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DIREITO EMPRESARIAL I - casos concretos - 5º semestre

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FICHAMENTO & CASOS CONCRETOS 
5º semestre 
DIREITO EMPRESARIAL I 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO 
AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
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REGRAS GERAIS DO DIREITO DA EMPRESA NO CC/02 
 
1 – O CONCEITO DE EMPRESÁRIO: De acordo com o (Art. 966, CC/02), 
empresário é aquele que exerce uma atividade mercantil profissionalmente, 
com finalidades econômicas e de forma organizada. 
 
Quando fala-se em atividade profissional, o código traduz que o agente para 
que seja considerado empresário, deverá exerce como principal função a 
atividade mercantil, aquele que só executa a mesma de forma esporádica, não 
deve ser tutelado pelo direito empresarial. 
 
Quando se destaca finalidades econômicas, espera-se que a empresa tenha 
sempre em vista o lucro, a atividade surge somente para este fim. 
 
Quanto a produção organizada, espera-se que o empresário tenha como 
meta principal a produção de bens e serviços, sempre de forma organizada, 
porém nem sempre isso ocorre, como é o caso dos microempreendedores, 
estes muitas das vezes não tem produção ou ainda não tem organização 
empresarial. 
 
1.1 Empresário individual x sociedade empresária: Antes de adentrarmos 
aos aspectos diferenciadores da sociedade empresária e do empresário 
individual, temos que nos atentar ao fato que o termo empresário é utilizado 
de forma genérica, ou seja, podemos ter uma pessoa física empresária, 
também chamado de empresário individual, ou uma pessoa jurídica 
empresária, também chamada de sociedade empresarial. 
 
A distinção entre essas duas modalidades de empresário, implica em diversos 
campos, entre eles podemos destacar o econômico. Enquanto que o 
empresário individual responde sozinho pelos insucessos de sua empreitada, 
a sociedade empresarial responde socialmente, em outras palavras, caso um 
empresário individual quebre, seus bens particulares serão usados para 
quitar suas dívidas, já na sociedade empresarial, essa mesma situação terá 
efeito diferente. Se a sociedade empresarial for subsidiaria, primeiro será 
utilizado os bens da sociedade, somente depois se utilizará os bens dos sócios, 
porém se ela for limitada, não se poderá utilizar os bens dos sócios, somente 
em caso de descaracterização da personalidade jurídica, que só ocorrerá se 
algum sócio agir de má-fé ou ilicitamente. 
 
1.1.1 A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI): Após 
anos de luta, o governo resolve reconhecer a figura do empresário individual de 
 
 
FICHAMENTO & CASOS CONCRETOS 
5º semestre 
DIREITO EMPRESARIAL I 
 
 
 
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responsabilidade limitada, ou seja, aquele que atua como empresa e tem seus 
bens particulares protegidos. 
 
Porém alguns críticos dizem que o governo deveria ter criado também a figura 
da sociedade limitada unipessoal, onde um só membro poderia ser detentor 
de 100% das cotas e ao mesmo tempo seria protegido pela limitação do seu 
patrimônio. 
 
A ideia de surgimento da empresa individual de responsabilidade limitada é 
para acabar com a pratica corriqueira que acontecia no Brasil, onde os 
empresários abriam sociedades, em que um dos membros era detentor 
somente de 1% do capital, isso para proteger seu patrimônio. 
 
Outro fator importante é que a empresa individual de responsabilidade 
limitada, só pode ser gerenciada por uma pessoa natural, não sendo a 
pessoa jurídica capaz de tal ato. 
 
1.1.1.1 A nomenclatura: O legislador pecou ao utilizar o termo empresa 
individual de responsabilidade limitada, isso por que empresa, como foi 
visto, é a atividade, ao passo que o termo mais adequado seria: empresário 
individual de responsabilidade limitada. 
 
1.1.1.2 A exigência de capital mínimo: O capital mínimo é regra somente 
para abertura da empresa, sendo necessário capital igual ou superior a 100 
(cem) vezes o salário mínimo vigente no país. 
 
1.1.1.3 Natureza jurídica da EIRELI: A EIRELI instituí-o no Código Civil, um 
novo tipo de personalidade jurídica, assim ela nem é gerenciada por pessoa 
física, nem por pessoa jurídica. Como visto nos tópicos anteriores, 
poderíamos ter um empresário individual de responsabilidade limitada, 
onde ao iniciar os trabalhos de empresário ele faria um levantamento e registro 
dos bens da empresa na junta comercial, ou ainda, sociedade limitada 
unipessoal, que influenciaria diretamente na sociedade, fazendo com que 
fosse possível uma só pessoa instituir uma sociedade. 
 
Fonte de discordância é sobre a natureza da EIRELI, alguns acreditam ser a 
EIRELI uma sub espécie da sociedade, porém a doutrina majoritária entende 
que a EIRELI cria uma nova personalidade jurídica. 
 
1.1.1.4 O nome empresarial: A EIRELI pode usar tanto o firma, quanto 
denominação. 
 
1.1.1.5 O veto ao § 4º do art. 980-A: O veto feito para este parágrafo atinge 
diretamente a questão da responsabilidade limitada, porém isso não significa 
 
 
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que o patrimônio da EIRELI deve ser confundido com o patrimônio da pessoa 
natural, esse veto só houve por que na redação do § 4º trazia a seguinte 
expressão: “em qualquer situação”, o que não é correto, uma vez que temos os 
casos da descaracterização da pessoa jurídica. 
 
1.1.1.6 Constituição por pessoa jurídica: Fonte de grande discordância na 
doutrina atual é a questão da EIRELI ser constituída por uma pessoa jurídica, o 
entendimento de alguns é que pode, uma vez que não há um impedimento 
legal, porém a V Jornada de Direito Civil, entende que não. 
 
1.1.1.7 Constituição de mais de uma EIRELI: Existe uma proibição quanto a 
abertura de duas ou mais EIRELIS pela mesma pessoa, o que para muitos é 
um absurdo, afinal, você pode querer atuar em áreas distintas sobre a proteção 
do regimento da EIRELI. 
 
1.2 Agentes econômicos excluídos do conceito de empresário: Existem 
alguns agentes, que embora exerçam atividade que normalmente seria 
qualificada como empresarial, não são considerados como empresários, isso 
em virtude de a lei tratar os mesmo de forma particular, entre eles temos: 
Atividades Intelectuais (Profissional liberal), a sociedade simples, 
exercem-te de atividade rural e a cooperativa. 
 
1.2.1 Profissionais intelectuais: A respeito dos profissionais intelectuais, o 
(Parágrafo Único, Art. 966, CC/02), preceitua que não serão considerados 
como empresários, aqueles que exercerem profissão de cunho estritamente 
intelectual, como os artistas, médicos, advogados, mas só isso não basta, é 
pacifico na doutrina que um médico pode sim vim a se tornar um empresário, o 
que o diferencia desta última função, são alguns elementos de natureza 
objetiva e subjetiva, entre os de natureza objetiva observa-se se o médico 
desempenha função com o organização empresarial, visando o lucro, entre os 
outros elementos da empresa, sobre esse tema, destaquemos a passagem do 
professor ANDRÉ LUIZ SANTA CRUZ RAMOS: 
 
Por fim, registre-se que um erro muito comum de análise da situação especifica 
dos profissionais intelectuais e caracteriza-los como empresários em função da 
dimensão que sua atividade econômica adquire. O ceme da questão não e 
esse, mas, repita-se, a verificação da organização dos fatores de produção, de 
modo a se constatar a constituição de um verdadeiro estabelecimento 
empresarial, ainda que esse seja de pequeníssima dimensão. 
 
1.2.2 As sociedades simples (sociedadesuniprofissionais): A regra trazida 
no tópico anterior, não serve somente para os profissionais intelectuais que 
atuam de forma isolada, a mesma serve também para os que decidem formar 
uma sociedade uniprofissional, ou seja, uma sociedade composta por 
 
 
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profissionais da mesma área que decidem por aplicar seus conhecimentos, 
sendo assim o objeto social dessas sociedades é a exploração de suas 
profissões. 
 
Ainda com base no (Art. 982, CC/02), é considerada como empresária toda 
sociedade que tenha por objeto social o exercício da atividade de empresário, 
sendo as demais consideradas como sociedades simples. 
 
1.2.2.1 As sociedades de advogados: Os (Arts. 15 e 17, Lei 8.906/1994), que 
regulam o exercício da advocacia, define que a sociedade de advogados é uma 
sociedade civil, em outras palavras, sociedade uniprofissional, assim sendo 
ela não seria regida pelo (Art. 966, CC/02), porém alguns doutrinadores, 
identificam a presença do elemento empresa (organização dos fatores de 
produção) neste tipo de sociedade, fato que os levam a pensar se essa lei não 
precisa de uma reformulação. 
 
1.2.3 O exercente de atividade econômica rural: A lei, assim como fez com 
as sociedades simples, determinou que aqueles que exerçam atividade 
econômica rural, não são obrigados a registarem-se em junta mercantil, 
porém pode fazê-lo se a atividade constituir sua principal função, nos termos do 
(Art. 971, CC/02). 
 
