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275 Concurseiro Social Inelegibilidades e Organização da Justiça Eleitoral

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
AULA DEMONSTRATIVA 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
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v. Juízes Eleitorais; 
vi. Juntas Eleitorais; 
 
1.1. INELEGIBILIDADES. 
Conforme ministrado na Aula anterior (Aula Demonstrativa), para 
que o cidadão possua o direito de ser votado (capacidade eleitoral passiva 
– elegibilidade), é preciso que preencha todas as condições de 
elegibilidades acima comentadas e, também, não incorra nas chamadas 
CAUSAS DE INELEGIBILIDADES. 
Mas, Professor, o que são essas inelegibilidades? 
É simples. As inelegibilidades são circunstâncias previstas na CF-
88 e em Lei Complementar que impedem o cidadão de exercitar sua 
capacidade de eleger-se. São circunstâncias que restringem a elegibilidade do 
cidadão, limitam a sua possibilidade de candidatar-se em uma eleição. 
Antes de particularizarmos o tema das inelegibilidades, cabe aqui 
fazer uma pequena diferenciação terminológica, que evitará possíveis dúvidas 
aos alunos: 
1. INELEGIBILIDADE – obsta a elegibilidade do cidadão 
eleitor (a capacidade eleitoral passiva); 
2. INALISTABILIDADE – impede o exercício do direito de ser 
eleitor (a capacidade eleitoral ativa). 
3. INCOMPATIBILIDADE – o cidadão já eleito é impedido do 
exercício do mandato. A incompatibilidade configura-se após 
a eleição, obrigando o candidato à escolha entre o mandato e 
o cargo. 
As fundamentais causas de inelegibilidades estão previstas no art. 
14, §§ 4º-8º, da CF-88. 
A principal sede normativa das inelegibilidades é a CF-88. Contudo, 
o próprio texto constitucional prevê a possibilidade de instituição de outras 
circunstâncias que obstariam a elegibilidade do cidadão. Esta previsão está 
insculpida no art. 14, §9º, da CF-88: 
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CF-88 
Art. 14 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger 
a probidade administrativa, a moralidade para exercício de 
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade 
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico 
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) 
A CF-88 previu que apenas LEI COMPLEMENTAR poderá 
estabelecer novos casos e regrar as inelegibilidades. Não confundir com Lei 
Ordinária! 
As inelegibilidades são previstas unicamente na CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL e em LEI COMPLEMENTAR! 
Em atenção ao comando da CF-88, foi editada a Lei 
Complementar nº 64/90, que disciplina mais casos de inelegibilidade e 
prazos de cessação. 
O estudo deste diploma legal será estudado neste curso em aula 
posterior. Por isso, passaremos ao estudo das inelegibilidades previstas no 
texto da constituição. 
 
As causas de inelegibilidades podem ser absolutas ou 
relativas: 
o INELEGIBILIDADES ABSOLUTAS – constituem impedimento para 
assunção de qualquer cargo eletivo. O cidadão impedido 
absolutamente não poderá concorrer em nenhuma eleição, não 
poderá pleitear nenhum mandato eletivo. São os seguintes, conforme 
o (art. 14, §4º, da CF-88): 
CF-88 
Art. 14 
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§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
 
? INALISTÁVEIS – A elegibilidade tem como pressuposto inicial a 
alistabilidade. Se não pode sequer ser eleitor, não poderá também, 
por óbvio, ser candidato. 
Segundo a CF-88, são Inalistáveis os Estrangeiros e os Conscritos, 
durante o serviço militar obrigatório. 
No entanto, caso a banca cobre a literalidade do Código Eleitoral, 
devemos ficar atentos que, segundo o art. 5 do referido diploma, são 
também inalistáveis os que não saibam exprimir-se na língua 
nacional e os que estejam privados, temporária ou 
definitivamente dos direitos políticos. 
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores: 
I - os analfabetos; (Revogado pelo art. 14, § 1º, II, "a", da 
Constituição/88) 
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional; 
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente 
dos direitos políticos. 
 
Desse modo, caso na questão seja afirmado que são inalistáveis os 
estrangeiros e os conscritos, estará correta, pois remonta ao texto 
constitucional. Caso afirme: “segundo o Código Eleitoral, são 
inalistáveis os estrangeiros e os conscritos”, a questão estará errada. 
Até porque o Código Eleitoral nem trata destes inalistáveis, apenas a 
CF-88. 
Por outro lado, se a questão listar estas 2 hipóteses previstas no 
Código Eleitoral (não saibam exprimir-se na língua nacional e os que 
estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos 
políticos), com certeza estará cobrando o conhecimento do art 5º da 
Lei Eleitoral. 
 
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Resumo: 
São INALISTÁVEIS: 
1) os Estrangeiros e os Conscritos! (segundo a CF-88); 
2) os que não saibam exprimir-se na língua nacional e os que estejam 
privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos 
(segundo o Código Eleitoral). 
 
? ANALFABETOS – apesar de ter direito a ser eleitor (por ser 
facultativo o seu alistamento e voto), o analfabeto não pode ser 
eleito. Por disposição constitucional expressa no art. 14, §4º, da 
CF-88, o analfabeto não tem capacidade eleitoral passiva. 
Observação 1: A jurisprudência do TSE tem apontado que a 
inelegibilidade do analfabeto, quando não apresentado pelo candidato 
documento de escolaridade mínima, deve ser aferida por submissão à 
prova elementar de alfabetização perante o Juiz Eleitoral. Poderá, 
desse modo, ser realizado teste simples, na presença do Juiz, para 
aferição se o candidato é ou não analfabeto. 
Observação 2: o semi-analfabeto, aquele que demonstra mínimos 
atributos de alfabetização, é considerado pela Jurisprudência como 
elegível. 
 
INELEGIBILIDADES ABSOLUTAS: 
Não poderão concorrer para qualquer cargo, estão absolutamente impedidos 
de elegerem-se, os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS! 
Gente, não confundir alguns conceitos! 
Considerações: 
1. O Inalistável é ≠ de Inelegível: o inalistável não poderá sequer se 
alistar como eleitor; o inelegível apenas não poderá eleger-se para 
determinados cargos (inelegibilidade relativa) ou para todos os cargos(inelegibilidade absoluta); 
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2. Todo inalistável é inelegível! mas nem todo inelegível é inalistável; os 
analfabetos são inelegíveis e nem por isso são inalistáveis (ao contrário, 
tem como facultativa sua alistabilidade); se fossem inalistáveis, os 
analfabetos seriam considerados “não-cidadãos”, pois não teriam 
participação democrática em nosso país. 
 
 
o INELEGIBILIDADES RELATIVAS – são inelegibilidades não 
vinculadas diretamente com a pessoa do candidato (se é inalistável ou 
analfabeto), mas referentes apenas a determinados cargos ou 
mandatos. 
Em linguagem simples, o cidadão inelegível relativamente ficará apenas 
impedido de concorrer a algum ou alguns cargos eletivos específicos, o 
que não o impedirá de eventualmente concorrer outros que não esteja 
inelegível. 
A doutrina costuma dividir as inelegibilidades relativas em: 
1. por Motivos Funcionais 
2. por Motivos de Parentesco 
3. dos Militares 
4. Legais 
 
