem para o pagamento da conta, a ligação pode ser cortada não importando se a maior parte dos usuários tenha pagado em dia o seu condomínio. Neste sistema os bons pagadores respondem pelos maus pagadores.
1.0 OBJETIVO
O objetivo da implantação dos medidores individuais é a emissão de conta de água e esgoto para cada apartamento do edifício com base nos consumos individuais registrados nos hidrômetros sem que o consumidor pague pelo desperdício de outrem.
Secundariamente, mais não menos importante, a individualização do sistema de medição de água traz como benefícios a redução no consumo de energia elétrica pela redução do uso do sistema motor-bomba, a redução da emissão de esgotos, os vazamentos são detectados mais rapidamente tendo significativo resultados na redução do desperdício de água.
2.0 INTRODUÇÃO
De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), entende-se por racionalização do uso da água a sistematização
de intervenções a serem realizadas em uma edificação, que garantam sempre a qualidade e quantidade de água para consumo. A disponibilidade per capita de água doce vem reduzindo de forma considerável. O fato é que já estamos em crise de disponibilidade de água. O aumento da população, o aumento da poluição e a não preocupação por parte do ser humano em usar de forma consciente esse recurso natural tem contribuído significativamente com a crescente escassez da água, um recurso que para muitos era inesgotável. É crescente também a busca por tecnologias que visam à economia da água, dentre as quais podemos destacar o desenvolvimento de equipamentos e dispositivos que consomem menos água, tais como bacias sanitárias de volume reduzido, torneiras com redutores de vazão e utilização de arejadores, bem como a utilização de fontes alternativas, tais como os sistemas de tratamento de água para reuso e o aproveitamento da água de chuva para fins não potáveis e a adoção de sistemas de medição individualizada de água em apartamentos, cujos resultados apontam a possibilidade de redução de até 25% do consumo de água.
A adoção de Sistemas de Medição Individualizada de água (SMI) em apartamentos traz diversos benefícios às partes envolvidas, pois os moradores terão equidade na cobrança do seu consumo de água, o que irá gerar satisfação e incentivo ao uso racional da água. O usuário que é bom pagador, jamais terá sua água cortada pela irresponsabilidade dos maus pagadores, já para a concessionária de água, representa uma acentuada redução no índice de inadimplência, já que somente é cortada a água dos maus pagadores, que na prática, passam a ser bons pagadores, melhorando relacionamento empresa / cliente. Os construtores também são beneficiados neste processo, embora alguns tenham resistências em função de tradicionalismos. Um projeto com soluções otimizadas considerando SMI pode inclusive baratear os custos com as instalações hidráulicas, além de ser um fator comercial de venda dos apartamentos.
A medição individual de consumo de água, ainda é pouco utilizada nos edifícios, porém vem ganhando espaço pois ela garante que os usuários pagem um preço justo pelo consumo.
 A medição convencional de consumo de água em edifícios é feita através de um “hidrômetro geral” que registra o consumo do edifício todo sem discriminar por apartamento, ou moradores por apartamento, isso causa uma sensação de injustiça nos condôminos, pois imagine um casal pagar o mesmo valor que uma família de cinco pessoas, ao passo que é um sistema mais justo, a medição individual de consumo de água pode causar também uma conscientização, pois se cada um vai pagar pelo que consumir, todos terão a intenção de consumir a menor quantidade de água possível, visando assim reduzir os gastos com a “conta d’água”. Ainda segundo YAMADA (2001) chegou a conclusão que a média obtida de consumo mensal por habitação , em blocos com medição coletiva foi de 21,2 m3 /mês /apartamento , ou 706,7 litros /dia /apartamento ,enquanto que, em blocos com medição individualizada a média ficou em 17,6 m3 mês/ apartamentos ou 586,7 litros /dia /apartamentos .Estes valores mostram uma economia média mensal de 17% do consumo em edifícios com medição individualizada , em relação aos edifícios com medição coletiva. Agora que entendemos o porquê de realizar essa medição individual vamos mais adiante demonstrar diversos sistemas de medição individual de consumo de água, suas vantagens e desvantagens, entre outros fatores.
2.1 Tipos de sistemas de medição individualizada:
Existem dois tipos de individualização do sistema de medição de água, são eles os aplicados em edifícios de até quatro pavimentos e o aplicado em edifícios de cinco ou mais pavimentos. Para ser aplicado em edificações de até quatro pavimentos deve-se instalar uma nova coluna d’água que irá do reservatório superior descendo até o térreo, onde passa pelo quadro de separação. Neste quadro a coluna se subdivide em quantidade igual ao número de apartamentos, que receberão uma coluna única. Na ocasião da subdivisão, ainda no quadro, são instalados os hidrômetros e suas respectivas válvulas de retenção. O final deste percurso é o apartamento.
 Abaixo exemplifica este esquema.
Figura 01. Esquema de individualização de medição de água em edificações de até 04 pavimentos.
Em edificações de mais de quatro pavimentos a inserção do hidrômetro é feita na entrada de cada apartamento. Estes são aparelhos capazes de fazer medição remota, ou seja, eles transmitem a leitura de água a concentradores instalados de dois em dois pavimentos. Destes concentradores as informações são enviadas a um último concentrador que geralmente situa-se próximo à portaria, para facilitar o trabalho dos agentes da Concessionária. Com a instalação dos hidrômetros na rede de água já existente, ocorre perda de pressão que alimentará os apartamentos. Esta perda só torna-se problema em alguns casos em apartamentos localizados no último pavimento. Para remediar este problema, instala-se um reservatório, acima do já existente, para alimentar estes apartamentos. Este reservatório deve ser de material leve (fibrocimento, fibra de vidro, plástico, etc.), e a válvula de bóia, instalada no reservatório já existente, deverá ser calibrada para que o mesmo volume de água que ocupa o novo reservatório não ocupe o antigo.
