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Trabalho sobre HIV

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JOICE DE FÁTIMA PEREIRA
JULIANA FONSECA O. FERNANDES
KARINE MORAES DE ANDRADE
KLEITON NASCIMENTO GUIMARÃES
LARISSA COSTA DE SOUZA
			VÍRUS DO HIV 
PROFESSORES:
Denia Amelia Novato Castelli Von Atzingen Manoel Araujo Teixeira 
	
	UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ
	POUSO ALEGRE
2015
TRABALHO DE MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA
VÍRUS DO HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) 
						
INTRODUÇÃO
	Existem no mundo aproximadamente 33 milhões de pessoas vivendo com com o vírus HIV, destas, cerca de 474 mil vivem no Brasil. Apesar do crescimento da epidemia no mundo, o desenvolvimento dos anti-retrovirais (ARV) mudou a vida dos indivíduos vivendo com HIV. A morbidade e mortalidade declinaram entre 60 e 80%, principalmente pela disponibilidade de diferentes classes de fármacos ARV e o uso em combinação de três ou mais deles. O conhecimento da dinâmica viral e o surgimento de métodos laboratoriais capazes de mensurar a quantidade de vírus circulante no plasma tornaram possível a monitorização confiável e objetiva da evolução clínica e do tratamento da infecção pelo HIV. No entanto, apesar dos vários fármacos disponíveis, até mesmo pacientes virgens de tratamento podem apresentar resistência aos ARV. 
	A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi descrita pela primeira vez no inicio da década de oitenta em Nova York nos EUA (RAMOS NETO, 2004). Grupos de pacientes jovens, homossexuais masculinos, exibiam um complexo de sintomas, incluindo pneumonia severa causada por Pneumocystis jiroveci (STRINGER et al., 2002; STROHL et al., 2004) (normalmente um organismo eucariótico inofensivo), sarcoma de Kaposi (ordinariamente uma forma extremamente rara de câncer), perda de peso súbita, linfadenopatia e supressão geral da função imune. Esse conjunto de sinais e sintomas associados à doença veio a ser conhecido como a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (STROHL et al., 2004).
	Atualmente, acredita-se que o HIV tenha surgido pela mutação de um vírus que era endêmico em algumas áreas da África Central por muitos anos. Os pesquisadores especulam que um vírus relativamente benigno infectando macacos penetrou na população humana quando os animais eram mortos, sua pele retirada e sua carne utilizada para alimentos (TORTORA et al., 2005).
CONCEITO
	HIV é a sigla em inglês do Vírus da Imunodeficiência Humana. Causador da AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida), ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+ que tem a função de coordenar a defesa imunológica contra vírus, bactérias e fungos.
PRINCIPAIS SINTOMAS DA AIDS
	Um portador do vírus da HIV pode ficar até 10 anos sem desenvolver a doença e apresentar seus principais sintomas. Isso acontece, pois o HIV fica "adormecido" e controlado pelo sistema imunológico do indivíduo. Quando o sistema imunológico começa ser atacado pelo vírus de forma mais intensa, começam a surgir os primeiros sintomas. Os principais são: febre alta, diarréia constante, crescimento dos gânglios linfáticos, perda de peso e erupções na pele. Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer: pneumonia, alguns tipos de câncer, problemas neurológicos, perda de memória, dificuldades de coordenação motora, sarcoma de Kaposi (tipo de câncer que causa lesões na pele, intestino e estômago). Caso não tratadas de forma rápida e correta, estas doenças podem levar o soropositivo a morte rapidamente.
VIA DE TRANSMISSÃO 
	O HIV é transmitido de diversas formas. Como o vírus está presente no esperma, secreções vaginais, leite materno e no sangue, todas as formas de contato com estas substâncias podem gerar um contágio. As principais formas detectadas até hoje são: transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue, também transplantes de órgãos e inseminação artificial. O HIV também pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou amamentação. Em ambientes hospitalares o acidente com materiais perfuros cortantes e contato com fluidos também nos olhos é via de transmissão do Hiv.
PROFILAXIA
	A prevenção é feita evitando-se todas as formas de contágio citadas acima. Com relação a transmissão via contato sexual, a maneira mais indicada é a utilização correta de preservativos durante as relações sexuais. Outra maneira é a utilização de agulhas e seringas descartáveis em todos os procedimentos médicos. Instrumentos cortantes, que entram em contato com o sangue, devem ser esterilizados de forma correta antes do seu uso. Nas transfusões de sangue, transplantes de órgãos e deve haver um rigoroso sistema de testes para detectar a presença do HIV, para que este não passe de uma pessoa contaminada para uma saudável.