1. Inelegibilidades por Motivos Funcionais. 
 Por sua vez, divide-se em: 
 a) para o MESMO CARGO – é simples! O Presidente da República, os 
Governadores de Estado e do DF, os Prefeitos e quem os houver sucedido 
ou substituído (Chefes do Poder Executivo) no curso dos mandatos não 
poderão ser reeleitos para um TERCEIRO MANDATO! 
Em suma: os Chefes do Poder Executivo (Presidente da República, 
os Governadores de Estado e do DF, os Prefeitos e quem os houver sucedido 
ou substituído) somente poderão ser reeleitos uma única vez consecutiva!! 
Esta norma está prevista no art. 14, §5º, da CF-88: 
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CF-88 
Art. 14 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e 
do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, 
ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos 
para um único período subseqüente. (Redação da EC 16/97) 
Este dispositivo foi inserido pela Emenda Constitucional nº 
16/1997, que trouxe o instituto da REELEIÇÃO no Brasil. Antes não existia 
reeleição no Brasil, está lembrado disso. No Governo de Fernando Henrique 
Cardoso é que foi instituída tal possibilidade. 
Friso que a CF-88 veio a permitir apenas uma única reeleição 
consecutiva. 
Professor, após 2 mandatos, eles poderão se candidatar 
novamente? ou estarão sempre impedidos de se candidatarem para o mesmo 
cargo? 
O impedimento é para uma 2ª reeleição consecutiva no mesmo 
cargo! Isto é, o impedimento é para reeleições logo após o termino da primeira 
reeleição! 
Com isso, poderão os Chefes do Poder Executivo, passado pelo 
menos 1 pleito (4 anos), voltarem a se candidatar em uma nova eleição para o 
mesmo cargo que ocuparam por pelo menos 2 mandatos. Isso pode ocorre 
com o LULA! Nosso atual Presidente, se quiser, poderá se candidatar nas 
eleições de 2014 para o mesmo cargo que agora ocupa. 
Destaco que o impedimento de REELEIÇÃO é somente para os 
Chefes do Poder Executivo, não abrangendo os ocupantes dos cargos do 
Poder Legislativo (Deputados Federais e Estaduais, Senadores, Vereadores)! 
Atenção que o impedimento a sucessivas reeleições é aplicável a 
quem tenha “sucedido ou substituído no curso dos mandatos”! Assim, se o 
Vice sucedeu ou substituiu o titular, terá ele a mesma limitação a uma única 
reeleição consecutiva. 
A sucessão dar-se-á ocorrendo a vacância do cargo e a 
substituição em hipóteses de impedimento de caráter temporário. 
A doutrina é discordante a respeito da simples substituição do 
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titular, pelo caráter temporário, ser um impeditivo para reeleições sucessivas 
do Vice. O TSE entende que a simples substituição, apesar da CF-88 assim 
prevê, não gera a assunção do cargo do titular, fato que não impossibilita a 
reeleição do Vice por 2 mandatos sucessivos. 
Sobre o Vice, o TSE foi consultado, diante de divergências de 
decisões dos Tribunais Regionais. O TSE decidiu mediante a Resolução-TSE nº 
20.889/01, de 14.12.2001, que, caso o Vice tivesse sucedido o titular no 
cargo e quisesse concorrer ao mesmo cargo do atual Presidente, Governador 
ou Prefeito, poderia apenas candidatar-se por um único período 
subseqüente em virtude da transmissibilidade do cargo com a sucessão. 
O Supremo Tribunal Federal (STF) tem referendado este 
entendimento do TSE. In literris: 
“(...) Vice-prefeito que ocupou o cargo de prefeito por força de 
decisão judicial que determinou o afastamento do titular. Registro 
de candidatura a uma terceira assunção na chefia do Poder 
Executivo municipal. (...) Nos termos do § 5º do art. 14 da CF, 
os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no 
curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único 
período subseqüente.” (RE 464.277-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, 
julgamento em 9-10-2007, Primeira Turma, DJE de 4-4-2008.) 
“Vice-governador eleito duas vezes para o cargo de Vice-
governador. No segundo mandato de vice, sucedeu o titular. Certo 
que, no seu primeiro mandato de vice, teria substituído o 
Governador. Possibilidade de reeleger-se ao cargo de 
Governador, porque o exercício da titularidade do cargo dá-
se mediante eleição ou por sucessão. Somente quando 
SUCEDEU o titular é que passou a exercer o seu primeiro 
mandato como titular do cargo. Inteligência do disposto no § 5º 
do art. 14 da CF." (RE 366.488, Rel. Min. Carlos Velloso, 
julgamento em 4-10-2005, Segunda Turma, DJ de 28-10-2005). 
 
 b) para OUTROS CARGOS – serão considerados inelegíveis 
para outros cargos eletivos o Presidente da República, os Governadores dos 
Estados e do DF e os Prefeitos que não renunciarem aos respectivos 
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mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito. 
Esta limitação está disposta no art. 14, §6º, da CF-88: 
CF-88 
Art. 14 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da 
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal 
e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 
seis meses antes do pleito. 
Esta renúncia prevista na CF-88 é o chamado instituto da 
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO. 
O que Professor? Este não é um Palavrão? 
Palavrão acredito que não, é apenas uma palavra grande! Rsrs. 
A desincompatibilização é ato pelo qual o candidato é obrigado a 
se afastar do cargo eletivo ocupado com vistas à disputa eleitoral. 
A CF-88 reza que a desincompatibilização dos Chefes do Poder 
Executivo que queiram concorrer a outros cargos deve dar-se até 6 meses 
antesdo pleito. Caso não se afaste, serão considerado inelegível para 
concorrer a outros cargos. O afastamento antes dos 6 meses, portanto, elimina 
a inelegibilidade e, também, a incompatibilidade para o exercício do mandato. 
Assim, os Chefes do Poder Executivo que queiram se candidatar a 
outros cargos (ex: um Prefeito Municipal que queira concorrer à eleição do 
cargo de Deputado Federal) deverão se afastar definitivamente do cargo, 
através da renúncia, em até 6 meses da eleição. 
Porém, importa considerar que a desincompatibilização só é 
aplicável quando o Chefe do Poder Executivo for concorrer a outros cargos 
diversos do que atualmente ocupa. Para concorrer à reeleição ao mesmo cargo 
que ocupa, não há que se falar em renúncia. 
Interessante questão é que o TSE já exarou entendimento no 
sentido de que o Parlamentar ou Vereador que, no exercício da Presidência 
da Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa ou Câmara de Vereadores, 
substituir o Chefe do Poder Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) nos 
últimos 6 meses antes das eleições, torna-se inelegível para a reeleição no 
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mesmo cargo do Poder Legislativo. 
Exemplo: um Vereador que, no exercício da Presidência da Câmara 
de Vereadores, substitui o Prefeito Municipal nos últimos 6 meses antes das 
eleições, torna-se inelegível para concorrer às eleições para o cargo de 
Vereador! O TSE afirma que é irrelevante a circunstância de ser a candidatura 
à reeleição ao mandato parlamentar. In verbis: 
“Inelegibilidade (CF, art. 14, § 6º). Substituição de Chefe de 
Poder Executivo por Presidente de Poder Legislativo nos seis meses 
anteriores ao pleito eleitoral”. 
“Presidente da Câmara Municipal. Substituição de prefeito. 
Candidatura a vereador. Inelegibilidade. O presidente da Câmara 
Municipal que substitui ou sucede prefeito nos seis meses 
anteriores à eleição torna-se inelegível para o cargo de 
vereador. (...)” (Ac. nº 16.813, de 27.11.2001, rel. Min. Garcia 
Vieira.) 
Assim sendo, por esse posicionamento do TSE, está impossibilitado 
o Presidente da Câmara de assumir o cargo de Prefeito Municipal no período 
dos seis meses que antecedem as eleições, sob pena da inelegibilidade 
constitucional. 
 
