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RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 1 RESUMO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – I AVAL. Aula 27/02 O Direito Tributário é um ramo autônomo do direito público. A ele são inteiramente aplicáveis os princípios fundamentais inerentes ao regime jurídico de direito público. Implica numa relação jurídica entre o Estado e o sujeito passivo; A supremacia do interesse público sobre o interesse privado é facilmente vista pelo fato de a obrigação de pagar tributo decorrer diretamente da lei sem manifestação de vontade autônoma do contribuinte. O Estado existe para a consecução do bem comum. Para atingir tal mister, precisa obter recursos financeiros, o que faz, basicamente, de duas formas, que dão origem a uma famosa classificação dada pelos financistas às receitas públicas. Sendo assim, a Atividade. Natureza: comum, pública e obrigacional. Atividade financeira do Estado - Receitas Públicas: “Receita pública é a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo.” (Aliomar Baleeiro) Financeira do Estado – AFE pode ser através de receita originária ou receita derivada; Originária Receitas Públicas Derivadas - Receita originária: Originam-se do patrimônio do Estado, ou seja, elas denotam uma forma de Estado que é o Estado patrimonial que é do absolutismo em que o tributo era pouco arrecadado e o Estado explorava o seu próprio patrimônio para ter receita (Estado patrimonial). Só que com a revolução francesa com a mudança de paradigma o Estado de direito foi substituído pelo Estado fiscal, e em tempos de uma perspectiva de Estado fiscal, para que o Estado realize a suas atividades ele precisa dos cidadãos para custear as atividades por meio dos tributos que são receitas derivadas (por que deriva do particular para os cofres públicos para realização de suas atividades). O regime jurídico é predominantemente de Direito Privado. Tem como característica o Estado explorando seu próprio patrimônio. Exemplo: aluguéis e receitas de empresas públicas e sociedades de economia mista; Originam-se do patrimônio do Estado Predominantemente de Direito Privado O Estado explora seu próprio patrimônio – aufere agindo como particular (agente econômico) Igualdade entre as partes – relação horizontalizada As receitas originárias são facultativas, voluntárias e contratuais. Obs. A exploração da atividade econômica pelo Estado é excepcional – previsão constitucional (art. 173, CRFB). RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 2 Art. 173 - Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. Preços públicos: ingressos patrimoniais que provêm diretamente da exploração do patrimônio público, dos bens dominiais do Estado. Caráter vinculado ou contraprestacional (natureza contratual) – facultatividade. Visa a remunerar o Estado pela prestação de serviços públicos inessenciais. Decorrente do jus gestionis – poder de gestão Ex: Exploração direta de estacionamento pela prefeitura, venda de terrenos, locação de imóveis. Tarifas: art. 175, CRFB Ex: (cobrados por concessionárias) contas de telefone, gás, água, transporte público de passageiros por concessionárias. OBS.: 1º teoria que justificou o poder de tributar do Estado, era chamada de uma teoria conceitual, ela estabelecia que o fundamento do poder de tributar residia na soberania do Estado, ou seja, o Estado brasileiro é soberano, logo, em quanto Estado soberano deve agir para uma coletividade e pautando as pessoas individualmente consideradas para um pacto de contribuir para o Estado. (Lembrando que isso não mais adequa ao nosso Estado democrático de direito). OBS.: Outra teoria conhecida como NORMATIVA, diz que o fundamento do poder de tributar não é a soberania mas sim a lei, que prevê situações (fatos) que uma vez ocorrido na pratica faz nascer a obrigação tributária e portanto nós estamos obrigados por que a lei nos disse que nós devemos pagar tributos quando nós realizamos determinada situações materiais. (Lembrando que para a teoria normativa o fundamento do poder de tributar tem uma relação jurídica, ou seja, relação intersubjetiva tutelada pelo direito). OBS.: outra teoria SISTEMICA (mais moderna): essa teoria fala em que pese o direito tributário de seu ramo (o ordenamento jurídico autônomo) não pode ser interpretado isoladamente, ele depende dos demais ramos notadamente a CF o direito constitucional, portanto, o fundamento do poder de tributar se encontra na medida que enxerga o tributo como instrumento para que o Estado possa realizar as suas atividades fim, ou seja, consecução das tarefas ou finalidades constitucionais. - Receita Derivada: Originam-se do patrimônio particular. O regime jurídico é de Direito Público. Como característica o Estado usa o seu poder de império e obriga o particular a contribuir. Exemplos: tributos, multas e reparações de guerra. Predominantemente de Direito Público Soberania do Estado (prerrogativas de D. Público) – relação verticalizada. Meio de financiamento do Estado Receitas derivadas são compulsórias (jus imperi) RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 3 São denominadas derivadas, pois se originam do patrimônio do particular e o Estado as faz derivar aos cofres públicos. Obs.: O dever de pagar tributos é um dever fundamental que possibilita ao Estado realizar suas atividades. TRIBUTOS: a) Definição de tributos (...)”. A definição de tributos na lei complementar não se dá por mera questão didática, mas por exigência constitucional. 1 – CONCEITO DE TRIBUTOS: A definição de tributo tem sede legal. É o artigo 3º do CTN que traz a definição oficial de tributo, lavrada nos seguintes termos: CTN – Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Definição complementar: art. 9º, Lei 4320/64: Art. 9º: tributo é receita derivada instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições, nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas exercidas por essas entidades. Tributo é toda prestação... Prestação: objeto de uma relação jurídica obrigacional entre credor e devedor (dever-fazer; dever-não fazer, dever-dar); objeto do cumprimento de uma obrigação. O tributo é pago porque existe uma relação jurídica, relação obrigacional entre o Estado e o sujeito passivo, decorrente de imposição legal, que justifica a exigência. O pagamento do tributo, portanto, implica em cumprimento do dever de prestar e consequentemente, no encerramento do vínculo obrigacional.Não há sujeição continua e ilimitada; há obrigação sujeita a término. Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 4 II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; Tributo é prestação pecuniária: O conteúdo da prestação objeto da obrigação tributária – o tributo – somente pode ser expresso em dinheiro (pecúnia) A representação do quantum devido pelo contribuinte ao fisco deve ser sempre feito por meio de moeda corrente. -Obrigação de dar algo expresso em moda- Portanto, não podem ser considerados tributos: Prestações in labore (trabalho, serviços): Ex. serviço militar obrigatório, serviço eleitoral, serviço dos jurados no Tribunal do Júri obrigação de fazer. Exigências in natura (bens): Ex. oferecimento de bens materiais (cestas básicas) Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: Indicação de valor (moeda corrente – Real) Possibilidade de utilização de indexadores – “UFIR” Unidade Fiscal de Referência – conversibilidade imediata entre o indexador e a moeda corrente na data de pagamento da obrigação tributária. OBS. A maneira através do qual o tributo é representado difere-se da maneira como será pago. A representação do tributo sempre será em pecúnia (moeda corrente) ou por indexadores de conversibilidade imediata. O pagamento poderá se dar por meio de dação em pagamento de bens imóveis (art. 156, XI, CTN) Art. 156, II c/c 170, CTN – pagamento com títulos da dívida ativa Art. 156, XI, CTN (redação LC. 104/2001) - dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. (reserva LC) Art. 162, CTN – pagamento em cheque, vale postal e, nos casos previstos em lei, em estampilha, selo, ou por processo mecânico. Tributo é prestação compulsória: O nascimento da obrigação de pagar tributos é compulsório, ou seja, o dever de pagar tributo nasce independentemente da vontade. Estrito cumprimento de uma determinação legal: ausência de voluntariedade. Obrigações ex lege: o dever de pagar tributos se cria por força de lei. RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 5 Compulsoriedade da prestação: A manifestação de vontade do contribuinte é irrelevante para o nascimento da obrigação tributária, pois ocorrido o fato jurídico tributário (fato gerador) surge o dever de prestar. Obs. A compulsoriedade diz respeito não a obrigação do pagamento do tributo, mas ao nascimento da obrigação de prestar tributo. (Ex. aluguel, preço, salários) Que não constitua sanção de ato ilícito: A obrigação tributária deve decorrer de fato lícito previsto em lei licitude da situação genérica e abstrata disposta na norma (fato gerador). Não possui natureza sancionatória- Tributos x Multas Prestação Instituída em lei: Essa é a regra sem exceção: o tributo só pode ser criado por lei (complementar ou ordinária) ou ato normativo de igual força (Medida Provisória) Prestação cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: A autoridade tributária não pode analisar se é conveniente, se é oportuno cobrar tributo. A cobrança é feita de maneira vinculada, sem concessão de qualquer margem de discricionariedade ao administrador. Mesmo que o fiscal, o auditor ou o procurador se sensibiliza com uma situação concreta, devem cobrar o tributo. FUNÇÃO SOCIOECONÔMICA DOS TRIBUTOS: Apropriar de parte da riqueza gerada pela sociedade. Essa apropriação só será legítima se for ao encontro da vontade geral manifestada pelo conjunto de cidadãos que compõem o Estado. Daí a importância do respeito aos princípios constitucionais, que, espelhando a vontade soberana dos cidadãos, determinam as bases sobre as quais deverá ser edificado o Sistema Tributário. No Estado Democrático de Direito, o Sistema Tributário cumpre três funções essenciais: -prover o Estado dos recursos necessários à realização de seus fins; -ser instrumento de distribuição de renda e indutos do desenvolvimento do País; -contribuir para minimizaras diferenças regionais. OBSERVAÇÃO: O tributo é a principal fonte de recursos para financiamento dos serviços públicos no Brasil. JUSTA ALOCAÇÃO DOS RECURSOS ARRECADADOS PELO ESTADO Tributação justa, com respeito aos princípios tributários constitucionais; Redistribuição da renda arrecadada e atuação positiva do Estado para satisfação dos direitos sociais; Democratização dos orçamentos, com incentivo à participação popular na gestão pública. RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 6 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FISCAL–PNEF QUEM PROMOVE? Ministérios da Educação, Receita Federal do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional, Escola Superior de Administração Fazendária - ESAF e Secretarias de Fazenda e de Educação estaduais. OBJETIVOS: Sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo; (Função social dos tributos); Levar conhecimentos aos cidadãos sobre administração pública; (Educação Fiscal no contexto social); Incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; (Gestão democrática dos recursos públicos); Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. (Relação Estado- sociedade); Ente autônomo tem de ter uma tríplice capacidade, sendo: Auto-organização; Auto legislação e auto administração; Autogoverno. Obs.: segundo a professora a matéria inicia a partir das espécies tributarias. Obs.: Para fiscalidade: é quando a delegação da capacidade de tributar é relativa, relativa é a arrecadação, fiscalização e cobrança de tributo. Na Para fiscalidade para que ela ocorra tem que haver dois requisitos: 1ª descentralização administrativa, ou seja, aquele serviço ou atividade que não é tipicamente estatal, ela pode ser indelegada ou com a entidade pública ou privada. 2ª desorçamentalização: isso quer dizer que essa receita arrecadada, ela não vai para o orçamento do ente que possui competência tributária, ela vai para entidade que presta o serviço, só que essa desorçamentalização ela normalmente pode ser facultativa, ou seja, o ente arrecada e transfere para entidade, então, a desorçamentalização pode ser facultativa ou necessária (desorçamentalização que não cabe ao ente arrecadar e depois transmitir. ex.: as contribuições para a seguridade social e sindicais). ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS NO SISTEMA CONSTITUCIONALBRASILEIRO 1) TEORIASQUE DEFINEM O DIREITO TRIBUTÁRIO a) 1ª corrente: Teoria dicotômica (clássica, dualista ou bipartida) – Geraldo Ataliba. Conforme essa teoria os tributos são divididos em vinculados e não vinculados, ou seja, vinculação por vinculação esse era o critério que era usado; RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 7 então, ele dividia os tributos em tributos vinculados e não vinculados. -Vinculados: quando a cobrança do tributo se vincula a uma atividade estatal especificamente voltada ao contribuinte; há uma contraprestação do Estado; são vinculados a uma atuação estatal (taxas e contribuições de melhoria, com natureza de taxa); -Não vinculados: quando a cobrança do tributo não se vincula a uma atividade estatal especificamente voltada ao contribuinte; não são vinculados a uma atuação estatal (impostos); Nesta teoria temos o Binômio Imposto-taxa essa teoria é utilizada para fins didáticos, embora não seja adotada; Questão –CESPE-UNB –Procurador Federal/2006 “No Sistema Tributário Nacional, para efeitos didáticos os tributos são divididos em duas classes: tributos que têm natureza de impostos, ou seja, não vinculados a uma contraprestação estatal e tributos que têm natureza de taxa, composta pelos tributos vinculados a uma contraprestação estatal”. -A resposta está correta em razão de que o enunciado afirma que esta divisão é para fins didáticos. B) 2ª corrente: Teoria tripartite ou tricotômica adotada pelo CTN Essa teoria é tripartida em relação aos tributos