 A figura(02) abaixo exemplifica este tipo de individualização de medição de água.
Figura 02. Esquema de individualização de medição de água em edificações de 05 ou mais pavimentos.
Figura 03. Esquema básico adotado para a instalação dos hidrômetros nos apartamentos.
Podemos destacar como objetivos específicos da medição individual de água em apartamentos os efeitos obtidos com esta metodologia que estão listados na sequência:
• redução do desperdício de água ;
• redução do consumo de energia elétrica pela redução do volume bombeado 	para o reservatório superior;
• contas de água/esgotos dos apartamentos baseadas em consumos reais;
• identificação de vazamentos de difícil percepção;
• maior satisfação dos usuários; e
• redução do volume efluente de esgotos com benefícios ecológicos;
3.0 Visão geral de um sistema de medição individualizada de água
O SMI (sistema de medição individualizado) de água em apartamentos consiste na instalação de um hidrômetro para cada unidade habitacional, de modo que seja possível medir o seu consumo com a finalidade de emitir contas individuais. A adoção de SMI gera uma série de mudanças na forma tradicional de projetar e executar as instalações hidráulicas de uma edificação.
Para um melhor entendimento, em uma edificação com uma instalação hidráulica convencional, a água potável é entregue pela concessionária responsável pelo tratamento e distribuição de água potável em um ponto do limite frontal do terreno com o alinhamento público. Logo ao entrar na edificação, é realizada a medição global do consumo geral através de um hidrômetro no qual é aferida mensalmente a leitura do consumo por um funcionário da empresa concessionária.
Após a passagem pelo hidrômetro, a água segue para os sistemas de reservação de água da edificação. Em edificações mais baixas, pode existir apenas um reservatório superior para abastecimento dos pontos de consumo por gravidade, porém, na maioria dos casos a pressão do alimentador predial não é suficiente para abastecer o reservatório na parte superior do edifício de forma satisfatória, nestes casos é necessária a construção de um reservatório inferior, que pode ser subterrâneo ou não para posterior bombeamento da água para o reservatório superior. Em ambos os casos a água que passa pelo hidrômetro possui apenas um ponto de consumo, o reservatório, e a demanda deste consumo é controlada por uma torneira tipo bóia de fechamento mecânico. Neste sistema tradicional é solicitada
do hidrômetro uma vazão com poucas variações.
Na parte superior da edificação, após a saída de tubulação do reservatório superior, está localizada a tubulação horizontal, denominada barrilete, que distribui a água para abastecimento das diversas colunas de água da edificação.
 A Figura abaixo ilustra um sistema convencional de distribuição de água a partir do reservatório superior em um edifício residencial típico.
Figura 4 – Esquema de distribuição de água de um edifício residencial convencional.
Pode-se observar a partir do esquema da Figura 4, que o sistema de distribuição convencional de água dificulta a colocação de hidrômetros de modo que seja possível a medição do consumo de cada unidade separadamente. Como a edificação possui colunas de água que abastecem a mesma área hidráulica em pavimentos sobrepostos de diferentes apartamentos, não existe um trecho de tubulação, que a partir do qual tenha toda a distribuição de uma única unidade habitacional.
Uma das formas de se propor um SMI para uma edificação que possua uma
instalação de água convencional é a instalação de um hidrômetro em cada área hidráulica do apartamento, efetuando-se a aferição do consumo de cada unidade habitacional a partir da soma do consumo em cada um dos hidrômetros instalados na edificação.
Em caso de novas edificações, tem-se a oportunidade de já se conceber o projeto voltado para a instalação de um SMI. Para tal, são necessárias algumas mudanças na forma da concepção geral do projeto por parte dos profissionais envolvidos, tais como projetistas hidráulicos, construtores e arquitetos.
Como exemplo, pode-se dizer que, em função das limitações de vazão dos hidrômetros, torna-se praticamente inviável a utilização de válvulas de descargas nos vasos sanitários em edificações que queiram adotar um SMI, pois as válvulas necessitam de vazões muito altas.
Com a adoção do SMI, passam a ser necessária a disponibilização em área comum da edificação de espaços destinados a colocação de uma coluna principal de água, dos hidrômetros, dos receptores, dos concentradores e da infraestrutura necessária para viabilizar a medição remota destes hidrômetros, espaços estes que nem sempre estão disponíveis nos halls comuns dos apartamentos, região em que já são necessárias a localização de caixas do sistema elétrico e telefonia, hidrantes e extintores para combate a incêndio, entre outras instalações.
De forma semelhante às instalações tradicionais, as instalações hidráulicas
com SMI devem ser projetadas e executadas de forma a garantir o fornecimento de água contínua, em quantidade suficiente, com pressões e velocidades adequadas ao perfeito funcionamento de todas as peças de utilização, preservando rigorosamente a qualidade da água proveniente do abastecimento público, preservando também o conforto dos usuários, incluindo-se a redução dos níveis de ruídos. Devem ser observadas todas as exigências estabelecidas nas normas prediais voltadas para projeto e execução de água fria e água quente, ABNT-NBR-5626/1998 e ABNT-NBR- 7198/1993.
O traçado das instalações hidráulicas é bem diferenciado das instalações convencionais. Em vez de colunas de água distribuídas em todas as áreas hidráulicas, são consideradas colunas de água centralizadas, de forma que a distribuição horizontal é feita em cada apartamento, gerando a necessidade de rebaixo em gesso ou sancas no interior das unidades habitacionais. O traçado da tubulação de água dentro do apartamento deve ser estudado pelos profissionais envolvidos para minimizar o impacto na estética e custo da instalação. A Figura 5 ilustra uma edificação que contempla um SMI.