2. Inelegibilidade por Motivos de Parentesco. 
Regra prevista no art. 14, § 7º, da CF-88, que impõe a 
inelegibilidade, no território da circunscrição do titular, do cônjuge e dos 
parentes consangüíneos e afins, até 2º grau ou por adoção dos Chefes do 
Poder Executivo (Presidente da República, Governadores dos Estados e do DF e 
Prefeitos), ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato á 
reeleição. 
Esta é a inelegibilidade chamada de reflexa pela doutrina, pois é 
uma inelegibilidade decorrente da titularidade de um mandato eletivo que 
reflete diretamente nos parentes do titular. 
Texto constitucional: 
Art. 14 
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§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o 
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o 
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de 
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito 
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores 
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à 
reeleição. 
Esta regra proibitiva tem fundamento para existir: evitar a 
perpetuação de famílias no Poder! Nessa linha, decisão do STF: 
“Inelegibilidade. Art. 14, § 7º, da Constituição do Brasil. O art. 14, 
§ 7º, da Constituição do Brasil, deve ser interpretado de maneira a 
dar eficácia e efetividade aos postulados republicanos e 
democráticos da Constituição, evitando-se a perpetuidade ou 
alongada presença de familiares no poder.” (RE 543.117-AgR, Rel. 
Min. Eros Grau, julgamento em 24-6-2008, Segunda Turma, DJE 
de 22-8-2008.) 
Cabem aqui algumas considerações: 
1. a inelegibilidade é no território da circunscrição do 
titular. Assim, na esfera Municipal, o cônjuge, e parentes até 
o 2º grau do Prefeito não poderão candidatar-se aos cargos 
de Prefeito e Vereador; por sua vez, na esfera Estadual, o 
cônjuge e referidos parentes do Governador não poderão 
candidatar-se a qualquer cargo eletivo em todo o Estado 
(Governador, Deputado Federal, Senador, Deputado 
Estadual, Prefeito e Vereador de qualquer Município 
pertencente ao Estado); por fim, quanto ao Presidente da 
República, estão impedidos de pleitearem qualquer cargo 
eletivo no país inteiro! 
2. parentes envolvidos: cônjuge (por casamento), parentes 
consangüíneos ou afins até o 2º grau ou por adoção. É 
costume em provas trocarem 2º grau por 3º ou 4º grau, ou 
afirmarem que são elegíveis os parentes por adoção, para 
levarem o candidato a erro. Tomem cuidado! 
3. os parentes dos substitutos do titular nos últimos 6 
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meses anteriores ao pleito também são alcançados pela 
inelegibilidade! 
4. os parentes que já possuem mandato eletivo poderão 
normalmente concorrem à reeleição ao mesmo cargo. Ex: 
filho do Presidente da República que já é Deputado Federal, 
poderá se candidatar a sua reeleição sem incidir a 
inelegibilidade; no entanto, caso queira candidatar-se a 
Governador de Estado, será considerado inelegível. Isto 
porque a CF-88 faculta apenas concorrer à reeleição, não 
autoriza a pleitear outro cargo. 
Observação 1: Renúncia de mandato e inelegibilidade por Motivos de 
Parentesco. 
Item interessante de análise no Direito Eleitoral, possivelmente cobrado em 
provas de nível mais elevado, decorrente da grande casuística desse tema 
(inelegibilidades), é a questão da renúncia de mandato para que parentes 
possam concorrer a determinados cargos eletivos. 
O TSE tinha adotado antigo entendimento na Súmula 6 de que seriam 
inelegíveis os parentes do Chefe do Poder Executivo independentemente de 
renúncia antes dos 6 meses do pleito. 1 
Este entendimento, contudo, foi superado em novas decisões exaradas pela 
Corte, que não mais aplicam tal orientação (Acórdão nº 19.442, de 
21/08/2001, Resolução nº 20.931, de 20/11/2001 e Acórdão nº 3043. de 
27/11/2001). 
Agora, segundo o TSE, o Cônjuge e os parentes do chefe do Executivo são 
elegíveis para o mesmo cargo do titular, quando este for reelegível e tiver 
se afastado definitivamente até seis meses antes do pleito. 
Desse modo, com o afastamento do Chefe do Executivo 6 meses antes da 
eleição, seus parentes poderão concorrer a todos os cargos eletivos, 
inclusive ao cargo por ele ocupado (Prefeito, Governador, Presidente), desde 
que este pudesse reeleger-se. Assim, poderá ele, através da renúncia, afastar 
por completo a inelegibilidade reflexa sobre seus parentes.1 Súmula superada: TSE Súmula nº 6 - DJ 28, 29 e 30/10/92.Cargo de Prefeito - Inelegibilidade - Cônjuge, Parentes 
e Titular que Haja Renunciado. É inelegível para o cargo de Prefeito, o cônjuge e os parentes indicados no § 7º do Art. 
14 da Constituição, do titular do mandato, ainda que este haja renunciado ao cargo há mais de seis meses do pleito. 
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Outra circunstância é se o Chefe do Executivo estiver em seu 2º mandato! Se 
não puder mais reeleger-se no mesmo cargo, a renúncia ao mesmo em até 6 
meses do pleito não surtirá qualquer efeito sobre a inelegibilidade de seus 
parentes para o mesmo cargo de Chefe do Executivo. Isto porque, se a lei 
permitisse os parentes candidatarem-se ao mesmo cargo de Chefe do 
Executivo com a renúncia do titular 6 meses antes do pleito, estando ele no 
seu 2º mandato, estaria ela possibilitando um 3º, um 4º..., mandato 
consecutivo na família. 
Por outra banda, os parentes não estarão inelegíveis para concorrerem a 
outros cargos, diversos do titular (ex: Vereador, Deputado Estadual e 
Federal, Senador, etc), se o titular renunciar antes de 6 meses das eleições, 
mesmo sendo o 2º mandato do Chefe do Executivo! 
Assim, o filho do Prefeito poderá concorrer ao cargo de Vereador se o Prefeito, 
estando no 1º ou mesmo no 2º mandato, renunciar ao cargo em até 6 meses 
do pleito. 
Nestas circunstâncias, para o filho do Prefeito concorrer ao cargo de Prefeito 
Municipal, o atual Prefeito deveria estar em seu 1º mandato e deveria 
renunciar até 6 meses antes das eleições. Neste caso o filho seria elegível. No 
entanto, se o Prefeito estivesse em seu 2º mandato, nem com a renúncia 
prévia do Prefeito o seu filho poderia candidatar-se, pois se fosse possível, 
haveria pelo menos 3 mandatos na família. 
 
Observação 2: Dissolução de casamento e inelegibilidades. 
Vale consignar que o atual entendimento do TSE é de que com a dissolução 
do casamento (separação ou divórcio) do titular do cargo executivo na 
vigência do 1º mandato importa em dissolução também para fins eleitorais. 
Com isso, com a separação judicial ou divórcio no 1º mandato são eliminadas 
as inelegibilidades reflexas aos parentes do titular do cargo. 
No entanto, se a dissolução somente se der no 2º mandato, o TSE tem 
entendido que as inelegibilidades remanescem em vista do “comprometimento 
da lisura eleitoral” 2 
 
 
2 TSE – Resolução nº 21.475 – Consulta nº 923 – Rel. Min. Barros Monteiro, decisão: 26-8-03. 
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Resumo: 
1. a inelegibilidade reflexa é aquela que decorre da vinculação de 
parentesco com um Chefe do Executivo, tornando inelegíveis o cônjuge e 
parentes consangüíneos e afins até 2º, bem como adotivos; 
2. com a renúncia do Chefe do Executivo em até 6 meses antes do pleito, 
estando ele em seu 1º mandato, resta afastada esta inelegibilidade 
reflexa dos parentes, tanto para concorrerem ao mesmo cargo do titular 
(Chefe do Executivo), quanto para qualquer outro cargo; 
3. caso o Chefe do Poder Executivo esteja em seu 2º mandato, a prévia 
renúncia afastará a inelegibilidade de seus parentes para concorrerem a 
outros cargos, mas não afastará para concorrerem ao mesmo cargo de 
Chefe do Executivo (evitar a perpetuação da família no Poder). 
4. com a dissolução do casamento no 1º mandato, as inelegibilidades 
reflexas são também eliminadas; no 2º mandato as inelegibilidades 
remanescem. 
 