instituídos pelo CTN, pois o artigo 5º apresenta 03 (três) tipos de tributos, sendo: impostos, taxas e contribuições de melhoria; Para a teoria tripartite os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais são enquadrados como taxas ou impostos; Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. Inserção da teoria tripartida no texto da CF/88 (art. 145) Art. 145, CF/88 -A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I -impostos; II -taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Natureza jurídica do tributo Art. 4º, CTN: A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I- A denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. ***** -Discussão doutrinária: Insuficiência do critério do fato gerador (art. 4º, CTN), para identificar a natureza jurídica das contribuições especiais (art. 149, CF) e empréstimos compulsórios (art. 148, CF). RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 8 Nessas espécies tributárias (contribuições especiais e empréstimos compulsórios) a destinação do produto da arrecadação é relevante para identificar a natureza jurídica: (não aplicação do art. 167, IV, CRFB). Temos a afetação das receitas a determinados fins; CF Art. 167. São vedados: (...) IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Empréstimos compulsórios: Art. 148-A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II -no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b. Parágrafo único -A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Contribuições Sociais: Art. 149-Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas [...]. § 1º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40 [...]. Art. 149-A-Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública [...]. -Verifica-se que a natureza jurídica dos impostos, taxas e contribuição de melhoria será determinada pelo fato gerador (art. 4º CTN); -Verifica-se ainda que a natureza jurídica do empréstimo compulsório e das contribuições sociais será determinada pela destinação legal do produto arrecado. O empréstimo compulsório não tem fato gerador; tem situação deflagrante ou deflagrado. Constituição do tributo e o STF: “Os tributos, nas suas diversas espécies, compõem o Sistema Constitucional Tributário brasileiro, que a Constituição inscreve nos seus arts. 145 a 162. Tributo, sabemos todos, encontra definição no art. 3º do CTN, definição que se resume, em termos jurídicos, no RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 9 constituir ele uma obrigação que a lei impõe às pessoas, de entrega de uma certa importância em dinheiro ao Estado. As obrigações são voluntárias ou legais. As primeiras decorrem da vontade das partes, assim, do contrato; as legais resultam da lei, por isso são denominadas obrigações ex lege e podem ser encontradas tanto no direito público quanto no direito privado. A obrigação tributária, obrigação ex lege, a mais importante do direito público, „nasce de um fato qualquer da vida concreta, que antes havia sido qualificado pela lei como apto a determinar o seu nascimento.‟ (Geraldo Ataliba, „Hermenêutica e Sistema Constitucional Tributário‟, in „Diritto e pratica tributaria‟, volume L, Padova, Cedam, 1979). “As diversas espécies tributárias, determinadas pela hipótese de incidência ou pelo fato gerador da respectiva obrigação (CTN, art. 4º), são: a) os impostos (CF, art. 145, I, arts. 153, 154, 155 e 156), b) as taxas (CF, art. 145, II), c) as contribuições, que são c.l) de melhoria (CF, art. 145, III), c.2) sociais (CF, art. 149), que, por sua vez, podem ser c.2.1) de seguridade social (CF, art. 195, CF, 195, § 4º) e c.2.2) salário educação (CF, art. 212, § 5º) e c.3) especiais: c.3.1.) de intervenção no domínio econômico (CF, art. 149) e c.3.2) de interesse de categorias profissionais ou econômicas (CF, art. 149). Constituem, ainda, espécie tributária, d) os empréstimos compulsórios (CF, art. 148).” (ADI 447, Rel. Min. OctavioGallotti, voto do Min. Carlos Velloso, julgamento em 5-6-1991, Plenário, DJde 5-3- 1993.) c) 3ª corrente: Teoria Pentapartida (teoria que é adotada): Essa teoria explica a classificação das espécies tributárias com base no CTN e CR/88, considerando os tributos instituídos pelo CTN e as outras duas espécies da CR/88 (Empréstimo compulsório e Contribuições Especiais). A doutrina e a Jurisprudência do STF firmaram o entendimento admitindo a existência de 05 autônomas exações, dando origem ao surgimento da teoria pentapartida ou pentapartite. Essa é a teoria consagrada pela constituição Federal e pelo STF. Posição do STF “De feito, a par das três modalidades de tributos (os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria), a que se refere o art. 145 para declarar que são competentes para instituí-los a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, os arts. 148 e 149 aludem a duas outras modalidades tributárias, para cuja instituição só a União é competente: o empréstimo compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas” (STF, RE 146.733-9/SP, voto do Rel. Min. Moreira Alves, DJ 29/06/92). RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 10 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS – Corrente Pentapartida. - IR -ITR -IPI -Federais -II -IE -IOF -IGF -ICMS - IPVA -Estaduais - ITCMD -Impostos TRIBUTOS - IPTU -Municipais - ISS - ITBI -Taxas -Contribuições de melhoria -Empréstimos compulsórios -Sociais - Sociais Contribuições especiais - Intervenção no domínio econômico - Categorias Profissionais ou de Classe RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 11 3.1 – São espécies tributárias pela corrente pentapartida: a) Impostos; b) Taxas; c) Contribuições de melhoria; d) Empréstimos compulsórios; e) Contribuições Especiais; a) Os impostos podem ser: Federais, Estaduais ou Municipais; a.1) Os impostos Federais são: IR – Imposto de Renda; ITR – Imposto Territorial Rural; II – Imposto de Importação; IE – Imposto de Exportação; IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados; IOF – Imposto sobre Operação Financeira; IGF – Imposto sobre Grandes Fortunas Observação: Temos ainda a previsão do IEG – Imposto Extraordinário de Guerra; a.2) Os impostos Estaduais são: ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços; IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores; ITCMD – Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações; a.3) Os impostos Municipais são: IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano; ISS – Imposto sobre Serviços Sociais de qualquer natureza; ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis; b) São tipos de Contribuições Especiais: Contribuições Sociais; Contribuições de Intervenção no domínio econômico (CIDE); Contribuições de interesse Categorias Profissionais ou econômicas (COSIP); Contribuição para custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP); IMPOSTOS: Os impostos são, por definição, tributos não vinculados que incidem sobre manifestações de riqueza do sujeito passivo (devedor). Justamente por isso, o imposto se sustenta sobre a idéia RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 12 da solidariedade social. As pessoas que manifestam riqueza ficam obrigadas a contribuir com o Estado, fornecendo-lhe os recursos de que este precisa para buscar a consecução do bem comum. Os impostos têm caráter contributivo e são tributos de arrecadação não vinculada; TAXAS: São tributos retributivos ou contraprestacionais, uma vez que não podem ser cobradas sem que o Estado exerça o poder de polícia ou preste ao contribuinte, ou coloque à sua disposição, um serviço público, específico e divisível. São dois, portanto, os fatos do Estado que podem ensejar a cobrança de taxa: a) o exercício regular do poder de polícia, que legitima a cobrança da taxa de polícia; e b) a utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição, que possibilita a cobrança de taxa de serviço. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: São tributos vinculados, uma vez que sua cobrança depende de uma específica atuação estatal, qual seja a realização de uma obra pública que tenha como conseqüência um incremento do valor de imóvel; Espécie tributária cobrada para aplicação em obra pública que irá melhorar/valorizar imóvel; A contribuição é decorrente de obra pública e não para a realização de obra pública, no entanto não é legítima a sua cobrança com o intuito de obter recursos a serem utilizados em obras futuras; Excepcionalmente, porém, o tributo poderá ser cobrado em face de realização de parte da obra, desde que a parcela realizada tenha inequivocamente resultado em valorização dos imóveis localizados na área de influência. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS: São empréstimos forçados, coativos, porém restituíveis. A obrigação de pagá-los não nasce de um contrato, de uma manifestação livre das partes, mas sim de determinação legal. Verificada a ocorrência do fato gerador surge a obrigação de “emprestar” dinheiro ao Estado. Somente a União pode instituir este tributo, através de lei complementar. OBS.: na CF o empréstimo compulsório não tem fato gerador, isso por que só traz situações que deflagram o exercício da competência tributaria, ou seja, que autoria a União instituir. Lembrando que a lei que traz o fato gerador do empréstimo compulsório. Característica do empréstimo compulsório:Despesa extraordinária tem que ser em razão de calamidade pública ou guerra externa iminente ou declarada. Restituição: ou seja, a lei vai trazer as forma que esse empréstimo vai ser retornável para o contribuinte. No caso de restituição a lei que institui o empréstimo compulsório lei RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 13 complementar, tem que trazer as formas pelas quais o valor do empréstimo de ser retornado para os contribuintes, ou seja, para quem esta emprestando. Obs.: o importante do empréstimo compulsória é para que se paga. Para que eu pago empréstimo compulsório? R: para que União possa atender despesas extraordinária decorrente de calamidade pública, guerra ou para que a União tem receita para atender investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional e ainda ser restituído. O importante para empréstimo compulsório não é o fato gerador e sim destinação e restituição. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: Ele serve para o custeio da seguridade (saúde, presidência social e assistência). A competência para a criação das contribuições do art. 149 é destinada exclusivamente á União, sendo três espécies de contribuições, quais sejam: a) as contribuições sociais; (INSS; FGTS; etc); b) as contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE); c) as contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas (corporativas) – (CRM, CREA, CREFITO, SINDICATOS, etc.); LEMBRAR: Somente a União pode instituir Empréstimos compulsórios e Contribuições Especiais. Obs.: o importante da contribuição é a finalidade. OBSERVAÇÃO: Há o imposto extraordinário de guerra Art. 149 da CF: Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para (como) o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário (próprio) de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. No caso do Município e Estado não só podem instituir contribuição somente para o regime de previdência. Já a União pode para a saúde etc. § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; III - poderão ter alíquotas: RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 14 a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. § 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. § 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. O importante para contribuições especiais não é o fato gerador e sim destinação (natureza jurídica). Obs.: a iluminação pública é contribuição especial, pois não pode ser taxa por que é um serviço geral e não individual. O município pode constituir. Obs.: na contribuições especiais a referibilidade (significa que é vinculado,ou seja, é um imposto que possui destinação), é direta e imediata, ex.: taxa de incêndio, vigilância sanitária etc, você consegue ver diretamente o estado agindo para o próprio contribuinte. Na contribuição de melhoria a referibilidade é indireta ou transversal, porque? O Estado tem que agir, ou seja, fazer a obra pública, essa obra é feita para coletividade, mas via indireta isso acaba valorizado o imóvel da população. IMPOSTOS: A definição de impostos encontra no art. 16, CTN (Memorizar este artigo). Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. -Os impostos são por definição tributos não vinculados que incidem sobre manifestações de riqueza do sujeito passivo (devedor). Justamente por isso, o imposto se sustenta sobre a idéia da solidariedade social; -Caráter contributivo-distributivo dos impostos: Contribuir ao Estado para que este possa alcançar a consecução de suas atividades-fim (por meio da distribuição); Em resumo, as taxas e contribuições de melhoria têm caráter retributivos (contraprestacional) e os impostos, caráter contributivo. O princípio da não vinculação de impostos ela se dá em 2 viés: -1º acepção- Tributo não vinculado a uma atuação estatal específica - Justificação: princípio da capacidade contributiva. Ou seja, quando nós pagamos os impostos não uma ação do Estado em favor do contribuinte, nós pagamos porque realizamos a hipótese de incidência, essa hipótese é uma situação definida na lei que depende de uma atuação do Estado, logo, imposto é não vinculado, ou seja, ele não pode referibilidade (você paga independente de haver uma atuação do Estado em seu favor, pois ele age para toda coletividade e não em favor de uma só pessoa). -Outras denominações: tributo unilateral; tributo sem causa; gravame não contraprestacional. 