1.2.4 Sociedades cooperativas: Antes de adentrarmos ao mérito da questão, 
é importante frisar que uma sociedade pode assumir a forma empresária ou 
simples, isso vai depender de critérios materiais estabelecidos no (Art. 966, 
CC/02), conforme prescreve o citado professor: 
 
E o objeto explorado pela sociedade, por conseguinte, que define a sua 
natureza empresarial ou não. Assim, se uma sociedade explora atividade 
empresarial, será considerada uma sociedade empresaria, registrando-se na 
Junta Comercial e submetendo-se ao regime jurídico empresarial. Se, todavia, 
uma sociedade não explora atividade empresarial, será considerada uma 
sociedade simples - terminologia adotada pelo novo Código Civil, em 
substituição a expressão sociedade civil do regime anterior - registrando-se no 
cartório de registro civil de pessoas jurídicas. 
 
A dúvida paira sobre os casos de cooperativa, poderiam ser elas classificadas 
como empresariais ou simples? Nesse sentido a resposta encontra-se no 
(Art. 982, CC/02), que define as cooperativas como sendo sempre uma 
sociedade simples, seja para fins econômicos ou não. 
 
2 – EMPRESÁRIO INDIVIDUAL: Vimos anteriormente que empresário 
individual, é todo aquele que exerce e pode exercer legalmente atividade 
 
 
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empresarial com fins lucrativos, vejamos agora as regras contidas no (Art. 966 
ao 971, CC/02) referentes ao exercício da atividade empresarial. 
 
2.1 Impedimentos legais: A lei cuidou de impedir que alguns dos cidadãos 
exerçam livremente a função de empresa, na maioria destes, os impedidos são 
funcionários públicos, entre eles: servidores públicos federais, magistrados, 
membros do Ministério Público, militares e condenados a certos crimes 
relacionados na norma. 
Nessa diapasão é importante salientar, que o impedimento é para com o 
indivíduo, neste caso, impedido que o mesmo exerça função de gerente, 
administrador, empresário, porém nada impede que o mesmo seja sócio em 
uma empresa, neste caso o empresário é a pessoa jurídica, possibilitando 
assim que o impedido possa sim atuar no mundo empresarial, desde que não 
assuma as funções relatadas acima. 
 
2.2 Incapacidade: Como expresso no (Art. 972, CC/02), só pode exercer 
atividade empresarial, os não impedidos legalmente e os em pleno gozo da 
capacidade civil. 
 
2.2.1 Hipóteses excepcionais de exercício individual de empresa por 
incapaz: O código civil abre duas exceções para que o incapaz exerça 
atividade empresarial. O (Art. 974, CC/02) diz: “Poderá o incapaz, por meio de 
representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida 
por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança “, ou seja, o 
incapaz desde que assistido ou representado, poderá continuar exercendo a 
atividade empresário do tempo que era capaz, ou ainda, em caso de herança 
mortis causa. 
Ressalva importante é que a atividade empresarial citada no Artigo, diz respeito 
a atividade empresarial individual, ou seja, não se fala de sociedade, dessa 
forma a própria pessoa assume a personalidade de empresário por meio de 
uma ficção, diferente do que ocorre nas sociedades, onde o empresário é a 
pessoa jurídica. Essa diferença ainda traz reflexos no campo dos bens, uma 
vez que os bens do empresário individual se confundem com os da empresa, 
dessa forma o ordenamento instituí-o uma proteção invocando o (§ 2º, Art. 974, 
CC/02), no qual é expresso que os bens do incapaz que já o eram ao tempo do 
início da atividade empresarial, ficam assegurados, devendo o juiz no ato do 
alvará, fazer constar a lista desses bens. 
Compete ao juiz ainda, realizar um estudo afim de conceder o alvará para que 
o incapaz proceda na continuação do exercício da empresa, bem como no 
impedimento do representante ou assistente, definir os gerentes que irão 
gerenciar para o incapaz (Art. 975, CC/02). Em tempo, a prova de 
emancipação, deverá se fazer constar em Registro Público de Empresas 
Mercantis (Art.976, CC/02). 
 
 
 
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Por fim, as hipóteses que foram tratadas nos artigos acima, não contemplam a 
figura do maior de 16 anos e menor de 18, pois nos termos do (Art. 5º CC/02), 
ele será considerado emancipado, tendo plenos atos para a vida civil. Alguns 
doutrinadores discordam dessa tese, uma vez que não poderá o emancipado 
sofre a responsabilização penal pelos crimes falimentares, em razão de 
serem penalmente inimputáveis. Contudo por entendimento da III Jornada de 
Direito Civil, o emancipado não fará jus ao pedido de concordata, uma vez 
que precisa ao menos de 2 (dois) anos de atividade para solicitar a mesma. 
 
2.3 Empresário individual casado: Com relação a questão do casamento, ela 
só é prevista em situação de empresário individual, uma vez que a pessoa 
jurídica não pode casar, assim sendo o código civil diz que independente do 
regime de bens, o empresário pode alienar os bens da empresa sem depender 
de autorização da conjugue (Art. 978, CC/02), ainda, devem todos os seus atos 
da vida civil, separação judicial ou reconciliação, bem como, declarações 
antenupciais, herança, título de doação, ou legado, tudo deve ser arquivados 
e averbados em Cartório de Registro de Empresas Mercantis. 
 
3 – REGISTRO DO EMPRESÁRIO: O registro do empresário é condição 
fundamental para regularização da atividade empresarial. Como foi dito, o 
registro é importante para regularização, ou seja, o empresário que não tiver 
registro não deixará de ser considerado empresário, sendo que neste caso ele 
será um empresário irregular. 
 
A inscrição deverá ser feita no Registro Público de Empresas Mercantis, que 
fica dentro da Junta Comercial, fica determinado ainda pelo(Art. 969, CC/02), 
que o empresário que instituir sucursal, filial ou agência, fora da jurisdição de 
sua junta comercial, deverá registrar a mesma na nova junta, bem como 
averbar as informações na sua junta de origem. 
 
Filial, define-se, por sociedade empresária que atua sob supervisão de uma 
outra, chama de matriz, mas tem personalidade jurídica e bens próprios. 
Agência, é um órgão que tem por função prestar serviço e atua de forma 
intermediária e por fim temos a Sucursal, é um ponto de negócio acessório e 
distinto do principal, sendo que sua função é tratar dos negócios do principal 
e ainda fica a ele subordinado. 
 
Por fim, não custa repetir e lembrar: 
(i) a única exceção, como visto, em relação a obrigatoriedade do registro e a 
referente aos exercentes de atividade econômica rural, os quais possuem 
a simples faculdade de registrar- -se na Junta Comercial, conforme 
estabelece o art. 971 do Código Civil, já analisado; 
 
 
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(ii) a Lei 8.906/1994 (Estatuto da OAB), em seu art. 1°, §2°, determina que os 
atos de registro de empresários individuais e de sociedades empresarias 
devem estar visados por um advogado. 
 
4.1 A lei de Registro Público de empresas mercantis (Lei 8.934/1994): A Lei 
8.934/1994 tem como função formalizar o registro das empresas mercantis, 
sendo o DNRC, Departamento Nacional de Registro do Comércio, órgão 
central da SINREM, que tem como função orientar e coordenar, e as Juntas 
Comerciais, como órgãos locais com função executora e administrativa. 
A doutrina é pacifica no sentido que as Juntas Comerciais são de 
subordinação hibrida, ou seja, no plano técnico se submetem ao DNRC, já no 
plano administrativo, são submissas a Administração Estadual, em face 
disso, defende o professor ANDRÉ LUIZ SANTA CRUZ RAMOS: 
 
Em razão desse caráter hibrido de subordinação das Juntas Comerciais (ao 
Estado-membro respectivo e ao DNRC), o Superior Tribunal de Justiça 
consolidou entendimento de que há uma divisão de competência para apreciar 
ações judiciais em que a Junta Comercial seja parte. Tratando-se de matéria 
administrativa, a competência para processar e julgar as ações em que a Junta 
figure num dos polos da demanda e da Justiça comum estadual. Em 
contrapartida, em se tratando de matéria técnica, relativa ao registro de 
empresa, a competência passa a ser da Justiça Federal, em virtude do 
interesse na causa do DNRC, conforme preceitua o art. 109, inciso I, da 
Constituição Federal. 
Porém o STJ entendeu que nos casos em que a Junta Comercial, por decisão 
de seu presidente, realizar algum ato que traga a discursão da lisura de tal ato, 
neste caso a competência é da Justiça Federal. 
 