 
3. Inelegibilidade dos Militares. 
 O Militar será inelegível se não atender às seguintes condições de 
elegibilidade específicas: 
? se contar com menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da 
atividade; 
? se contar com mais de 10 anos de serviço, será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da 
diplomação, para a inatividade. 
CF-88 
Art. 14 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes 
condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se 
da atividade; 
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II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no 
ato da diplomação, para a inatividade. 
 
4. Inelegibilidades Legais. 
A CF-88, em seu art. 14, §9º, que LEI COMPLEMENTAR 
estabeleceria outros casos de inelegibilidades não dispostos no texto da 
Constituição. In verbis: 
CF-88 
Art. 14 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger 
a probidade administrativa, a moralidade para exercício de 
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade 
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico 
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) 
Como já dito, nenhuma outra espécie normativa (Lei Ordinária, 
Medidas Provisórias, Resoluções, Portarias, etc) poderá estabelecer normas 
sobre inelegibilidades, sendo inconstitucional qualquer normação sobre 
inelegibilidade que não seja por Lei Complementar. 
Ademais, as Leis Complementares somente poderão disciplinar 
novas inelegibilidades relativas, pois as inelegibilidades absolutas 
(inalistáveis e analfabetos) são previstas expressamente na Constituição 
Federal. 
 
 
 
 
 
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2. PRIVAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 
 
A perda ou suspensão dos direitos políticos geram sérias 
conseqüências para o indivíduo, visto que implicará na privação simultânea da 
alistabilidade (capacidade eleitoral ativa) e da elegibilidade (capacidade 
eleitoral passiva). 
Ressalto que os direitos políticos jamais poderão ser cassados! 
Apenas perdidos ou suspensos. É muito comum inserirem em questões de 
prova com o termo “cassação”. Por isso, o aluno deve ser cuidadoso para ter 
sempre em mente que as únicas possibilidades de limitação aos direitos 
políticos restringem-se à perda ou à suspensão. 
Cuidado! 
Os Direitos Políticos NUNCA poderão ser CASSADOS! 
Os Direitos Políticos somente poderão ser PERDIDOS ou 
SUSPENSOS! 
CF-88 
Art. 15. É VEDADA A CASSAÇÃO de direitos políticos, cuja 
PERDA ou SUSPENSÃO só se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada 
em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenaçãocriminal transitada em julgado, enquanto 
durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou 
prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
Doutrinariamente há uma discussão acerca de quais seriam as 
hipóteses de Perda e quais seriam as de Suspensão. Na seara do Direito 
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Eleitoral prevaleça a divisão a seguir. 
Hipótese de PERDA dos Direitos Políticos: 
? CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO POR SENTENÇA 
TRANSITA EM JULGADO – com o cancelamento da 
naturalização por meio do Poder Judiciário, o indivíduo voltará 
ao status de estrangeiro, o que, implica, em automático, na 
perda dos seus direitos políticos. O indivíduo deixa de ser 
nacional, logo também perderá sua alistabilidade e elegibilidade; 
 
Hipóteses de SUSPENSÃO dos Direitos Políticos: 
1. INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA – os considerados 
incapazes civilmente também serão incapazes politicamente. 
Ocorrendo a incapacitação absoluta, a cidadania ficará 
suspensa enquanto esta permanecer. O Código Civil 
Brasileiro (Lei nº 10.406/2002), em seu art. 3º elenca os 
absolutamente incapazes. Cito apenas para entendimento e 
consulta: 
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os 
atos da vida civil: 
I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o 
necessário discernimento para a prática desses atos; 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir 
sua vontade. 
Atenção! 
Para suspender os direitos políticos, é preciso que a 
incapacidade civil seja ABSOLUTA! Não confundir com 
incapacidade civil RELATIVA, também prevista na Lei Civil. As 
questões podem trocar os termos para “pegar” o candidato. 
 
2. CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO 
ENQUANDO DURAREM SEUS EFEITOS – enquanto 
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pender sobre o cidadão os efeitos de sentença penal 
condenatória não mais passível de recurso (isto é, enquanto 
cumprir a pena imposta em sentença criminal), os seus 
direitos políticos ficam suspensos. 
É importante atentar que a sentença penal tem que já estar 
transitada em julgada, da qual não caiba mais reforma (não 
mais passível de recursos que possam modificá-la). 
Somente com o transito em julgado é que a decisão judicial se 
torna definitiva e, por conseqüência, podem os direitos políticos 
serem suspensos. 
Entendimento sumulado pelo TSE é de que a suspensão dos 
direitos políticos cessará automaticamente, tão logo a pena seja 
cumprida, ou seja, quando extinta a punibilidade: 
TSE Súmula nº 9 - DJ 28, 29 e 30/10/92 
Suspensão de Direitos Políticos - Condenação Criminal - 
Extinção da Pena - Reparação de Dano 
A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação 
criminal transitada em julgado cessa com o cumprimento ou a 
extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova de 
reparação dos danos. 
 
3. RECUSA DE CUMPRIR OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA 
OU PRESTAÇÃO ALTERNATIVA – o art. 5º, VIII, da CF-88 
prevê que ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo 
se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa fixada 
em lei. 
CF-88 
Art. 5 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença 
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar 
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para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a 
cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
Nesse caso, para sofrer, como sanção, a declaração de 
suspensão dos direitos políticos, será preciso que o cidadão 
inicialmente descumpra obrigação a todos imposta e, 
depois, recuse a prestação alternativa fixada em lei. 
 
4. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – o art. 37, §4º, da CF-
88 preleciona que um dos efeitos da condenação por ato de 
improbidade administrativa é a suspensão dos direitos 
políticos do agente. 
Frise-se que a competência para julgamento de ato de 
improbidade é exclusiva do Poder Judiciário. O art. 12 da Lei nº 
8.429/93 dispõe que uma das sanções aplicáveis pelo 
Magistrado poderá ser a suspensão dos direitos políticos de 3 a 
10 anos, a depender da espécie de ato de improbidade 
praticado. 
DICA: 
O cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado é 
a única hipótese de Perda dos direitos políticos, pois somente com nova 
naturalização (“renaturalização”) é que será possível readquirir os direitos 
políticos. 
As outras hipóteses são de mera suspensão dos direitos políticos, enquanto 
subsistirem as situações previstas na Constituição, em tese, de caráter 
transitório (incapacidade civil, cumprimento de pena criminal, cumprimento de 
obrigação a todos imposta, improbidade administrativa). 
Resumindo: 
Hipótese de PERDA dos Direitos Políticos: 
CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO POR SENTENÇA 
TRANSITA EM JULGADO. 
Hipóteses de SUSPENSÃO dos Direitos Políticos: 
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1. INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA; 
2. CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO 
ENQUANDO DURAREM SEUS EFEITOS; 
3. RECUSA DE CUMPRIR OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA 
OU PRESTAÇÃO ALTERNATIVA; 
4. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. 
 
Com a suspensão dos direitos políticos, o cidadão tem por 
paralisado o seu direito de alistar-se e de eleger-se. Contudo, poderá, a 
qualquer tempo, reaver sua posição política com a interrupção dos motivos que 
geraram a suspensão. Ex: cumprimento total da pena imposta no juízo 
criminal; cumprimento da obrigação a todos imposta ou prestação alternativa. 
Por outro lado, segundo doutrina eleitoral majoritária, com a perda 
dos direitos políticos, o cidadão ficará definitivamente privado da alistabilidade 
e da elegibilidade e, desse modo, não terá como readquiri-los. Para alguns 
constitucionalistas, a reaquisição dos direitos políticos perdidos pelo 
cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado poderá ser 
efetivada através de ação rescisória. 
Vamos praticar!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. SANÇÕES AO INADIMPLENTE NA JUSTIÇA ELEITORAL. 
 