2º- acepção- Tributo não vinculado, diz respeito às receitas, as receitas de impostos elas não poderão ser receitas afetadas ou vinculadas, -é um Tributo de arrecadação não vinculada - RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 15 justificação: a CRFB/88 veda a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. (art. 167, IV, CRFB) As receitas de impostos devem ser para que haja o conjunto de receitas, uma massa distinta e única de receitas que seja possível para cobrir o conjunto de despeças que o ente tenha. -“Sua receita presta-se ao financiamento de atividades gerais do Estado, remunerando serviços universais (uti universi), que por não gozarem de referibilidade (especificidade e divisibilidade) não podem ser custeados por meio de taxas.” (ALEXANDRE, 2009, p. 48) -“O imposto sinaliza um tipo de tributo que tem como elemento fundamental um ato, negócio ou situação jurídica respaldada em substrato econômico, pertinente a uma pessoa privada, sem qualquer participação direta e imediata do Poder Público.” (José Eduardo Soares de Melo); -Para exigir o imposto de certo individuo não é preciso que o Estado lhe preste algo determinado - custeio de despesas públicas gerais ou universais; REsp 478.958: “Consectariamente, o Estado não pode ser coagido à realização de serviços públicos, como contraprestação ao pagamento de imposto”. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO E OS IMPOSTOS O postulado da não afetação (ou não vinculação) dos impostos, previsto no art. 167, IV, CF, dispõe que é proibida a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Motivação: assegurar que o conjunto das receitas componha umamassa distinta e única hábil a cobrir o conjunto das despesas. Evitar que a receita de impostos fique comprometida inviabilizando a apresentação de proposta orçamentária apta a realização do programa de governo votado. (Leandro Paulsen) Art. 167 São Vedados: IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino, como determinado, respectivamente pelos arts. 198, §2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º. Exceções de a órgão, fundo ou despesa: o princípio da não afetação ou da não vinculação das receitas. 1º A constituição diz que é uma exceção a não vinculação a repartição das receitas tributarias. Ex.: IPVA é imposto da esfera estadual, os Estados tem que destinar as parcelas do IPVA para o município 50%. Então, a repartição das receitas é uma exceção a regra da não afetação, logo, então, os outros 50% vai fica para o Estado isso faz com gere à exceção a regra. Outra exceção: sabe-se que o mínimo destina para a saúde (15%) e educação (25%), logo, essas duas despesa são exceções a não afetação. Exceções constitucionalmente expressas ao princípio da não afetação dos impostos. - Repartição das receitas tributárias –art. 158 e 159, CF/88; - Destinação de recursos para: RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 16 -Saúde –Art. 98, CF; -Desenvolvimento do ensino –Art. 212, CF; -Atividade de administração tributária –Art. 37, XXII; - Prestação de garantias para–art. 165, § 8º,CF; -Operações de crédito por antecipação de receita -União (garantia e contragarantia) Pagamento de débitos para com esta. Atenção: Memorizar art. 167 CF/88 Art. 167. São vedados: I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 17 para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. § 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62. § 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. - REPASSE DA UNIÃO PARA OS ESTADOS: 1) 100% do IRRF (imposto de renda retido na fonte) sobre os rendimentos pagos pelos Estados/DF -art. 157, Ida CF/88; 2) 20% dos impostos residuais (se criados) -art. 157, II da CF/88; 3) 10% do IPI proporcionalmente às exportações de produtos industrializados do Estado –art. 159, II da CF/88; Art. 159. A União entregará: II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. 4) 29% do CIDE Combustível –art. 159, III da CF/88; Art. 159. A União entregará: III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo. 5) 30% (para o Estado) e 70% (municípios) do IOF sobre o ouro utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial conforme a origem da operação;art. 153, § 5º, Ida CF/88; Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 18 autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; (não fala de empresas públicas e sociedades de mista) II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. OBS.: A partir da interpretação literal do art. 157, I da CF, não será repassado ao Estado e aoDistrito Federal o produto da arrecadação do imposto de renda incidente sobre os rendimentos pagos por empresas públicas e sociedades de mista. Mas, as autarquias e fundações públicas sim. Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...) § 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita- se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; Obs.: Na repartição da receitas tributarias o DF recebe como Estado e não cumulativamente. REPASSE DA UNIÃO PARA OS ESTADOS: 1) 100% do IRRF (imposto de renda retido na fonte) sobre os rendimentos pagos pelos Estados/DF -art. 157, I da CF/88; 2) 20% dos impostos residuais (se criados) -art. 157, II da CF/88; 3) 10% do IPI proporcionalmente às exportações de produtos industrializados do Estado –art. 159, IIda CF/88; 4) 29% do CIDE Combustível –art. 159, IIIda CF/88; 5) 30% do IOF sobre o ouro utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial conforme a origem da operação;art. 153, § 5º, Ida CF/88; REPASSE DA UNIÃO PARA OS MUNICÍPIOS 1) 100% da arrecadação do IRRF sobre os rendimentos pagos pelo município –art. 158, I- Art. 158. Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; Obs.: em uma demanda sobre o IRRF, o contribuinte deve entra com ação contra quem arrecada, ou seja, o município e não a União. RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 19 2) 50% do ITR relativos aos imóveis do município (ressalvada a hipótese do art. 153, §4º, III da CF em que os municípios poderão, por convênio com a UNIÃO, arrecadar 100% do ITR); –art. 158, II II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; Obs.: pode ser 100%, mas quando? Quando o município optar por fiscalizar e cobrar o ITR. Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. 3) 25% do CIDE Combustível -art. 159, § 4º Art. 159. A União entregará: § 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. 4) 70% do IOF sobre o ouro utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial conforme a origem da operação art. 153, § 5º, II. Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...) § 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita- se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: II - setenta por cento para o Município de origem. REPASSE DOS ESTADOS PARA O MUNICÍPIO 1) 50% do IPVA dos veículos licenciados em seu território –art. 158, III 2) 25% do ICMS –art. 158, IV 3) 2,5% do IPI transferido pela União aos Estados proporcional às exportações ocorridas no território estadual (equivale à 25% dos 10% que os Estados receberam a título de IPI); -art. 159, § 3º c/c art. 158,§ único, inciso I. FUNDOS DE PARTICIPAÇÃO (ou repasses indiretos) 49% FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS/DF (FPE): 21,5% do IPI E IR, já excluindo o IRRF que pertence integralmente aos Estados; RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 20 FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS (FPM): 22,5% +1% (dezembro) + 1% (julho) da arrecadação do IPI e do IR já excluindo a parcela do IRRF que pertence integralmente aos municípios; FUNDOS CONSTITUCIONAIS DE FINANCIAMENTO DO NORTE (FNO), NORDESTE (FNE) E CENTRO-OESTE (FCO): 3% do total da arrecadação do IPI e do IR destinados ao desenvolvimento econômico e social através de programas de financiamento aos setores produtivos das regiões; Aula- 13/03 CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS Impostos diretos e indiretos Impostos pessoais e reais Impostos fiscais e extrafiscais Impostos divididos segundo classificação proposta pelo CTN Impostos progressivos, proporcionais e seletivos RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 21 IMPOSTOS DIRETOS E INDIRETOS Imposto direto: é aquele em que a cobrança tributaria a exação o alcance do tributo ele vai diretamente para o próprio contribuinte arca com o ônus financeiro do tributo. Ou seja, o contribuinte fixado por lei não repassa o ônus tributário para terceiros. A carga econômica é suportada pelo contribuinte, ou seja, quem deu ensejo ao fato imponível. São exemplos de imposto direto: IRRF, IRPJ, ITR, IPTU, IPVA, etc. Justificação: possibilidade de graduar diretamente a soma devida por um contribuinte, de conformidade com sua capacidade contributiva. Imposto indireto: é aquele em que o contribuinte eleito pela lei (contribuinte de direito) difere do (contribuinte de fato) são a mesma pessoa, ou seja, pois a repassa o ônus financeiro do tributo para terceiros - Denomina-se: repercussão do ônus financeiro. Imposto indireto: é aquele cujo ônus tributário repercute em terceira pessoa, não sendo assumido pelo realizador do fato gerador. Vale dizer que, no âmbito do imposto indireto, transfere--se o ônus para o contribuinte de fato, não se onerando o contribuinte de direito. (doutrina) Doutrina: tributos que incidem sobre consumo, vendas e produção. Exemplos: ICMS e IPI: ocorre a transferência do ônus tributário para o adquirente do bem (contribuinte de fato). Portanto, quem realmente paga o imposto é o consumidor final. Não há parâmetro direto para apurar a capacidade econômica do contribuinte. IMPOSTOS PESSOAIS OU REAIS- classificação quanto a incidência: Impostos pessoais: é aquele que quando apurado leva em consideração as características pessoais do contribuinte, de acordo com o postulado da pessoalidade (art. 145, §1º, CF) Caráter eminentemente subjetivo – qualidades pessoais e juridicamente qualificadas do sujeito passivo. Exemplo: IR. No caso do IR quem tem filhos paga menos. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmentepara conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 22 Impostos reais: incidem sobre a res (coisa), o bem ou a operação realizada, desconsiderando as características pessoais do contribuinte. Exemplos: todos os demais, exceto o IR - ITR, IPTU, ITBI, ITCMD, IOF, IPI, ICMS IPVA; Em resumo, “os impostos pessoais levam em conta as qualidades individuais do contribuinte, sua capacidade contributiva para a dosagem do aspecto quantitativo do tributo, enquanto os impostos reais são aqueles decretados sob a consideração única da matéria tributável, com total abstração das condições individuais de cada contribuinte”. Obs.: a aplicação da pessoalidade deve respeitar os direitos individuais do contribuinte. Obs.: segundo a súmula 668 do STF, somente será constitucional o IPTU progressivo fiscal se a lei instituidora for posterior a emenda constitucional 29/2000. Antes da referida emenda somente será constitucional o IPTU progressivo no tempo ou progressivo extrafiscal. IMPOSTOS FISCAIS E EXTRAFISCAIS Impostos fiscais: tem como objetivo exclusivo a arrecadação de recursos financeiros para o Estado. Intuito estritamente arrecadatório. Os impostos fiscais são aqueles que, possuindo intuito estritamente arrecadatório, devem prover de recursos o Estado (Exemplos: IR, ITBI, ITCMD, ISS etc.). Exemplos: IR, IPVA, IPTU, ITBI, ITCMD, ISS, etc. Impostos extrafiscais: tem como função principal a interferência no domínio econômico. São aqueles com finalidade reguladora de mercado ou da economia do país. Exemplos: II, IE, IPI, IOF, CIDE. Impostos extrafiscais: são aqueles com finalidade reguladora (ou regulatória) de mercado ou da economia de um país (Exemplos: II, IE, IPI, IOF etc.). Progressividade traduz-se em técnica de incidência de alíquotas variadas, cujo aumento se dá na medida em que se majora a base de cálculo do gravame. O critério da progressividade diz com o aspecto quantitativo, desdobrando--se em duas modalidades: a progressividade fiscal e a progressividade extrafiscal. A primeira alia--se ao brocardo “quanto mais se ganha, mais se paga”, caracterizandose pela finalidade meramente arrecadatória, que permite onerar mais gravosamente a riqueza tributável maior e contemplar o grau de “riqueza presumível do contribuinte”. A segunda, por sua vez, filiase à modulação de condutas, no bojo do interesse regulatório. A técnica da PROPORCIONALIDADE – obtida pela aplicação de uma alíquota única sobre uma base tributável variável – é um instrumento de justiça fiscal “neutro”, por meio do qual se busca realizar o princípio da capacidade contributiva. Vale dizer que a técnica induz que o desembolso de cada qual deve ser proporcional à grandeza da expressão econômica do fato tributado. Partindo-se da adoção de uma mesma relação matemática entre o tributo e a matéria tributável, a proporcionalidade faz com que a alíquota mantenha-se incólume, RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 23 uniforme e invariável. Desse modo, tal sistemática faz com que ela seja uma constante, e a base de cálculo, uma variável. Critério da progressividade se refere ao aspecto quantitativo - progressividade fiscal e extrafiscal. Fiscal: “quanto mais se ganha, mais se paga” –finalidade meramente arrecadatória; contemplar o grau de riqueza presumível e onerar mais gravosamente. Ex. TABELA DO IRRF 2014. Extrafiscal: o aumento das alíquotas se dá não pelo crescimento da base de cálculo, mas para desestimular determinados procedimentos realizados pelo contribuinte -modulação de condutas –interesse regulatório. Exemplos: IPTU, ITR -ITR progressivo extrafiscal: alíquotas fixadas de forma desestimular a manutenção de propriedades improdutivas (art. 153, §4º, I, a, CRFB/88). -IPTU progressivo extrafiscal: fixação das alíquotas em razão do nãoaproveitamento do solo urbano ou do descumprimento da função social da propriedade urbana (art. 182, § 4º, I, II e III, CF/88 –Estatuto das Cidades e Plano Diretor de cada Município). SELETIVIDADE: é forma de concretização do postulado da capacidade contributiva em certos tributos indiretos. Nestes, o postulado da capacidade contributiva será aferível mediante a aplicação da técnica da seletividade, uma evidente forma de extrafiscalidade na tributação. Mais do que isso, apresenta-se a seletividade como uma inafastável expressão de praticabilidade na tributação, inibitória da regressividade, na medida em que se traduz em meio tendente a tornar simples a execução do comando constitucional, apresentável por meio da fluida expressão “sempre