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Código de Ética, AULA

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Código de Ética da Profissão de Serviço Social
A lei que regulamenta a profissão é o ponto de partida no que diz respeito ao trabalho profissional do assistente social.
Na lei que regulamenta a profissão nós vamos encontrar a carga horária que não pode ser mais que 30 horas semanais, a nomenclatura (informa quem é que é o assistente social), conclusão do curso de graduação em Serviço Social e se inscrever no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS).
A lei que regulamenta a profissão é a Lei n.º 8.662 de 1993, e nessa lei além desses aspectos destacados alguns aspectos principais para concursos públicos são os artigos 4.º e 5.º dessa Lei.
 
O artigo quarto fala das competências do assistente social.
O que são as competências?
Competências é aquilo que o assistente social faz e que outras pessoas podem fazer.
O artigo quinto vai trabalhar com aquilo que é atribuição privativa da profissão.
O que é atribuição privativa da profissão? 
É aquilo que só o assistente social pode fazer.
Então, tem coisas que o assistente social faz, mas que outros profissionais de outras áreas podem fazer, por exemplo, o pedagogo, o psicólogo, o advogado podem fazer, mas tem aquilo que só o assistente social pode fazer que são as atribuições privativas da profissão.
Exemplo do que é competência do assistente social: planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais, isso não é só o assistente social que pode fazer. O assistente social faz, mas outros profissionais também podem fazer, como por exemplo, elaborar, coordenar, executar e avaliar planos e programas que sejam do âmbito de atuação do serviço social.
A diferença é que atribuições privativas é aquilo que é a matéria de serviço social.
Que sejam no âmbito de atuação, podem ser assistentes sociais ou podem ser outros profissionais para executar. Agora aquilo que é matéria do serviço social é atribuição privativa, por exemplo, assessoria e consultoria em órgãos da administração pública direta e indireta, em empresas privadas ou em outras entidades, em matéria de serviço social, isso é atribuição privativa. Outro exemplo elaborar provas presidir e compor bancas de concursos que vão ter como objeto a seleção de assistentes sociais, isso só pode ser feito por assistentes sociais, então isso é atribuição privativa do assistente social
Em relação a lei que regulamenta a profissão é importante destacar quem é que pode ser assistente social? Quem é graduado em Serviço Social e quem está escrito nos CRESS? A questão das horas que está na lei regulamenta a profissão que foi alterada, onde foi incluído na lei as 30 horas semanais e essa diferença de competência e atribuição privativa.
O Código de Ética do Serviço Social ele tem algumas nuances e algumas bem coisas interessantes. Ele tem dois grandes momentos ou duas grandes dimensões. A primeira dimensão ela é aquela dos princípios fundamentais. São onze (11) princípios. 
O que são esses princípios?
Eles vão tratar da organização, da forma, do compromisso ético-político do serviço social. O compromisso que a profissão tem com a transformação societária, com a liberdade como valor ético central. É nos princípios fundamentais que nós vamos encontrar o direcionamento encontra-se, o referencial teórico-político da profissão. 
A segunda parte do código é a dimensão normativa. Direitos, deveres e proibições. Mas esses direitos deveres e proibições eles dizem respeito a esses princípios fundamentais. Então sempre que a gente fala em Código de Ética a gente não pode se ater, simplesmente, a dimensão normativa. 
Claro que a dimensão normativa é o que mais cai em concursos. O que são direitos? O que são deveres? O que são proibições? Mas a orientação dessas normas elas vêm dos princípios fundamentais. Os princípios fundamentais do Código de Ética, eles expressam então esse compromisso da profissão, eles expressam o horizonte para onde o serviço social caminha ou para onde o Serviço Social tenta caminhar.
Segundo princípio, defesa intransigente dos direitos humanos. Terceiro princípio, ampliação e consolidação da cidadania. Quarto princípio, defesa do aprofundamento da democracia, ou seja, esses princípios fundamentais, eles são o direcionamento ético, o direcionamento político, teórico da profissão. É nos princípios fundamentais que nós vamos perceber que a corrente teórica hegemônica do serviço social é o materialismo histórico. 
Porque nos propormos a caminhar no sentido de transformação da realidade dessa sociedade que está posta, nós entendemos então que essa sociedade não está pronta, não está acabada. 
Não é um código que faz referência ao positivismo, a fenomenologia, mas é um código que faz referência ao materialismo histórico, e isso fica claro, isso fica explícito, aqui nos princípios fundamentais do código de ética.