4.2 Os atos de registro: A Junta Comercial, tem competência para 
Matrícula, Arquivamento e Autenticação. 
Na explicação de cada ato da junta, irei me apropriar das palavras do sabido 
mestre ANDRÉ LUIZ SANTA CRUZ RAMOS: 
 
Matricula e um ato de registro praticado pela Junta que se refere a alguns 
profissionais específicos, os chamados auxiliares do comercio: leiloeiros, 
tradutores públicos, interpretes, trapicheiros e administradores de 
Armazéns-gerais. Nesse caso, a Junta funciona, grosso modo, como órgão 
regulador da profissão: 
O arquivamento e o ato de registro que diz respeito, basicamente, aos atos 
constitutivos da sociedade empresaria ou do empresário individual. Deve ser 
feito o arquivamento na Junta Comercial, segundo o art. 32, inciso II, da Lei 
8,934/1994: 
a) dos documentos relativos a constituição, alteração, dissolução e extinção de 
firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas; 
 
 
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b) dos atos relativos a consorcio e grupo de sociedade de que trata a Lei 6.404, 
de 15 de dezembro de 1976; 
c) dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras autorizadas a 
funcionar no Brasil; 
d) das declarações de microempresa; e 
e) de atos ou documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos ao 
Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins ou daqueles que 
possam interessar ao empresário e as empresas mercantis”. 
 
Quanto ao arquivamento dos atos constitutivos das cooperativas nas Juntas 
Comerciais, conforme previsão constante da parte final da alínea “a” do 
dispositivo legal transcrito acima, estabeleceu-se uma interessante polemica 
sobre o tema após a entrada do Código Civil de 2002. E que as cooperativas 
são consideradas sociedades simples por determinação legal (art. 982, 
parágrafo único, do Código Civil), submetendo-se, em tese, ao registro no 
Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, e não nas Juntas Comerciais 
(art. 1.150 do Código Civil). Todavia, o art. 18 da Lei 5.764/1971 (Lei do 
Cooperativismo) e a regra citada no parágrafo anterior preveem que as 
cooperativas devem ser registradas nas Juntas Comerciais. No mesmo sentido 
do Código Civil de 2002, ademais, e o enunciado 69 do CJF: “as sociedades 
cooperativas são sociedades simples sujeitas a inscrição nas Juntas 
Comerciais”. Na pratica, e isso o que tem prevalecido. 
 
Por fim, a autenticação e ato de registro que se refere aos instrumentos de 
escrituração contábil do empresário (livros empresariais) e dos agentes 
auxiliares do comercio. A autenticação e um requisito extrínseco de 
regularidade na escrituração, como se verá adiante. Destaque-se que, segundo 
o disposto no art. 1.154 do Código Civil, o ato sujeito a registro não pode ser 
oposto a terceiros antes do cumprimento das formalidades exigidas, salvo se 
houver prova de que o terceiro o conhecia. A norma e plenamente justificável, e 
possui outros dispositivos correlatos, que representam verdadeiro 
desdobramento do seu conteúdo normativo (por exemplo, Arts. 1.015, 
parágrafo único, II, e 1.174, ambos do Código Civil). Com efeito, se as Juntas 
Comerciais são o órgão de registro público dos empresários e das sociedades 
empresarias, sua função precípua e tomar públicos os atos desses agentes 
econômicos, a fim de se tomarem conhecidos de terceiros e a eles poderem 
ser opostos. 
 
4.3 A estrutura organizacional das Jutas Comerciais: A organização da 
junta segue o que prescreve a Lei 8.934/1994, onde cita: 
I. A Presidência, como órgão diretivo e representativo; 
II. O Plenário, como órgão deliberativo superior; 
III. As Turmas, como órgãos deliberativos inferiores; 
IV. A Secretária-geral, como órgão administrativo; 
 
 
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V. A Procuradoria, como órgão de fiscalização e de consulta jurídica. 
 
Os membros das juntas que tem a função de decidir sobre os atos de registros, 
são denominados de vogais, sendo nomeados pelo Ministro no caso do 
Distrito Federal, ou pelos Governadores no caso dos demais Estados. 
 
4.4 O processo decisório nas Juntas Comerciais: Os documentos que 
tratam o (Inc. II, Art. 32, Lei 8.934/1994), devem ser apresentados para 
arquivamento em um prazo máximo de 30 (trinta) dias da aprovação do 
documento, sob pena de os atos decididos só serem considerados validos, 
após o arquivamento. A exemplo imagine que o contrato social de uma 
empresa tenha sofrido alteração, se os sócios não arquivarem o mesmo 
dentrodo prazo, seus efeitos só surtirão a partir da data de arquivamento, mas 
se ao contrário eles o fizerem dentro do prazo, seus efeitos retroagirão a data 
que foi celebrada a alteração, nesse sentido temos que os efeitos são ex tunc, 
quando o registro ocorre dentro do prazo, e ex nunc, quando não ocorre. 
 
Em suma, as decisões da junta, são decididas pelo Presidente, pelos Vogais 
ou por qualquer servidor com notório conhecimento em direito comercial, mas 
alguns casos por serem considerados complexos, são remetidos ao colegiado, 
como traz ANDRÉ LUIZ SANTA CRUZ RAMOS: 
 
I - o arquivamento: 
a), dos atos de constituição de sociedades anônimas, bem como das atas de 
assembleias-gerais e demais atos, relativos a essas sociedades, sujeitos ao 
Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; 
b) dos atos referentes a transformação, incorporação, fusão e cisão de 
empresas mercantis; 
c) dos atos de constituição e alterações de consorcio e de grupo de 
sociedades, conforme previsto na Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976; 
II - o julgamento do recurso previsto nesta lei”. 
 
Quanto aos prazos, temos que os pedidos submetidos a decisões colegiadas, 
tem um prazo máximo de 5 (cinco) dias, ao passo que os enviados a decisões 
singulares tem um prazo máximo de 2 (dois) dias. É preciso ainda salientar que 
as juntas devem se ater ao exame do cumprimento das formalidades legais, 
não cabendo a mesma entrar no mérito do ato praticado. Cabe a junta ainda 
deferir ou indeferir um pedido, a depender se o vício é sanável ou não, neste 
caso aquele que requereu tem o direito de entrar com os seguintes recursos: 
 
I. Pedido de reconsideração; 
II. Recurso ao plenário; 
III. Recurso ao Ministro de Estado. 
 
 
 
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O Pedido de Recuperação, terá por objeto a revisão de despachos 
singulares ou de colegiados, sempre que os mesmos se referirem a 
exigências para deferimento do arquivamento, sendo no prazo de 3 (três) 
dias para as decisões singulares e 5 (cinco) para os colegiados (Art. 45, Lei 
8.934/1994). 
 
O Recurso ao Plenário poderá ser invocado, sempre que se tratar de decisão 
definitiva (Art. 46, Lei 8.934/1994). 
 
Por fim, temos o Recurso ao Ministro de Estado, este pode ser utilizado 
sempre contra as decisões proferidas no plenário da junta (Art. 47, Lei 
8.934/1994). 
 
4.5 A publicidade dos atos de registro: Todos os registros de documentos e 
deliberações arquivadas junto as juntas, são de origem pública, podendo ser 
por qualquer um solicitada sem a necessidade de expressar os motivos. 
 
5 – ESCRITURAÇÃO DO EMPRESÁRIO: Todo empresário tem por obrigação 
manter um sistema de escrituração de sua empresa, sob possibilidade de 
responder criminalmente por falsificação, além de fazer anualmente dois 
balanços financeiros, o patrimonial e o de resultado econômico. 
 
O livro de escrituração, não precisa necessariamente ser um livro, deve ser 
elaborado por um profissional habilitado, neste caso o contabilista. Existem 
casos em que na cidade não há um contabilista, nestes casos o livro pode ser 
feito por outro funcionário ou pelo próprio empresário. 
 
O diário é um livro de posse obrigatória do empresário, podendo ser 
substituído por fichas em caso de escrituração mecânica ou eletrônica. No 
diário deve constar de forma detalhada ou não, todas as operações da 
empresa, bem como, o balanço patrimonial e o resultado econômico, ambos 
assinados por técnico. 
 
Ainda pode existir alguns livros que são cobrados somente de empresários 
específicos, isso graças ao ramo que eles atuam. 
 
5.1 A situação especial dos microempresários e empresários de pequeno 
porte: Devido as particularidades do microempresário (ME) e do empresário de 
pequeno porte (EPP), ambos são dispensados da obrigação de fazer o livro de 
escrituração (Art. 1.179, § 2º, CC/02), que remete ao (Art. 970, CC/02), neste 
momento nos deparamos com um primeiro problema. 
 
No citado (Art. 970, CC/02), o mesmo faz referência a pequeno empresário, o 
que gerou dúvida entre os doutrinadores, uma vez que a própria CF/88 utiliza o 
 
 
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termo microempresário e pequeno empresário, dessa forma surge a dúvida 
se o interesse do legislador era criar uma nova categoria de empresário ou 
essa englobaria as duas anteriores? Nesse sentido o CJF decidiu que o termo 
se refere aos dois anteriores. 
 
Mas não para por ai, na parte final do (Art. 970, CC/02), ele diz que as 
empresas estariam dispensadas somente para efeito de inscrição e aos 
efeitos decorrentes, nesse caso eles estariam de fato dispensados do livro de 
escritura? 
 