Figura 5 – Esquema de distribuição de água de um edifício residencial considerando o SMI.
O objetivo da representação das figuras comparativas entre os sistemas convencionais de distribuição hidráulica e a edificação considerando o SMI foi apenas de esclarecer e introduzir as diferenças conceituais das duas concepções.
4.0. Componentes de medição de um sistema individualizado de água
4.1. Caixa de Proteção 
Recipiente destinado a proteger o hidrômetro e os elementos componentes da sua instalação.( VER ANEXO I)
4.2. Hidrômetros
Equipamento instalado no ramal predial, destinado a medir e indicar continuamente, o volume de água fornecido a um imóvel.
Dimensionamento do Hidrômetro - consiste na escolha da capacidade do hidrômetro a ser instalado em cada cliente de acordo com as suas características de consumo de forma a garantir o seu funcionamento com elevado grau de eficiência na medição dos consumos registrados.
Instalação do Hidrômetro - é a implantação do aparelho no ramal predial, com
vistas a medir corretamente o consumo de água, garantindo o faturamento e cobrança justa dos serviços ofertados, ao mesmo tempo, que avalia e controla o sistema de abastecimento de água.
Os hidrômetros divisionários deverão ter as seguintes características:
• Carcaça em bronze
• Multi ou Monojato
• “Classe” B" ou" C"
• Diâmetro1/2"ou 3/4”
• Transmissão Magnética
• Capacidade 0,75 a 2,5 m3/h (Qn)
4.2.1. Tipos de Hidrômetros
De acordo com seu princípio de funcionamento, os hidrômetros podem ser do tipo velocímetros ou volumétricos.
Os hidrômetros velocímetros têm como princípio de funcionamento a contagem do número de revoluções da turbina ou hélice para obtenção do volume, que é feito de forma indireta, de acordo com uma correlação baseada na aferição do hidrômetro, o número de revoluções da turbina é registrada em um dispositivo totalizador. Segundo COELHO (1999, p. 120), os medidores de velocidade também são chamados de medidores inferenciais, porque não obtêm a medição de água de forma direta, e sim de forma indireta.
No hidrômetro volumétrico não existe uma turbina e sim um êmbolo ou anel.
É um recipiente que se enche com a entrada do líquido e transporta para a saída do medidor um determinado volume. O fenômeno de transporte dá-se pela diferença de pressão, que é maior na entrada do que na saída do aparelho. O êmbolo executa movimento circular em torno do próprio eixo, gerando os movimentos necessários para acionar o totalizador. A partir dai, o registro de volumes dá-se da mesma forma que nos demais hidrômetros O princípio volumétrico de medição garante maior precisão em baixas vazões. Os hidrômetros mais utilizados são os do tipo velocímetros. Estes hidrômetros podem ser do tipo monojatos ou multijatos, ter sua relojoaria seca ou úmida e serem de transmissão magnética ou mecânica. 
Os hidrômetros também podem variar de acordo com a presença ou não de água no interior de sua relojoaria. 
Os hidrômetros de relojoaria úmida se caracterizam por possuir um vidro muito espesso, já que este vidro é solicitado a suportar toda a pressão da água proveniente da rede. O fato de possuir seu mecanismo imerso em água também faz que a qualidade da água que passa em seu interior afete o funcionamento do hidrômetro, o que segundo COELHO (1999, p. 122) foi o motivo pelo qual as concessionárias no Brasil não têm utilizado deste tipo de hidrômetro em suas instalações.
Os hidrômetros de relojoaria seca, como o próprio nome diz, trabalham livre de água em seu mecanismo interior, necessitando de um sistema de transmissão que conecte a câmara onde a água passa para girar a turbina para a relojoaria. Esta transmissão pode ser mecânica ou magnética. Os hidrômetros de transmissão mecânica já estão ultrapassados, são menos sensíveis e possuem o problema de possibilitarem o embaçamento do vidro de leitura. O hidrômetro de transmissão magnética é aquele em que a transmissão dos movimentos da turbina dá-se através de um par de ímãs, posicionado acima e abaixo da placa separadora. O ímã propulsor é fixado na ponta do eixo da turbina e aciona o ímã propelido que se aloja no outro lado da placa separadora. Quando gira a turbina, gira também o mecanismo (totalizador) acoplado ao ímã propelido.
Ao contrário dos hidrômetros de relojoaria úmida, os
de relojoaria seca não
são afetados pela qualidade da água. 
A seguir têm-se as características principais entre os diferentes tipos de hidrômetros velocímetros.
4.2.1.1. Hidrômetros monojatos e multijatos
A diferenciação principal entre os hidrômetros monojatos (também chamados de unijatos) e os multijatos é o número de jatos que incidem na turbina do hidrômetro, logo os hidrômetros monojatos possuem menor tamanho do que os hidrômetros multijatos com a mesma vazão.
Figura 6 Medidor de velocidade Monojato. Detalhe da câmara de medida .Fonte: Calvalcanti Coelho (1996)
Segundo COELHO (1999, p. 120), outra característica dos hidrômetros monojatos, é que o jato de água incide diretamente na turbina, podendo os hidrômetros ser afetados pelas impurezas retidas no filtro. Uma obstrução do mesmo pode provocar o aumento da velocidade da incidência do jato sobre a turbina alterando a precisão do aparelho.
Normalmente os hidrômetros monojatos são mais baratos que os respectivos hidrômetros do tipo multijato. Atualmente no Brasil são fabricados hidrômetros monojatos de 1,5 m³/h e 3,0 m³/h, já os hidrômetros multijatos são encontrados de 3,0 m³/h em diante. Ambos os tipos de hidrômetros podem ser fabricados tanto com a relojoaria seca ou com a relojoaria úmida.
