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RESUMO DE TRIBUTÁRIO II I AVAL.

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RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
1 
 
RESUMO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – I AVAL. 
 Aula 27/02 
O Direito Tributário é um ramo autônomo do direito público. A ele são inteiramente 
aplicáveis os princípios fundamentais inerentes ao regime jurídico de direito público. Implica 
numa relação jurídica entre o Estado e o sujeito passivo; A supremacia do interesse público 
sobre o interesse privado é facilmente vista pelo fato de a obrigação de pagar tributo decorrer 
diretamente da lei sem manifestação de vontade autônoma do contribuinte. O Estado existe 
para a consecução do bem comum. Para atingir tal mister, precisa obter recursos financeiros, o 
que faz, basicamente, de duas formas, que dão origem a uma famosa classificação dada pelos 
financistas às receitas públicas. Sendo assim, a Atividade. 
Natureza: comum, pública e obrigacional. 
Atividade financeira do Estado 
- Receitas Públicas: “Receita pública é a entrada que, integrando-se no patrimônio público 
sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto 
como elemento novo e positivo.” (Aliomar Baleeiro) 
Financeira do Estado – AFE pode ser através de receita originária ou receita derivada; 
 Originária 
Receitas Públicas 
 Derivadas 
- Receita originária: Originam-se do patrimônio do Estado, ou seja, elas denotam uma forma 
de Estado que é o Estado patrimonial que é do absolutismo em que o tributo era pouco 
arrecadado e o Estado explorava o seu próprio patrimônio para ter receita (Estado 
patrimonial). Só que com a revolução francesa com a mudança de paradigma o Estado de 
direito foi substituído pelo Estado fiscal, e em tempos de uma perspectiva de Estado fiscal, 
para que o Estado realize a suas atividades ele precisa dos cidadãos para custear as atividades 
por meio dos tributos que são receitas derivadas (por que deriva do particular para os cofres 
públicos para realização de suas atividades). O regime jurídico é predominantemente de 
Direito Privado. Tem como característica o Estado explorando seu próprio patrimônio. 
Exemplo: aluguéis e receitas de empresas públicas e sociedades de economia mista; 
Originam-se do patrimônio do Estado 
Predominantemente de Direito Privado 
O Estado explora seu próprio patrimônio – aufere agindo como particular (agente econômico) 
Igualdade entre as partes – relação horizontalizada 
As receitas originárias são facultativas, voluntárias e contratuais. 
Obs. A exploração da atividade econômica pelo Estado é excepcional – previsão 
constitucional (art. 173, CRFB). 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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Art. 173 - Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo estado só será permitida quando necessária aos imperativos da 
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
Preços públicos: ingressos patrimoniais que provêm diretamente da exploração do 
patrimônio público, dos bens dominiais do Estado. 
Caráter vinculado ou contraprestacional (natureza contratual) – facultatividade. 
Visa a remunerar o Estado pela prestação de serviços públicos inessenciais. 
Decorrente do jus gestionis – poder de gestão 
Ex: Exploração direta de estacionamento pela prefeitura, venda de terrenos, locação de 
imóveis. 
Tarifas: art. 175, CRFB 
Ex: (cobrados por concessionárias) contas de telefone, gás, água, transporte público de 
passageiros por concessionárias. 
OBS.: 1º teoria que justificou o poder de tributar do Estado, era chamada de uma teoria 
conceitual, ela estabelecia que o fundamento do poder de tributar residia na soberania do 
Estado, ou seja, o Estado brasileiro é soberano, logo, em quanto Estado soberano deve agir 
para uma coletividade e pautando as pessoas individualmente consideradas para um pacto de 
contribuir para o Estado. (Lembrando que isso não mais adequa ao nosso Estado democrático 
de direito). 
OBS.: Outra teoria conhecida como NORMATIVA, diz que o fundamento do poder de 
tributar não é a soberania mas sim a lei, que prevê situações (fatos) que uma vez ocorrido na 
pratica faz nascer a obrigação tributária e portanto nós estamos obrigados por que a lei nos 
disse que nós devemos pagar tributos quando nós realizamos determinada situações materiais. 
(Lembrando que para a teoria normativa o fundamento do poder de tributar tem uma relação 
jurídica, ou seja, relação intersubjetiva tutelada pelo direito). 
OBS.: outra teoria SISTEMICA (mais moderna): essa teoria fala em que pese o direito 
tributário de seu ramo (o ordenamento jurídico autônomo) não pode ser interpretado 
isoladamente, ele depende dos demais ramos notadamente a CF o direito constitucional, 
portanto, o fundamento do poder de tributar se encontra na medida que enxerga o tributo 
como instrumento para que o Estado possa realizar as suas atividades fim, ou seja, consecução 
das tarefas ou finalidades constitucionais. 
- Receita Derivada: Originam-se do patrimônio particular. O regime jurídico é de Direito 
Público. Como característica o Estado usa o seu poder de império e obriga o particular a 
contribuir. Exemplos: tributos, multas e reparações de guerra. 
Predominantemente de Direito Público 
Soberania do Estado (prerrogativas de D. Público) – relação verticalizada. 
Meio de financiamento do Estado 
Receitas derivadas são compulsórias (jus imperi) 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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São denominadas derivadas, pois se originam do patrimônio do particular e o Estado as faz 
derivar aos cofres públicos. 
Obs.: O dever de pagar tributos é um dever fundamental que possibilita ao Estado realizar 
suas atividades. 
TRIBUTOS: 
a) Definição de tributos (...)”. 
 A definição de tributos na lei complementar não se dá por mera questão didática, mas por 
exigência constitucional. 
1 – CONCEITO DE TRIBUTOS: A definição de tributo tem sede legal. É o artigo 3º do 
CTN que traz a definição oficial de tributo, lavrada nos seguintes termos: 
CTN – Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela 
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada. 
Definição complementar: art. 9º, Lei 4320/64: Art. 9º: tributo é receita derivada instituída 
pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições, 
nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu 
produto ao custeio de atividades gerais ou específicas exercidas por essas entidades. 
Tributo é toda prestação... 
Prestação: objeto de uma relação jurídica obrigacional entre credor e devedor (dever-fazer; 
dever-não fazer, dever-dar); objeto do cumprimento de uma obrigação. 
O tributo é pago porque existe uma relação jurídica, relação obrigacional entre o Estado e o 
sujeito passivo, decorrente de imposição legal, que justifica a exigência. 
O pagamento do tributo, portanto, implica em cumprimento do dever de prestar e 
consequentemente, no encerramento do vínculo obrigacional.Não há sujeição continua e ilimitada; há obrigação sujeita a término. 
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. 
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito 
dela decorrente. 
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da 
competência para exigir o seu cumprimento. 
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo 
ou penalidade pecuniária. 
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o 
respectivo fato gerador; 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de 
disposição expressa de lei. 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
I - o pagamento; 
Tributo é prestação pecuniária: 
O conteúdo da prestação objeto da obrigação tributária – o tributo – somente pode ser 
expresso em dinheiro (pecúnia) 
A representação do quantum devido pelo contribuinte ao fisco deve ser sempre feito por 
meio de moeda corrente. 
-Obrigação de dar algo expresso em moda- 
Portanto, não podem ser considerados tributos: 
Prestações in labore (trabalho, serviços): Ex. serviço militar obrigatório, serviço eleitoral, 
serviço dos jurados no Tribunal do Júri  obrigação de fazer. 
Exigências in natura (bens): Ex. oferecimento de bens materiais (cestas básicas) 
Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: 
Indicação de valor (moeda corrente – Real) 
Possibilidade de utilização de indexadores – “UFIR” Unidade Fiscal de Referência – 
conversibilidade imediata entre o indexador e a moeda corrente na data de pagamento da 
obrigação tributária. 
OBS. A maneira através do qual o tributo é representado difere-se da maneira como 
será pago. 
A representação do tributo sempre será em pecúnia (moeda corrente) ou por indexadores de 
conversibilidade imediata. 
O pagamento poderá se dar por meio de dação em pagamento de bens imóveis (art. 156, XI, 
CTN) 
Art. 156, II c/c 170, CTN – pagamento com títulos da dívida ativa 
Art. 156, XI, CTN (redação LC. 104/2001) - dação em pagamento em bens imóveis, na 
forma e condições estabelecidas em lei. (reserva LC) 
Art. 162, CTN – pagamento em cheque, vale postal e, nos casos previstos em lei, em 
estampilha, selo, ou por processo mecânico. 
Tributo é prestação compulsória: 
O nascimento da obrigação de pagar tributos é compulsório, ou seja, o dever de pagar 
tributo nasce independentemente da vontade. 
Estrito cumprimento de uma determinação legal: ausência de voluntariedade. 
Obrigações ex lege: o dever de pagar tributos se cria por força de lei. 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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Compulsoriedade da prestação: A manifestação de vontade do contribuinte é irrelevante 
para o nascimento da obrigação tributária, pois ocorrido o fato jurídico tributário (fato 
gerador) surge o dever de prestar. 
Obs. A compulsoriedade diz respeito não a obrigação do pagamento do tributo, mas ao 
nascimento da obrigação de prestar tributo. (Ex. aluguel, preço, salários) 
Que não constitua sanção de ato ilícito: 
A obrigação tributária deve decorrer de fato lícito previsto em lei  licitude da situação 
genérica e abstrata disposta na norma (fato gerador). 
Não possui natureza sancionatória- 
Tributos x Multas 
Prestação Instituída em lei: Essa é a regra sem exceção: o tributo só pode ser criado por lei 
(complementar ou ordinária) ou ato normativo de igual força (Medida Provisória) 
Prestação cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: A 
autoridade tributária não pode analisar se é conveniente, se é oportuno cobrar tributo. A 
cobrança é feita de maneira vinculada, sem concessão de qualquer margem de 
discricionariedade ao administrador. Mesmo que o fiscal, o auditor ou o procurador se 
sensibiliza com uma situação concreta, devem cobrar o tributo. 
 