A segunda dimensão é a dimensão normativa. Essa dimensão normativa do Código de Ética do Assistente Social ela está dividida em quatro títulos. O primeiro título vai tratar das disposições gerais. Esse título resume o que são as competências do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS). A categoria tem como entidades representativas o conjunto CRESS/CFESS. Por que conjunto? Porque trabalham articulados. Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) são os conselhos que estão aí nos estados, e esse Conselhos vão ter delegacias seccionais, mas cada estado vai ter o seu conselho regional, e o CFESS que é o Conselho Federal. 
Então disposições gerais do Código de Ética, ou seja, o primeiro título do Código, nós vamos encontrar as atribuições, aquilo que é de responsabilidade do Conselho Federal de Serviço Social. 
O forte, a alma do Código de Ética, em termos daquilo que é cobrado em concurso ela está no título 2 e no título 3 do Código. Esses títulos a estrutura deles é: direitos, deveres e proibições. O título 2 vai falar desses direitos, deveres e proibições de forma geral. O que o assistente social tem como direitos, deveres e proibições. O que é proibido ao assistente social fazer. Já o título 3 ele vai falar desses mesmos direitos, deveres e proibições só que pontuando isso nas relações. Nas relações com os usuários, nas relações quando instituições empregadoras, nas relações com as organizações de classe.
 
O são os direitos do assistente social? 
Direito é aquilo que está garantido para o nosso trabalho. Aquilo que já está estabelecido, que a gente tem direito, que a gente pode gozar disso, que a gente pode trabalhar com isso garantido. Nem sempre, no concreto, essas condições estão efetivadas, mas a proposta é que o assistente social para trabalhar tenha isso garantido, ou seja, sem isso ele não vai conseguir desenvolver o trabalho efetivo. Isso é direito. 
Participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais e na formulação e implementação de programas sociais, isso é um direito do assistente social. Está garantido ao assistente social que ele participe, que ele esteja presente nessa elaboração e gerenciamento das políticas sociais. 
Isso é um dever dele? Não é dever dele. Por quê? Se fosse dever ele teria que estar em todo os processo de elaboração e gerenciamento de políticas sociais. Não é proibido porque senão ele não poderia estar em nenhuma. Então é um direito. É aquilo que está garantido para o assistente social, e que ele pode fazer uso disso, ele pode recorrer a isso.
Outro pronunciamento: em matéria de sua especialidade. Sobretudo quando se tratar de assuntos de interesse da população. O assistente social é obrigado a fazer isso? É dever dele? Não. Porque senão em todas as situações ele não teria que se pronunciar. É proibido ao assistente social fazer isso? Não. Mas é direito. Ou seja, sempre que ele quiser, ele pode fazer pronunciamento em matéria de sua especialidade. 
Direito é aquilo que está garantido ao assistente social para o seu exercício profissional. Não é dever, ou seja, ele não é obrigado a fazer, também não é proibido, não é que ele não possa fazer, massão situações em que ele pode escolher, que ele pode fazer, que está garantido se ele quiser fazer ele tem respaldo na lei para isso.
O que são deveres? 
É aquilo que o assistente social tem que fazer. É obrigatório.
Exemplo, desempenhar suas atividades profissionais com eficiência e responsabilidade, observando a legislação em vigor. Ele tem que no seu trabalho profissional considerar e observar a legislação em vigor. Utilizar seu número de registro do Conselho Regional no exercício da profissão. O assistente social não pode escolher se ele vai colocar ou não número do CRESS dele na hora do seu trabalho profissional, ele tem o dever de fazer isso.
O que é proibido?
Por exemplo, é proibido compactuar com exercício ilegal da profissão. Inclusive nos casos de Estagiários que exerçam atribuições específicas, em substituição a profissionais. O exercício ilegal da profissão é toda atividade privativa da profissão que são exercidas por pessoas que não são assistentes sociais. Estagiário não é assistente social e, portanto, não pode exercer atividades que são atividades privativas do assistente social. Outra coisa que é proibido para assistente social, pleitear para si ou para outrem cargo ou função que estejam sendo exercidos por colegas. O título 2 é a alma do Código de Ética atrelado ao título 3.
O título 3 fala das relações profissionais. Essa mesma estrutura que nós vimos no título 2, que é estrutura de direitos, deveres e proibições, ela vai estar agora no título 3 só que em compartimentos em dimensões separadas.