5.2 O sigilo empresarial: Os livros empresariais, são dotados de sigilo, isso 
significa que eles não podem ser acessados de forma indiscriminada, só em 
alguns casos que a legislação permite (Art. 1.190, CC/02). Entre esses casos, 
podemos destacar: por motivo de fiscalização fazendária ou ordem judicial. 
 
Quando for por ordem judicial, a exposição poderá ser total ou parcial, no 
caso da exibição total, essa pode ocorre a requerimento do interessado e 
quando for em situações de sucessão, comunhão, falência, entre outros (Art. 
1.191, CC/02), porém em caso de sociedade anônima, ou S/A, o juiz poderá 
autoriza a requerimento de um dos sócios que tenha uma conta igual ou 
superior a 5%, em casos que tenha suspeita de irregularidades ou violação ao 
estatuto. 
 
A exibição parcial por sua vez, pode ocorrer de ofício ou a requerimento das 
partes, em qualquer ato processual, porém ela não se estende aos livros 
auxiliares, uma vez que este não é de posse obrigatória, logo, não se presume 
que os mesmos existam, porém se ficar comprovado que existe um livro 
acessório e o mesmo é crucial, o juiz pode determinar sua exibição. 
 
5.3 A eficácia probatória dos livros empresariais: Os livros empresariais 
possuem força probante, ou seja, eles podem ser utilizados para resolução de 
problemas. Quando a eficácia probatória dos livros empresariais, os 
mesmos provam contra o seu autor, porém podem também provar à favor, 
para isso é preciso que esteja corretamente preenchido, ao passo que para 
provar contra, essa necessidade é dispensada. 
 
6 – NOME EMPRESARIAL: Assim como as pessoas físicas, os empresário 
(individual ou sociedade), são possuidores de um nome, que os definem. Esse 
nome é tão importante, que o STJ em decisão, determinou que em situação de 
mudança de nome, seja mudado também as procurações que envolviam tal 
empresa. 
 
É importante não confundir nome com fantasia, marca, nome do domínio, entre 
outros. Marca é o símbolo utilizado pela empresa e seus produtos, é o que a 
 
 
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descreve de forma simplificada, para facilitar aos consumidores, já o nome 
fantasia está relacionado com o apelido utilizado pelas empresas e por fim 
temos o nome de domínio, este é o endereço eletrônico utilizado pelas 
empresas. 
 
6.1 Espécie de nome empresarial: Segundo o (Art. 1.155, CC/02), existem 
duas espécies de nome empresarial, sendo a firma ou denominação. 
 
A firma é utilizada pela empresa individual ou social, devendo fazerconstar o 
nome civil do empresário ou de um ou mais sócios, bem como o ramo de 
atuação da empresa. 
 
A determinação só pode ser social, pode ser formada por qualquer expressão 
linguística, acompanhado sempre do ramo ou atividade da empresa. 
 
A doutrina diz que a firma deve ser usada em regra pelos empresário 
individuais e pelas sociedades onde os sócios tenha a responsabilidade 
ilimitada, já a denominação é usada em regra pela sociedade empresarial. 
Diz-se em regra por que pode ocorrer de uma sociedade limitada usar a firma 
social: 
 
Arts. 2° e 3° da IN/DNRC 104/2007. O art. 2° prevê que “firma e o nome 
utilizado pelo empresário, pela sociedade em que houver sócio de 
responsabilidade ilimitada e, de forma facultativa, pela sociedade 
limitada”. O art. 3°, por sua vez, prevê que “denominação e o nome 
utilizado pela sociedade anônima e cooperativa e, em caráter opcional, 
pela sociedade limitada e em comandita por ações”. 
 
Outra diferenciação é quanto a assinatura, no caso da firma, o empresário 
individual ou social pode assinar utilizando o nome da mesma, já no caso da 
denominação, é obrigatório ao empresário utilizar seu nome civil nas 
assinaturas. 
 
6.2 O nome empresarial das sociedades: O nome empresarial das 
sociedades, podem variar de acordo com o tipo de sociedade empresarial, 
assim, a sociedade limitada, deve fazer constar em seu nome o termo 
“limitada”, seja de forma completa ou abreviada, seja para firma ou 
denominação (Art. 1.158, CC/02). 
 
No caso de sociedade com sócios de responsabilidade ilimitada, os 
mesmo operarão sob a firma, fazendo constar o nome civil deles bem como a 
expressão “e companhia” (Art. 1.157, CC/02). 
 
 
 
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Se tratando de sociedade anônima, deve constar uma expressão qualquer 
acompanhada do termo “sociedade anônima” ou “companhia”, podendo ainda 
utilizar o nome de algum sócio ou pessoa importante para a sociedade (Art. 
1.160, CC/02), porém se a sociedade for comandita por ações, deve constar 
o termo “comandita por ações” (Art. 1.161, CC/02). 
 
No caso do empresário individual ou sociedade empresária, se 
enquadrarem como microempresa ou empresa de pequeno porte, deve 
constar os termos MP ou EPP no final do nome. 
 
Por fim, no que se refere a sociedade simples, o (Art. 997, Inc. II, CC/02), traz 
em sua redação que este tipo de sociedade deve utilizar sempre sua 
denominação, o que faz com que muitos acreditem que tal sociedade não 
possam utilizar firma, porém isso não é verdade, o CJF no enunciado 213 já 
decidiu. 
 
6.3 Princípios que norteiam a formação do nome empresarial: O princípio 
da veracidade e novidade, regulam a criação do nome empresarial. Com 
base no princípio da veracidade, o nome empresarial deve conter somente 
verdades, ou seja, o nome dos sócios, regime da empresa, entre outras 
informações. Existem ainda algumas situações que obrigam, com base no 
princípio da veracidade, a mudança no nome empresarial, entre elas podemos 
destacar: nome já existente, morte ou saída de algum sócio ou quando houver 
transformação, fusão, etc. 
 
Quanto ao princípio da novidade, este tem como principal função evitar que o 
nome empresarial seja duplicado, ou seja, ao registrar os documentos na junta 
comercial, essa deve verificar se naquele estado possui alguma empresa com 
o mesmo nome, em alguns casos a empresa ganha o direito de ter o nome 
reservado em todo país. Caso algum empresário tenha o nome de sua 
empresa utilizado por um outro, cabe a ele a qualquer tempo solicitar 
cancelamento deste, antigamente esse prazo era prescricional, mas o novo 
código retirou essa prescrição. Por fim, temos quanto a alienação do nome 
empresarial, pois o (Art. 1.164, CC/02), diz que o nome empresarial é 
inalienável, porém pode acontecer de você alugar um prédio que funcionava 
uma empresa (trespasse) e deixar acordado com o alienante que você 
continuará utilizando seu nome. 
 
6.4 Alguns entendimentos relevantes do DNRC acerca da proteção ao 
nome empresarial: O DNRC, Departamento Nacional de Registro do 
Comércio, tem a entre outras, a função de regular quanto ao nome da 
empresa, para isso foi elaborado uma instrução normativa interna. 
 
 
 
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6.5 A proteção ao nome empresarial na jurisprudência do STJ: O STJ já 
deu parecer sobre a ocorrência de nomes coligados, em suma, procura-se 
analisar o ponto de vista dos clientes, se estes conseguirão observar a 
distinção entre as empresas. 
 
7 – ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL: Quando se fala em 
estabelecimento empresarial as pessoas entendem-se ser um local no qual a 
empresa está instalada, mas não é só isso, o estabelecimento compreende 
todo um conjunto de bens, materiais ou imateriais, que o empresário utiliza 
para o exercício de sua profissão. 
 
Importante é ressaltar a diferença entre bens do patrimônio do empresário e 
estabelecimento empresarial, nem todo bem que integra o patrimônio do 
empresário faz parte do estabelecimento empresarial, para isso, é preciso que 
seja notado um liame entre o bem e o exercício da atividade empresarial. 
 
Por fim, estabelecimento empresarial, engloba todo o conjunto de bens 
necessários à pratica da atividade empresarial, assim um clube de campo de 
uma sociedade, pode não ser considerado parte do estabelecimento, isso por 
que sem o clube a empresa mantém normalmente suas atividades. 
 
7.1 Natureza jurídica do estabelecimento empresarial: Sobre a natureza 
jurídica do estabelecimento, a doutrina majoritária aceita a ideia do 
universalismo, divido em de direito e de fato. No universalismo de direito, 
temos o conjunto de bens, materiais ou não, que por força legal formam o 
estabelecimento, já no de fato, o estabelecimento é formado por vontade do 
empresário. O entendimento da doutrina majoritária é do universalismo de 
fato, reafirmado por nosso Código Civil de 2002. 
 
7.2 O contrato trespasse: O trespasse nada mais é que a veda de um bem 
do estabelecimento empresarial, ou alienação, porém deve o mesmo ser 
averbado em junta comercial e divulgado em diário oficial, só assim passará a 
ter eficácia. Em termos de credores, deve o alienante manter capital suficiente 
antes da venda para quitar suas dívidas ou ainda ter uma autorização 
expressa ou tácita dos seus credores. 
 