 FUNÇÃO SOCIOECONÔMICA DOS TRIBUTOS: 
Apropriar de parte da riqueza gerada pela sociedade. Essa apropriação só será legítima se for 
ao encontro da vontade geral manifestada pelo conjunto de cidadãos que compõem o Estado. 
Daí a importância do respeito aos princípios constitucionais, que, espelhando a vontade 
soberana dos cidadãos, determinam as bases sobre as quais deverá ser edificado o Sistema 
Tributário. 
No Estado Democrático de Direito, o Sistema Tributário cumpre três funções essenciais: 
-prover o Estado dos recursos necessários à realização de seus fins; 
-ser instrumento de distribuição de renda e indutos do desenvolvimento do País; 
-contribuir para minimizaras diferenças regionais. 
OBSERVAÇÃO: O tributo é a principal fonte de recursos para financiamento dos serviços 
públicos no Brasil. 
JUSTA ALOCAÇÃO DOS RECURSOS ARRECADADOS PELO ESTADO 
Tributação justa, com respeito aos princípios tributários constitucionais; 
 Redistribuição da renda arrecadada e atuação positiva do Estado para satisfação dos direitos 
sociais; 
 Democratização dos orçamentos, com incentivo à participação popular na gestão pública. 
 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FISCAL–PNEF 
QUEM PROMOVE? 
Ministérios da Educação, Receita Federal do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional, Escola 
Superior de Administração Fazendária - ESAF e Secretarias de Fazenda e de Educação 
estaduais. 
OBJETIVOS: 
Sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo; (Função social dos tributos); 
Levar conhecimentos aos cidadãos sobre administração pública; (Educação Fiscal no contexto 
social); 
Incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; (Gestão 
democrática dos recursos públicos); 
Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. (Relação Estado-
sociedade); 
Ente autônomo tem de ter uma tríplice capacidade, sendo: 
Auto-organização; 
Auto legislação e auto administração; 
Autogoverno. 
Obs.: segundo a professora a matéria inicia a partir das espécies tributarias. 
Obs.: Para fiscalidade: é quando a delegação da capacidade de tributar é relativa, relativa é a 
arrecadação, fiscalização e cobrança de tributo. Na Para fiscalidade para que ela ocorra tem 
que haver dois requisitos: 1ª descentralização administrativa, ou seja, aquele serviço ou 
atividade que não é tipicamente estatal, ela pode ser indelegada ou com a entidade pública ou 
privada. 2ª desorçamentalização: isso quer dizer que essa receita arrecadada, ela não vai para 
o orçamento do ente que possui competência tributária, ela vai para entidade que presta o 
serviço, só que essa desorçamentalização ela normalmente pode ser facultativa, ou seja, o ente 
arrecada e transfere para entidade, então, a desorçamentalização pode ser facultativa ou 
necessária (desorçamentalização que não cabe ao ente arrecadar e depois transmitir. ex.: as 
contribuições para a seguridade social e sindicais). 
 
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS NO SISTEMA CONSTITUCIONALBRASILEIRO 
 
