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APOSTILA 01 – C0NHECIMENTOS GERAIS Assunto: Instalações Prediais Índice CAPÍTULO 01 – NORMAS TÉCNICAS ......................................................................................................................... 3 1.1 - Interpretação de Plantas de Arquitetura e de Instalações Prediais ..................................................................... 5 1.2 - Formato do Papel ............................................................................................................................................. 5 1.2.1 - Formatos .................................................................................................................................................. 6 1.2.2 – Normas a Consultar .................................................................................................................................. 6 1.2.3 - Escalas Utilizadas nos Desenhos de Arquitetura ...................................................................................... 10 CAPÍTULO 02 – LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PLANTAS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS ............... 11 2.1 - Planejamento de uma Instalação Elétrica ........................................................................................................ 11 2.2 - Traçado do Projeto Elétrico ............................................................................................................................ 13 2.3 - Elaboração de um Projeto Elétrico .................................................................................................................. 14 CAPÍTULO 3 – MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE COMPONENTES ........................................................................... 20 3.1 – Introdução ..................................................................................................................................................... 20 3.2 – Materiais empregados ................................................................................................................................... 20 3.2.1 – Condutos ............................................................................................................................................... 20 3.2.2 – Eletrodutos Metálicos Rígidos ................................................................................................................. 22 Figuras Figura 01 – Folha Horizontal ......................................................................................................................................... 6 Figura 02 – Folha Vertica ............................................................................................................................................. 6 Figura 03 – Planta de Situação ..................................................................................................................................... 8 Figura 04 – Planta de Localização da Construção ......................................................................................................... 8 Figura 05 – Planta Baixa .............................................................................................................................................. 9 Figura 06 – Corte Longitudinal ...................................................................................................................................... 9 Figura 07 – Corte Transversal .................................................................................................................................... 10 Figura 08 – Planta Baixa de Instalações Elétricas Prediais .......................................................................................... 12 Figura 09 – Planta Baixa de Instalações Elétricas Prediais .......................................................................................... 13 Figura 10 – Planta Baixa de Instalações Elétricas Prediais .......................................................................................... 14 Figura 11 - Planta com a disposição da casa e cômodos, no terreno: .......................................................................... 16 Figura 12 - Planta com Layout e marcação dos pontos elétricos .................................................................................. 17 Figura 13 - Planta com a disposição dos pontos de eletricidade................................................................................... 18 Figura 14 – Estrutura do Eletroduto ............................................................................................................................ 23 Tabelas Tabela 01 – Normas Técnicas ...................................................................................................................................... 4 Tabela 02 - Formatos da série "A" ................................................................................................................................ 6 Tabela 03 – Escalas dos Desenhos ............................................................................................................................ 