Isso é um assunto importantíssimo, principalmente no que tange o direito 
falimentar, ou seja, a falência, isso por que de acordo com o (Art. 1.144 e 
1.145, CC/02), em caso de alienação irregular do estabelecimento, a 
consequência poderá ser a decretação de falência. 
 
7.3 A sucessão empresarial: Em caso que a sucessão empresarial 
represente a transferência da atividade empresarial ao novo dono, o 
adquirente do estabelecimento responderá pelas dívidas já contraídas pelo 
 
 
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alienante, isso inclui as vencidas e a vencer, porém o alienante responde 
solidariamente pelas dívidas, pelo prazo máximo de 1 (um) ano, contados em 
diferentes momentos. Em caso de dívida vencida, o prazo se inicia com a data 
de publicação do trepasse, em dívidas a vencer, depois de um ano do dia do 
vencimento (Art.1.146, CC/02). 
 
Outra informação importante é que o alienador só responderá por dívidas 
empresariais, devidamente registradas, ou seja, ele assume a dívida e a 
mesma deve fazer parte da negociação, bem como ele não assume dívidas 
tributárias e trabalhistas. 
 
Existe uma exceção à regra de alienação de estabelecimento, pode ocorrer de 
o alienador não ficar obrigado a sanar as dívidas da empresa, isso ocorre 
quando a mesma vender seu estabelecimento empresarial após ser dado início 
ao processo de falência. 
 
7.4 A cláusula da não concorrência: Quando o empresário compra uma 
empresa, ele espera ter também a clientela daquela, isso server de 
embasamento para que não ocorra de o alienante, após a venda, resolva voltar 
ao mercado e concorrer contra quem dele comprou. 
 
Porém nem sempre foi esse o entendimento, a jurisprudência entendia ser 
possível sim a concorrência, uma vez que não se pode “comprar” a clientela, 
mas isso caiu por terra, foi utilizado pelo (Art. 1.147, CC/02), o argumento da 
boa-fé objetiva, porém a matéria boa-fé objetiva nos contratos, só regula a 
parte de negociação até a concretização do negócio, não fica incluso o pós-
contrato, mas o entendimento é claro, mesmo que não fique expresso, o 
alienado não poderá estabelecer estabelecimento comercial para concorrer 
com seu antigo, em um prazo mínimo de 5 (cinco) anos. 
 
Por fim a matéria entra em discursão sobre o alcance de tal regra, seria este 
estadual, municipal, federal, para responder essa indagação, somente um caso 
concreto e uma análise feita com base nos fatos. 
 
7.5 Outras normas acerca do estabelecimento comercial previstas no 
Código Civil de 2002: Ainda sobre a transferência de um estabelecimento, 
ficou decidido que as obrigações não são transferidas, assim os contratos de 
trabalho, prestação de serviço, ficam todos revogados, parte da doutrina 
sustenta que o contrato tem natureza personalíssima, porém nos casos de 
contrato de aluguel, conforme (Art. 1.148, CC/02) e por enunciado na 234 da III 
jornada de direito civil, entende-se que este não se transmite, porém deve o 
alienante ter autorização expressa do locador. 
 
 
 
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Já em casos de obrigações à receber, aquele que adquiriu faz total jus, uma 
vez que esse ato também é levado em consideração na negociação. 
 
7.6 Proteção ao ponto do negócio (locação empresarial): A proteção ao 
ponto do negócio foi prevista em nosso ordenamento com o intuito de proteger 
um negócio estabelecimento em um ponto alugado. Quando aquele o locatário 
está a 6 meses do fim do contrato, ele deve procurar o locatário com a 
finalidade de renovar o mesmo, se por acaso o locatário não quiser, o locatário 
pode entrar com uma ação renovatória, na qual o locatário ficará obrigador a 
renovar o contrato com o locador, porém para que esta ação seja impetrada, é 
preciso ser respeitado alguns critérios: 
 
Preenchendo, pois, os requisitos formal (contrato escrito e por prazo 
determinado), temporal (mínimo de cinco anos de relação contratual continua) 
e material (mínimo de três anos na exploração de atividade no mesmo ramo) 
acima mencionados, o empresário locatário passa a ter o já mencionado direito 
de inerência ao ponto, que poderá ser defendido em juízo por meio de uma 
ação renovatória do contrato de aluguel. 
 
Porém o locador pode fazer uso da chamada exceção de retomada, 
permitindo ao mesmo que retome o controle do imóvel, isso ocorre por que 
existe a previsão constitucional do direito à propriedade, mas para que o 
mesmo faça jus, é preciso que ele satisfaça alguma das seguintes hipóteses: 
 
A primeira hipótese diz respeito ao valor negociado, caso o locatário resolva 
pagar um valor abaixo do mercado, o locador pode se negar a renovar, porém 
ele precisa fazer uma contra proposta. Outra informação importante é quanto 
as benfeitorias realizadas, as mesmas são de propriedade do locador, sendo 
este ato não considerado enriquecimento ilícito. 
 
Como segunda hipótese, temos o caso em que outro locatário apareça como 
interessado em alugar o ponto, para atuar em ramo diferente do locatário 
atual, para isso é preciso que ele faça uma proposta melhor e documentada, 
assinada por duas testemunhas, nesse momento o atual locatário tomará 
ciência e poderá ou não cobrir a proposta. Em caso de ter que deixar o 
estabelecimento, o locador deverá indenizar o locatário por perdas e danos. 
 
A terceira hipótese acontece quando o locador precisar fazer reforma 
substancial no imóvel que implique em uma valorização do bem, nesse caso 
um aumento do aluguel, para isso ele precisa documentar tudo e ter assinatura 
de engenheiro, em caso de obra particular, ou de algum agente do poder 
público. 
 
 
 
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A quarta hipótese é o locador precisar do imóvel para uso próprio e a quinta é 
de precisar do imóvel para transferência de estabelecimento empresarial, 
desde que seja existente há mais de um ano. Nessas duas últimas hipóteses, o 
locador não poderá utilizar o imóvel no mesmo ramo do locatário. 
 
Por fim, salvo em caso fortuito ou força maior, nas hipóteses III, IV e V, o 
locador terá um prazo de 3 (três) meses para iniciar os trabalhos justificantes 
das hipóteses, sob pena de ter que indenizar o locatário. 
 
7.6.1 Shopping Center: O contrato de shopping center é diferenciado do 
contrato de locação comum, isso ocorre em diversos momentos, entre eles 
podemos destacar quanto à remuneração. 
 
Sobre as hipóteses discutidas nesse capítulo, vejamos o que fala o professor 
ANDRÉ LUIZ SANTA CRUZ RAMOS: 
 
Por fim, destaque-se que a legislação admite a propositura de ação renovatória 
nos contratos de locação de espaços em shopping centers. Nesse caso, previu 
a lei que não cabe alegar, para a retomada do imóvel, a necessidade do bem 
para uso próprio, nem para transferência de estabelecimento empresarial 
existente há mais de um ano cuja maioria do capital seja de sua titularidade ou 
de seu cônjuge, ascendente ou descendente (art. 52, § 2. °, da Lei 8.245/1991). 
 
7.6.2 A problemática sobre as cláusulas de reio nos contratos de 
shopping center: Por vez, ocorre que alguns donos de shopping center, 
consideram que o locatário não pode se instalar na concorrência, uma vez que 
ao estabelecer um contrato com o shopping, de forma tácita ele torna-se 
parceiro comercial daquele estabelecimento, esse é o entendimento dos 
tribunais, porém o CADE entende de outra forma. 
 
7.7 Aviamento e clientela: O aviamento é uma expressão que sintetiza o 
potencial do estabelecimento para produção de lucro, não podendo ser 
confundido com clientela, o aviamento é a capacidade que aquele 
estabelecimento tem para gerar lucros. 
 
Alguns o dividem em objetivo e subjetivo, sendo o objetivo relacionado a 
questões como o ponto do estabelecimento, ao passo que o subjetivo estaria 
relacionado a capacidade do empresário, por exemplo. 
 
A clientela por sua vez é uma expressão externa do aviamento, formada por 
aqueles que estabelecem uma relação vendedor cliente. 
 
 
 
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8 – AUXILIARES E COLABORADORES DO EMPRESÁRIO:Os auxiliares 
estão disciplinados pelo (Arts. 1.169 a 1.178, CC/02), sendo o gerente, 
contabilista, entre outros. 
 
8.1 Regras gerais sobre os prepostos do empresário: O preposto tem seu 
poder emanado do empresário, que o limita a certa área de atuação, não 
podendo o mesmo conceder tal poder a ninguém, uma vez que ele é pessoal e 
intransferível. 
 
Ao preposto fica proibido o exercício da concorrência com o preponente, 
podendo o mesmo responder pelas perdas e danos (Art. 1.170, CC/02) ou por 
crime de concorrência desleal. 
 
O (Art. 1.178, CC/02), definiu que o preponente responde por todos os atos do 
preposto que ocorrem dentro de seu estabelecimento, salvo no caso de 
ocorrer fora, nesse caso ele só responderá pelos limites definidos no mandato. 
 