CARACTERÍSTICAS DO MICROORGANISMOS
	O HIV é um retrovírus do gênero Lentivirus, que possui duas fitas idênticas de RNA, a enzima transcriptase reversa (TR) e um envelope fosfolipídico (TORTORA et al., 2005). Os genes podem ser divididos em dois grupos: os que codificam as proteínas estruturais (gag, pol e env) e os que codificam proteínas não-estruturais regulatórios (tat, rev), necessários para replicação viral in vitro, e genes acessórios (nef, vif, vpu e vpr), que não são essenciais (FOCACCIA & VERONESI, 2007). A integrase, RNAse, protease e transcriptase reversa, tão importante para que ocorra o ciclo viral na célula hospedeira, tratam-se de um complexo protéico pertencente ao gene pol do HIV (BISMARA, 2006). O envelope apresenta em sua superfície uma membrana lipídica oriunda da membrana externa da célula do hospedeiro e duas glicoproteínas (gp41 e gp120) (FOCACCIA & VERONESI, 2007). O envelope envolve o nucleocapsídeo viral de formato cônico. Apresenta um genoma de aproximadamente 10kb, que codifica diversas proteínas, como as estruturais do core ou cerne viral e as com atividade enzimática (BISMARA, 2006). 	Dois tipos virais distintos do HIV foram identificados. HIV-1 é o tipo associado com a doença nos Estados Unidos, Europa, África Central, e outras partes do mundo (KLIMAS et al., 2008), na classificação através de analises filogenéticas estão distribuídos nos Grupos M (major) (CAVALCANTI, 2005; MORALES et al., 2005), O (outlier), e o N (non-N, non-O). O grupo M é o mais prevalente e subdividido em 11 subtipos (A1, A2, B, C, D, F1, F2, G, H, J, K) (CAVALCANTI, 2005) e 43 recombinantes (LOS ALAMOS, 2008). HIV-2 foi encontrado principalmente em indivíduos infectados na parte ocidental da África e é muito semelhante ao HIV-1, na medida em que tem o mesmo tropismo por células do sistema imunológico e provoca a doença que resulta da deficiência imunológica (KLIMAS et al., 2008). O HIV-2 pode ser dividido em 7 subtipos de A – G (LORETE, 2005). 	Assim como outros vírus RNA, o HIV tem alta variabilidade genética. Dentre os mecanismos responsáveis pela geração de variabilidade esta a transcriptase reversa, que incorpora erroneamente em torno de 10-4 bases em cada ciclo replicativo. Como o HIV tem 104 pares de bases em seu genoma, pode-se dizer que ocorre uma substituição nucleotídea por genoma a cada ciclo replicativo, fazendo com que a população de retrovírus contenha pouco ou nenhum genoma idêntico. Por este motivo, o HIV é considerado uma “quasispécie” (FOCACCIA & VERONESI, 2007). 	A interação do HIV com o sistema imunológico do hospedeiro é complexa. O vírus utiliza proteínas de superfície das células do sistema imune para penetração. A infecção inicia-se com a penetração do vírus na célula por meio da ligação da proteína gp120 com a molécula CD4 (FOCACCIA & VERONESI, 2007) que é expressa em Linfócitos T auxiliares (LT CD4+), macrófagos e células dendríticas (BISMARA, 2006). Por esta razão, o quadro clinico da AIDS é caracterizado em função da contagem sanguínea de LT CD4+ no individuo infectado, e da caracterização das condições clínicas relacionadas à infecção com o HIV (PEÇANHA et al., 2002).
