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MIASTENIA GRAVIS PASSEI DIRETO

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MIASTENIA GRAVIS JEFFERSON NASCIMENTO 
 
1. INTRODUÇÃO 
A palavra Miastenia gravis, tem origem grega e latina, MYS= músculo, ASTENIA= 
fraqueza, GRAVIS= pesado ou severo, assim significa fraqueza muscular grave. Sendo causada 
por uma súbita interrupção de comunicação natural entre nervos e músculos. Existe também 
formas congênitas de miastenia, adquirida por herança genética. 
É uma doença crônica, e autoimune caracterizada por fraqueza muscular e fadiga rápida. 
Causada pelo ataque de anticorpos às fibras musculares impedindo sua contração. Tendo assim 
uma degeneração ou atrofia das fibras afetadas, levando a dificuldades da realização de 
movimentos. A fraqueza pode ser limitada a um grupo muscular específico ou ser generalizada. 
2. FISIOPATOLOGIA 
Há diferentes formas clínicas de MG. A miastenia do recém-nascido, a miastenia congênita, 
a miastenia de origem medicamentosa e a forma mais comum que é a miastenia auto-imune, na 
qual há a ação de anticorpos contra os AChR na Junção neuromuscular. 
Apesar de não ter sido comprovada a maneira como se inicia a produção de anticorpos, 
estes interferem na interação da ACh com seus receptores. Na miastenia gravis, os anticorpos 
ligam-se aos AChR induzindo sua internalização e degradação. Assim, quando a ACh é liberada 
na junção neuromuscular, a chance da molécula de ACh encontrar um receptor antes de ser 
hidrolisada pela AChE torna-se menor. Além disso, algumas mudanças morfológicas, como a 
alteração na geometria da placa motora, redução das dobras juncionais e o alargamento da 
fenda, levam à difusão da ACh para longe da fenda e diminuem ainda mais a probabilidade da 
ACh interagir com receptores funcionais ainda presentes. 
Todas essas mudanças interferem na transmissão nervo-músculo, já que a ACh torna-se 
menos eficaz na estimulação da placa motora e, como resultado, o músculo esquelético não se 
contrai adequadamente. Os músculos enfraquecidos apresentam atrofia, mas os reflexos estão 
preservados. Outro sinal clínico é a fadiga muscular decorrente da estimulação repetitiva dos 
nervos, que prejudica a contração muscular e leva a paresia progressiva. 
3. TRATAMENTO 
Os tratamentos podem ser através de; 
Medicação; são prescritos normalmente inibidores da colinesterase como piridostigmina. E 
algumas drogas experimentais como a 3,4-Diaminopiridina ou fluoxetina. Alem desta são 
usadas imunossupressores como prednisona, azatioprina e ciclofosfamida. 
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A plasmaferese, empregado no caso de miastenia grave auto-imune, é um processo de 
filtragem do sangue para que sejam retiradas os anticorpos que impeça, a comunicação natural 
entre nervos e músculos. 
Podem também ser indicadas atividades físicas, fisioterapia, hidroterapia ou terapia 
ocupacional que vão propiciar a melhora das atividades de vida diária e manutenção 
cardiovascular. Devendo ser seguido a orientação médica, pois exercícios físicos podem piorar 
os sintomas da doença. 
4. DIAGNOSTICO E PROGNOSTICO 
O diagnostico é realizados por exames clínicos e normalmente encaminhados por um 
neurologista clinico. São prescritos exames como; 
Analise de sangue; aonde é detectado os anticorpos que atacam os receptores musculares, o 
principal é o anticorpo anti-acetilcolina. 
A tomografia computadorizada do tórax; para avaliar o timo, glândula que produz 
anticorpos e pode estar relacionada à presença de miastenia grave auto-imune 
A eletroneuromiografia; avalia a intensidade das contrações musculares, por meio de 
choques elétricos de baixa intensidade, e avalia também a atividade elétrica dos músculos 
através da introdução de eletrodos em forma de agulha na fibra muscular. É um dos testes mais 
conclusivos para o diagnostico. 
E a biopsia do tecido muscular; analisa o tecido para poder avaliar fibras atrofiadas 
características da miastenia, bem como outras desordens neuromuscular. 
Cada paciente respondera de formas diferentes ao tratamento, tendo uma evolução 
variável. Muitos pacientes conseguem levar uma vida próxima do normal, mesmo sendo a 
evolução crônica e deve ser feito por um neurologista. 
5. SINAIS E SINTOMAS 
A miastenia afeta comumente a musculatura facial, causando entre os sintomas visão dupla, 
ptose, ou dificuldades na mastigação ao afetar o masseter. Os sintomas variam de paciente para 
paciente, são comuns: estrabismo (fraqueza da musculatura mobilizadora dos globos oculares); 
dificuldade na fala (disfonia); dificuldade na deglutição com secreção dos líquidos pelo 
nariz(disfagia); fraqueza nos grupos musculares facial, MMSS, MMII, tórax e abdomem. 
A fraqueza pode ser em um ou mais grupos, tem desenvolvimento durante dias, semanas ou 
anos. A fraqueza agrava-se durante o exercício e mais no fim do dia, em geral tem melhora no 
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repouso. O esforço físico, exposição a calor, infecções, e uso de alguns medicamentos podem 
piorar a sintomatologia. 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
ABRAMI. Miastenia Grave. Disponivel em: 
<http://www.abrami.org.br/miastenia-grave> Acesso em 27 de maio. 2016 
 
BRASIL. MINISTERIO DA SAÚDE. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas- 
Miastenia Gravis. Portaria SAS/MS no 229, de 10 de maio de 2010. (Retificada em 
27.08.10). 
 
CARNEIRO SCR. Fisiopatologia e Tratamento da Miastenia Gravis Atualidade e 
Perspetivas Futuras. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO. (Programa de Pós-Graduação 
em Medicina). Universidade da Beira Interior, 2012 
 
AIRES M. Fisiologia. 4º ed. 2012

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