1) TEORIASQUE DEFINEM O DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
a) 1ª corrente: Teoria dicotômica (clássica, dualista ou bipartida) – Geraldo Ataliba. 
Conforme essa teoria os tributos são divididos em vinculados e não vinculados, ou seja, 
vinculação por vinculação esse era o critério que era usado; 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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então, ele dividia os tributos em tributos vinculados e não vinculados. 
-Vinculados: quando a cobrança do tributo se vincula a uma atividade estatal especificamente 
voltada ao contribuinte; há uma contraprestação do Estado; são vinculados a uma atuação 
estatal (taxas e contribuições de melhoria, com natureza de taxa); 
-Não vinculados: quando a cobrança do tributo não se vincula a uma atividade estatal 
especificamente voltada ao contribuinte; não são vinculados a uma atuação estatal (impostos); 
Nesta teoria temos o Binômio Imposto-taxa essa teoria é utilizada para fins didáticos, 
embora não seja adotada; 
Questão –CESPE-UNB –Procurador Federal/2006 
“No Sistema Tributário Nacional, para efeitos didáticos os tributos são divididos em duas 
classes: tributos que têm natureza de impostos, ou seja, não vinculados a uma contraprestação 
estatal e tributos que têm natureza de taxa, composta pelos tributos vinculados a uma 
contraprestação estatal”. -A resposta está correta em razão de que o enunciado afirma que esta 
divisão é para fins didáticos. 
B) 2ª corrente: Teoria tripartite ou tricotômica adotada pelo CTN 
Essa teoria é tripartida em relação aos tributos instituídos pelo CTN, pois o artigo 5º apresenta 
03 (três) tipos de tributos, sendo: impostos, taxas e contribuições de melhoria; 
Para a teoria tripartite os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais são 
enquadrados como taxas ou impostos; 
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
 Inserção da teoria tripartida no texto da CF/88 (art. 145) 
Art. 145, CF/88 -A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: 
I -impostos; 
II -taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, 
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua 
disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
Natureza jurídica do tributo 
Art. 4º, CTN: A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da 
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: 
I- A denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. ***** 
-Discussão doutrinária: Insuficiência do critério do fato gerador (art. 4º, CTN), para 
identificar a natureza jurídica das contribuições especiais (art. 149, CF) e empréstimos 
compulsórios (art. 148, CF). 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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Nessas espécies tributárias (contribuições especiais e empréstimos compulsórios) a 
destinação do produto da arrecadação é relevante para identificar a natureza jurídica: (não 
aplicação do art. 167, IV, CRFB). Temos a afetação das receitas a determinados fins; 
CF Art. 167. São vedados: (...) 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição 
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de 
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações 
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º 
deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
Empréstimos compulsórios: 
Art. 148-A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra 
externa ou sua iminência; 
II -no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, 
observado o disposto no art. 150, III, b. 
Parágrafo único -A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será 
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
Contribuições Sociais: 
Art. 149-Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no 
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como 
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas [...]. 
§ 1º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus 
servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40 
[...]. 
Art. 149-A-Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das 
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública [...]. 
-Verifica-se que a natureza jurídica dos impostos, taxas e contribuição de melhoria será 
determinada pelo fato gerador (art. 4º CTN); 
-Verifica-se ainda que a natureza jurídica do empréstimo compulsório e das contribuições 
sociais será determinada pela destinação legal do produto arrecado. 
O empréstimo compulsório não tem fato gerador; tem situação deflagrante ou deflagrado. 
Constituição do tributo e o STF: 
“Os tributos, nas suas diversas espécies, compõem o Sistema Constitucional Tributário 
brasileiro, que a Constituição inscreve nos seus arts. 145 a 162. Tributo, sabemos todos, 
encontra definição no art. 3º do CTN, definição que se resume, em termos jurídicos, no 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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constituir ele uma obrigação que a lei impõe às pessoas, de entrega de uma certa importância 
em dinheiro ao Estado. As obrigações são voluntárias ou legais. As primeiras decorrem da 
vontade das partes, assim, do contrato; as legais resultam da lei, por isso são denominadas 
obrigações ex lege e podem ser encontradas tanto no direito público quanto no direito privado. 
A obrigação tributária, obrigação ex lege, a mais importante do direito público, „nasce de um 
fato qualquer da vida concreta, que antes havia sido qualificado pela lei como apto a 
determinar o seu nascimento.‟ (Geraldo Ataliba, „Hermenêutica e Sistema Constitucional 
Tributário‟, in „Diritto e pratica tributaria‟, volume L, Padova, Cedam, 1979). 
“As diversas espécies tributárias, determinadas pela hipótese de incidência ou pelo fato 
gerador da respectiva obrigação (CTN, art. 4º), são: a) os impostos (CF, art. 145, I, arts. 
153, 154, 155 e 156), b) as taxas (CF, art. 145, II), c) as contribuições, que são c.l) de 
melhoria (CF, art. 145, III), c.2) sociais (CF, art. 149), que, por sua vez, podem ser c.2.1) 
de seguridade social (CF, art. 195, CF, 195, § 4º) e c.2.2) salário educação (CF, art. 212, § 
5º) e c.3) especiais: c.3.1.) de intervenção no domínio econômico (CF, art. 149) e c.3.2) de 
interesse de categorias profissionais ou econômicas (CF, art. 149). Constituem, ainda, 
espécie tributária, d) os empréstimos compulsórios (CF, art. 148).” (ADI 447, Rel. Min. 
OctavioGallotti, voto do Min. Carlos Velloso, julgamento em 5-6-1991, Plenário, DJde 5-3-
1993.) 
c) 3ª corrente: Teoria Pentapartida (teoria que é adotada): Essa teoria explica a 
classificação das espécies tributárias com base no CTN e CR/88, considerando os tributos 
instituídos pelo CTN e as outras duas espécies da CR/88 (Empréstimo compulsório e 
Contribuições Especiais). 
A doutrina e a Jurisprudência do STF firmaram o entendimento admitindo a existência de 05 
autônomas exações, dando origem ao surgimento da teoria pentapartida ou pentapartite. 
Essa é a teoria consagrada pela constituição Federal e pelo STF. 
Posição do STF 
“De feito, a par das três modalidades de tributos (os impostos, as taxas e as contribuições de 
melhoria), a que se refere o art. 145 para declarar que são competentes para instituí-los a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, os arts. 148 e 149 aludem a duas outras 
modalidades tributárias, para cuja instituição só a União é competente: o empréstimo 
compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de intervenção no domínio econômico e 
de interesse das categorias profissionais ou econômicas” (STF, RE 146.733-9/SP, voto do 
Rel. Min. Moreira Alves, DJ 29/06/92). 
 
 
 
 
 
 
 
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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS – Corrente Pentapartida. 
 
 
 - IR 
 -ITR 
 -IPI 
 -Federais -II 
 -IE 
 -IOF 
 -IGF 
 
 -ICMS 
 - IPVA 
 -Estaduais - ITCMD 
 
 -Impostos 
 
TRIBUTOS - IPTU 
 -Municipais - ISS 
 - ITBI 
 
 
 
 -Taxas 
 -Contribuições de melhoria 
 -Empréstimos compulsórios 
 -Sociais 
 - Sociais 
 Contribuições especiais - Intervenção no domínio econômico 
 - Categorias Profissionais ou de Classe 
 
 
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3.1 – São espécies tributárias pela corrente pentapartida: 
a) Impostos; 
b) Taxas; 
c) Contribuições de melhoria; 
d) Empréstimos compulsórios; 
e) Contribuições Especiais; 
a) Os impostos podem ser: Federais, Estaduais ou Municipais; 
a.1) Os impostos Federais são: 
 IR – Imposto de Renda; 
ITR – Imposto Territorial Rural; 
II – Imposto de Importação; 
IE – Imposto de Exportação; 
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados; 
IOF – Imposto sobre Operação Financeira; 
IGF – Imposto sobre Grandes Fortunas 
Observação: Temos ainda a previsão do IEG – Imposto Extraordinário de Guerra; 
a.2) Os impostos Estaduais são: 
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços; 
IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores; 
ITCMD – Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações; 
a.3) Os impostos Municipais são: 
IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano; 
ISS – Imposto sobre Serviços Sociais de qualquer natureza; 
ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis; 
b) São tipos de Contribuições Especiais: 
Contribuições Sociais; 
Contribuições de Intervenção no domínio econômico (CIDE); 
Contribuições de interesse Categorias Profissionais ou econômicas (COSIP); 
Contribuição para custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP); 
 