Posteriormente foi descoberto que dependendo da seqüência primária da sua gp120, diferentes estirpes de HIV-1 podem usar CCR5 (CD195 - receptores de MIP-1 (CCL3), MIP-1 (CCL4), RANTES (CCL5), CCR3 (receptor de Eotaxina (CCL11), RANTES, MIP-1, MCP-3 (CCL7), MCP-4 (CCL13), ou CXCR4 (CD184 – receptor de SDF-1 (CXCL12) (PEREIRA & PEREIRA, 2001; IUIS/WHO, 2001), ou uma combinação desses receptores de quimiocina para entrar na célula alvo. Curiosamente, alguns indivíduos expostos ao HIV-1 permanecem não-infectados ou nunca mostram soro conversão. Embora uma razão para isto deve-se a ausência de uma molécula CCR5 funcional, algumas pessoas parecem montar uma resposta imune humoral muito eficaz que inclui anticorpos IgA contra a gp41 e IgG reconhecendo um complexo gp120 - CD4 (KAUL & LIPTON, 2006). Com o conhecimento de que o vírus da imunodeficiência humana (HIV) usa o receptor 5 das quimiocinas CC (CCR5) para sua entrada nas células humanas, estão sendo desenvolvidas estratégias que atuem no CCR5 para prevenir e tratar a infecção pelo HIV (LEDERMAN et al., 2006). 	Após a identificação do agente causador da AIDS, os avanços mais expressivos têm ocorrido no desenvolvimento de fármacos anti-retrovirais (ARV) efetivos para o tratamento dos indivíduos infectados com HIV (DOMINGOS, 2006). 	A terapia anti-retroviral (TARV) iniciou-se em 1986 com o uso da zidovudina (AZT), inibidor da transcriptase reversa do HIV, testada previamente em doenças oncológicas (LOPES, 2007). Na atualidade, dispõe-se de um numero grande e crescente de agentes anti-retrovirais para o tratamento de pacientes infectados principalmente por HIV-1 (KATZUNG, 2006). Todas as etapas no ciclo de replicação do HIV são alvos potenciais para uma droga antiviral (STROHL et al., 2004).
	É evidente a eficácia terapêutica, principalmente após a introdução do conceito da HAART (Highly Active Antiretroviral Therapy – Terapia Anti-retroviral Altamente Eficaz), que é a combinação dos inibidores de protease e transcriptase reversa, de forma a ser extremamente efetiva na redução da carga viral plasmática de RNA - HIV-1 para níveis indetectáveis (COLOMBRINI et al., 2006). No entanto, existem importantes barreiras no sucesso a médio e longo prazo do tratamento. As principais dificuldades estão associadas com a toxicidade dos medicamentos, adesão do paciente e resistência viral (FALCI et al., 2006).	 	A não adesão ao tratamento com a associação dos ARV, tem sido considerada como um dos mais ameaçadores perigos para a efetividade do tratamento, na dimensão individual, e para a disseminação da resistência viral, em nível coletivo (BRITO et al., 2006). A resistência é dividida em primária e secundária: A primária é a que já esta presente mesmo antes do uso da medicação pelo individuo infectado; A secundária é aquela que aparece em conseqüência da pressão seletiva exercida pela TARV (CAVALCANTI, 2005). 	Pacientes primariamente infectados com cepas de HIV-1 resistentes ao AZT foram identificados já em 1993, seis anos após a sua introdução como agente ARV (KALMAR, 2007). A partir de 2003, a publicação de testes de resistência medicamentosa tornou-se generalizada no mundo desenvolvido e tem sido aceita como um importante suplemento para a gestão de doentes com viremia detectável no plasma que estão a receber TARV. Além disso, a transmissão de pessoa a pessoa de vírus resistentes aos medicamentos, ocorre em uma variedade de aspectos, incluindo entre adultos e de mãe para o filho, indicando que os testes de resistência aos medicamentos antes de iniciar a terapia pode ser útil até mesmo para pacientes virgens de tratamento. Novas mutações resistentes que conferem resistência a medicamentos mais velhos continuam a ser identificado a cada dia (HIRSCH et al., 2008). 	Portanto torna-se imprescindível o desenvolvimento de novas alternativas de tratamentos anti-retrovirais contra HIV, além da realização de testes de resistência, para que se obtenha a diminuição da taxa de mutação e a cura definitiva do vírus HIV.
TRATAMENTO	
	Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a AIDS. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da Aids ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI ( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.
	Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a Aids. Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.
APLICAÇÃO NA ENFERMAGEM
	Dada a importância de uma assistência especializada abaixo se cita como complemento os cuidados de enfermagem possíveis de ocorrer tanto em ambiente hospitalar como na atenção básica.