Os hidrômetros multijatos se caracterizam pela incidência de vários jatos na turbina. A câmara de medição onde localiza a turbina possui furos distribuídos radialmente na parte inferior e na parte superior, de modo que a água entra na câmara de medição pela parte inferior e é expulsa pela parte superior. A entrada de água através de vários orifícios na câmara de medição permite um funcionamento mais balanceado da turbina em seu eixo de rotação, resultando em uma maior vida útil do equipamento.
Figura 7 Medidor de velocidade Multijato .Detalhe da câmara de medida. Fonte: Calvalcanti Coelho (1996)
.
4.2.1.2 Hidrômetro Individual 
Consiste no hidrômetro instalado no ramal de alimentação de água do apartamento destinada a medir a água consumida e subsidiar o processo de faturamento dos serviços de água e esgotos.
4.2.1.3 Hidrômetro Mestre
É o hidrômetro instalado no ramal predial de alimentação do condomínio medindo toda a água fornecida ao mesmo.
4.2.1.4 Hidrômetro Pré- Equipado
É o hidrômetro que vem de fábrica com dispositivo.
Que permite a qualquer tempo que se deseje, fazer à distância, seja pelo sistema de rádio frequência ou pelo sistema de leitura por contato seco e transmissão porfio.
4.3 Tipos de Leitura
Leitura Direta - é o tipo de leitura que pode ser feita diretamente no mostrador do hidrômetro.
Leitura à Distância - é aquela que é feita utilizando dispositivos especiais que possibilita a transferência de dados à distância
Shaft - Armário construído nos edifícios por onde passam os dutos de água, esgotos, etc.
Figura 8 Distâncias mínimas e máximas do fundo e topo do Shaft/Caixa.
4.4 Critérios para instalação dos hidrômetros
A instalação dos hidrômetros deve atender aos seguintes critérios:
Acessibilidade de forma a facilitar o processo de ligação, manuseio dos registros próximos aos hidrômetros e leitura.
Boa iluminação e protegido de intempéries.
Instalações que facilitem as ações de substituições, manutenção e aferição dos hidrômetros.
Proteção em caixa ou shaft com tampa de material e forma definidos em projeto de acordo com a arquitetura do edifício/ condomínio
A caixa ou shaft deverá ser dimensionada para um (01) ou até no máximo seis (06) hidrômetros respeitando as distâncias mínimas de 20 cm entre os centros dos ramais de fornecimento de água das ligações, altura mínima no fundo da caixa em relação ao piso , de 30 cm , altura máxima do topo da caixa de 160 cm 
Dentro da caixa ou shaft, a canalização deverá estar fixada antes e depois do hidrômetro por abraçadeiras para o barrilete ficar bem fixado.
Deve ser identificado pelo número do apartamento cada padrão de ligação
Ter instalado um medidor global macro medidor dentro da caixa de proteção na divisa do lote para medição do uso comum. Como mostra as figuras abaixo:
 a) b)
Figura 9 a) Sugestão de instalação de até seis pavimentos b) Detalhamento das distâncias dos barrilete.
* Instalação no hall de entrada do apartamento, na posição horizontal, com caixa de proteção tradicional.
Este tem sido o local de instalação preferencial muito utilizado no Brasil apresentando facilidade de leitura, podendo o hidrômetro ser instalado na altura de 1,50m ou 0,90m, como o apresentado na figura abaixo.
Figura 10 Instalação de hidrômetro no hall.
4.5. Tipos de medição
 4.5.1 Medição Remota
Com a adoção de sistemas de medição individualizada do consumo de água em substituição ao sistema de leitura tradicional em que a medição é feita apenas no hidrômetro global da edificação, surge a necessidade de sistemas mais avançados de leitura dos hidrômetros. O sistema de leitura visual, que demanda o trabalho de um leiturista, pode até ser aceitável para edificações de até quatro pavimentos (com 8 ou unidades habitacionais), porém, torna-se praticamente inviável para edificações maiores com número expressivo de unidades habitacionais. Os sistemas de medição remota (SMR) são a alternativa para viabilizar a leitura de vários hidrômetros em um espaço reduzido de tempo e praticamente sem o custo de mão de obra.
Também são vantagens dos SMR o fato de que não é necessário que ninguém passe em todos os andares para efetuar a leitura mês após mês, gerando mais segurança aos moradores e reduzindo custos para o responsável pela emissão das contas individualizadas, seja a concessionária, o próprio condomínio ou alguma empresa terceirizada. É ocorrência comum nas medições visuais que o leiturista não tenha acesso ao hidrômetro em função da ausência do responsável pela edificação. Nestes casos é necessário o retorno do leiturista ao local ou mesmo que a cobrança seja efetuada por estimativas, que em caso de adoção de SMR não acontece.
Existem SMR sem fio, via radiofrequência e cabeados, com diferentes 
tecnologias envolvidas para cada caso. Ainda não existe nenhuma norma brasileira ou mesmo projeto de norma que trate especificamente sobre a medição individualizada de água, porém, em julho de 2009, foi disponibilizado para consulta pública um projeto de norma ABNT pelo Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (CB-04) que trata mais detalhadamente sobre sistemas de medição remota e centralizada de consumo de água e gás.
4.5.2 Medição remota via radiofrequência 
Um dos tipos de SMR que tem tido bastante aceitação no mercado são os sistemas com transmissão de dados via radiofrequência. Este tipo de sistema elimina grande parte da infraestrutura de eletrodutos e se torna bem atrativo em casos de edificações existentes, onde tem-se dificuldade de implantar novas instalações. No entanto, edifícios com estrutura metálica e edifícios muito altos podem dificultar a operação de sistemas de rádio. 