Vamos estudar agora os arts. 7 a 11 do Código Eleitoral. 
O Código Eleitoral e o regramento constitucional eleitoral, como 
vimos, impõem a obrigatoriedade do alistamento e do voto. Aquele que se 
subtrai ao cumprimento desses deveres se sujeita às conseqüências previstas 
na legislação eleitoral. 
A partir do art. 7º até o 11º, a Lei Eleitoral estabelece as sanções 
ao inadimplente eleitoral e a possibilidade de justificação pelo não-
comparecimento à eleição. 
Vejamos o art. 7º, caput: 
Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante 
o juiz eleitoral até 30 (trinta) dias após a realização da 
eleição, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por cento 
sobre o salário-mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral e 
cobrada na forma prevista no art. 367. (Redação dada pela Lei nº 
4.961, de 4.5.1966) 
A sanção de multa pela inadimplência eleitoral somente ocorrerá 
se conjugados 2 fatores ao mesmo tempo: 
1. deixar de votar – não comparecer no dia da eleição para 
votar; 
2. não se justificar no prazo de 30 dias após a eleição. 
Observo que o art. 80 da Resolução TSE nº 21.538/03 prevê 
que o prazo de justificação é de 60 dias. Há divergência 
doutrinária a respeito da revogação ou não do prazo do 
Código. Atenção ao que a prova está exigindo: Código ou 
Resolução 21.538/03. 
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DEIXAR DE VOTAR + NÃO SE JUSTIFICAR (até 30 dias) 
Segundo o Código Eleitoral, a multa tem uma variação de 3-10% 
(três a dez por cento) do salário-mínimo! 
Atenção! Não é 3-10 salários-mínimos! É um percentual do salário-
mínimo > 3-10% do salário-mínimo! 
Observação: O TSE já exarou entendimento no sentido que na 
parte referente ao salário-mínimo, os dispositivos do Código Eleitoral não 
teriam sido recepcionados pela CF-88. Com isso, a multa não poderia ser 
indexada pelo salário-mínimo (Consulta nº 14.301). De todo modo, devemos 
ter em mente que os dispositivos ainda não foram declarados inconstitucionais 
pelo Supremo Tribunal Federal e não foram revogados por Lei Complementar 
superveniente. 
A multa é imposta pelo Juiz Eleitoral e não por servidor do TRE. 
Você quando for servidor, cumprirá formalmente a decisão do Juiz. 
Convenhamos, na prática, essa multa será aplicada por vocês mesmos! Rsrs. 
Gente, essa mesma multa é também prevista para o caso de não 
alistamento do eleitor, de acordo com o art. 8º do Código Eleitoral: 
Art. 8º O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o 
naturalizado que não se alistar até 1 (um) ano depois de 
adquirida a nacionalidade brasileira, incorrerá na multa de 3 
(três) a 10 (dez) por cento sobre o valor do salário-mínimo da 
região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscrição eleitoral 
através de selo federal inutilizado no próprio requerimento. 
(Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) (Vide Lei nº 6.018, 
de 2.1.1974) 
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que 
requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo primeiro dia 
anterior à eleição subseqüente à data em que completar dezenove 
anos. (Incluído pela Lei nº 9.041, de 9.5.1995) 
Incorrerão em multa as pessoas que se adequarem à seguinte 
situação: 
1. Brasileiro nato - não se alistar até os 19 anos; 
2. Brasileiro naturalizado – não se alistar até 1 ano 
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depois de adquirida a nacionalidade. 
Observe que a intenção da lei é não permitir que indivíduos fiquem 
mais de 1 ano sem alistar-se como eleitores a contar da data limite para a 
qual poderiam fazê-lo. 
Isto é, a lei coage ao brasileiro nato a alistar-se impondo multa 
caso não o faça em até 1 ano após completar 18 anos de idade (quando 
começa a obrigatoriedade de alistamento). Da mesma forma o brasileiro 
naturalizado, é também obrigado a alistar-se com 1 ano após a sua 
naturalização. 
Todavia, incentivando o legislador a que todos efetivamente 
participem das eleições, foi previsto no parágrafo único do art. 8º uma exceção 
à hipótese de aplicação desta multa eleitoral ao brasileiro nato: 
Facultou-se a possibilidade do brasileiro nato inscrever-se perante a Justiça 
Eleitoral até o 101º anterior à eleição subseqüente à data em que completar 
19 anos. 
Exemplo: uma pessoa que completou 18 anos em 15 de dezembro 
de 2008 tem que se alistar até 15 de dezembro de 2009 para que não receba a 
multa prevista no caput do art. 8º. No entanto, como em 2010 ocorrerão 
novas eleições, caso ele inscreva-se até o 101º dia antes das eleições de 
2010, ficará isento da multa eleitoral por inadimplência. 
Essa é uma benesse legislativa estimuladora de inscrições no ano 
das eleições. 
Prazo da Lei Eleitoral para alistamento eleitoral. 
Observação: É forte a discussão doutrinária a respeito do prazo 
legal de alistamento e se o art. 91 da Lei nº 9.504/97 revogaria as disposições 
do Código Eleitoral (Lei Complementar) sobre prazos de alistabilidade. 
Importa termos em mente que a Lei nº 9.504/97, a despeito de ser 
Lei Ordinária, em tese não revogadora do Código Eleitoral, em seu art. 91 
prevê que nos 150 DIAS anteriores à eleição não será recebido nenhum 
requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência. 
Então, vejam que o Código prevê o prazo de até o 101º dia antes 
das eleições para o cidadão alistar-se. Já a Lei Eleitoral prevê que o prazo de 
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150 DIAS anteriores à eleição. 
Aconselho a todos a atentarem-se aos prazos concedidos pelo 
Código Eleitoral e se a prova está referindo-se a qual diploma legal (Lei 
Eleitoral ou Código Eleitoral). Deveras, nas provas mais recentes, os 
examinadores tem apontado pela revogação do Código Eleitoral neste 
aspecto, aplicando-se o prazo de 150 dias anteriores à eleição. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de 
transferência será recebido dentro dos 150 (cento e 
cinqüenta) DIAS anteriores à data da eleição. 
 
Observação: adianto que os brasileiros natos e os naturalizados 
maiores de 18 anos que não se alistarem como eleitores, além da multa 
prevista no art. 8º do Código, sofrerão também as limitações previstas no art. 
7º, §1º, que estudaremos a seguir. 
Art. 7 
§ 2º Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 18 
anos, salvo os excetuados nos arts. 5º e 6º, nº 1, sem prova de 
estarem alistados não poderão praticar os atos relacionados no 
parágrafo anterior. 
 