Por fim, se o preposto comete um ato e age com culpa, pode o preponente 
procurar ser ressarcido por eventuais perdas perante terceiros, mas se o 
preposto age com dolo, ele responde solidariamente com o preponente. 
 
8.2 O contabilista: O contabilista é considerado um preposto necessário, 
salvo nos casos em que na cidade não houver um. Todos os atos por ele 
registrado é como se fossem registrados pelo próprio preponente (Art. 1.177, 
CC/02). 
 
8.3 O gerente: O gerente é o mais importante dos prepostos, uma vez que em 
muitos casos, ele representa a própria pessoa do preponente, tendo poderes 
de atuar em diversas situações, desde que a lei não exija poderes especiais 
(Art. 1.172 e 1.173, CC/02). 
 
O gerente ainda pode figurar em juízo, em nome do preponente, sempre que 
for ações em função de sua atividade (Art. 1.176, CC/02). 
 
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6 – SOCIEDADE ANÔNIMA: A sociedade anônima aparece como atrativo para 
grandes empreendimentos, essa questão dos grandes empreendimentos é 
tão notória que as sociedades anônimas antigamente precisavam de uma 
autorização especial do rei, hoje em dia a legislação também é específica. 
As sociedades anônimas são regidas pela LSA, uma lei criada com o intuito de 
proteger o menor empreendedor, haja vista que no momento de sua 
promulgação o Brasil encontrava-se em um grande boom econômico. 
 
 
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6.1 Governança corporativa: A governança corporativa consiste em um 
conjunto de práticas que visam estabelecer um padrão de gestão de maior 
nível, com isso ela se baseia na transparência e na equidade entre os 
acionistas. 
6.2 Características principais da SA: Dentre as quatro principais 
características da SA, temos: natureza capitalista, essência empresarial, 
somente aceita denominação, responsabilidade limitada; 
A natureza capitalista da S/A se difere da sociedade limitada, uma vez que o 
acionista pode dela participar sem precisar da anuência dos demais sócios, 
além disso a participação do acionista é por meio de ação e pode ser 
livremente negociada, penhorada, entre outras operações. 
 
Essência empresarial: A essência empresarial da S/A é obrigatória, isso por 
que o (Art. 982, CC/02) diz que toda sociedade anônima será empresarial, não 
importando qual seu objeto social, ela pode trabalhar com qualquer coisa, mas 
sempre será regida pelo regime jurídico empresarial. 
 
Nome exclusivo por denominação: As S/A operam sobre denominação, isso 
é previsto no (Art. 1.160, CC/02) e também na LSA, uma vez que na firma é 
preciso constar o nome dos sócios, algo impossível para a S/A, nesse caso é 
necessário ser denominação, além disso, em caso da abreviação CIA, ela só 
poderá vim no começo ou meio do nome, nunca no final, diferente do que 
ocorre com a S/A. 
 
Responsabilidade limitada dos acionistas: Na S/A a responsabilidade 
limitada dos sócios é tão grande que chega a ser maior que nas sociedades 
limitadas, isso por que nas sociedades limitadas os sócios respondem pela 
integralização do capital social como um todo, já na S/A ele só responde pela 
integralização do seu capital. 
 
6.3 Classificação das sociedades anônimas: A sociedade anônima pode ser 
aberta ou fechada, será aberta quando tiver autorização para atuar no 
mercado de capitais e fechada quando não, quem emite essa autorização é a 
comissão de valores e serviços. 
 
6.4 Mercado de capitais: O mercado de capitais é um mercado que 
presenciou um grande desenvolvimento nos últimos anos no Brasil, ele se 
formou em virtude das operações realizadas pelas S/A, uma vez que estas 
operavam com capital, formou-se um verdadeiro mercado de capital. 
 
A Comissão de valores mobiliários (CVM), surge como uma forma do 
governo regular a atuação no mercado de capitais, uma vez que elas geram 
grande repercussões no mercado, assumindo uma função reguladora, 
autorizadora e fiscalizadora. 
 
 
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A Bolsa de valores consiste numa organização privada que serve para 
concentrar as operações de valores em único local, facilitando as operações de 
compra e venda de capital, já o Mercado de balcão por usa vez, compreende 
toda e qualquer operação regularizada pela CVM e operada fora da bolsa. 
Costuma-se classificar o mercado de capitais em primário e secundário No 
mercado de capitais primário, são realizadas as. operações de subscrição e 
emissão de ações e outros valores mobiliários das companhias. Por sua vez, o 
mercado de capitais secundário compreende as operações de compra e venda 
desses valores. 
 
6.7 Constituição da sociedade anônima: A sociedade anônima se difere da 
sociedade limitada, uma vez que ela não se constitui por contrato social, mas 
sim, ato institucional ou na ausência deste, ela deve se aderir aos chamados 
requisitos preliminares e formalidades complementares, ambos previstos 
na LSA. 
Se faz necessário para abertura da sociedade anônima de que ao menos duas 
pessoas a constituam, não podendo ser unipessoal, além disso é preciso que 
seja pagamento de no mínimo 10% do preço da emissão das ações subscritas, 
por fim, o capital deverá ser integralizado e o depósito tem que acontecer em 
um prazo de cinco dias. 
 
6.8 Capital social: O capital social seria o montante de capitais dos sócios que 
integram a sociedade anônima, sendo fixado pelo estatuto, de acordo com a 
LSA, podendo ainda ser modificado, desde que respeitando a mesma lei, 
sendo tal capital formado por contribuições em dinheiro ou bens, desde que 
suscetíveis a avaliação em dinheiro. 
O acionista que não realizar a integralização do capital, será constituído em 
mora e passará a ser chamado de acionista remisso, nesse caso, a 
companhia ficará habilitada a entrar com ações de execução contra o mesmo, 
bem como vender suas ações em bolsa de valores, uma vez colocada à venda, 
a companhia ainda pode entrar com ação judicial, sempre que não consegui 
vender ou o valor não for suficiente para quitação. 
 
6.9 Ações: A ação e o principal valor mobiliário emitido pela companhia. Trata-
se de valor mobiliário que representa parcela do capital social, conferindo ao 
seu titular o status de sócio, o chamado acionista. As ações são consideradas 
bens moveis para os efeitos legais. 
O valor da ação pode ser: nominal, patrimonial, valor de negociação, valor 
econômico e valor de emissão. O valor nominal é simplesmente a divisão do 
capital social pelo total de ações emitidas, o valor patrimonial é obtido dividindo 
o patrimônio líquido da companhia pelo total de ações, patrimônio esse que é 
calculado pela subtração dos ativos menos passivos, em tempo, o valor de 
negociação consisteno valor negociável das ações, seja no mercado privado 
ou não. 
 
 
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6.10 Valores mobiliários: Além das ações, que são o principal valor mobiliário 
emitido por uma S/A, elas também emitem as debêntures, partes 
beneficiárias e bônus de subscrição, todos esses elementos funcionam 
como forma de capitalização de recursos para S/A. 
A debênture consiste a grosso modo em um contrato de empréstimo realizado 
entre a pessoa e a S/A, no qual você compra a mesma e passa a ter uma cota 
parte nos lucros, ou seja, você tem direito de crédito. A debênture deve 
especificar detalhadamente o valor, data de vencimento, juros, entre outras 
informações consideradas essenciais. 
A emissão de debênture em princípio é deliberada pela assembleia geral, mas 
pode ocorrer de o conselho de administração também o fazer, desde que elas 
não sejam convertíveis em ações, isso por que pode ocorrer de uma 
debênture ser convertida em ações, tudo fica a cargo de definição da 
assembleia. 
Existe ainda outros valores mobiliários, como as partes beneficiárias, elas 
diferente das debêntures, consistem em uma previsão de crédito, é um 
eventual direito de crédito que ocorrerá se a companhia tiver lucros, além disso 
as partes beneficiárias são limitadas a um décimo dos lucros, além disso, 
somente as companhias fechadas podem emitir tal tipo de papel. 
Por fim, temos os bônus de subscrição, que consistem em um direito de 
preferência sobre a subscrição de novas ações, assim, se a companhia 
resolver emitir novas ações, aqueles que tiverem em sua posse o bônus de 
subscrição terão preferência sobre os demais compradores, contudo, pode 
ocorrer de um já acionista resolver comprar um bônus, nesse caso, ele terá 
preferência sobre a compra de tal bônus. 
 
6.11 Órgãos societários: As S/A são consideradas estruturas de grande 
complexidade, alguns autores até as comparam com Estados Nações, haja 
vista seu poder de influência e sua grande capacidade de gestão, nesse 
contexto se faz mister a presença de uma estrutura organizacional de primeira 
linha, assim, existem diversos órgãos que compõem uma S/A, dentro eles 
destacam-se os órgãos de cúpula: assembleia-geral, conselho 
administrativo, diretoria e conselho fiscal. 
 