Os SMR por radiofrequência podem ser do tipo unidirecional ou bidirecional. 
Geralmente os SMR voltados para edificações são do tipo unidirecional, que são mais baratos e funcionam perfeitamente quando não há interferências físicas da construção, podendo em certos casos ser necessário o uso de repetidores de sinal. Já os sistemas bidirecionais possuem um receptor que envia o impulso de leitura para o medidor, o qual envia o valor de consumo. Estes sistemas bidirecionais são mais aplicados a sistemas de abastecimentos comunitários e ainda não são largamente utilizados no Brasil, mas são bastante comuns em países da Europa. Podem ser utilizados concentradores
primários junto aos hidrômetros de cada pavimento e concentradores secundários que interligam estes concentradores primários, interligando-os à central de gerenciamento. 
A Figura 11 ilustra um exemplo de hidrômetro pré-equipado com antena 
para possibilitar a leitura remota via radiofrequência
Figura 11 Hidrômetro pré equipado para leitura via radiofrequência.
4.5.3. Medição remota via cabos 
Em geral, quando existe a possibilidade de passagem de eletrodutos para 
passagem de cabos é interessante que esta infraestrutura seja considerada para flexibilizar o sistema de medição. Como o próprio nome diz, o sistema via cabos utiliza-se de cabeamento para realizar a transmissão das informações dos transdutores dos hidrômetros para o concentrador. Este cabeamento poderá ser utilizar cabos de lógica, no caso do sistema M-Bus ou mesmo utilizar os próprios cabos da rede elétrica, em caso de sistemas baseados em PLC (Power Lines Communications). Esta última poderá ser utilizada até em casos de edificações existentes, em função de, na maioria dos casos, já ter disponível 
a infraestrutura da rede elétrica no local. No caso de sistemas via cabos, a questão da segurança da infraestrutura deverá ser levada em consideração, procurando evitar que atos de vandalismo possam interromper a transmissão de informações. 
4.5.4. Padrão M-Bus 
O M-Bus é um sistema digital de comunicação de dados, composto por hidrômetros eletrônicos, rede de comunicação, computador central com programa específico e interface de comunicação rede-computador. Outros elementos podem ser incorporados ao conjunto para melhorar os graus de segurança, de confiabilidade e de alcance da rede como um todo, como o sistema de aterramento e os amplificadores e regeneradores de sinal. Segundo SILVA; TAMAKI; TONETTI; GONÇALVES (2005), o M-BUS foi desenvolvido para ser um sistema de fácil implementação e operação, empregando-se cabos comuns e o menor número de componentes possível. Para este sistema, normalmente são utilizados cabos comuns de telefonia, do tipo par trançado de 0,5 mm². A central de gerenciamento de telemedição é composta por um microcomputador dotado de um programa de supervisão e gestão. Grandes distâncias podem afetar a qualidade do sinal dos sistemas de padrão M-Bus, nestes casos, podem ser necessárias a implementação de amplificadores ou de regeneradores de sinal.
4.5.5 Telemetria
Tele do grego (longe ao longe) + metron (do grego= mede, medição.) A telemedição e entendida como a tecnologia da automatização da medição e da transmissão de dados de fontes remotas para estações de recebimento, onde os dados sofrem processamento, análise arquivamento e podem ser aplicados. A Automatic Meter Reading Association – AMRA indica as tecnologias de comunicação para transmissão de dados como sendo telefonia, radiofrequência, rede de energia elétrica( power line carreir) e satélite.
Figura 12 Ilustração de um sistema de medição por telemetria.
5.0 Condições Técnicas Obedecidas
Edifícios Já Construídos
Conforme o que estabelece a NBR-5626/1982, o projeto de modificação das instalações prediais, com vistas à individualização da medição de água, deve ser elaborado, supervisionado e de responsabilidade de profissional de nível superior devidamente habilitado pelas leis do país. As modificações das instalações prediais de água devem ser feitas obedecendo estas condições:
• Garantir o fornecimento de forma contínua, em quantidade suficiente, com pressões e velocidades adequadas ao perfeito funcionamento das peças de utilização;
• Preservar rigorosamente a qualidade da água do sistema de abastecimento;
• Preservar o máximo de conforto aos clientes, incluindo-se a redução do nível de ruído;
• As tubulações deverão ser executadas de acordo com as normas específicas da ABNT, para o tipo de material empregado;
• Somente será permitida a localização de tubulações solidárias à estrutura se não forem prejudicadas pelos esforços e deformações próprias dessa;
• Quando necessárias as passagens por estrutura devem ser aprovadas pelo seu projetista original;
• O processo de execução da nova tubulação deve evitar choques e cortes que comprometam a estrutura do edifício.
• Na existência de válvulas de descargas, as mesmas serão substituídas por caixas de descargas.
Edifícios Novos
• Utilizar hidrômetros pré-equipados com centralização das leituras dos mesmos na parte térrea do edifício, ou hidrômetros convencionais instalados na parte térrea do edifício.
6. 0 Vantagens e Desvantagens na Medição Individualizada de Água 
Como todo sistema de engenharia, a individualização da medição do consumo de água gera ônus, vantagens e desvantagens para os envolvidos no processo. As vantagens e desvantagens inerentes ao processo, serão elencados a seguir.
6.1 Vantagens
Cobrança individualizada proporcional ao consumo;
 Redução do desperdício de água, já que cada condômino paga efetivamente pelo seu consumo;
 Identificação de vazamentos de difícil percepção;
 Redução do consumo de energia elétrica pela redução do volume bombeado para o reservatório superior;
 Redução do volume efluente de esgotos;
 Redução das contas de água/esgotos dos apartamentos.