 IMPOSTOS: 
Os impostos são, por definição, tributos não vinculados que incidem sobre manifestações de 
riqueza do sujeito passivo (devedor). Justamente por isso, o imposto se sustenta sobre a idéia 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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da solidariedade social. As pessoas que manifestam riqueza ficam obrigadas a contribuir com 
o Estado, fornecendo-lhe os recursos de que este precisa para buscar a consecução do bem 
comum. 
Os impostos têm caráter contributivo e são tributos de arrecadação não vinculada; 
 TAXAS: 
São tributos retributivos ou contraprestacionais, uma vez que não podem ser cobradas sem 
que o Estado exerça o poder de polícia ou preste ao contribuinte, ou coloque à sua disposição, 
um serviço público, específico e divisível. 
São dois, portanto, os fatos do Estado que podem ensejar a cobrança de taxa: 
a) o exercício regular do poder de polícia, que legitima a cobrança da taxa de polícia; e 
b) a utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao 
contribuinte ou postos a sua disposição, que possibilita a cobrança de taxa de serviço. 
 CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: 
São tributos vinculados, uma vez que sua cobrança depende de uma específica atuação estatal, 
qual seja a realização de uma obra pública que tenha como conseqüência um incremento do 
valor de imóvel; 
Espécie tributária cobrada para aplicação em obra pública que irá melhorar/valorizar imóvel; 
A contribuição é decorrente de obra pública e não para a realização de obra pública, no 
entanto não é legítima a sua cobrança com o intuito de obter recursos a serem utilizados em 
obras futuras; 
Excepcionalmente, porém, o tributo poderá ser cobrado em face de realização de parte da 
obra, desde que a parcela realizada tenha inequivocamente resultado em valorização dos 
imóveis localizados na área de influência. 
 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS: 
São empréstimos forçados, coativos, porém restituíveis. A obrigação de pagá-los não nasce de 
um contrato, de uma manifestação livre das partes, mas sim de determinação legal. Verificada 
a ocorrência do fato gerador surge a obrigação de “emprestar” dinheiro ao Estado. 
Somente a União pode instituir este tributo, através de lei complementar. 
OBS.: na CF o empréstimo compulsório não tem fato gerador, isso por que só traz situações 
que deflagram o exercício da competência tributaria, ou seja, que autoria a União instituir. 
Lembrando que a lei que traz o fato gerador do empréstimo compulsório. 
Característica do empréstimo compulsório:Despesa extraordinária tem que ser em razão de calamidade pública ou guerra externa 
iminente ou declarada. 
Restituição: ou seja, a lei vai trazer as forma que esse empréstimo vai ser retornável para o 
contribuinte. No caso de restituição a lei que institui o empréstimo compulsório lei 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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complementar, tem que trazer as formas pelas quais o valor do empréstimo de ser retornado 
para os contribuintes, ou seja, para quem esta emprestando. 
Obs.: o importante do empréstimo compulsória é para que se paga. Para que eu pago 
empréstimo compulsório? R: para que União possa atender despesas extraordinária decorrente 
de calamidade pública, guerra ou para que a União tem receita para atender investimento 
público de caráter urgente e relevante interesse nacional e ainda ser restituído. 
O importante para empréstimo compulsório não é o fato gerador e sim destinação e 
restituição. 
 CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: 
Ele serve para o custeio da seguridade (saúde, presidência social e assistência). A 
competência para a criação das contribuições do art. 149 é destinada exclusivamente á União, 
sendo três espécies de contribuições, quais sejam: 
a) as contribuições sociais; (INSS; FGTS; etc); 
b) as contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE); 
c) as contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas (corporativas) – 
(CRM, CREA, CREFITO, SINDICATOS, etc.); 
LEMBRAR: Somente a União pode instituir Empréstimos compulsórios e Contribuições 
Especiais. 
Obs.: o importante da contribuição é a finalidade. 
OBSERVAÇÃO: Há o imposto extraordinário de guerra 
Art. 149 da CF: Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de 
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, 
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, 
III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a 
que alude o dispositivo. 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus 
servidores, para (como) o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário (próprio) 
de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares 
de cargos efetivos da União. 
No caso do Município e Estado não só podem instituir contribuição somente para o regime de 
previdência. Já a União pode para a saúde etc. 
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput 
deste artigo: 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; 
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; 
III - poderão ter alíquotas: 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
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a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso 
de importação, o valor aduaneiro; 
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa 
jurídica, na forma da lei. 
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. 
O importante para contribuições especiais não é o fato gerador e sim destinação (natureza 
jurídica). 
Obs.: a iluminação pública é contribuição especial, pois não pode ser taxa por que é um serviço 
geral e não individual. O município pode constituir. 
Obs.: na contribuições especiais a referibilidade (significa que é vinculado,ou seja, é um imposto 
que possui destinação), é direta e imediata, ex.: taxa de incêndio, vigilância sanitária etc, você 
consegue ver diretamente o estado agindo para o próprio contribuinte. Na contribuição de 
melhoria a referibilidade é indireta ou transversal, porque? O Estado tem que agir, ou seja, fazer 
a obra pública, essa obra é feita para coletividade, mas via indireta isso acaba valorizado o 
imóvel da população. 
 IMPOSTOS: 
A definição de impostos encontra no art. 16, CTN (Memorizar este artigo). 
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de 
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
-Os impostos são por definição tributos não vinculados que incidem sobre manifestações de 
riqueza do sujeito passivo (devedor). Justamente por isso, o imposto se sustenta sobre a idéia 
da solidariedade social; 
-Caráter contributivo-distributivo dos impostos: Contribuir ao Estado para que este possa 
alcançar a consecução de suas atividades-fim (por meio da distribuição); Em resumo, as taxas 
e contribuições de melhoria têm caráter retributivos (contraprestacional) e os impostos, 
caráter contributivo. 
 O princípio da não vinculação de impostos ela se dá em 2 viés: 
-1º acepção- Tributo não vinculado a uma atuação estatal específica - Justificação: 
princípio da capacidade contributiva. Ou seja, quando nós pagamos os impostos não uma ação 
do Estado em favor do contribuinte, nós pagamos porque realizamos a hipótese de incidência, 
essa hipótese é uma situação definida na lei que depende de uma atuação do Estado, logo, 
imposto é não vinculado, ou seja, ele não pode referibilidade (você paga independente de 
haver uma atuação do Estado em seu favor, pois ele age para toda coletividade e não em favor 
de uma só pessoa). 
-Outras denominações: tributo unilateral; tributo sem causa; gravame não contraprestacional. 
2º- acepção- Tributo não vinculado, diz respeito às receitas, as receitas de impostos elas não 
poderão ser receitas afetadas ou vinculadas, -é um Tributo de arrecadação não vinculada - 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
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justificação: a CRFB/88 veda a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. 
(art. 167, IV, CRFB) 
As receitas de impostos devem ser para que haja o conjunto de receitas, uma massa distinta e 
única de receitas que seja possível para cobrir o conjunto de despeças que o ente tenha. 
-“Sua receita presta-se ao financiamento de atividades gerais do Estado, remunerando 
serviços universais (uti universi), que por não gozarem de referibilidade (especificidade e 
divisibilidade) não podem ser custeados por meio de taxas.” (ALEXANDRE, 2009, p. 48) 
-“O imposto sinaliza um tipo de tributo que tem como elemento fundamental um ato, negócio 
ou situação jurídica respaldada em substrato econômico, pertinente a uma pessoa privada, sem 
qualquer participação direta e imediata do Poder Público.” (José Eduardo Soares de Melo); 
-Para exigir o imposto de certo individuo não é preciso que o Estado lhe preste algo determinado 
- custeio de despesas públicas gerais ou universais; 
REsp 478.958: “Consectariamente, o Estado não pode ser coagido à realização de serviços 
públicos, como contraprestação ao pagamento de imposto”. 
 PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO E OS IMPOSTOS 
O postulado da não afetação (ou não vinculação) dos impostos, previsto no art. 167, IV, CF, 
dispõe que é proibida a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. 
Motivação: assegurar que o conjunto das receitas componha umamassa distinta e única hábil 
a cobrir o conjunto das despesas. Evitar que a receita de impostos fique comprometida 
inviabilizando a apresentação de proposta orçamentária apta a realização do programa de 
governo votado. (Leandro Paulsen) 
Art. 167 São Vedados: 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do 
produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de 
recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino, como determinado, respectivamente 
pelos arts. 198, §2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º. 
Exceções de a órgão, fundo ou despesa: o princípio da não afetação ou da não vinculação das 
receitas. 1º A constituição diz que é uma exceção a não vinculação a repartição das receitas 
tributarias. Ex.: IPVA é imposto da esfera estadual, os Estados tem que destinar as parcelas do 
IPVA para o município 50%. Então, a repartição das receitas é uma exceção a regra da não 
afetação, logo, então, os outros 50% vai fica para o Estado isso faz com gere à exceção a regra. 
Outra exceção: sabe-se que o mínimo destina para a saúde (15%) e educação (25%), logo, essas 
duas despesa são exceções a não afetação. 
Exceções constitucionalmente expressas ao princípio da não afetação dos impostos. 
- Repartição das receitas tributárias –art. 158 e 159, CF/88; 
- Destinação de recursos para: 
 