 
 
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A assembleia-geral consiste no órgão máximo de uma S/A que tem como 
missão deliberar sobre todo e qualquer tipo de assunto que envolva a S/A, o 
que acaba não ocorrendo, uma vez que assuntos de menor importância são 
tratados por outros órgãos, ficando incumbido a assembleia as decisões que a 
lei determina ser deliberadas por ela (Art. 122, LSA). 
Com relação ao direito de voto, nem todos os acionistas o detém, somente 
aqueles que possuem ações ordinárias, mas todos têm direito de voz, assim 
sendo, eles podem falar a qualquer momento nas assembleias, com relação ao 
quorum para deliberações, em situações de maioria absoluta, leva-se em 
consideração a maioria dos presentes e não todos os acionistas, temos ainda a 
minoria de bloqueio, ela ocorre quando é decida em assembleia que certas 
matérias precisam de unanimidade para serem aprovadas, protegendo assim 
os menores acionistas. 
 
A assembleia geral ordinária e extraordinária, também são órgãos das S/A, 
a primeira é convocada para deliberar sobre os temas do (Art. 132, LSA) e se 
reuni de forma anual, já a segunda é convocada para deliberar sobre qualquer 
outro tema a qualquer momento. 
Temos ainda os órgãos que compõe a administração da companhia, formado 
pelo conselho de administração e a diretoria. O primeiro também tem função 
deliberativa, porém somente de questões relativas a gestão dos negócios da 
companhia, o que acaba ocorrendo é que esse órgão delibera sobre tudo que 
não for matéria privativa da assembleia, haja vista que é muito complexo 
convocar tal assembleia. O conselho é formado por no mínimo 3 (três) 
membros, eleitos pela assembleia-geral e pode ser mudado a qualquer 
momento. A diretoria por sua vez, é encarregada propriamente dita da 
administração da companhia, é como se o conselho discutisse a atuação e a 
 
 
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diretoria a executasse, ela é formada pelo executivos que terão a função de 
atuar em nome da empresa. Formada por no mínimo dois diretores, com 
reeleição a cada três anos, podendo ser ou não acionista, eleito ou destituído a 
qualquer tempo pelo conselho, os diretores precisam ser residentes no brasil 
e pessoa física, por fim, membros do conselho administrativo podem ser da 
diretoria. 
Por fim, temos como deveres dos administradores, a diligência, lealdade, 
informação, entre outros. 
Temos como último órgão o conselho fiscal, a quem compete fiscalizar a 
atuação dos outros órgãos administrativos, para isso ele deve ser formado por 
pessoas imparciais, na verdade, a independência e imparcialidade são 
elementos essenciais desse órgão. A existência desse órgão é obrigatória, mas 
sua atuação não, ela é regulada pela assembleia-geral, sendo formada por no 
mínimo três e no máximo cinco membros, acionistas ou não, eleitos pela 
assembleia-geral, sendo impedidos legalmente os membros de órgãos da 
administração, familiares até terceiro grau e administradores da companhia 
(diretores). 
 
7 – SOCIEDADE EM NOME COLETIVO: A sociedade em nome coletivo 
remota da idade medieval e tem como característica a união entre as famílias 
com o intuito de promover um negócio, por isso ela era chamada de 
fraternidade, societates, collegia. Fruto dessa personificação familiar, a 
sociedade em nome coletivo só pode ser formada por pessoa física, além 
disso, a entrada de qualquer pessoa estranha à sociedade depende de previa 
autorização dos demais sócios, outra característica é a responsabilidade 
ilimitada frente aos credores, isso por que os sócios podem convencionar 
entre si uma responsabilidade limitada, mas diante os credores será sempre 
ilimitada. 
Uma vez que ela é formada por pessoas físicas, seu nome sempre será 
constituído por firma e sendo ela uma sociedade contratual, será regido pelo 
regime de sociedade simples. 
 
8 – SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES: Não se sabe ao certo a origem 
desse tipo de sociedade, porém alguns acreditam que foi na Europa medieval, 
onde alguns capitalistas, comanditários, entregavam dinheiro para que os 
navegadores o reproduzissem em comércio, tendo como principal 
característica a responsabilidade limitada de alguns sócios. 
A comandita tem dois tipos de sócios: aqueles que investiam bens e dinheiro, 
que por sua vez tinham a responsabilidade limitada, e os que pegavam esse 
capital e aplicavam, esses respondiam ilimitadamente, os primeiros são 
chamados de comanditários, já os outros são comanditados. 
Por fim, tal tipo de sociedade precisa da pluralidade de sócios, sob pena de ser 
dissolvida em cento e oitenta dias, além disso, o sócio comanditário só 
 
 
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responde pela integraçãodo capital e o sócio comanditado responde pela 
administração da sociedade. 
 
9 – SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES: A sociedade em comandita 
por ações é uma sociedade hibrida, isso por que ela herda características da 
sociedade em comandita simples e das sociedades anônimas, assim ela tem a 
característica de ter seu capital dividido em ações, bem como o fato de uma 
dualidade de sócios, existem aqueles que respondem limitadamente e 
ilimitadamente. 
O sócio que desempenha a função de administrador, responde ilimitadamente, 
contudo ele não é eleito pela assembleia, mas sim pelo ato constitutivo da 
sociedade, além disso, a assembleia não possui poderes ilimitados, se houver 
mais de um diretor, eles respondem ilimitadamente de forma solidária. 
 
 
 
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OPERAÇÕES SOCIETÁRIAS 
 
7 – CONCEITO: As operações societárias ocorrem entre as organizações, elas 
realizam fusão, incorporação, transformação, etc. A legislação que regula é o 
Código Civil e a LSA. 
 
7.1 Transformação: A transformação é a operação pela qual uma empresa 
muda de um tipo para outro, sem que seja necessária liquidação ou algo do 
gênero, assim ela pode deixar de ser limitada e passar a ser anônima, como 
requisito, é preciso que a mudança seja fruto de uma decisão unânime, salvo 
se o ato constitutivo dispuser em contrário. 
Deverá ser mantido o direito dos credores (Art. 222, LSA) como na organização 
anterior, bem como em caso de falência, somente os sócios da sociedade 
antiga serão beneficiados pela lei de falência. 
 
7.2 Incorporação: Na incorporação a incorporada é extinta e a incorporadora 
adquire todos os direitos e deveres da anterior, essa operação se difere do 
trepasse, uma vez que no segundo caso a incorporadora só adquire o que tá 
contabilizado, já no primeiro caso, ela adquire tudo, até mesmo o CNPJ, 
podendo em caso de vários CNPJ’s, criar uma holding para operar tudo, 
importante é frisar que em uma incorporação, não se cria uma nova 
sociedade. 
 
7.3 Fusão: Na fusão, duas ou mais sociedades se unem para forma uma nova 
sociedade, sendo sucessível todos os direitos e obrigações, as sociedades 
antigas são consideradas extintas. 
 
7.4 Cisão: A cisão consiste na transferência patrimonial de uma companhia 
para outra, podendo ser parcial ou total, em caso de total, haverá uma 
extinção da antiga companhia. Por fim, a cisão pode ocorrer com sociedade já 
existente ou uma nova criada especificamente para isso, no caso de já 
existente, a regra será a da incorporação, tudo de acordo com a LSA, as 
empresas respondem solidariamente. 
 
7.5 Atuação do CADE: Muitas dessas operações podem trazer grandes 
mudanças no cenário econômico e na concorrência livre de mercado, graças a 
isso foi criado o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão 
do federal encarregado de avaliar e aprovar as mais variadas operações 
societárias. 
Mas o CADE não se encarrega de avaliar todas as sociedades, ele avalia 
somente aquelas que por ventura vierem a dominar mais de 20% do mercado 
ou cujo total de receitas bruta seja superior a 400.000.000,00 (quatrocentos 
milhões de reais). 
 
 
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DISSOLUÇÃO, LIQUIDAÇÃO E EXTINÇÃO DAS SOCIEDADES 
 
8 – CONCEITO: A dissolução consiste no esvaimento da sociedade, ela se 
difere quanto ao tipo de sociedade, não sendo confundido procedimento de 
dissolução com ato de dissolução, o segundo ocorre primeiro e em seguida 
começa o procedimento propriamente dito, além disso, em caso de sociedade 
contratual a regra que regerá é o código civil, já no caso de sociedade 
institucional, utiliza-se o previsto na LSA. 
 