	É importante salientar que o paciente com HIV positivo é propenso ao desenvolvimento de infecções oportunistas que podem ocasionar a internação do paciente, diante disso é importante que a enfermagem realize os cuidados do paciente com AIDS integrando os cuidados específicos com a infecção oportunista:
• Promover um bom estado nutricional: identificar história alimentar do paciente; identificar fatores que interferem na ingesta oral do paciente, como por exemplo, anorexia, vômitos, dores na boca, dificuldade para deglutição; avaliar a capacidade do paciente em comprar alimentos e prepará-los; pesar o paciente regularmente, medir o paciente regularmente (medidas antropométricas);
• Realizar a inspeção na pele e mucosas: observar a pele e mucosas do paciente e instruí-lo para que faça o mesmo em casa diariamente, inspecionando quanto à presença de vermelhidão, ulcerações e infecções; observar e avaliar a região perianal quanto à presença de lesões e ulcerações advindas da diarreia;
• Avaliar estado respiratório: observar presença de tosse produtiva, respiração curta, ortopneia, taquipneia e dor torácica; aspirar paciente quando necessário;
• Avaliar estado Neurológico do Paciente: investigar nível de consciência do paciente, orientação no tempo e espaço, ocorrência de perda de memória, questionar familiares e companheiro sobre esta questão; observar déficits sensoriais, como alterações visuais, cefaleia, dormência e formigamento nas extremidades, também marcha alterada, paresia ou paralisia e presença de convulsão;
• Avaliar estado hidroeletrolítico: observar turgor e ressecamento da pele, sede aumentada, débito urinário reduzido, pressão arterial baixa ou redução pressão arterial sistólica entre 10 e 15 mmHg, com aumento da frequência respiratória, pulso rápido e fraco; 
• Avaliar sinais e sintomas de depleção de eletrólitos, como estado mental reduzido, contração muscular involuntária, câimbras, pulso irregular, náuseas e vômito, respirações superficiais; Avaliar nível de conhecimento do paciente sobre a doença;
• Manter integridade da pele: os pacientes que não têm possibilidade de movimentação, mudar de decúbito a cada duas horas; usar colchão piramidal; instruir paciente a não usar sabonetes abrasivos, aplicar se possível umectantes sem perfume à pele seca; realizar curativos nas áreas lesionadas conforme prescrição médica ou do enfermeiro; manter lençóis de cama sempre esticados, sem rugas para evitar atrito com a pele do paciente; pacientes com lesões nos pés devem usar meias brancas de algodão e sapatos que evitem a transpiração; manter sempre a área perianal limpa e seca após cada evacuação; quando necessário estimular o banho de assento ao paciente com lesão perianais.
ALGUMAS CURIOSIDADES
O vírus HIV está se tornando menos mortal e menos infeccioso,
de acordo com uma pesquisa coordenada pela Universidade de Oxford.
	Os pesquisadores mostraram que o vírus está perdendo força ao se adaptar ao nosso sistema imunológico e demorando mais para causar a Aids (a síndrome da imunodeficiência adquirida, que ocorre à medida que as barreiras imunológicas do corpo começam a ser corroídas). 	Alguns virologistas sugerem que a evolução do vírus pode torná-lo, algum dia, "quase inofensivo". Para os pesquisadores de Oxford, as mudanças no vírus podem ajudar nos esforços para conter a pandemia. 	Hoje, o HIV infecta mais de 37 milhões de pessoas no mundo - em seus corpos, ocorre uma batalha entre o sistema imunológico e o vírus. Tal qual um mestre do disfarce, o vírus sabe rapidamente e com pouco esforço passar por mutações para se adaptar ao sistema imunológico. 	No entanto, às vezes o HIV infecta uma pessoa com um sistema imunológico particularmente eficaz. "[Nestes casos] o vírus fica entre a cruz e a espada", explica o professor Philip Goulder, da Universidade de Oxford. "Ele pode perder a eficácia ou se transformar para sobreviver e, se tiver que mudar, isso terá um custo." 					 O "custo" é uma diminuição na capacidade de se replicar, o que faz com que o vírus se torne menos infeccioso e leve mais tempo para causar Aids.
Lentidão
	À medida que este vírus enfraquecido é passado para outras pessoas, tem início um lento ciclo de enfraquecimento. 	A equipe mostrou esse processo acontecendo na África, comparando Botswana, onde os problemas com o HIV existem há um longo tempo, e África do Sul, onde o vírus chegou uma década depois. 	"É bastante surpreendente. É possível ver que a capacidade de se replicar é 10% menor em Botswana do que na África do Sul e isso é muito emocionante", disse Goulder à BBC. 	"Estamos observando a evolução acontecer na nossa frente e é surpreendente a rapidez com que o processo está acontecendo. O vírus está perdendo sua capacidade de causar doença e isso vai contribuir para sua eliminação."