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-Saúde –Art. 98, CF; 
-Desenvolvimento do ensino –Art. 212, CF; 
-Atividade de administração tributária –Art. 37, XXII; 
- Prestação de garantias para–art. 165, § 8º,CF; 
 
-Operações de crédito por antecipação de receita 
-União (garantia e contragarantia) 
Pagamento de débitos para com esta. 
 Atenção: Memorizar art. 167 CF/88 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos 
orçamentários ou adicionais; 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, 
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade 
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição 
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de 
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações 
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º 
deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem 
indicação dos recursos correspondentes; 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e 
da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e 
fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por 
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, 
 
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para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, 
a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 
1998) 
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser 
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena 
de crime de responsabilidade. 
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que 
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses 
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao 
orçamento do exercício financeiro subseqüente. 
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade 
pública, observado o disposto no art. 62. 
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os 
arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a 
prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. 
 
- REPASSE DA UNIÃO PARA OS ESTADOS: 
1) 100% do IRRF (imposto de renda retido na fonte) sobre os rendimentos pagos pelos 
Estados/DF -art. 157, Ida CF/88; 
2) 20% dos impostos residuais (se criados) -art. 157, II da CF/88; 
3) 10% do IPI proporcionalmente às exportações de produtos industrializados do Estado –art. 
159, II da CF/88; Art. 159. A União entregará: II - do produto da arrecadação do imposto 
sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, 
proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. 
4) 29% do CIDE Combustível –art. 159, III da CF/88; 
Art. 159. A União entregará: III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção 
no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os 
Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se 
refere o inciso II, c, do referido parágrafo. 
5) 30% (para o Estado) e 70% (municípios) do IOF sobre o ouro utilizado como ativo 
financeiro ou instrumento cambial conforme a origem da operação;art. 153, § 5º, Ida CF/88; 
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer 
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
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autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; (não fala de empresas 
públicas e sociedades de mista) 
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício 
da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. 
OBS.: A partir da interpretação literal do art. 157, I da CF, não será repassado ao Estado e aoDistrito Federal o produto da arrecadação do imposto de renda incidente sobre os rendimentos 
pagos por empresas públicas e sociedades de mista. Mas, as autarquias e fundações públicas 
sim. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
(...) 
§ 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-
se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, 
devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a 
transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: 
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; 
Obs.: Na repartição da receitas tributarias o DF recebe como Estado e não cumulativamente. 
 
 REPASSE DA UNIÃO PARA OS ESTADOS: 
1) 100% do IRRF (imposto de renda retido na fonte) sobre os rendimentos pagos pelos 
Estados/DF -art. 157, I da CF/88; 
2) 20% dos impostos residuais (se criados) -art. 157, II da CF/88; 
3) 10% do IPI proporcionalmente às exportações de produtos industrializados do Estado –art. 
159, IIda CF/88; 
4) 29% do CIDE Combustível –art. 159, IIIda CF/88; 
5) 30% do IOF sobre o ouro utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial conforme a 
origem da operação;art. 153, § 5º, Ida CF/88; 
 
 REPASSE DA UNIÃO PARA OS MUNICÍPIOS 
1) 100% da arrecadação do IRRF sobre os rendimentos pagos pelo município –art. 158, I- 
Art. 158. Pertencem aos Municípios: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer 
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas 
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 
Obs.: em uma demanda sobre o IRRF, o contribuinte deve entra com ação contra quem 
arrecada, ou seja, o município e não a União. 
 
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2) 50% do ITR relativos aos imóveis do município (ressalvada a hipótese do art. 153, §4º, III da 
CF em que os municípios poderão, por convênio com a UNIÃO, arrecadar 100% do ITR); –art. 
158, II 
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade 
territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da 
opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; 
Obs.: pode ser 100%, mas quando? Quando o município optar por fiscalizar e cobrar o ITR. Art. 
153. Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: 
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde 
que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. 
3) 25% do CIDE Combustível -art. 159, § 4º 
Art. 159. A União entregará: 
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco 
por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado 
inciso. 
4) 70% do IOF sobre o ouro utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial conforme a 
origem da operação art. 153, § 5º, II. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
(...) 
§ 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-
se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, 
devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a 
transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: 
II - setenta por cento para o Município de origem. 
 
 REPASSE DOS ESTADOS PARA O MUNICÍPIO 
1) 50% do IPVA dos veículos licenciados em seu território –art. 158, III 
2) 25% do ICMS –art. 158, IV 
3) 2,5% do IPI transferido pela União aos Estados proporcional às exportações ocorridas no 
território estadual (equivale à 25% dos 10% que os Estados receberam a título de IPI); -art. 159, 
§ 3º c/c art. 158,§ único, inciso I. 
 