 Redução do índice de inadimplência do condomínio;
 Aumento no valor venal do imóvel;
 Favorece o exercício da cidadania, pois cada morador irá se preocupar com seu gasto que se refletirá globalmente;
Do ponto de vista do consumidor
As principais vantagens da medição individualizada de água nos apartamentos de edifícios multifamiliares são:
• pagamento proporcional ao consumo, ou seja, um apartamento que só tenha um consumidor não pagará em forma semelhante ao que possua 6, 8 ou 10 pessoas;
• o usuário não pagará pelo desperdício dos outros;
• um usuário bom pagador jamais terá a sua água cortada pela irresponsabilidade dos maus pagadores;
• redução do pagamento da conta de água, em alguns casos de até 50%;
• redução do consumo do edifício em até 30%;
• possibilidade de localizar vazamentos internos nos apartamentos, que, às vezes, levam meses e até anos para serem identificados;
• maior satisfação do usuário, já que ele passa a controlar diretamente a sua conta de água.
Do ponto de vista da concessionária
Os principais benefícios das empresas concessionárias de água são:
• redução do índice de inadimplência, pois somente é cortada a água dos maus pagadores, e, na prática, esses passam a ser bons pagadores;
• redução do consumo de água, podendo atingir, em média, 30%;
• redução do número de reclamações de consumo, refletindo-se numa melhor imagem perante a população;
Do ponto de vista dos construtores e projetistas
Para os construtores, os principais benefícios comentados são:
• em projetos elaborados criteriosamente para a medição individualizada de água, a economia nas instalações hidráulicas situa-se próximo a 22%;
• maior facilidade de venda dos apartamentos com medição individualizada de água.
Do ponto de vista da comunidade em geral
Preservação dos recursos hídricos com reflexos positivos para o meio ambiente e o
ecossistema.
6.2 Desvantagens
 Necessidade de realização de assembleia geral para votação, pois esta nova sistemática deve ser aprovada pela maioria dos condôminos;
 Custo da adaptação necessária para medição individualizada por apartamento nem sempre é acessível a todos;
 O projeto para nova concepção hidráulica pode ser mais oneroso dependendo da complexidade do sistema predial;
 Necessidade de empresa especializada para execução da obra;
 Desenvolvimento de novo modelo para leitura dos hidrômetros e faturamento das contas pela companhia de saneamento;
 Incômodos aos moradores, como o tempo de duração médio da
execução ser de 20 dias e intervenções na estrutura do apartamento gerando poeira e barulho.
7.0 Edificações existentes 
Tem sido crescente o número de edificações existentes que estão sendo adaptadas para possuir um SMI e é importante que existam programas que 
incentivem os condomínios a adaptarem suas instalações, Em alguns casos podem ser considerados subsídios fiscais para viabilizar esta adaptação, visto que o condomínio deve arcar com alguns custos extras ao adotar um SMI. Segundo COELHO (1999, p.83), tradicionalmente se acreditava que era impraticável fazer a medição individualizada de água nos edifícios já construídos. 
A solução ideal é que os hidrômetros estejam localizados em áreas comuns de fácil acesso para manutenção e leitura. Ao se localizar o hidrômetro na área comum de uma edificação existente é necessário inutilizar as diversas colunas de água existentes na edificação e criar uma nova coluna de água que será a coluna principal. Esta coluna principal pode passar externa a edificação, fixada a uma fachada que cause menos impactos estéticos à edificação ou mesmo ser embutida internamente, necessitando de uma obra mais significativa. 
O barrilete interno aos apartamentos que será criado também deverá ser estudado de forma a causar o menor impacto nos ambientes e na estrutura da edificação. A instalação interna das áreas hidráulicas poderá na maioria dos casos ser aproveitada, sendo necessária a identificação do ponto de alimentação de cada área hidráulica a partir de sua coluna de abastecimento para que seja possível a desconexão neste trecho e interligação ao novo barrilete. Porém, em alguns casos de edificações existentes esta condição ideal não pode ser alcançada, podendo inclusive serem instalados diversos hidrômetros dentro do apartamento para efetuar a aferição do consumo através da soma destes vários hidrômetros. 
A solução com vários hidrômetros não é a mais recomendada, pois pode gerar erros nas leituras e dificulta a manutenção, porém, gera menos intervenção nas instalações existentes. Para este tipo de solução é necessária a instalação de medidores com leitura remota via radiofrequência, devido à dificuldade de leitura visual e gerenciamento, bem como da dificuldade de instalação de um sistema de leitura remota via cabo. 
É comum hoje a manutenção de edificações com mais de 30 anos em que 
são substituídas todas as tubulações por uma nova rede, principalmente nas 
instalações que foram executadas em ferro. Nestes casos, é imprescindível que ao se executar uma reforma completa na rede hidráulica de uma edificação já seja prevista a instalação de medidores individuais para cada unidade habitacional. 
Em muitos casos, a ausência dos projetos originais dificulta muito a tomada 
de decisões sobre qual a melhor solução para uma edificação existente.
8.0 Conclusão
A adoção de sistemas de medição individualizada de água nos edifícios residenciais é um dos fatores fundamentais para racionalizar o uso da água no uso doméstico. Baseado neste objetivo específico, conclui-se que a correta especificação dos componentes de um sistema de medição individualizada deverá ser realizada por profissional capacitado e habilitado de modo a evitar falhas na concepção e especificação dos componentes do sistema. A variedade e complexidade de componentes é grande, principalmente quando se trata de edificações com medição remota do consumo de água.