10 Tabela 04 – Instalação dos Eletrodutos ....................................................................................................................... 21 Tabela 05 – Taxa máxima de ocupação da seção transversal de um eletroduto por cabos isolados.............................. 23 Tabela 06 – Áreas dos eletrodutos rígidos de aço carbono, tipo pesado, ocupáveis pelos cabos .................................. 24 Tabela 07 – Dimensões totais de condutores Pirelli isolados ....................................................................................... 24 CAPÍTULO 01 – NORMAS TÉCNICAS Para que os alunos e profissionais das áreas de eletricidade e construção civil possam, aprender e executar suas tarefas nos sistemas elétricos, sejam prediais ou industriais, faz-se necessário o conhecimento das Normas Técnicas, que norteiam as instalações e seus modos de cálculo e execução e que no Brasil é a ABNT que desenvolve. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Dentre as Normas Técnicas mais utilizadas nos Sistemas Elétricos Prediais, podemos citar as seguintes normas: NBR 5410, NBR 5419, NBR 5423 e a NBR 5444, que tratam dos seguintes assuntos respectivamente: NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão - A ABNT NBR 5410 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de Estudo de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (CE–03:064.01). O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 09, de 30.09.2003, com o número Projeto NBR 5410. A partir de 31 de março de 2005, esta Norma deverá cancelar e substituir a edição anterior (ABNT NBR 5410:1997), a qual foi tecnicamente revisada. Esta Norma contém os anexos A, B, C, H, J, K, L e M, de caráter normativo, e os anexos D, E, F e G, de caráter informativo. Esta norma foi substituída pela NBR 5410 – Errata 1 de 17 de março de 2008, que corrige a NBR 5410:2004. NBR 5419 – Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas - A ABNT NBR 5419 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de Estudo de Proteção contra Descargas Atmosféricas (CE-03:064.10). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 01, de 30.01.2000, com o número de Projeto NBR 5419.Seu Projeto de Emenda 1, de 2005 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 001/2005 de 31.01.2005. Esta Norma foi baseada nas IEC 61024-1:1990, IEC 61024-1-1:1991 – Guide A e IEC 61024-1- 2:1998 – Guide B. Esta segunda edição incorpora a Emenda 1 de 29.07.2005 e cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 5419:2001). Esta Norma possui os anexos A a E, de caráter normativo. NBR 5423 – Substituída pela NBR 60529:2005 – Errata 2:2011, cujo objetivo é fixar as condições exigíveis aos graus de proteção, providos por invólucros de equipamentos elétricos de tensão nominal não superior a 72,5kV, e especifica os ensaios de tipo para verificação das várias classes de invólucros. 0s tipos de proteção cobertos por esta norma são os seguintes: a) Contra o contato ou a aproximação de pessoas a partes vivas, contra o contato a partes móveis (que não sejam eixos livres ou congêneres) no interior do invólucro e contra a penetração de corpos sólidos estranhos ao equipamento; b) Contra a penetração prejudicial de água no interior do invólucro onde está o equipamento Nota: A proteção de partes móveis externas ao invólucro, tais como ventiladores, deve ser prescrita pela norma correspondente ao equipamento. NBR 5444 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais – Tem sua origem nos seguintes documentos: Projeto NBR 5444/1988 (SB-02) - CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade - CE-03:003.02 - Comissão de Estudo de Assuntos Gerais de Eletricidade e NBR 5444 - Graphical symbols for electrical installations of buildings – Simbology. A norma ABNT NBR 5444:1989 está cancelada e não possui substituta. Atualmente o setor utiliza os símbolos do database das I EC 60417 - Graphical symbols for use on equipment - 12-month subscription to online database comprising all graphical symbols published in IEC 60417 e IEC 60617 - Graphical symbols for diagrams - 12-month subscription to online database comprising parts 2 to 13 of IEC 60617. Além das normas já citadas podemos utilizar várias outras, de países estrangeiros, conforme apresentado na Tabela 01. O trabalho relaciona as normas nacionais e internacionais dos símbolos de maior uso, comparado a simbologia brasileira (ABNT) com a internacional (IEC), com a alemã (DIN) , e com a norte- americana (ANSI) visando facilitar a modificação de diagramas esquemáticos, segundo as normas estrangeiras, para as normas brasileiras, e apresentar ao profissional a simbologia correta em uso no território nacional. A simbologia tem por objetivo estabelecer símbolos gráficos que devem ser usados para, em desenhos técnicos ou diagramas de circuitos de comandos eletromecânicos, representar componentes e a relação entre estes. A simbologia aplica-se generalizadamente nos campos industrial, didático e outros onde fatos de natureza elétrica precisem ser esquematizados graficamente. O significado e a simbologia estão de acordo com as abreviaturas das principais normas nacionais e internacionais adotadas na construção