FUNDOS DE PARTICIPAÇÃO (ou repasses indiretos) 49% 
 FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS/DF (FPE): 21,5% do IPI E IR, já 
excluindo o IRRF que pertence integralmente aos Estados; 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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 FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS (FPM): 22,5% +1% (dezembro) + 
1% (julho) da arrecadação do IPI e do IR já excluindo a parcela do IRRF que pertence 
integralmente aos municípios; 
 FUNDOS CONSTITUCIONAIS DE FINANCIAMENTO DO NORTE (FNO), 
NORDESTE (FNE) E CENTRO-OESTE (FCO): 3% do total da arrecadação do IPI e 
do IR destinados ao desenvolvimento econômico e social através de programas de 
financiamento aos setores produtivos das regiões; 
 
 
Aula- 13/03 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS 
Impostos diretos e indiretos 
Impostos pessoais e reais 
Impostos fiscais e extrafiscais 
Impostos divididos segundo classificação proposta pelo CTN 
Impostos progressivos, proporcionais e seletivos 
 
 
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21 
 
IMPOSTOS DIRETOS E INDIRETOS 
Imposto direto: é aquele em que a cobrança tributaria a exação o alcance do tributo ele 
vai diretamente para o próprio contribuinte arca com o ônus financeiro do tributo. Ou seja, o 
contribuinte fixado por lei não repassa o ônus tributário para terceiros. 
A carga econômica é suportada pelo contribuinte, ou seja, quem deu ensejo ao fato 
imponível. 
São exemplos de imposto direto: IRRF, IRPJ, ITR, IPTU, IPVA, etc. 
Justificação: possibilidade de graduar diretamente a soma devida por um contribuinte, de 
conformidade com sua capacidade contributiva. 
Imposto indireto: é aquele em que o contribuinte eleito pela lei (contribuinte de direito) 
difere do (contribuinte de fato) são a mesma pessoa, ou seja, pois a repassa o ônus financeiro 
do tributo para terceiros - Denomina-se: repercussão do ônus financeiro. 
Imposto indireto: é aquele cujo ônus tributário repercute em terceira pessoa, não sendo 
assumido pelo realizador do fato gerador. Vale dizer que, no âmbito do imposto indireto, 
transfere--se o ônus para o contribuinte de fato, não se onerando o contribuinte de direito. 
(doutrina) 
Doutrina: tributos que incidem sobre consumo, vendas e produção. 
Exemplos: ICMS e IPI: ocorre a transferência do ônus tributário para o adquirente do bem 
(contribuinte de fato). Portanto, quem realmente paga o imposto é o consumidor final. 
Não há parâmetro direto para apurar a capacidade econômica do contribuinte. 
 
IMPOSTOS PESSOAIS OU REAIS- classificação quanto a incidência: 
Impostos pessoais: é aquele que quando apurado leva em consideração as características 
pessoais do contribuinte, de acordo com o postulado da pessoalidade (art. 145, §1º, CF) 
Caráter eminentemente subjetivo – qualidades pessoais e juridicamente qualificadas do sujeito 
passivo. 
Exemplo: IR. No caso do IR quem tem filhos paga menos. 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: 
I - impostos; 
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmentepara conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e 
nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do 
contribuinte. 
 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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Impostos reais: incidem sobre a res (coisa), o bem ou a operação realizada, 
desconsiderando as características pessoais do contribuinte. 
Exemplos: todos os demais, exceto o IR - ITR, IPTU, ITBI, ITCMD, IOF, IPI, ICMS IPVA; 
Em resumo, “os impostos pessoais levam em conta as qualidades individuais do contribuinte, 
sua capacidade contributiva para a dosagem do aspecto quantitativo do tributo, enquanto os 
impostos reais são aqueles decretados sob a consideração única da matéria tributável, com 
total abstração das condições individuais de cada contribuinte”. 
Obs.: a aplicação da pessoalidade deve respeitar os direitos individuais do contribuinte. 
Obs.: segundo a súmula 668 do STF, somente será constitucional o IPTU progressivo fiscal se 
a lei instituidora for posterior a emenda constitucional 29/2000. Antes da referida emenda 
somente será constitucional o IPTU progressivo no tempo ou progressivo extrafiscal. 
IMPOSTOS FISCAIS E EXTRAFISCAIS 
Impostos fiscais: tem como objetivo exclusivo a arrecadação de recursos financeiros para 
o Estado. 
Intuito estritamente arrecadatório. 
Os impostos fiscais são aqueles que, possuindo intuito estritamente arrecadatório, devem 
prover de recursos o Estado (Exemplos: IR, ITBI, ITCMD, ISS etc.). 
Exemplos: IR, IPVA, IPTU, ITBI, ITCMD, ISS, etc. 
Impostos extrafiscais: tem como função principal a interferência no domínio econômico. 
São aqueles com finalidade reguladora de mercado ou da economia do país. 
Exemplos: II, IE, IPI, IOF, CIDE. 
Impostos extrafiscais: são aqueles com finalidade reguladora (ou regulatória) de mercado ou 
da economia de um país (Exemplos: II, IE, IPI, IOF etc.). 
 
Progressividade traduz-se em técnica de incidência de alíquotas variadas, cujo aumento se dá 
na medida em que se majora a base de cálculo do gravame. O critério da progressividade diz 
com o aspecto quantitativo, desdobrando--se em duas modalidades: a progressividade fiscal e 
a progressividade extrafiscal. A primeira alia--se ao brocardo “quanto mais se ganha, mais se 
paga”, caracterizando­se pela finalidade meramente arrecadatória, que permite onerar mais 
gravosamente a riqueza tributável maior e contemplar o grau de “riqueza presumível do 
contribuinte”. A segunda, por sua vez, filia­se à modulação de condutas, no bojo do interesse 
regulatório. 
A técnica da PROPORCIONALIDADE – obtida pela aplicação de uma alíquota única 
sobre uma base tributável variável – é um instrumento de justiça fiscal “neutro”, por meio do 
qual se busca realizar o princípio da capacidade contributiva. Vale dizer que a técnica induz 
que o desembolso de cada qual deve ser proporcional à grandeza da expressão econômica do 
fato tributado. Partindo-se da adoção de uma mesma relação matemática entre o tributo e a 
matéria tributável, a proporcionalidade faz com que a alíquota mantenha-se incólume, 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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uniforme e invariável. Desse modo, tal sistemática faz com que ela seja uma constante, e a 
base de cálculo, uma variável. 
 
Critério da progressividade se refere ao aspecto quantitativo - progressividade fiscal e 
extrafiscal. 
Fiscal: “quanto mais se ganha, mais se paga” –finalidade meramente arrecadatória; 
contemplar o grau de riqueza presumível e onerar mais gravosamente. 
Ex. TABELA DO IRRF 2014. 
 
 
Extrafiscal: o aumento das alíquotas se dá não pelo crescimento da base de cálculo, mas 
para desestimular determinados procedimentos realizados pelo contribuinte -modulação de 
condutas –interesse regulatório. Exemplos: IPTU, ITR 
-ITR progressivo extrafiscal: alíquotas fixadas de forma desestimular a manutenção de 
propriedades improdutivas (art. 153, §4º, I, a, CRFB/88). 
-IPTU progressivo extrafiscal: fixação das alíquotas em razão do nãoaproveitamento do solo 
urbano ou do descumprimento da função social da propriedade urbana (art. 182, § 4º, I, II e 
III, CF/88 –Estatuto das Cidades e Plano Diretor de cada Município). 
 