Por outro lado, acredito que sanções maiores são as previstas no 
§1º do art. 7º, pois estas restringem em demasia os direitos daquele eleitor 
faltoso e negligente com suas obrigaçõeseleitorais. 
Vamos detalhar melhor: 
Art. 7º 
§ 1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a 
respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá 
o eleitor: 
I - inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função 
pública, investir-se ou empossar-se neles; 
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II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos 
de função ou emprego público, autárquico ou para estatal, bem 
como fundações governamentais, empresas, institutos e 
sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas 
pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, 
correspondentes ao segundo mês subsequente ao da 
eleição; 
III - participar de concorrência pública ou administrativa da 
União, dos Estados, dos Territórios, do Distrito Federal ou dos 
Municípios, ou das respectivas autarquias; 
IV - obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia 
mista, caixas econômicas federais ou estaduais, nos institutos e 
caixas de previdência social, bem como em qualquer 
estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja 
administração este participe, e com essas entidades celebrar 
contratos; 
V - obter passaporte ou carteira de identidade; 
VI - renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial 
ou fiscalizado pelo governo; 
VII - praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do 
serviço militar ou imposto de renda. 
A despeito da obrigatoriedade do voto prevista na CF-88, este 
dispositivo da época da Ditadura Militar acaba por ferir a liberdade do cidadão, 
ao restringir de forma injustificada direitos pessoais. 
Igualmente, não vamos aqui discutir a eficácia social da norma e 
sua aplicabilidade pela Justiça Eleitoral. O que precisamos saber é o que se 
encontra na Lei, e ela elenca essas diversas limitações em caso de 
inadimplência eleitoral. 
Para que o eleitor receba todas essas restrições, segundo a Lei 
Eleitoral, é preciso que ele não consiga provar pelo menos 1 das 3 situações: 
1. que votou na última eleição; 
2. que pagou a multa eleitoral; 
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3. que se justificou devidamente. 
Caso ele consiga provar pelo menos 1 dessas hipóteses (que 
justificou, ou que pagou a multa ou, melhor ainda, que votou na última 
eleição), nenhuma dessas limitações poderão ser-lhe impostas. 
Para melhor fixação, resumirei as restrições do art. 7º, §1º: 
1. inscrever-se em concurso ou prova, investir-se ou 
empossar-se neles; 
Percebam que o cidadão não poderá INSCREVER-SE EM 
CONCURSO! “Pode um negócio desse?” Rsrs. Pior ainda, não poderá 
INVESTIR-SE e ser EMPOSSADO. Não tomará posse enquanto não comprovar a 
sua regularidade perante a Justiça Eleitoral! 
2. receber vencimentos, remuneração, salário ou 
proventos PÚBLICOS correspondentes ao segundo mês 
subsequente ao da eleição; 
Em tese, segundo a lei, o servidor ou empregado público não 
receberá a remuneração referente ao 2º mês após a sua eleição! 
3. participar de concorrência pública ou administrativa DOS 
ENTES FEDERADOS; 
Em suma, não poderá participar de procedimentos licitatórios e de 
processos seletivos promovidos por qualquer dos entes da federação (União, 
Estados, DF e Municípios). 
4. obter empréstimos EM ESTABELECIMENTOS PÚBLICOS 
(Empresas Públicas, Instituições Financeiras Públicas, 
Autarquias, etc); 
5. obter passaporte ou carteira de identidade; 
6. renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial 
ou fiscalizado pelo governo; 
7. praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do 
serviço militar ou imposto de renda. 
Obs: assinalei os mais relevantes. 
 
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Atenção que, conforme adiantado, o §2º do art. 7º inclui entre os 
que receberão referidas limitações aqueles brasileiros natos ou 
naturalizados que não se alistarem como eleitores, que mantiverem a 
condição de NÃO ALISTADOS. 
Art. 7 
§ 2º Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 18 
anos, salvo os excetuados nos arts. 5º e 6º, nº 1, sem prova de 
estarem alistados não poderão praticar os atos relacionados 
no parágrafo anterior. 
Assim, além daqueles eleitores que não provaram que votaram na 
última eleição, que pagaram a multa ou que justificaram, o cidadão maior 
de 18 anos que não se alistar como eleitor também não poderá realizar 
qualquer ato previsto no §1º do art. 7º enquanto mantiver esta condição. 
De forma redundante, referido dispositivo previu que os inalistáveis 
não sofrerão tais limitações, ao excetuar os dispostos no art. 5º e 6º, I. Se a 
pessoa não pode alistar-se, também não poderá receber sanções decorrentes 
do não alistamento, não é verdade? 
Concluindo, até que o maior de 18 anos alistável, ainda não 
alistado, venha a alistar-se, ficará com esta “Espada de Dâmocles” na 
cabeça! Rsrs. Isto é, sofrerá todas as limitações previstas no art. 7º, §1º. 
 
Cancelamento da Inscrição pelo inadimplemento. 
Segundo o §3º do art. 7º, o eleitor terá sua inscrição cancelada 
caso não vote por 3 eleições seguidas, ou não pague a multa ou não 
justifique o voto no prazo de 6 meses a contar da última eleição (3ª eleição 
consecutiva) a que deveria ter comparecido. 
Art. 7º 
§ 3º Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico 
de dados, será CANCELADA A INSCRIÇÃO do eleitor que não 
votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a multa 
ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da 
data da última eleição a que deveria ter comparecido. 
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Condições legais para o CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO por 
inadimplemento eleitoral: 
1. NÃO VOTAR POR 3 ELEIÇÕES CONSECUTIVAS; ou 
2. NÃO PAGAR A MULTA (multa do caput do art. 7º); ou 
3. NÃO SE JUSTIFICAR NO PRAZO DE 6 MESES DA 3ª 
ELEIÇÃO CONSECUTIVA. 
Vimos que, segundo o caput do art. 7º, se o eleitor deixar de 
votar e não se justificar em 1 única eleição, incorrerá apenas na pena de 
multa eleitoral. 
A sanção de simples multa pela inadimplência eleitoral somente 
ocorrerá se conjugados 2 fatores ao mesmo tempo: 
DEIXAR DE VOTAR (1 eleição) + NÃO SE JUSTIFICAR (em 30 dias) 
Já a sanção de cancelamento da inscrição, somente ocorrerá se 
o eleitor não votar em 3 eleições. Frise-se que são 3 eleições 
consecutivas! Isto é, o eleitor não terá sua inscrição eleitoral cancelada na 
seguinte situação: não ter votado em 2 eleições seguidas, na 3ª tiver 
comparecido e na 4ª eleição não tiver votado,pois, nesse caso, não foi 
preenchido o requisito legal de 3 eleições consecutivas para o cancelamento. 
Ademais, o eleitor tem um PRAZO DE 6 MESES para 
JUSTIFICAÇÃO após a 3ª eleição consecutiva sem o comparecimento. 
Na esteira do contido no art. 80, §6º, da Resolução TSE nº 
21.538/2003, o cancelamento somente poderá se dar após ausência de 
justificação do eleitor e do não pagamento da multa. 
Art. 80 
§ 6º Será cancelada a inscrição do eleitor que se abstiver de 
votar em três eleições consecutivas, salvo se houver 
apresentado justificativa para a falta ou efetuado o pagamento 
de multa, ficando excluídos do cancelamento os eleitores que, por 
prerrogativa constitucional, não estejam obrigados ao exercício do 
voto e cuja idade não ultrapasse 80 anos (parte suprimida pelo 
Acórdão 649/2005). 
Com isso, o simples não comparecimento em 3 eleições 
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consecutivas não é motivo, por si só, para automaticamente a inscrição ser 
cancelada. É preciso que se conjugue também o não pagamento da multa e a 
não justificação no prazo de 6 meses da 3ª eleição consecutiva (prazo do art. 
7, §3º do Código Eleitoral). 
Por oportuno, consigno que o art. 80 da Resolução TSE nº 
21.538/2003, prevê que o prazo para justificação na hipótese de abstenção 
às urnas por 3 vezes consecutivas é de 60 DIAS, contrariamente ao que prevê 
o art. 7º, §3º, do Código Eleitoral (6 meses). No entanto, temos que ter 
atenção se a prova está ou não exigindo conhecimento do Código Eleitoral ou 
de referida Resolução. O prazo de 60 DIAS é o atualmente utilizado pela 
Justiça Eleitoral, mas não foi o dispositivo do Código revogado. 
 
Sanções aos Agentes Públicos. 
A regra constante do art. 9 do Código Eleitoral é direcionada aos 
servidores da Justiça Eleitoral e da Administração Pública de todos os Entes da 
Federação que não cumprirem o disposto nos art. 7 e 8. Ou seja, caso os 
servidores dos TREs (vocês) não efetivem as multas eleitorais previstas no 
Código e não cancelem as inscrições na forma do §7º ou, os agentes públicos 
responsáveis pelo cumprimento das limitações previstas no §1º do art. 7º, não 
levem a cabo tais determinações, incorrerão em multa de 1-3 salários-
mínimos ou suspensão disciplinar de até 30 dias! 
Algumas vozes apontam também para aplicabilidade aos Juízes 
Eleitorais de tais sanções do art. 9º. No entanto, importa apenas sabermos de 
tal previsão de multa e suspensão disciplinar. 
Art. 9º Os responsáveis pela inobservância do disposto nos 
arts. 7º e 8º (servidores dos TREs e agentes públicos 
responsáveis) incorrerão na multa de 1 (um) a 3 (três) 
salários-mínimos vigentes na zona eleitoral ou de suspensão 
disciplinar até 30 (trinta) dias. 
 