	As descobertas foram publicadas na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Ataque dos antirretrovirais
	O estudo também sugere que as drogas antirretrovirais estão forçando o HIV a evoluir para formas mais leves. Os medicamentos teriam como alvo principalmente as versões mais agressivas do HIV, permitindo a reprodução das formas menos violentas. 
	"Vinte anos atrás, a Aids se manifestava em dez anos. Mas, nos últimos dez anos, em Botswana, isso pode ter aumentado para 12,5 anos - um aumento pequeno, mas que no contexto geral é uma mudança rápida", disse Goulder. 					"É possível imaginar que isso se estenda cada vez mais e que, no futuro, as pessoas possam permanecer assintomáticas durante décadas."									"Se a tendência continuar, em seguida, podemos ver uma mudança de cenário global: uma doença longa sendo menos transmissível", disse à BBC Jonathan Ball, virologista da Universidade de Nottingham.	"Em teoria, se deixássemos o HIV seguir o seu curso, veríamos o surgimento de uma população humana mais resistente ao vírus do que somos hoje coletivamente. A infecção por HIV acabaria se tornando quase inofensiva. Isso provavelmente já aconteceu ao longo da história, mas estamos falando de escalas de tempo muito grandes."												Porém, o grupo alertou que mesmo uma versão enfraquecida do HIV ainda é perigosa e pode causar Aids.
Estudo mostrou que atual capacidade do vírus de se replicar é menor
	Andrew Freedman, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Cardiff, qualificou o estudo de "intrigante".												"Os pesquisadores foram capazes de demonstrar como o vírus se enfraqueceu ao longo do tempo. O uso generalizado de terapia antirretroviral pode ter um efeito semelhante e, em conjunto, estes efeitos podem contribuir para o controle final da epidemia de HIV", disse. 						Mas ele advertiu que o HIV ainda tem "um caminho muito longo" até se tornar inofensivo e que "outros acontecimentos podem substituir isso, incluindo um acesso mais amplo ao tratamento e, eventualmente, o desenvolvimento de uma cura".
Testes com nova vacina indicam proteção total contra vírus HIV
	Em teste com terapia genética, cientistas conseguir deixar macacos protegidos contra o vírus
Macacos totalmente protegidos contra o vírus do HIV. Esse foi o resultado de um teste de uma nova vacina contra o HIV, que deixou a comunidade científica animada.
	A abordagem da vacina, cujo estudo acaba de ser publicado na revista Nature, é bastante radical. Normalmente, as vacinas treinam o sistema imunológico para combater infecções. Mas nessa nova vacina os pesquisadores do instituto de pesquisa Scripps, com sede na Califórnia, alteraram o DNA dos macacos para dar às células deles propriedade para combater o HIV. A equipe diz que a descoberta é “incrível” e que vai começar os testes em humanos em breve. Consultados pela BBC, cientistas independentes – não ligados ao instituto – também se entusiasmaram com os resultados do teste.
DNA
	A técnica usa terapia genética para introduzir uma nova seção de DNA dentro das células musculares saudáveis. Nessa parte de DNA há tipos de "instruções" para a criação de ferramentas para neutralizar o HIV, que então é bombardeado para fora da corrente sanguínea. 								Nos testes, os macacos ficaram protegidos contra todos os tipos de HIV durante ao menos 34 semanas. Como os macacos também desenvolveram proteção diante de altas doses do vírus, isso também pode ajudar pacientes que já tenham HIV, de acordo com os cientistas.								"Estamos mais perto de uma proteção universal (contra o HIV) do que qualquer outra abordagem feita por outras vacinas", disse o cientista Michael Farzan, um dos líderes do estudo. "Mas ainda temos muitos obstáculos, especialmente em como fazer uma vacina segura para ser aplicada em um grande número de pessoas." 	Isso porque em uma vacinação convencional, o sistema imunológico responde apenas depois de estar diante de uma ameaça.	 	Já nesta abordagem, a terapia genética transforma células em fábricas que expelem constantemente "matadores de HIV" – e as implicações a longo prazo disso são desconhecidas.					Apesar dos entraves, cientistas de outras instituições comemoraram os resultados. 	“Essa pesquisa é bastante inovadora e é uma promessa que nos leva em duas importantes direções: obter uma proteção a longo prazo contra o HIV e colocar o vírus em remissão, no caso de pessoas já infectadas", disse o pesquisador Anthony Fauci, do National Institutes of Health, dos EUA.
Referências
-www.google.com.com
-www.copacabanarunners.net/hiv-aids-diferenca

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