SELETIVIDADE: é forma de concretização do postulado da capacidade contributiva em 
certos tributos indiretos. Nestes, o postulado da capacidade contributiva será aferível mediante 
a aplicação da técnica da seletividade, uma evidente forma de extrafiscalidade na tributação. 
Mais do que isso, apresenta-se a seletividade como uma inafastável expressão de 
praticabilidade na tributação, inibitória da regressividade, na medida em que se traduz em 
meio tendente a tornar simples a execução do comando constitucional, apresentável por meio 
da fluida expressão “sempre que possível”, constante do art. 145, § 1º, CF. A seletividade 
mostra-se, assim, como o “praticável” elemento substitutivo da recomendada pessoalidade, 
prevista no citado dispositivo, no âmbito do ICMS e do IPI, como a solução constitucional de 
adaptação de tais gravames à realidade fático-social. (SABBAG, 2014). 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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Tributação diferenciada em razão do objeto da exação - seleção de bens a fim de aplicar-
lhes uma oneração diferenciada. –art. 48, CTN. 
A CRFB/88 estabelece a observância do princípio da seletividade nos seguintes impostos: 
-IPI (art. 153, §3º, I) 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV: 
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; 
-ICMS (art. 155, §2º, III) 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; 
-IPTU (artigo 156,§ 1º, II da CF/88) 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o 
imposto previsto no inciso I poderá: 
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. 
CRITÉRIO PARA A APLICAÇÃO DA SELETIVIDADE: Essencialidade dos 
produtos sujeitos à incidência dos referidos tributos. 
 
Ser seletivo implica ter alíquotas diferenciadas dependendo do produto (individualmente 
considerado) ou do tipo de produto (se alimentício, de higiene, têxtil etc.), sendo que o critério 
para tal seletividade é dado pelo próprio constituinte: o grau de essencialidade do produto. 
Leandro Paulsen 
Seletividade consiste: [...] em graduar as alíquotas de forma diferente segundo a 
essencialidade dos produtos, de modo que o imposto seja proporcionalmente mais elevado 
quanto mais supérfluo for o produto tributado, e os produtos indispensáveis tenham pouca ou 
nenhuma tributação. José Maurício Conti. 
 
SELETIVIDADE NO IPI –OBRIGATÓRIA 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
IV -produtos industrializados; 
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV: 
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; 
Ex. Tabela de Incidência do Imposto sobre ProdutosIndustrializados –TIPI –aprovação 
pelo Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006. 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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a) produtos necessários 
(a.1) à vida–como o pão, o sal, os calçados populares, o vestuário comum, certos 
medicamentos etc., que deverão ser isentos ou não tributados, ou tributados mediante 
alíquotas módicas; 
(a.2) a certo tipo de produção ou ao desenvolvimento do país – tais como máquinas, 
aparelhos, equipamentos e materiais destinados à produção, ferramentas, certos veículos etc., 
que poderão ser isentados ou não tributados, ou tributados mediante alíquotas baixas; 
(b) produtos úteis: como latas, caixas, vasilhame em geral, agulhas, furadores, percevejos, 
alfinetes etc.; tais produtos são úteis, mas que não são indispensáveis, por isso, deverão ser 
tributados com alíquotas médias, sem razão para isenções. 
(c) produtos supérfluos: 
(c.1), suntuários, tais como joias, casacos de pele, caviar etc., 
(c.2) de vícios: bebidas, fumo, cigarro, cartas de jogar etc., que devem ser fortemente 
tributados. 
Dentro de cada categoria há sempre a possibilidade de gradação, que a legislação considera 
(JOSÉ AFONSO DA SILVA). 
Exemplos: produtos não tributados (NT) como feijões, batatas, tomates, cebolas. Os pães que 
estão sujeitos à alíquota de 0%. O açúcar que está sujeito à alíquota de 5%. As preparações e 
conservas de peixes como a sardinha, que estão sujeitas à alíquota de 0%. 
 
SELETIVIDADE NO ICMS – FACULTATIVA 
Art. 155 -Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre 
II- operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as 
prestações se iniciem no exterior; 
§2º - O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
III- poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; 
SELETIVIDADE NO IPTU: 
Art. 156 - Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I -propriedade predial e 
territorial urbana; 
(...) 
§ 1º-Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o Art. 182, § 4º, inciso II, o 
imposto previsto no inciso I poderá: (EC 29-2000) 
(...) 
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. 
Variação da alíquota conforme o uso do imóvel: Ex. imóveis comerciais e residenciais. 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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Variação das alíquotas conforme a localização do imóvel. Ex. criação de tabelas distintas 
de alíquotas de IPTU para bairros de classe alta, média e baixa. 
Em relação ao IPTU, entendemos que a edição da EC 29/00, que modificou o art. 156, § 1º da 
CF/88 permitiu, em seu inciso II, que o IPTU tenha alíquotas diferentes de acordo com a 
localização e o uso do imóvel, o que significa que o referido imposto municipal passa a ser 
seletivo em função do bairro, ou região da cidade, ou da finalidade comercial, atendendo à 
pretensa variação da capacidade contributiva. (CARNEIRO, 2009, p. 361). 
Ex. lotes urbanos onde o proprietário edifica uma estrutura que serve apenas para lazer, com 
piscina, salão de festas, playground, etc., sem cunho residencial. 
Seletivo, [...] é o imposto cujas alíquotas são diversas em razão da diversidade do objeto 
tributado. Assim, o IPTU será seletivo se as suas alíquotas forem diferentes para imóveis 
diferentes, seja essa diferença em razão da utilização, ou da localização, ou de um outro 
critério qualquer, mas sempre diferença de um imóvel para outro imóvel. (MACHADO, 2008, 
p. 192). 
 