BIBLIOGRAFIA
http://www.sindusconjp.com.br/static/files/1236004319103.pdf
http://www.lenhs.ct.ufpb.br/html/downloads/serea/trabalhos/A17_25.pdf-
http://www.cecc.eng.ufmg.br/trabalhos/pg2/51.pdf-
http://www.tecmetra.com.br/images/telemetria%20(2).jpg-
http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/2013/06/1303403-medidor-individual-de-agua-e-gas-gera-economia-mas-exige-investimento.shtml
http://www.4eetcg.uepg.br/oral/45_1.pdf-
http://www.fozsaneatins.com.br/static/saneatins/arquivos/downloads/CRITERIOS_PARA_IMPLANTACAO_DO_SISTEMA_DE_MEDICAO_INDIVIDUALIZADA_EM_ED_22044.pdf-
http://www.unicap.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=168-
http://info.ucsal.br/banmon/Arquivos/Art3_0027.pdf
Anexos I
Dimensões Mínimas Internas de Caixas de Proteção Individual para Hidrômetros Convencionais Instalados na Posição Horizontal
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PITOM/PITOM/PITOM BIA.zip
Apresentação1.pptx
Beatriz Rodrigues
Testes de cavitação em bombas
A cavitação é um dos principais problemas que ocorrem na instalação de bombeamento de água para abastecimento público, por afetar diretamente a eficiência energética do bombeamento.
Denomina-se cavitação a formação de “bolhas” de vapor no meio da massa líquida durante um escoamento, devido à ocorrência de pressões inferiores à pressão do vapor na temperatura do escoamento.
Cavitação
Principais consequências da cavitação
Barulho
Vibração excessiva
 Alteração das curvas características
Danificação do material 
Perda de eficiência energética 
Considera-se a presença da cavitação comprometedora quando há, para uma determinada vazão, queda de 3% na altura manométrica de recalque.
 A experiência do operador, através da atenção dedicada aos sons, vibrações e controle de temperatura das tubulações, tem sido a maneira mais comum de detecção do fenômeno da cavitação.
Detecção da cavitação
Detecção da cavitação
NPSHd > NPHSr
NPSHr (requerido), é uma característica da bomba, determinada em seu projeto de fábrica, através de cálculos e ensaios de laboratório. Tecnicamente, é a energia necessária para vencer as perdas de carga entre a conexão de sucção da bomba e as pás do rotor, bem como criar a velocidade desejada no fluído nestas pás. Este dado deve ser obrigatoriamente fornecido pelo fabricante através das curvas características das bombas.
NPSHd (disponível), é uma característica da instalação hidráulica.
Esta variável deve ser calculada por quem dimensionar o sistema, utilizando-se de coeficientes tabelados e dados da instalação.
Detecção da cavitação
Dispositivos vibratórios ultrassônicos
Detecção da cavitação
Túnel de cavitação
Detecção da cavitação
Discos rotativos
A importância da escolha das bombas
Ensaios em laboratório ≠ ambiente de abastecimento de água
Conclusão
Objetivo pitom.docx
Introdução
A cavitação é um dos principais problemas que ocorrem na instalação de bombeamento de água para abastecimento público, por afetar diretamente a eficiência energética do bombeamento.
Denomina-se cavitação a formação de “bolhas” de vapor no meio da massa líquida durante um escoamento, devido à ocorrência de pressões inferiores à pressão do vapor na temperatura do escoamento.
Essas “bolhas”, ou “cavas” - daí o nome de cavitação - implodem quando atingem um ponto de maior pressão ao longo do fluxo, causando desgaste do material de que é feita a peça por onde está ocorrendo o escoamento, que, com o passar do tempo, acentuará o efeito de queda de rendimento, alterando mesmo as curvas características do equipamento.
 
Fenômeno da cavitação 
Em se tratando de bombas, o efeito da cavitação é notado nos rotores, desde a entrada até os pontos na periferia, bem como,eventualmente,na própria voluta (carcaça da bomba). Segundo a conceituação moderna do fenômeno da cavitação, admite-se que a água contendo impurezas é mais suscetível
à sua ocorrência do que água limpa, já que a ruptura está associada de forma mais intensa à resistência à tração, esta última relacionada com a tensão superficial do líquido na temperatura do bombeamento do que à pressão de vapor do líquido.
As principais consequências da ocorrência da cavitação são: barulho, vibração excessiva do conjunto motobomba, alteração das curvas características (vazão x altura, vazão x rendimento) e danificação do material.
À exceção do barulho, que pode ser considerado mais um problema estético,e da vibração em excesso, cujas consequências são mais sérias do ponto de vista dos custos de manutenção, as demais consequências da cavitação têm relação direta com a eficiência energética.
A partir do conceito de NPSH (requerido e disponível), é possível equacionar o problema comparando os dois valores de NPSH.
Simplificadamente basta que o NPSH disponível pela instalação seja superior ao NPSH requerido pela bomba para que o problema da cavitação não ocorra. Na prática, é costume dar-se certa margem de segurança, pois os ensaios de laboratório para a determinação do NPSH requerido pelas bombas são relativamente difíceis, não sendo muito precisa a determinação exata da vazão na qual a cavitação passa a se dar, já que o próprio fenômeno, como está dito anteriormente, não é compreendido ainda na sua total essência.
A norma brasileira NBR 12.214 (Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento público) recomenda que o NPSH disponível calculado “deve ser superior em 20% e no mínimo em 0,50 m o NPSH requerido pela bomba em todos os pontos de operação”.
NPSHd (disponível), que é uma característica da instalação hidráulica. É a energia que o fluído possui, num ponto imediatamente anterior ao flange de sucção da bomba, acima da sua pressão de vapor. Esta variável deve ser calculada por quem dimensionar o sistema, utilizando-se de coeficientes tabelados e dados da instalação.