8.1 Dissolução, liquidação e extinção das sociedades contratuais: A 
dissolução de uma sociedade pode ser por via judicial ou extrajudicial, os 
casos de via extrajudicial serão: I - o vencimento do prazo de duração, salvo 
se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em 
liquidação, caso em que se prorrogara por tempo indeterminado; II - o 
consenso unanime dos sócios; III — a deliberação dos sócios, por maioria 
absoluta, na sociedade de prazo indeterminado; IV – a falta de pluralidade de 
sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias; V - a extinção, na 
forma da lei, de autorização para funcionar”, já os casos de dissolução judicial, 
poderá ser feito a pedido de qualquer sócio, nos seguintes casos: anulada a 
sua constituição ou exaurido o fim social, ou verificada a sua inexequibilidade. 
Existe ainda a possibilidade de dissolução de pleno direito, falta de 
pluralidade dos sócios, por exemplo, ou dissolução amigável, consenso dos 
sócios, as causas de dissolução judicial estão elencadas no (Art. 1.034, 
CC/02). 
O procedimento de dissolução está previsto no código de processo civil, ele 
poderá ser contestado em até dois dias em caso de dissolução de direito, ou 
cinco dias em caso de dissolução contenciosa. 
Uma vez iniciada a dissolução, a sociedade não perde de imediato sua 
personalidade, tal ato de dissolução deverá ser registrado em junta comercial, 
bem como será declarado o liquidante e adicionado a expressão “em 
liquidação”, uma vez dissolvida tal sociedade a mesma só poderá realizar 
operações extremamente necessárias. Nos casos de dissolução por perda de 
autorização para funcionamento, os sócios terão trinta dias para pedi 
liquidação, caso não o façam, o MP terá quinze dias, se assim não o fizer, a 
autoridade competente nomeará interventor, este por sua vez nomeará um 
liquidante, o liquidante pode ser nomeado também pelos sócios. 
Ao liquidante compete a grosso modo a função de administrador, ele deverá 
basicamente mensurar todos os ativos e passivos, vendendo os mesmos para 
quitar as dívidas, em caso de ativo maior que passivo, ele poderá de imediato 
quitar todas as dívidas e pegar o restante do acervo líquido para dividir entre os 
sócios, caso contrário, o liquidante deverá confessar a insolvência e requerer 
sua falência. Uma vez partilhado o restante do ativo entre os sócios, o 
liquidante deve convocar uma reunião com os sócios e fazer a prestação de 
 
 
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conta, depois disso será averbada na junta a liquidação e a sociedade será 
extinta. 
Caso algum sócio não concorde com a prestação de contas, ele terá trinta dias 
para recorrer, se o credor não concordar com a mesma, ele deverá exigir dos 
sócios contemplados com a repartição dos ativos até o limite do que lhe é de 
direito, bem como impetrar ação de perdas e danos contra o liquidante, por fim, 
em caso de liquidação judicial, esse encargo ficará com o juiz, que deverá 
convocar se necessário, assembleia ou reunião e definir o rumo da liquidação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 1 RESUMO DA AULA Evolução histórica do direito empresarial 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
O novo código civil trouxe váriasinovações no que diz respeito ao Direito 
Empresarial e seus princípios. Uma das principais alterações se refere à 
substituição de conceitos adotados anteriormente pela teoria dos atos de 
comércio que passam a ser regulados agora pela teoria da empresa instituída 
na Itália. Nesse sentido, com fulcro no novo Código Civil, defina e diferencie 
"empresa" de "empresário", trazendo as características de cada um. 
RESPOSTA 
A empresa é o objeto da atividade do empresário. 
O empresário é o sujeito que exerce a atividade de empresa, seja individual 
ou coletivamente, no caso de sociedade empresarial. 
Uma empresa é uma unidade econômico social, integrada por elementos 
humanos, materiais e técnicos, que tem o objetivo de obter utilidades por 
meio da sua participação no mercado de bens e serviços. 
Nesse sentido, faz uso dos fatores produtivos (trabalho, terra e capital). 
 Empresa: atividade econômica organizada, regido por contrato; e 
 Empresário: sujeito de direito que exerce a empresa (Art. 966, CC) 
QUESTÃO OBJETIVA 1 
Cláudio e Roberto, artistas plásticos, INSCRITOS no CNPJ, prestam serviços de restauração de 
obras de arte nas praças localizadas nas proximidades de seu bairro, cobrando quantias 
irrisórias pelos serviços prestados aos moradores da região. Esta sociedade não possui 
elemento de empresa, embora estes serviços sejam cobrados e os sócios, apesar de lucrarem 
muito pouco, vivem dos valores cobrados por suas restaurações. A atividade desenvolvida por 
eles, constitui, de acordo com o Código Civil: 
a) Uma atividade empresária. 
b) Uma sociedade simples. (Arts. 997, 985, 1150, 982, 966 do CC) 
c) Uma sociedade personificada simples. 
d) Uma sociedade civil. 
e) Uma associação. 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 2 RESUMO DA AULA Teoria da empresa 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Três esteticistas constituíram uma sociedade para explorar em uma clínica 
no Centro de Salvador, técnicas de preenchimentos faciais e toda uma 
gama de práticas para rejuvenescimento. Os sócios exercem suas 
especialidades, embora contem com o auxílio de colaboradores. Esta 
sociedade caracteriza-se, ou não, como sociedade empresária? Por quê? 
RESPOSTA 
Não. Caracteriza-se como uma sociedade simples pelo fato dos 
esteticistas exercerem suas profissões, prestando serviços da sua 
especialidade, ou seja, os sócios são os próprios profissionais que 
realizam a atividade fim da sociedade. 
 
A mão de obra é colaborada, auxiliar e não fator da produção (Art. 966, 
§Único do CC. É uma Sociedade simples. Os sócios estão envolvidos para 
viabilizar a produção. Não é uma atividade econômica organizada (Art. 
982 do CC). 
QUESTÃO OBJETIVA 1 
De acordo com a teoria da empresa adotada pelo Código Civil é CORRETO afirmar: 
a) A exploração profissional, individual, direta, habitual e com fins lucrativos de uma 
atividade econômica será, necessariamente, uma atividade empresarial; 
b) O profissional liberal que exerça atividade intelectual de natureza científica e cuja 
atividade constitui elemento de empresa será considerado empresário; 
c) Aquele que exerce atividade rural organizada, com mão de obra assalariada, será 
considerado empresário rural independentemente de registro; 
d) O profissional liberal que exerça atividade intelectual de natureza artística e cuja 
atividade constitui elemento de empresa não pode ser considerado empresário. 
e) Todo Profissional Liberal será considerado Empresário 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 3 RESUMO DA AULA Empresário individual 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Ana e Amaury, são casados pelo regime da comunhão total de bens. Ana 
tem 17 anos e deseja ser empresária individual e consulta você como 
advogado(a), sobre a possibilidade de realizar esta empreitada. No caso 
apresentado, Ana poderá ser empresária individual? 
RESPOSTA 
Sim. Ana poderá exercer atividade empresária individual, pois adquiriu 
a emancipação com o casamento, tornando-a civilmente capaz de pleno 
gozo da capacidade civil, conforme (Art. 972 do CC). 
QUESTÃO OBJETIVA 1 
Arnaldo é Servidor Público e deseja ser empresário individual no ramo de compra e venda de 
peças para automotivos. Diante da pretensão de Arnaldo, assinale a alternativa correta: 
a) O Servidor público, não pode ser empresário individual em razão da vedação de sua 
legislação de regência. Contudo, poderá ser sócio de sociedade limitada ou anônima 
desde que não faça parte da administração societária. (Lei 8.112/90) 
b) As pessoas proibidas ou impedidas da prática da atividade empresária, se eximem dos 
atos praticados com infringência à sua legislação de regência. 
c) Não são válidos os atos praticados por uma pessoa expressamente proibida para o 
exercício da atividade empresária. 
d) O Servidor público pode ser empresário individual, pois não existe vedação de sua 
legislação de regência. Contudo, não poderá ser sócio de sociedade limitada ou 
anônima. 
e) O Servidor público, não pode ser empresário individual em razão da vedação de sua 
legislação de regência. Contudo, poderá ser sócio de sociedade limitada ou anônima 
mesmo que faça parte da administração da sociedade. 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 4 RESUMO DA AULA Obrigações profissionais do empresário 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Gabriela e Marcos exercem atividade econômica no ramo de 
Restaurante, na capital Paulista, e pretendem futuramente, dado o 
sucesso da empreitada, abrir filiais em Curitiba e Natal. Efetuaram o 
registro da sociedade, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas do Estado de 
São Paulo, sob a forma de sociedade limitada. Neste caso analise se o 
registro e a forma societária estão de acordo com a legislação vigente. 
RESPOSTA 
O forma está certo e o registro errado, pois é uma atividade 
empresarial. O registro da sociedade, que exerce a atividade 
economicamente organizada, deve ser feito na junta comercial, 
conforme (Art. 1150 do CC). 
QUESTÃO OBJETIVA 1 
O registro do empresário na Junta Comercial: 
a) é condição para a caracterização do empresário. 
b) determina a regularidade do empresário. (Arts 966 e 967 do CC) 
c) basta o exercício da atividade intelectual para a caracterização do empresário. 
d) o pequeno empresário é dispensado da formalidade de se registrar na junta comercial. 
e) o pecuarista, se quiser ser empresário rural, não precisa realizar o registro na junta 
comercial 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 5 RESUMO DA AULA Teoria geral do Direito Societário 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Antônia é sócia de uma sociedade empresária limitada, com sua irmã 
Adalgisa, no ramo de vendas de roupas e acessórios multi marcas. A 
sociedade passa por uma crise financeira, devendo a vários fornecedores, 
embora seus impostos estejam em dia, bem como as suas obrigações 
trabalhistas. A sociedade foi

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