Justificação pelo não comparecimento. 
Os eleitores ausentes na votação das eleições, mas que 
devidamente justificaram, como também os inalistáveis, têm direito a 
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uma certidão da Justiça Eleitoral que valerá como prova da justificação para 
os efeitos legais. Assim preleciona o art. 10: 
Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que não votarem por 
motivo justificado e aos não alistados nos termos dos artigos 
5º e 6º, nº 1, documento que os isente das sanções legais. 
Segundo o art. 10, quem têm direito ao documento isentivo das 
sanções legais? 
• Eleitores que justificaram; 
• Os inalistáveis. 
 O art. 11 apenas prevê a possibilidade do eleitor pagar multa 
eleitoral na Zona Eleitoral que estiver residindo, quando esta for diversa 
da que estiver inscrito. Os seus parágrafos merecem apenas uma leitura 
rápida. 
Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se 
encontrar fora de sua zona e necessitar documento de quitação 
com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o 
Juízo da zona em que estiver. 
§ 1º A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o eleitor 
quiser aguardar que o juiz da zona em que se encontrar solicite 
informações sobre o arbitramento ao Juízo da inscrição. 
§. 2º Em qualquer das hipóteses, efetuado o pagamento través de 
selos federais inutilizados no próprio requerimento, o juiz que 
recolheu a multa comunicará o fato ao da zona de inscrição e 
fornecerá ao requerente comprovante do pagamento. 
 
 
 
 
 
 
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4. ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL. 
4.1. Composição da Justiça Eleitoral. 
A organização da Justiça Eleitoral (JE) foi primeiramente 
regulamentada pelo próprio Código Eleitoral nos seus arts. 12 a 41. Com 
efeito, a Constituição Federal de 1988, por ser uma constituição analítica, 
trouxe expressamente em seu texto também a estruturação e organização do 
Poder Judiciário Eleitoral. 
A Justiça Eleitoral é uma das Justiças Especializadas da União, 
como também o é a Justiça Militar e a Justiça do Trabalho (todas previstas na 
CF-88). 
É uma Justiça atípica, pois exerce atividade jurisdicional 
eleitoral (julga conflitos na seara eleitoral, crimes eleitorais, declaração de 
inelegibilidade, entre outros) e, de outro lado, atividade tipicamente 
administrativa, ao organizar todo o processo eleitoral das eleições (voto, 
apuração, diplomação dos eleitos, alistamento eleitoral, etc). 
A Justiça Eleitoral não possui Juízes Eleitorais de Carreira e de 
Ministério Público próprio, todos são emprestados da Justiça Federal e da 
Justiça Estadual e do Ministério Público Federal e Estadual. 
Já os serviços administrativos da Justiça Eleitoral são organizados 
quase que com exclusividade pela União, remanescendo ainda, em alguns 
TREs, a utilização de estruturas e de servidores estaduais e municipais. Vocês, 
futuros servidores de TRE, serão servidores da União, com todas as 
prerrogativas asseguradas em lei! 
 
Mas, afinal, como é organizada a Justiça Eleitoral? quais são os 
órgãos da Justiça Eleitoral? 
A organização da JE é hoje definida nos 2 diplomas em estudo: 
Código Eleitoral (arts. 11-41) e na CF-88 (arts. 118-121). Por isso, 
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faremos um estudo conjugado dos dois regramentos. 
São órgãos da Justiça Eleitoral: 
1. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL; 
2. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS (TREs); 
3. JUÍZES ELEITORAIS; 
4. JUNTAS ELEITORAIS. 
As peculiaridades apresentadas pelo Código Eleitoral é de que o 
TSE tem sede na Capital da República e jurisdição em todo o país, e de que 
cada Estado e o DF terão um Tribunal Regional Eleitoral. Emtese, quanto aos 
territórios, faz a ressalva da possibilidade do TSE propor a criação na sua 
capital. 
Atenção! Parece patente, mas vale asseverar: o Ministério 
Público Eleitoral não faz parte da Organização da Justiça Eleitoral! Não está 
nos rols elencados abaixo. Faço essa ressalva, pois pode o aluno embaralhar 
os conceitos ao achar que o MP Eleitoral faz parte da Justiça Eleitoral. MP é 
órgão independente (quase um 4º Poder). 
Código Eleitoral 
Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral: 
I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da 
República e jurisdição em todo o País; 
II - Um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito 
Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na Capital de 
Território; 
III - juntas eleitorais; 
IV - juizes eleitorais. 
CF-88 
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: 
I - o Tribunal Superior Eleitoral; 
II - os Tribunais Regionais Eleitorais; 
III - os Juízes Eleitorais; 
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IV - as Juntas Eleitorais. 
 
Número de Juízes nos TREs. 
Segundo o Código Eleitoral, o número de Juízes de cada TRE (leia-
se aqui Juízes que atuam na própria Corte Estadual Eleitoral e não os Juízes 
Eleitorais que atuam nas comarcas estaduais) não poderá ser reduzido, mas 
poderá ser elevado a 9 (nove) Juízes por proposta e aprovação do TSE. 
NO ENTANTO, a CF-88 previu apenas a composição fixa de 7 
Juízes, o que deve ser considerado para concursos. O art. 13 do Código, que 
prevê a quantidade Juízes dos TREs de até 9 Membros não foi revogado 
expressamente, mas para provas basta saber que são 7 membros. 
 