e instalação de componentes e órgãos dos sistemas elétricos Tabela 01 – Normas Técnicas SIGLA SIGNIFICADO ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas - Atua em todas as áreas técnicas do país. Os textos de normas são adotados pelos órgãos governamentais (federais, estaduais e municipais) e pelas firmas. Compõem-se de Normas (NB), Terminologia (TB), Simbologia (SB), Especificações (EB), Método de ensaio e Padronização. (PB). ANSI American National Standards Institute - Instituto de Normas dos Estados Unidos, que publica recomendações e normas em praticamente todas as áreas técnicas. Na área dos dispositivos de comando de baixa tensão tem adotado freqüentemente especificações da UL e da NEMA. CEE International Comission on Rules of the approval of Eletrical Equipment - Especificações internacionais, destinadas sobretudo ao material de instalação. CEMA Canadian Eletrical Manufctures Association - Associação Canadense dos Fabricantes de Material Elétrico. CSA Canadian Standards Association - Entidade Canadense de Normas Técnicas, que publica as normas e concede certificado de conformidade. DEMKO Danmarks Elektriske Materielkontrol - Autoridade Dinamarquesa de Controle dos Materiais Elétricos que publica normas e concede certificados de conformidade. DIN Deutsche Industrie Normen - Associação de Normas Industriais Alemãs. Suas publicações são devidamente coordenadas com as da VDE. SIGLA SIGNIFICADO IEC International Electrotechinical Comission - Esta comissão é formada por representantes de todos os países industrializados. Recomendações da IEC, publicadas por esta Comissão, já são parcialmente adotadas e caminham para uma adoção na íntegra pelos diversos países ou, em outros casos, está se procedendo a uma aproximação ou adaptação das normas nacionais ao texto dessas normas internacionais. JEC Japanese Electrotechinical Committee - Comissão Japonesa de Eletrotécnica. JEM The Standards of Japan Electrical Manufactures Association - Normas da Associação de Fabricantes de Material Elétrico do Japão. JIM Japanese Industrial Standards - Associação de Normas Industriais Japonesas KEMA Kenring van Elektrotechnische Materialen - Associação Holandesa de ensaio de Materiais Elétricos. NEMA National Electrical Manufactures Association - Associação Nacional dos Fabricantes de Material Elétrico (E.U.A.). OVE OVE Osterreichischer Verband fur Elektrotechnik - Associação Austríaca de Normas Técnicas, cujas determinações geralmente coincidem com as da IEC e VDE. SEN Svensk Standard - Associação Sueca de Normas Técnicas. UL Underwriters Laboratories Inc - Entidade nacional de ensaio da área de proteção contra incêndio, nos Estados Unidos, que, entre outros, realiza os ensaios de equipamentos elétricos e publica as suas prescrições. UTE Union Tecnique de l’Electricité - Associação Francesa de Normas Técnicas. VDE Verband Deutscher Elektrotechniker - Associação de Normas Técnicas alemãs, que publica normas e recomendações da área de eletricidade. Fonte: CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção - 1996 1.1 - Interpretação de Plantas de Arquitetura e de Instalações Prediais O sistema de padronização é o alicerce para garantir a qualidade de um projeto. Para facilitar a compreensão do projeto em todo o território nacional, todos os componentes que envolvem os desenhos de arquitetura e engenharia são normalizados e padronizados. Para tanto, existem Normas específicas para cada elemento do projeto, assim como: caligrafia, formato do papel entre outros. O objetivo é conseguir melhores resultados a partir do uso de padrões, que supostamente descrevem o projeto de maneira mais adequada e permitem sua compreensão e execução por profissionais diferentes, independente da presença do autor do projeto. As Normas Técnicas contribuem em quatro aspectos: qualidade, produtividade, tecnologia e marketing. 1.2 - Formato do Papel A NBR 10068:1987 – Folha de Desenho – Leiaute e Dimensões, padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré-impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos. Esta Norma apresenta também o leiaute da folha do desenho técnico com vistas a: a) posição e dimensão da legenda; b) margem e quadro; c) marcas de centro; d) escala métrica de referência; e) sistema de referência por malhas; f) marcas de corte. Estas prescrições se aplicam aos originais, devendo ser seguidas também às cópias. 1.2.1 - Formatos O original deve ser executado em menor formato possível, desde que não prejudique a sua clareza. A escolha do formato no tamanho original e sua reprodução são feitas nas séries de formatos apresentados na Tabela 02, também chamados de formatos “Série A”. As folhasde desenhos podem ser utilizadas tanto na posição horizontal (ver Figura 1) como na vertical (ver Figura 2). Tabela 02 - Formatos da série "A" Formato Dimensões (mm) Margens (mm) Largura do Carimbo (mm) Espessura das Linhas do Carimbo (mm) Esquerda Outras A0 1189 x 841 25 10 175 1,4 A1 841 x 594 25 10 175 1,0 A2 594 x 420 25 7 178 0,7 A3 420 x 297 25 7 178 0,7 A4 297 x 210 25 7 178 0,7 Fonte: INEDI - 2005 Figura 01 – Folha Horizontal Fonte: NBR 10068 Figura 02 – Folha Vertical Fonte: NBR 10068 1.2.2 – Normas a Consultar Na elaboração dos