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Geografia Geral Graduação: Engenharia Ambiental Prof.: Matusalém B. Duarte UNIDADES DE CONSERVAÇÃO “O aparelho do Estado construído tem(ve) como referência o domínio do território e não o bem-estar do povo. Nessa premissa, as construções oficiais dos “espaços públicos” podem apresentar áreas protegidas, ultrajadas, atacadas por vandalismo ou destruídas, evidenciando a resistência daqueles que não foram “ouvidos” ou que discordam por diferentes razões dos novos usos” (PEREIRA, 2005, p. 121). O Estado e as políticas públicas na área ambiental • Lei 9985 de 18/07/2000. “UC: espaço territorial e de recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivo de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção”. Sistema Nacional de Unidades de Conservação • Relacionado diretamente ao conceito de desenvolvimento sustentável. Preservação Manutenção Restauração Recuperação Uso sustentável. Conceito de conservação presente na SNUC Código Florestal de 1965: poder público deveria criar parques, reservas biológicas e florestas nacionais com fins econômicos. Lei 6513 de 1977 e Lei 6902 de 1981: criou as Áreas especiais e Locais de interesse Turístico e as Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental. Os antecedentes do SNUC Lei 6938 de 1981 (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente): criação de áreas de relevante interesse ecológico. Resolução CONAMA de 1987: ampliou o conceito de Unidades de Conservação mas perdeu a oportunidade de definir para a Constituição de 1988. CF/88: Poder Público como definidor dos espaços territoriais, sendo a alteração apenas por lei: “Espaço Territorial Especialmente Protegido”. Anteprojeto de Lei de 1992 (Lei da Consolidação das Leis Federais do Meio Ambiente): primeira vez que aparece o conceito de Unidades de Conservação semelhante ao do SNUC. 1998: Lei de Crimes Ambientais: o crime consistente em causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação. As Unidades de Conservação Estações ecológicas: Ex: da UFMG 13 categorias Reservas biológicas: Ex: Duas Bocas – Cariacica - ES Parques nacionais: Exemplo: Parque Nacional do Xingu 30 mil Km² Monumentos naturais: Ex: Gruta do Maquiné - MG Refúgio de vida silvestre: Exemplo: Ilha dos Lobos - RS Áreas de proteção ambiental: Exemplo: APA Sul - MG Áreas de Relevante Interesse Ecológico: Exemplo: ARIE Floresta da Cicuta - RJ Florestas nacionais: Exemplo: Floresta Nacional de Lorena - SP Reservas extrativistas: Exemplo: Chico Mendes - AC Reservas de fauna: Exemplo: Babitonga (1ª do Brasil) - SC Reservas de desenvolvimento sustentável Ex: Mamirauá - AM Reservas Particulares do Patrimônio Natural Ex: Santuário do Caraça – Catas Altas e Santa Bárbara - MG Reservas da biosfera Exemplo: Serra do Espinhaço - MG Não consideram Ucs: hortos florestais, jardins zoológicos e jardins botânicos (ex situ). 1) Excessivo número de categorias não garantem a proteção das Ucs que encontram- se sem Plano de Manejo, fiscalização e recursos humanos/financeiros. Necessidade de envolvimento da comunidade. Problemas do acionamento da “vocação local” e da “necessidade” para implantação de empreendimentos impactadores. Críticas às UCs 2) As Unidades de Conservação alteram o papel dos usuários de produtores do espaço para consumidores deste. Incentivo estatal em detrimento das condições da população local. Tendência à concentração fundiária e imperialismo da vida privada sobre a pública. APA-PAZ - Brumadinho 3) O ordenamento jurídico, proposto por um Estado onipresente e centralizador, atrela leis e normas restritivas e paternalistas que distanciam o cidadão da plenitude do exercício de seus direitos (PEREIRA, 2005, p. 133). A abordagem arrogante dos funcionários acaba distanciando o homem comum das áreas protegidas. “As Ucs não podem ser vistas como “ilhas de preservação” do meio natural, isoladas do seu contexto regional e nacional, nem tampouco do contexto global. Desse modo, quanto ao manejo dos recursos, as Ucs devem objetivar o gerenciamento em visão integrada, que busque a consorciação do desenvolvimento sustentável, com alternativas econômicas e sociais, com fulcro na região alvo do planejamento dentro dos parâmetros de cada categoria” (PEREIRA, 2005, p. 138). PEREIRA, Doralice Barros. Paradoxo do papel do Estado nas unidades de conservação. In: ZHOURI, Andréa eT al. (Org.) A insustentável leveza da política ambiental: desenvolvimento e conflitos socioambientais. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 119-142. RODRIGUES, José E. R. Sistema Nacional de Unidades de Conservação. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005. Referências bibliográficas:
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