 TAXAS 
Previsão legal: art. 145, II, CF c/c art. 77, CTN 
Art. 145-A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou 
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou 
postos a sua disposição; 
Art. 77 - As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o 
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço 
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
CONCEITO: “Taxa é um tributo cobrado de alguém que se utiliza de serviço público 
especifico e divisível, de caráter administrativo ou jurisdicional ou o tenha a sua disposição, e 
ainda quando provoca em seu beneficio ou por seu ato despesa especial aos cofres público. 
As taxas são espécies de exações classificáveis pela sua hipótese de incidência, como tributo 
vinculado a atividades realizadas pelo Poder Público. Logo, deve ser exigida pelas 
entidades impositoras (U, E, DF e M), não se admitindo a incidência em virtude de 
atividade de empresa privada. 
O fato gerador da taxa corresponde, obrigatoriamente, a um serviço público ou a 
exercício do poder de polícia que ocorre em relação ao sujeito passivo. 
Não existe a possibilidade de cobrança de taxa se não ocorrer uma efetiva atividade 
estatal (serviço ou fiscalização), embora seja possível a sua cobrança mesmo que o 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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contribuinte não se valha do serviço público, estando ele à sua disposição (utilização potencial 
dos serviços públicos compulsórios). 
Obs.: REFERIBILIDADE DAS TAXAS: consiste na referência direta e imediata entre a 
atuação do Estado na prestação de serviço público e a destinação dessa prestação para o 
contribuinte. 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, 
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua 
disposição; 
OBS.: A competência tributária das taxas é comum a todos os entes federativo, entretanto, 
somente quem tem competência para prestar o serviço ou fiscalizar é que pode taxar (cobrar a 
taxa). 
As taxas configuram uma exação sinalagmática. 
Conseqüência: 1ª A hipótese legal das taxas deve configurar uma atuação do Estado que se 
refere diretamente ao obrigado. 
2ª A hipótese legal da taxa somente pode eleger como sujeito ativo, a pessoa estatal 
competente para prestar serviço ou fiscalizar e com o contribuinte que se beneficia do serviço 
ou sofre ação fiscalizadora do Estado. 
3ª A base de calculo das taxas deve sempre mensurar o custo da atuação do Estado 
proporcionalmente a cada obrigado. 
Valor da taxa deve o valor do custo da atividade. 
OBS.: Aplicam-se as taxas as anterioridades clássica ou anual e nonagesimal. 
Portanto o fato gerador da taxa é: 
1. EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE POLÍCIA. 
2. UTILIZAÇÃO EFETIVA OU POTENCIAL, DE SERVIÇO PÚBLICO ESPECÍFICO E 
DIVISÍVEL, PRESTADO AO CONTRIBUINTE OU POSTO A SUA DISPOSIÇÃO. 
Obs.: o fato gerador da taxa não é a prestação do serviço público, mas sim a utilização efetiva 
ou potencia por parte do contribuinte. 
A taxa é relação verticalizada. 
Os dois fatos imponíveis se adstringem a atuação estatal. Portanto,a taxa consiste em exação 
bilateral, contraprestacional ou Sinalagmático. 
À luz da concepção da exclusividade das taxas, seguindo a ordem imposta pelo art. 77, CTN 
podemos estabelecer duas espécies de taxas: 
-Taxa de polícia ou de fiscalização (art. 78) 
-Taxa de serviço ou de utilização (art. 79) 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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ANÁLISE DA TAXA DE POLÍCIA: 
“Taxa de polícia, também chamada de taxa de fiscalização, será exigida em virtude de atos de 
polícia, realizados pela Administração Pública pelos mais diversos órgãos ou entidades 
fiscalizadoras”. (SABBAG) 
Obs.: no caso da taxa de polícia é aquela que é administrativa pode de fiscalizar. 
Limitação ou disciplina dos direitos individuais em razão do interesse público, por intermédio 
de lei - fiscalização pelo poder público - atividade fiscalizatória 
Serviço prestado em relação a determinados indivíduos, especificamente, embora no interesse 
de toda coletividade. (Exercício do poder de polícia). 
O art. 78 do CTN define poder de polícia nos seguintes termos: 
“Art. 78 – Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando 
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de 
fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos 
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas 
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao 
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos”. 
 
Regularização do poder de polícia: Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do 
poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, 
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como 
discricionária, sem abuso ou desvio de poder. 
OBS.: segundo a doutrina as taxas de polícia somente podem ser cobradas mediante o 
exercício efetivo desse poder. Entretanto, segundo entendimento do STJ e o STF, é 
prescindível a comprovação efetiva do exercício da fiscalização, em face da sua notoriedade. 
O STF entende por notoriedade, a conjugação de dois recursos: 1º competência para 
fiscalizar. 2º residência de órgão fiscalizador estruturado e em funcionamento. 
CARACTERÍSITICAS DO PODER DE POLÍCIA 
I –é inerente à administração pública e se reparte entre todos os níveis de governo 
(União, Estados Distrito Federal e Municípios). 
Atividade discricionária reconhecida ao governo, uma prerrogativa do direito público, não 
podendo ser substabelecida, ou seja, o poder de polícia é sempre exercido pela administração 
pública e jamais delegada a terceiros. 
II –tem por fundamento o interesse público e deve ser estabelecido sempre com essa 
finalidade. 
Em termos tributários, a lei enumera os objetivos de interesse público: segurança, higiene, 
ordem, costumes, disciplina da produção e do mercado, exercício de atividades dependentes 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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de concessão ou autorização do Poder Público, tranquilidade pública, respeito à propriedade e 
respeito aos direitos individuais ou coletivos. 
III –manifesta-se quando o Poder Público age limitando ou disciplinando direito, 
interesse ou liberdade, mediante o regulamento da prática de ato ou abstenção de fato. 
 
PRINCIPAIS TAXAS DE POLÍCIA 
a) Taxa de alvará ou de funcionamento (taxa de localização): exigida dos construtores de 
imóveis com vistas a remunerar município pela atividade fiscalizatória relativa às 
características da obra realizada. 
b) Taxa de fiscalização de anúncios: controle da exploração e utilização da publicidade na 
paisagem urbana, com vistas a evitar prejuízos à estética da cidade e à segurança dos 
munícipes. 
c) Taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários pela CVM: o fato 
gerador é o exercício do poder de polícia atribuído a Comissão de Valores Mobiliários (art. 2º, 
Lei. 7940/89). 
Súmula 665, STF: “é constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores 
mobiliários instituída pela Lei 7940/89”. 
d) Taxa de controle e fiscalização ambiental (TCFA): controlar e fiscalizar as atividades 
potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais. É concedido ao Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –IBAMA o poder 
fiscalizador. Lei Federal 10.165/00. 
Segundo o art. 78, CTN, pagar-se-á taxa de polícia em virtude do exercício regular do poder 
de polícia administrativa. 
Polícia administrativa é a função da polícia como órgão de prevenção com o objetivo de 
prestar a segurança pública e, que a função de polícia judiciária, é voltada à repressão e tem 
por objetivo a conduta típica. 
A polícia administrativa incide nas atividades das pessoas, na liberdade e nos direitos 
fundamentais, já a polícia judiciária incide nas pessoas, no seu direito de ir e vir, e é voltada 
à repressão da conduta típica (MOREIRA NETO, 2005) 
ANÁLISE TAXA DE SERVIÇO 
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador [...] a 
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao 
contribuinte ou posto à sua disposição 
Atualmente a taxa para confecção do novo passaporte é de R$ 156,07. 
DIA – 20/03. 
TAXA DE SERVIÇO OU UTILIZAÇÃO: 
 
RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 
OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e 
Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 
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SERVIÇO PÚBLICO ESPECÍFICO E DIVISÍVEL 
FATO GERADOR - utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e 
divisível [...] 
Perg. Efetiva ou potencia por quê? Há determinados serviços públicos em que é possível a 
nós contribuintes utilizarmos daquele serviço, mas há outros que o ente pode cobrar de nós a 
taxa, sem que agente frua, ou seja, sem a sua utilização efetiva pelo contribuinte, 
simplesmente porque aquele serviço a nossa disposição. Ex. Taxa de lixo (utilização 
compulsória); 
Obs. A doutrina chama isso de Utilização Compulsória. Ex. Tratamento de esgoto. 
Obs. Se o serviço é prestado diretamente pelo Poder Público e, especifico e divisível, 
nesse caso pode ser TAXA. 
Atenção. Se o Poder Público delega essa prestação de serviço para uma entidade 
privada, tem-se a desnaturação da característica de tributo e agora passa a ser TARIFA OU 
PREÇO PÚBLICO. 
Taxa de Segurança Pública – foi declarada inconstitucional pelo STF, porque a segurança 
pública é um dever do Estado e é um direito de todos. 
Taxa de Incêndio – o STF entende que a mesma é constitucional. Ela serve não apenas para a 
contenção do incêndio, mas também para a sua prevenção. 
- Disponibilização de serviços públicos que se caracterizem pela divisibilidade e 
especificidade. 
- Requisitos cumulativos art. 79, II e III, CTN. 
“Toda atividade material que a lei atribui ao Estado, para que a exerça 
diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente às 
necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público". (DI PIETRO) 
“Toda atividade

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