que possível”, constante do art. 145, § 1º, CF. A seletividade mostra-se, assim, como o “praticável” elemento substitutivo da recomendada pessoalidade, prevista no citado dispositivo, no âmbito do ICMS e do IPI, como a solução constitucional de adaptação de tais gravames à realidade fático-social. (SABBAG, 2014). RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 24 Tributação diferenciada em razão do objeto da exação - seleção de bens a fim de aplicar- lhes uma oneração diferenciada. –art. 48, CTN. A CRFB/88 estabelece a observância do princípio da seletividade nos seguintes impostos: -IPI (art. 153, §3º, I) Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: § 3º - O imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; -ICMS (art. 155, §2º, III) Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; -IPTU (artigo 156,§ 1º, II da CF/88) Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. CRITÉRIO PARA A APLICAÇÃO DA SELETIVIDADE: Essencialidade dos produtos sujeitos à incidência dos referidos tributos. Ser seletivo implica ter alíquotas diferenciadas dependendo do produto (individualmente considerado) ou do tipo de produto (se alimentício, de higiene, têxtil etc.), sendo que o critério para tal seletividade é dado pelo próprio constituinte: o grau de essencialidade do produto. Leandro Paulsen Seletividade consiste: [...] em graduar as alíquotas de forma diferente segundo a essencialidade dos produtos, de modo que o imposto seja proporcionalmente mais elevado quanto mais supérfluo for o produto tributado, e os produtos indispensáveis tenham pouca ou nenhuma tributação. José Maurício Conti. SELETIVIDADE NO IPI –OBRIGATÓRIA Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: IV -produtos industrializados; § 3º - O imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; Ex. Tabela de Incidência do Imposto sobre ProdutosIndustrializados –TIPI –aprovação pelo Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006. RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 25 a) produtos necessários (a.1) à vida–como o pão, o sal, os calçados populares, o vestuário comum, certos medicamentos etc., que deverão ser isentos ou não tributados, ou tributados mediante alíquotas módicas; (a.2) a certo tipo de produção ou ao desenvolvimento do país – tais como máquinas, aparelhos, equipamentos e materiais destinados à produção, ferramentas, certos veículos etc., que poderão ser isentados ou não tributados, ou tributados mediante alíquotas baixas; (b) produtos úteis: como latas, caixas, vasilhame em geral, agulhas, furadores, percevejos, alfinetes etc.; tais produtos são úteis, mas que não são indispensáveis, por isso, deverão ser tributados com alíquotas médias, sem razão para isenções. (c) produtos supérfluos: (c.1), suntuários, tais como joias, casacos de pele, caviar etc., (c.2) de vícios: bebidas, fumo, cigarro, cartas de jogar etc., que devem ser fortemente tributados. Dentro de cada categoria há sempre a possibilidade de gradação, que a legislação considera (JOSÉ AFONSO DA SILVA). Exemplos: produtos não tributados (NT) como feijões, batatas, tomates, cebolas. Os pães que estão sujeitos à alíquota de 0%. O açúcar que está sujeito à alíquota de 5%. As preparações e conservas de peixes como a sardinha, que estão sujeitas à alíquota de 0%. SELETIVIDADE NO ICMS – FACULTATIVA Art. 155 -Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre II- operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; §2º - O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: III- poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; SELETIVIDADE NO IPTU: Art. 156 - Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I -propriedade predial e territorial urbana; (...) § 1º-Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o Art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: (EC 29-2000) (...) II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. Variação da alíquota conforme o uso do imóvel: Ex. imóveis comerciais e residenciais. RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 26 Variação das alíquotas conforme a localização do imóvel. Ex. criação de tabelas distintas de alíquotas de IPTU para bairros de classe alta, média e baixa. Em relação ao IPTU, entendemos que a edição da EC 29/00, que modificou o art. 156, § 1º da CF/88 permitiu, em seu inciso II, que o IPTU tenha alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel, o que significa que o referido imposto municipal passa a ser seletivo em função do bairro, ou região da cidade, ou da finalidade comercial, atendendo à pretensa variação da capacidade contributiva. (CARNEIRO, 2009, p. 361). Ex. lotes urbanos onde o proprietário edifica uma estrutura que serve apenas para lazer, com piscina, salão de festas, playground, etc., sem cunho residencial. Seletivo, [...] é o imposto cujas alíquotas são diversas em razão da diversidade do objeto tributado. Assim, o IPTU será seletivo se as suas alíquotas forem diferentes para imóveis diferentes, seja essa diferença em razão da utilização, ou da localização, ou de um outro critério qualquer, mas sempre diferença de um imóvel para outro imóvel. (MACHADO, 2008, p. 192). TAXAS Previsão legal: art. 145, II, CF c/c art. 77, CTN Art. 145-A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; Art. 77 - As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. CONCEITO: “Taxa é um tributo cobrado de alguém que se utiliza de serviço público especifico e divisível, de caráter administrativo ou jurisdicional ou o tenha a sua disposição, e ainda quando provoca em seu beneficio ou por seu ato despesa especial aos cofres público. As taxas são espécies de exações classificáveis pela sua hipótese de incidência, como tributo vinculado a atividades realizadas pelo Poder Público. Logo, deve ser exigida pelas entidades impositoras (U, E, DF e M), não se admitindo a incidência em virtude de atividade de empresa privada. O fato gerador da taxa corresponde, obrigatoriamente, a um serviço público ou a exercício do poder de polícia que ocorre em relação ao sujeito passivo. Não existe a possibilidade de cobrança de taxa se não ocorrer uma efetiva atividade estatal (serviço ou fiscalização), embora seja possível a sua cobrança mesmo que o RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 27 contribuinte não se valha do serviço público, estando ele à sua disposição (utilização potencial dos serviços públicos compulsórios). Obs.: REFERIBILIDADE DAS TAXAS: consiste na referência direta e imediata entre a atuação do Estado na prestação de serviço público e a destinação dessa prestação para o contribuinte. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; OBS.: A competência tributária das taxas é comum a todos os entes federativo, entretanto, somente quem tem competência para prestar o serviço ou fiscalizar é que pode taxar (cobrar a taxa). As taxas configuram uma exação sinalagmática. Conseqüência: 1ª A hipótese legal das taxas deve configurar uma atuação do Estado que se refere diretamente ao obrigado. 