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Ciência Política Aula A primazia do Estado e o problema ético da gestão pública em Maquiavel Prof. Alexandre Carneiro */13 OBJETIVOS DA AULA Reinterpretar a imagem da obra “O príncipe“ de Maquiavel no meio acadêmico, conforme chaves hermenêuticas; Analisar a concepção de gestão ideal do Estado; Analisar a concepção de gestão real do Estado */13 SUMÁRIO A primazia do Estado em Maquiavel 1. O Autor; 2. Chaves hermenêuticas; 3. O príncipe ideal; 4. O príncipe real; */13 Notas sobre Maquiavel Itália 1469 a 1527; Chanceler em Florença; Fusão de cientista político com político engajado; Eixo do pensamento: A política como atividade autônoma com seus mecanismos de gestão distintos dos valores religiosos e morais */13 Obras 1513 - príncipe 1513 - Discurso sobre a 1ª década de Tito Lívio 1518 - Mandrágora 1521 - A arte da guerra 1525 - Histórias florentinas */13 Estudo dos grandes nomes da política mundial para a criação de um modelo ideal de gestão; A realidade política frágil e dispersa da Itália; Aportes teóricos */13 Chaves hermenêuticas Chave 1: A sociedade é inconsistente sem o Estado: a organização social é impossível sem o Estado; A precariedade da natureza humana (egoísmo e ambição, ingratidão, voluveidade, simulação, perfídia e covardia); */13 Chaves hermenêuticas A figura mitológica do centauro Quiron (preceptor dos príncipes gregos) Chave 2: . A inconsistência do Estado sem um gestor competente – a preparação de gestores é o fundamento da boa gestão; Chave 3: O contexto histórico a) Multipolaridade do poder (meduza) */13 b) Ausência de um Estado central c) Lutas fraticidas contínuas d) Tirania administrativa dos Estado italianos e) Crescente ampliação do poder da igreja f) A nova moralidade urbana g) Crescimento comercial Chaves hermenêuticas */13 Chaves hermenêuticas h) A experiência como padrão de verdade Esfacelamento político como resultado de 3 conflitos: f.1. Lutas internas na república florentina f.2. Lutas entre Estados italianos f.3. Lutas dos Estados italianos para um ajustamento à realidade europeia */13 Chave 4: A gestão do Estado como prática científica e autônoma: A experiência jamais engana e o erro resultava do pensamento especulativo: A verdade dos fatos é diferente da especulação metafísica Chaves hermenêuticas */13 A obra “O príncipe” A crítica de Maquiavel: A Itália até então não tinha dado vigência a instituições que realizassem a identidade nacional, tornando-se dependente de modelos importados, ensejando que o desenvolvimento particular local permanecesse estagnado. */13 Duas interpretações Uma técnica de governo dirigida aos que desejam instaurar ou restaurar um governo próspero e duradouro; Não consiste trabalho sistemático mas a fusão da ideologia política com a ciência política na forma dramática do mito; A obra “O príncipe” */13 A obra “O príncipe” Divisão da obra: O príncipe ideal – capítulo 1 ao 25 O príncipe real – capítulo 26 */13 O príncipe ideal se restringia ao modelo utópico de gestão; sua construção reagia à realidade política da Itália - Representa a gestão política também como idealização; Questões: Qual o ocupante ideal da gestão do poder? Qual o processo de sua formação? Quais meios usa para manter o poder? O príncipe ideal */13 O príncipe ideal Os valore intrínsecos O valor do príncipe ideal não esta primeiramente no exterior mais em si 1.1. Aptidão Independente de como chega ao poder, por herança ou conquista, a questão central é ser ou não apto! Ser apto para Maquiavel */13 O príncipe ideal Formação Uma gestão de governo eficaz 1.2. Ser sábio Governar para o presente e para o futuro Um valor que o príncipe possui em si para não depender da sorte Não protelar decisões necessárias */13 O príncipe ideal Indiferente ao bem e ao mal A mente de um príncipe e as 3 mentes: 1ª a que compreende as coisas por si só 2ª a que compreende as coisas demonstradas por outrem 3ª não consegue