desenhos tratados nesta apostila devem ser consultadas as seguintes normas publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT: NBR 5444 – A norma ABNT NBR 5444:1989 está cancelada e não possui substituta. Atualmente o setor utiliza os símbolos do database das I EC 60417 - Graphical symbols for use on equipment - 12-month subscription to online database comprising all graphical symbols published in IEC 60417 e IEC 60617 - Graphical symbols for diagrams - 12-month subscription to online database comprising parts 2 to 13 of IEC 60617.iais NBR 6492:1994 – Representação de projetos de arquitetura NBR 8196:1999 – Emprego de escalas NBR 8403:1984 - Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das linhas - Procedimento NBR 10068:1987 – Folha de desenho – leiaute e dimensões – Padronizações NBR 13142:1999 - Desenho técnico - Dobramento de cópia Na representação dos projetos de edificações são utilizados os seguintes desenhos , de acordo com a listagem e apresentadas nas Figuras 03 a 07a seguir: Planta de situação Planta de localização Plantas baixas dos diversos pavimentos Cortes longitudinais e transversais Fachadas Desenhos de detalhes Outros Figura 03 – Planta de Situação Fonte: http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/110.htm 18MARÇO2011 Figura 04 – Planta de Localização da Construção Fonte: http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/110.htm 18MARÇO2011 Figura 05 – Planta Baixa Fonte: http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/110.htm 18MARÇO2011 Figura 06 – Corte Longitudinal Fonte: http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/110.htm 18MARÇO2011 Figura 07 – Corte Transversal Fonte: http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/110.htm 18MARÇO2011 1.2.3 - Escalas Utilizadas nos Desenhos de Arquitetura Na Tabela 03, as escalas usualmente empregadas nos desenhos são apresentadas. Tabela 03 – Escalas dos Desenhos Planta Escalas Plantas de situação 1:200, 1:500, 1:1000; 1:2000 Plantas de localização 1:200, 1:250, 1:500 Plantas baixas e cortes 1:50, 1:100 Desenhos de detalhes 1:10, 1:20, 1:25 Fonte: http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/110.htm 18MARÇO2011 CAPÍTULO 02 – LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PLANTAS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS Os símbolos gráficos usados nos diagramas unifilares e nas plantas de instalações elétricas prediais, ver Figura 01, são definidos pela norma NBR5444, para serem usados em planta baixa (arquitetônica) do imóvel. Neste tipo de planta é indicada a localização exata dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus respectivos aparelhos. 2.1 - Planejamento de uma Instalação Elétrica Para executar corretamente qualquer tipo de trabalho, deverá ser feito um planejamento: o que fazer e como deverá ser feito, conforme apresentado na Figura 08. Com isso o trabalho terá uma melhor qualidade: menor custo e tempo de execução, mais eficiência e segurança. O planejamento de uma instalação elétrica residencial deverá ter como base, os seguintes passos: Utilizar todo o Projeto Arquitetônico da residência, com o endereço completo do imóvel e nome do proprietário; Analisar todo o Projeto Arquitetônico da residência, com as respectivas dimensões, tipos e as disposições dos cômodos; Quais e quantos serão os aparelhos e equipamentos elétricos que terão na residência. O proprietário deverá fornecer essas informações. A localização dos móveis e utensílios (“Lay-out”). A partir daí, a localização de tomadas, iluminação, interruptores, equipamentos elétricos, QDC, etc. Caberá ao Projetista orientar e tirar as dúvidas do proprietário sobre as partes elétricas da residência. É importante o uso de uma linguagem bastante clara, para que o proprietário entenda e não tenha dúvidas. Deve-se evitar o uso de termos técnicos, ao dar as explicações; O dimensionamento da instalação elétrica: carga de iluminação, tomadas de uso geral e tomadas de uso específico, etc., traçado dos eletrodutos, condutores, separação dos circuitos elétricos, especificação técnica dos materiais elétricos a serem utilizados – elaboração do Projeto Elétrico; Tensão e número de fases dos circuitos elétricos: normalmente os aparelhos elétricos são fabricados para serem ligados e funcionarem em 127 Volts ou então em 220 Volts. São poucos os aparelhos elétricos que são fabricados que podem ser ligados e funcionarem tanto em 127 Volts ou 220 Volts (ou outros valores de tensão). Estes aparelhos são conhecidos normalmente como “bi-volt”. Por isso, é sempre importante ler com atenção o Manual do aparelho elétrico que será utilizado, para estabelecer a tensão e o número de fases do circuito elétrico. Circuitos não elétricos, como por exemplo: para ligar uma televisão, além da tomada de uso geral, deverá ter a ligação da antena de TV a cabo ou de via Satélite ou uma antena externa comum. Um computador normalmente necessita de uma ligação de um telefone, para funcionar a Internet, etc. Figura 08 – Planta Baixa de Instalações Elétricas Prediais Fonte: NBR 5444 – ABNT - 1989 Esses circuitos não elétricos ainda podem ser: de telefone e/ou fax, de Proteção contra roubos, assaltos e vandalismos, de Controle que