Número de Juízes nos TREs e no TSE: 
TREs 7 Juízes 
TSE No mínimo 7 Juízes 
 
Periodicidade das Funções dos Juízes Eleitorais. 
Os Juízes que exercem a função eleitoral (abarca todos os Juízes 
Eleitorais: os Membros de Tribunais e os Juízes Eleitorais de 1º Grau) 
servirão obrigatoriamente por 2 anos (mínimo de tempo), sendo que estão 
vedados de cumprirem mais de 4 anos consecutivos (2 biênios 
consecutivos), salvo exceções justificadas perante o TRE de que faz parte. 
Código Eleitoral 
Art. 14. Os juizes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo 
justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por 
mais de dois biênios consecutivos. 
CF-88 
Art. 121 
§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo 
justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por 
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mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos 
escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em 
número igual para cada categoria. 
A CF-88 apenas faz 1 uma ressalva ao previsto no Código, ao 
prelecionar que os Juízes servirão por 2 anos, no mínimo, na função eleitoral, 
e acrescenta, determinando que a escolha de substitutos dos Juízes seja 
realizada na mesma ocasião e pelo mesmo processo. 
Esta limitação para até 2 biênios consecutivos decorre do princípio 
da periodicidade das funções eleitorais, que procura garantir a lisura no 
trato das questões eleitorais mediante a alternância de Juízes Eleitorais nas 
respectivas comarcas e funções. 
A contagem de cada biênio deverá ser ininterrupta, isto é, não 
será suspensa por qualquer motivo. Ressalva-se a hipótese do Juiz afastar-se 
em decorrência do impedimento previsto no §3º do art. 14, decorrente de 
parentesco do Juiz Eleitoral com candidato a cargo eletivo na circunscrição. A 
Lei Eleitoral também preleciona que, na recondução para novo biênio, as 
formalidades legais de escolha e investidura de Juízes deverão ser as mesmas 
utilizadas para na primeira. 
Art. 14 
§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o 
desconto de qualquer afastamento nem mesmo o decorrente de 
licença, férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3º. 
§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-
se-ão as mesmas formalidades indispensáveis à primeira 
investidura. 
Destaco que os Juízes de Direito que exercem a função eleitoral 
afastados por motivos de férias e licença das funções principais que exercem 
na Justiça Comum, é que também serão afastados automaticamente de suas 
funções perante a Justiça Eleitoral. O Código faz uma exceção: quando estiver 
em período de férias coletivas e coincidir com o período eleitoral 
(realização de eleição, apuração ou encarremento de alistamento), o 
Juiz deverá permanecer com suas funções eleitorais. 
Art. 14 
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§ 2º Os juizes afastados por motivo de licença férias e licença 
especial, de suas funções na Justiça comum, ficarão 
automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo 
correspondente exceto quando com períodos de férias 
coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou 
encerramento de alistamento. 
Como relatado, quando houver algum parente do Juiz Eleitoral ou 
Desembargador Eleitoral candidato à eleição em cargo na circunscrição em que 
este exerce suas funções eleitorais, deverá este Juíz ou Desembargador 
afastar-se. 
O código delineia os parentes do Juiz candidatos que geram o 
impedimento (cônjuge, parente consangüíneo ou afim, até o 2º grau). 
O afastamento do Juiz Eleitoral deverá dar-se, pelo menos, desde a 
homologação da convenção partidária até a apuração final da eleição. 
Art. 14 
§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a 
apuração final da eleição, não poderão servir como juizes nos 
Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge, 
parente consangüíneo legítimo ou ilegítimo, ou afim, até o 
segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na 
circunscrição. 
Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais 
Eleitorais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo 
processo, em número igual para cada categoria. 
O TSE já decidiu que o Membro do TRE deve afastar-se caso 
parente seu de até 2º grau seja candidato nas eleições federais ou estaduais 
(circunscrição estadual). Quanto às eleições Municipais o TSE deixou claro 
que só subsistiria o impedimento para o membro do TRE apenas em relação às 
eleições do município no qual o parente for candidato, não abrangendo o 
restante dos Municípios do Estado. 
Este mesmo raciocínio aplica-se às eleições presidenciais. 
O TSE assim exarou entendimento na Resolução nº 21.108: 
Exercício da jurisdição eleitoral. 
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Juiz membro de Tribunal Regional Eleitoral. Existênciade 
candidatura de parente consangüíneo ou afim, até o segundo grau, 
nas eleições federais ou estaduais. 
Impedimento absoluto ao exercício das funções eleitorais, no 
período compreendido entre a homologação da respectiva 
convenção partidária e a apuração final das eleições (art. 14, § 3o, 
c.c. 86, ambos do Código Eleitoral). Precedentes do Tribunal 
Superior Eleitoral. 
 
 
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE) 
 
 
Composição do TSE. 
Com a nova regulação pela CF-88 da composição do Tribunal 
Superior Eleitoral, foram derrogados tacitamente os caputs dos arts. 16 e 17 
do Código Eleitoral. 
A composição mínima do TSE são 7 Ministros. A sua atual 
composição pode ser assim resumida, conforma CF-88, art. 119: 
QUANTIDADE DE 
MEMBROS 
ORIGEM 
FORMA DE 
COMPOSIÇÃO 
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37 
3 MINISTROS 
SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL (STF) 
ELEIÇÃO 
2 MINISTROS 
SUPERIOR TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA (STJ) 
ELEIÇÃO 
2 MINISTROS ADVOGADOS 
NOMEAÇÃO pelo 
Presidente da Rep. 
(entre 6 Advogados). 
 
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, 
de sete membros, escolhidos: 
I - mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de 
Justiça; 
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes 
dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade 
moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
Os Advogados fazem parte de uma lista de 6 nomes, 
organizada pelo Supremo Tribunal Federal. O notável saber jurídico e a 
idoneidade moral são os requisitos necessários para a nomeação dos 
advogados para o TSE. 
Esta nomeação de Advogados, segundo o Código Eleitoral, não 
poderá recair: 
1. em cidadão que ocupe cargo público de que seja 
demissível ad nutum (a qualquer tempos, sob 
discricionariedade), ou 
2. que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa 
beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou 
favor em virtude de contrato com aa administração 
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pública, ou que exerça qualquer mandato de caráter 
político (federal, estadual ou municipal): 
Art. 16 
§ 2º A nomeação que trata o inciso II deste artigo não poderá 
recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível 
ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa 
beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude 
de contrato com a administração pública; ou que exerça mandato 
de caráter político, federal, estadual ou municipal. (§ 4º 
renumerado pelo Decreto-lei nº 441, de 29.1.1969 e alterado 
pela Lei nº 7.191, de 4.6.1984) 
 
Número de Juízes nos TREs e no TSE: 
TREs 7 Juízes 
TSE Pelo menos 7 Juízes 
Observem que o art. 119 da CF-88 prevê que a constituição do 
TSE é de, no mínimo, de 7 Juízes. Veremos mais à frente que a CF-88 não 
fala em composição mínima para os TREs. 
 
A despeito da desatualização e de eventual derrogação tácita 
operada pela CF-88 sobre os arts. 16 e 17, devemos enfrentar tais 
dispositivos, pois, a despeito de referido posicionamento, são ainda cobrados 
por algumas bancas, a exemplo, a FCC. 
 
Vedação de parentesco entre Ministros. 
É vedada a existência de parentesco de até 4º grau entre os 
Ministros do TSE. Caso venha a ocorrer, será excluído o último que foi 
escolhido: 
Art. 16 
§ 1º Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral 
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cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por 
afinidade, até o 4º (quarto) grau, seja o vínculo legítimo ou 
ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por 
último. (§ 3º renumerado pelo Decreto-lei nº 441, de 29.1.1969 
e alterado pela Lei nº 7.191, de 4.6.1984) 
 
 Presidência, Vice-Presidência e Corregedoria do TSE. 
O art. 119, parágrafo único, da CF-88 prevê que o Presidente e o 
Vice-Presidente do TSE devem ser Ministros do STF, enquanto que o 
Corregedor-Geral é do STJ: 
CF-88 
Art. 119 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu 
Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os 
Ministros do Superior Tribunal de Justiça. 
Cargos no TSE: ORIGEM: 
Presidente e Vice do TSE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) 
Corregedor-Geral Eleitoral 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
(STJ) 
Na realidade, o Corregedor-Geral é apenas 1 dos 2 Juízes oriundos 
do STJ que compõem a corte. Assim, o Ministro do STJ também Corregedor-
Geral Eleitoral, acumula as funções de Corregedoria com as funções 
ordinárias de Ministro do TSE (propriamente como Magistrado da Corte). 
Nesse aspecto, não se aplica o caput do art. 17 do Código Eleitoral. 
Sobre o Corregedor-Geral Eleitoral, cabem as seguintes 
considerações: 
1. as atribuições do Corregedor serão fixadas por resolução do 
TSE; 
2. poderá se locomover aos Estados por determinação 
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do TSE, a pedido dos TREs, a requerimento de partido 
ou quando necessário; 
3. os provimentos emanados da Corregedoria-Geral vinculam 
as Corregedorias Regionais. 
Art. 17 
§ 1º As atribuições do Corregedor Geral serão fixadas pelo Tribunal 
Superior Eleitoral. 
§ 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Geral se 
locomoverá para os Estados e Territórios nos seguintes casos: 
I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral; 
II - a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais; 
III - a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Superior 
Eleitoral; 
IV - sempre que entender necessário. 
§ 3º Os provimentos emanados da Corregedoria Geral vinculam os 
Corregedores Regionais, que lhes devem dar imediato e preciso 
cumprimento. 
 
Procurador-Geral do TSE 
As funções de Procurador-Geral do TSE serão exercidas pelo 
Procurador-Geral da República (PGR). 
Outros membros do Ministério Público da União designados pelo 
PGR para auxiliá-lo nas funções eleitorais não poderão ter assento no 
Plenário do TSE. 
Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tribunal 
Superior Eleitoral, o Procurador Geral da República, 
funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal. 
Parágrafo único. O Procurador Geral poderá designar outros 
membros do Ministério Público da União, com exercício no 
Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas

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