discernir por si só e nem com a ajuda de outros */13 O príncipe ideal Obs: O príncipe deve ter preferencialmente a 1ª, caso contrário a 2ª e nunca a 3ª; - A sabedoria do príncipe também pode ser reconhecida pelos que ele escolhe para compor o ministério. */13 O príncipe ideal 2. Valores extrínsecos A necessária conjugação de qualidades internas e a competência de gestão dos recursos externos – questões práticas 2.1. O uso da lei: argumento racional do governo 2.2. Força militar - Para impor o governo */13 O príncipe ideal Forças militares e leis são alicerces do governo sem elas o reino estará arruinado Tipos: mercenários, forças auxiliares, mistas e nacionais 2.3. Finanças: Parcimônia – preferível ter fama de miserável do que de liberal 2.4. Os distintos grupos sociais e seus interesses – povo e nobreza: o povo quer apenas evitar a opressão, a nobreza quer oprimir */13 O príncipe ideal 2.5. Inovação: Recompensar os inventores 2.6. A União e a lealdade do povo: não importar-se com a reputação de cruel, evitar vícios que abalem a gestão, melhor ser temido do que amado, evitar desviar-se do bem e praticar o mal se for forçado pela necessidade 2.7 Questões diplomáticas: Não agir de boa-fé se os motivos pelos quais empenhou a */13 O príncipe ideal palavra deixarem de existir e isso traga prejuízo ao povo; 2.8. Plano de governo: a importância dos meios e a prioridade dos fins; 2.9. Condução dos negócios públicos: agir como raposa para evitar as armadilhas e como leão para afugentar os lobos, considerar mais a astúcia do que a lealdade para atingir os fins da gestão */13 O príncipe ideal 2.10. Virtude: competência e habilidade 2.11. Proatividade: a recusa de uma luta necessária só traria benefício ao inimigo Obs: No príncipe ideal não há incompatibilidade entre decisão e interesse do Estado – a forma adequada do enfrentamento de uma necessidade específica */13 O príncipe real A gestão política é a concretização de ideais A missão é efetivar uma nova forma de governo que beneficie o povo italiano como um todo O paradigma é a realização da síntese do bem de todos para conquista da unidade política do país */13 O príncipe real Estratégia, realizar a verdadeira política fazendo uso eficiente das forças históricas Discernimento do que é conjuntura da estrutura, o circunstancial do orgânico Princípios: 1. exercer o poder sem fraqueza de sem compromisso; 2. canalizar as forças negativas (astúcia, violência) ao serviço do bem coletivo */13 O príncipe real O papel dos Medici na concretização do novo momento político italiano: A superação dos métodos feudais na condução da política interna; A instauração de políticas que estimule a emergência de novas forças de produção; Um Estado liberal capaz de afugentar o não-Estado praticado pelo papado */13 O príncipe real d) A libertação da burguesia das peias feudais; e) Um Estado capaz de coordenar a força, o vigor, a destreza do povo italiano, liderando-o na defesa do país contra os estrangeiros */13 Avaliação Fundamentar as concepções de gestão ideal e gestão real com base na obra “O príncipe” de Nicolau Maquiavel */13 Bibliografia CHÂTELET, François et al (2000). História das Idéias Políticas, Rio de Janeiro, Zahar. MAQUIAVEL, Nicolau (2003). O Príncipe, São Paulo, Martin Claret. GRAMSCI, Antonio (1976), Maquiavel, a Política e o Estado Moderno, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira. */13 Bibliografia MARITAIN, Jacques. O Homem e o Estado, Rio de Janeiro, Agir, 1959. MILLS, C. Wright. Poder e Política, Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1965. POULANTZAS, Nicos. Poder Político e Classes Sociais, São Paulo, Martins Fontes, 1977. RUSSELL, Bertrand. A Autoridade e o Indivíduo, Rio de Janeiro, Zahar, 1977. */13 Bibliografia WEBER, Max. Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociologia Compreensiva. Editora Universidade de Brasília, 1991. * * * * *
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