2ª A hipótese legal da taxa somente pode eleger como sujeito ativo, a pessoa estatal competente para prestar serviço ou fiscalizar e com o contribuinte que se beneficia do serviço ou sofre ação fiscalizadora do Estado. 3ª A base de calculo das taxas deve sempre mensurar o custo da atuação do Estado proporcionalmente a cada obrigado. Valor da taxa deve o valor do custo da atividade. OBS.: Aplicam-se as taxas as anterioridades clássica ou anual e nonagesimal. Portanto o fato gerador da taxa é: 1. EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE POLÍCIA. 2. UTILIZAÇÃO EFETIVA OU POTENCIAL, DE SERVIÇO PÚBLICO ESPECÍFICO E DIVISÍVEL, PRESTADO AO CONTRIBUINTE OU POSTO A SUA DISPOSIÇÃO. Obs.: o fato gerador da taxa não é a prestação do serviço público, mas sim a utilização efetiva ou potencia por parte do contribuinte. A taxa é relação verticalizada. Os dois fatos imponíveis se adstringem a atuação estatal. Portanto,a taxa consiste em exação bilateral, contraprestacional ou Sinalagmático. À luz da concepção da exclusividade das taxas, seguindo a ordem imposta pelo art. 77, CTN podemos estabelecer duas espécies de taxas: -Taxa de polícia ou de fiscalização (art. 78) -Taxa de serviço ou de utilização (art. 79) RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 28 ANÁLISE DA TAXA DE POLÍCIA: “Taxa de polícia, também chamada de taxa de fiscalização, será exigida em virtude de atos de polícia, realizados pela Administração Pública pelos mais diversos órgãos ou entidades fiscalizadoras”. (SABBAG) Obs.: no caso da taxa de polícia é aquela que é administrativa pode de fiscalizar. Limitação ou disciplina dos direitos individuais em razão do interesse público, por intermédio de lei - fiscalização pelo poder público - atividade fiscalizatória Serviço prestado em relação a determinados indivíduos, especificamente, embora no interesse de toda coletividade. (Exercício do poder de polícia). O art. 78 do CTN define poder de polícia nos seguintes termos: “Art. 78 – Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos”. Regularização do poder de polícia: Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. OBS.: segundo a doutrina as taxas de polícia somente podem ser cobradas mediante o exercício efetivo desse poder. Entretanto, segundo entendimento do STJ e o STF, é prescindível a comprovação efetiva do exercício da fiscalização, em face da sua notoriedade. O STF entende por notoriedade, a conjugação de dois recursos: 1º competência para fiscalizar. 2º residência de órgão fiscalizador estruturado e em funcionamento. CARACTERÍSITICAS DO PODER DE POLÍCIA I –é inerente à administração pública e se reparte entre todos os níveis de governo (União, Estados Distrito Federal e Municípios). Atividade discricionária reconhecida ao governo, uma prerrogativa do direito público, não podendo ser substabelecida, ou seja, o poder de polícia é sempre exercido pela administração pública e jamais delegada a terceiros. II –tem por fundamento o interesse público e deve ser estabelecido sempre com essa finalidade. Em termos tributários, a lei enumera os objetivos de interesse público: segurança, higiene, ordem, costumes, disciplina da produção e do mercado, exercício de atividades dependentes RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 29 de concessão ou autorização do Poder Público, tranquilidade pública, respeito à propriedade e respeito aos direitos individuais ou coletivos. III –manifesta-se quando o Poder Público age limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, mediante o regulamento da prática de ato ou abstenção de fato. PRINCIPAIS TAXAS DE POLÍCIA a) Taxa de alvará ou de funcionamento (taxa de localização): exigida dos construtores de imóveis com vistas a remunerar município pela atividade fiscalizatória relativa às características da obra realizada. b) Taxa de fiscalização de anúncios: controle da exploração e utilização da publicidade na paisagem urbana, com vistas a evitar prejuízos à estética da cidade e à segurança dos munícipes. c) Taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários pela CVM: o fato gerador é o exercício do poder de polícia atribuído a Comissão de Valores Mobiliários (art. 2º, Lei. 7940/89). Súmula 665, STF: “é constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída pela Lei 7940/89”. d) Taxa de controle e fiscalização ambiental (TCFA): controlar e fiscalizar as atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais. É concedido ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –IBAMA o poder fiscalizador. Lei Federal 10.165/00. Segundo o art. 78, CTN, pagar-se-á taxa de polícia em virtude do exercício regular do poder de polícia administrativa. Polícia administrativa é a função da polícia como órgão de prevenção com o objetivo de prestar a segurança pública e, que a função de polícia judiciária, é voltada à repressão e tem por objetivo a conduta típica. A polícia administrativa incide nas atividades das pessoas, na liberdade e nos direitos fundamentais, já a polícia judiciária incide nas pessoas, no seu direito de ir e vir, e é voltada à repressão da conduta típica (MOREIRA NETO, 2005) ANÁLISE TAXA DE SERVIÇO Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador [...] a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição Atualmente a taxa para confecção do novo passaporte é de R$ 156,07. DIA – 20/03. TAXA DE SERVIÇO OU UTILIZAÇÃO: RESUMO PARA 1ª AVALIAÇÃO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II – 9º PERÍODO 2015 OBS: Resumo elaborado pelos acadêmicos Michel Bruno e Ricardo L. - 9º Período B com base em Slides e Explicações da profª Maria Fernanda em sala de aula. 30 SERVIÇO PÚBLICO ESPECÍFICO E DIVISÍVEL FATO GERADOR - utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível [...] Perg. Efetiva ou potencia por quê? Há determinados serviços públicos em que é possível a nós contribuintes utilizarmos daquele serviço, mas há outros que o ente pode cobrar de nós a taxa, sem que agente frua, ou seja, sem a sua utilização efetiva pelo contribuinte, simplesmente porque aquele serviço a nossa disposição. Ex. Taxa de lixo (utilização compulsória); Obs. A doutrina chama isso de Utilização Compulsória. Ex. Tratamento de esgoto. Obs. Se o serviço é prestado diretamente pelo Poder Público e, especifico e divisível, nesse caso pode ser TAXA. Atenção. Se o Poder Público delega essa prestação de serviço para uma entidade privada, tem-se a desnaturação da característica de tributo e agora passa a ser TARIFA OU PREÇO PÚBLICO. Taxa de Segurança Pública – foi declarada inconstitucional pelo STF, porque a segurança pública é um dever do Estado e é um direito de todos. Taxa de Incêndio – o STF entende que a mesma é constitucional. Ela serve não apenas para a contenção do incêndio, mas também para a sua prevenção. - Disponibilização de serviços públicos que se caracterizem pela divisibilidade e especificidade. - Requisitos cumulativos art. 79, II e III, CTN. “Toda atividade material que a lei atribui ao Estado, para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público". (DI PIETRO) “Toda atividade
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