A primeira dimensão é a dimensão das relações com usuário. 
O que são os deveres do assistente social? A questão da participação e a questão da informação. O assistente social tem o dever de contribuir, de trabalhar para efetivar a participação dos usuários. E por outro lado ele tem também o dever de garantir o acesso à informação. Informação e participação são as palavras que resumem os deveres do assistente social em relação ao usuário. 
O que é proibido para o assistente social na relação com o usuário? Temos três proibições. Elas vão sempre no sentido de que o assistente social não pode cercear os direitos do usuário. Direito de escolha, direito de participação, direito de receber informação. 
Segundo bloco do título 3, diz respeito as instituições empregadoras. Neste caso temos direitos, deveres e proibições. Alguns dos direitos: ter livre acesso à população usuária, dispor de condições de trabalho condignas, ter acesso as informações institucionais, são nossos direitos. Essas são situações que a gente pode cobrar o acesso a elas. Não são nossos deveres, são nossos direitos, aquilo que a gente tem garantido enquanto profissionais de serviço social, para o nosso trabalho profissional.
O que são os nossos deveres em relação às instituições empregadoras? 
São os processos de trabalhar no sentido do que é o nosso compromisso profissional com o usuário. Contribuir para alteração da correlação de forças institucionais apoiando as legítimas demandas de interesse da população usuária. 
O que é proibido? Emprestar o nome e Registro Profissional para simular exercício do serviço social, utilizar recursos institucionais para fins eleitorais ou partidários, e usar ou permitir o tráfico de influências para obter emprego, desrespeitando concurso ou processo seletivo.
Terceiro bloco do título 3, as relações com assistentes sociais e outros profissionais.
O que são os nossos deveres? 
Ser solidário com outros profissionais, repassar ao substituto informações relacionadas a continuidade do trabalho, incentivar a prática interdisciplinar. 
O que é proibido? 
Intervir na prestação serviços que estejam sendo realizados por outro profissional, prevalecer-se de cargo de chefia para atos discriminatórios e abuso de autoridade.
O sigilo profissional vai trabalhar quase duas dimensões: direito e dever. 
É direito do assistente social, é isso que diz o artigo 15, constitui dever do assistente social manter o sigilo profissional. Só que o artigo 17 diz que é vedado ao assistente social revelar o sigilo profissional.
Para que serve o sigilo profissional? Ele protege o usuário, é isso que diz o artigo 16. O sigilo vai proteger o usuário em tudo aquilo que assistente social tomou conhecimento durante o seu trabalho profissional. 
Quando que é possível quebrar o sigilo? O artigo 18 diz que o sigilo só pode ser quebrado quando então for trazer problemas ou trazer prejuízos aos interesses dos usuários, de terceiros ou da coletividade.
A outra dimensão do Código de Ética nas relações do assistente social com a justiça. 
O assistente social quando convocado, na condição de perito ou de testemunha que ele é obrigado a comparecer diante do judiciário. Mas ele pode comparecer e dizer que não vai falar nada porque tem que guardar o sigilo profissional. Mas necessariamente ele precisa comparecer, isso é dever do assistente social. É proibido ele depor como testemunha sobre situação na qual ele tenha tido conhecimento durante o exercício profissional e é proibido também ele aceitar nomeação como perito em assuntos dos quais ele não tenha domínio dos pais que ele não tem competência para realizar. 
O quarto título vai falar da questão das penalidades caso não se obedeça ao código.
A primeira advertência é a multa. O assistente social que desrespeitar, no exercício profissional, o que está proposto no Código, aquilo que são atribuições do profissional, ele pode receber uma multa, a multa ela é o valor de uma anuidade, o mínimo, e o máximo o valor de 10 anuidades.
Segunda advertência reservada. Você é chamado então não CRESS e é então advertido. 
Terceira advertência é pública. Essa advertência ela é publicada.
A quarta penalidade é a suspensão do exercício profissional. O assistente social pode então receber como penalidade que o exercício profissional seja suspenso. Isso vai ser por no máximo dois anos.
E a última penalidade é a cassação do registro profissional. O assistente social que descumpriu os preceitos deste código ele pode ser cassado profissionalmente. 
Esse é o nosso Código de Ética.
A primeira parte fala do compromisso ético-político da profissão e a segunda parte é a dimensão normativa e, portanto, está estruturado em direitos, deveres e proibições.

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