NPSHr (requerido), é uma característica da bomba, determinada em seu projeto de fábrica, através de cálculos e ensaios de laboratório. Tecnicamente, é a energia necessária para vencer as perdas de carga entre a conexão de sucção da bomba e as pás do rotor, bem como criar a velocidade desejada no fluído nestas pás. Este dado deve ser obrigatoriamente fornecido pelo fabricante através das curvas características das bombas.
Assim, para uma boa performance da bomba, deve-se sempre garantir a seguinte situação:
NPSHd > NPSHr
3.1 Detecção do fenômeno da cavitação
	Segundo Linhares, A detecção da cavitação em bombas e turbinas ocorre principalmente através do ruído, vibração no sistema e perda de rendimento hidráulico associados ao fenômeno. O “Hydraulic Instituto” considera a presença da cavitação comprometedora quando há, para uma determinada vazão, queda de 3% na altura manométrica de recalque. Esse critério inclusive é utilizado para a avaliação do NPSH requerido. Outros estudos comprovaram, no entanto, que a cavitação ocorre mesmo antes dessa queda de pressão. A utilização das relações entre os cálculos do NPSH requerido e NPSH disponível para a determinação do fenômeno da cavitação nem sempre e possível na rotina operacional de conjuntos de bombeamento e turbinas. Isso se deve as variações associadas ao processo, tais como mudança nas características de massa especifica do fluido, sua temperatura ou mesmo demanda e perdas de carga diversas. Assim, a experiência do operador, através da atenção dedicada aos sons, vibrações e controle de temperatura de mancais e tubulações, tem sido a maneira mais comum de detecção do fenômeno da cavitação.
3.1.2 Dispositivos vibratórios ultrassônicos
Dos equipamentos de teste mais utilizados para se estudar a erosão por cavitação destaca-se o dispositivo vibratório ultrassônico. A razão disso e a fácil operação desse equipamento em relação aos demais e o reduzido tempo de ensaio.
Esse equipamento consiste de um gerador ultrassônico de vibração, onde um corpo de prova no formato de um disco é submetido a vibração em alta frequência quando imerso em água. A vibração, geralmente numa frequência de 20kHz gera uma condição de pressão negativa para o surgimento e crescimento das bolhas no liquido e uma pressão positiva propiciando o colapso destas bolhas na superfície do corpo de prova.
A figura 1 mostra o diagrama esquemático de um equipamento vibratório ultrassônico utilizado para testes de erosão por cavitação. Basicamente, o equipamento e composto por um recipiente de água, um gerador ultrassônico e um mandril vibratório. A ponta do mandril vibratório é de titânio e fica posicionada a poucos milímetros da superfície do corpo de prova.
Durante o teste de erosão por cavitação, a alta frequência do mandril vibratório, provocada pelo gerador ultrassônico, produz um campo de bolhas de cavitação na superfície do corpo de prova, originado pela flutuação da pressão. Como resultado, microjatos de fluido são formados no colapso das bolhas e estes incidem diretamente no corpo de prova, ocasionando a erosão.
Figura 1: Dispositivos vibratórios ultrassônicos. Fonte: Alexandre Dias Linhares – Dissertação de mestrado.
Os dispositivos vibratórios ultrassônicos, no entanto, não conseguem representar todas as variáveis envolvidas no escoamento em condições de cavitação em estruturas e maquinas hidráulica, por exemplo. Um dos aspectos que os fazem divergirem das situações reais em ensaios específicos de rotores de turbobombas é o fato de o corpo de prova permanecer em repouso, enquanto no interior das bombas o rotor e o fluido estão em movimento.
3.1.3 Túnel de cavitação 
	De acordo com Linhares, túneis de cavitação são dutos onde são instaladas barreiras móveis que restringem a passagem do fluido, induzindo a cavitação à queda de pressão causada após estas restrições, que aumentam a velocidade do fluido, conforme a conservação da energia para processo de fluxo contínuo.
	No caso de um túnel de cavitação de pequeno porte, os corpos de prova são inseridos de forma sequencial a fim de obterem-se as condições de cavitação diferenciadas, pois os corpos de prova estão em distancias da barreira móvel. Assim as pressões em cada corpo de prova também serão diferentes. Ao lado da cada corpo de prova pode ser colocado um corpo de prova similar, porém da alta resistência mecânica, onde um transdutor piezoelétrico de pressão monitora os pulsos de pressão produzidos pela cavitação.
O túnel consiste em um circuito fechado de água, fabricado em aço, montado deforma a permitir a instalação de um modelo de propulsor em sua seção de teste. A água em circulação dentro do túnel torna possível medir os parâmetros de operação do hélice (empuxo e torque) não só na chamada condição estática, mas em todas as faixas de operação. m determinadas condições de rotação e pressão interna, é possível ocorrer o fenômeno da cavitação, ou seja, a água muda para o estado gasoso onde a pressão local é mais baixa que a pressão de vaporização da água. Formam-se bolhas que produzem vibrações, diminuem a eficiência do propulsor e podem causar a erosão do material.
Figura 2: Túnel de cavitação. Fonte: http://www.ipt.br/noticias_interna.php?id_noticia=274
3.3.3 Discos rotativos
	Segundo Linhares, discos rotativos são dispositivos submetidos a rotação constante com furos ou pinos montados no corpo de um disco e que atuarão como indutores de cavitação. A erosão por cavitação ocorre na superfície desse disco, em posição determinada experimentalmente, e nessa posição são colocados os corpos de prova a serem submetidos à erosão por cavitação. O disco rotativo está inserido dentro de uma câmara fechada, com circulação de água, e acoplado a um motor elétrico que gera movimento e rotação constante ao disco. 
A figura 2 mostra um esquema deste equipamento, que apresenta a grande vantagem de aproximar as condições reais do escoamento em uma

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