possibilitam comandar equipamentos à distância, interligação entre computadores, sistemas de automação, etc. Para execução desses circuitos deverão, ser consultadas as Normas e os procedimentos dos concessionários/empresas de serviços, e/ou dos fabricantes dos equipamentos/aparelhos. Esses circuitos deverão ser projetados e instalados com fiação/tubulação diferentes/separados dos demais circuitos elétricos da residência. Sistemas de automação: trata-se de um recurso sofisticado, que proporciona bastante conforto, segurança e proteção. A partir de uma “central de controle” e de pontos de comando instalados em diversos locais da residência, pode-se comandar a distância: toda a iluminação da residência, os equipamentos de som e vídeo, os condicionadores de ar, aquecimento de água, telefones, computadores, portão eletrônico, etc. Este sistema exige um Projeto específico para esse fim, por uma pessoa ou firma especializada. Nota: Os circuitos não elétricos mencionados, podem não ser projetados/elaborados/executados pela mesma pessoa que irá elaborar o Projeto Elétrico. Mas o planejamento deles, deverá ser feito em conjunto com o Projeto Elétrico da residência. Importante: O Projeto Elétrico deverá ser elaborado, antes de iniciar a construção civil da residência e deverá ser feito juntamente com outros projetos de circuitos não elétricos (mencionados anteriormente). Com isso os Projetistas de cada área, poderão otimizar os Projetos, sanando as dúvidas existentes e conseqüentemente, reduzindo os custos e tempos. Em cada etapa de construção obra da residência, deverá ser executada uma parte de cada Projeto. Uma instalaçãoelétrica interna deverá funcionar perfeitamente, atendendo todas as necessidades para as quais foi projetada/especificada, proporcionando, conforto e segurança aos usuários. 2.2 - Traçado do Projeto Elétrico O Projeto de uma Instalação Elétrica deverá seguir certos requisitos para facilitar o entendimento deste Projeto, bem como sua execução. É necessário traçar um diagrama, ou uma planta baixa com a disposição física dos elementos/componentes da instalação elétrica. Neste diagrama ou planta baixa deverão ser anotados todos os detalhes necessários para a perfeita execução do Projeto Elétrico, utilizando-se dos símbolos e convenções apresentados na NBR 5444 (ver observação citada anteriormente). O diagrama apresentado nas Figuras 09 e 10, a seguir mostra um exemplo. Figura 09 – Planta Baixa de Instalações Elétricas Prediais Fonte: NBR 5444 – ABNT - 1989 Figura 10 – Planta Baixa de Instalações Elétricas Prediais Fonte: NBR 5444 – ABNT – 1989 2.3 - Elaboração de um Projeto Elétrico Para a elaboração de um Projeto Elétrico de uma residência, deverão ser aplicados uma variada gama de conceitos. Por isso é importante que esses conceitos estejam entendidos. Sempre que necessário, deverá ser consultado e estudado novamente todos os conceitos e os vários capítulos que compõem esta apostila. Cabe ressaltar, que a consulta aos livros didáticos da área elétrica também podem e/ou devem ser consultados. Não se deve ter dúvidas. É importante que a pessoa sempre tenha firmeza em suas decisões. Mesmo seguindo os procedimentos técnicos estabelecidos nesta apostila, duas pessoas provavelmente elaborarão Projetos Elétricos diferentes para uma mesma residência. Porém esses Projetos poderão estar corretos. As pessoas têm procedimentos próprios, de perfil, estilo, etc. O importante na elaboração de um Projeto Elétrico, é que ele seja feito de acordo com as recomendações técnicas vigentes nas Normas da ABNT. O Projeto Elétrico é elaborado a partir de desenhos da “planta baixa” de uma residência. Nas “plantas baixa” deverão conter o endereço completo do imóvel, bem como as informações do Projetista. 1) Nessa “planta baixa”, deverá conter: a localização da casa no terreno, bem como, a disposição dos cômodos, com os nomes e suas dimensões e a orientação da casa em relação à Rua. 2) Em outra “planta baixa” da residência, deverá conter: a disposição dos móveis e utensílios, equipamentos e aparelhos elétricos, iluminação, interruptores, tomadas de uso geral, tomadas de uso específico, etc. A localização adequada da iluminação, interruptores, tomadas de uso geral e tomadas de uso específico, é muito importante. Os pontos de iluminação deverão estar preferencialmente centralizados em cada cômodo, para uma melhor distribuição geral da iluminação. Se o cômodo tiver armários, deverá ser descontado o espaço ocupado por esse armário, para localizar o ponto de iluminação. Os interruptores e tomadas, não deverão ser instalados atrás de uma porta (aberta). 3) Em outra “planta baixa” da residência, deverá conter: iluminação, interruptores, tomadas de uso geral, tomadas de uso específico, etc., sem os móveis e utensílios. Nesta “planta”, será elaborado o Projeto Elétrico (as outras “plantas baixa” serão consultadas durante a elaboração do Projeto Elétrico). Os desenhos da “planta baixa” devem ser feitos em escalas. Essas escalas podem ser 1:100 (leia- se um para cem), 1:75, 1:50, etc. As pessoas estão acostumadas com a escala 1:100 – uma régua comum, em centímetros (cm), que é utilizada para desenhar e fazer medições em um papel. Qual é o significado de uma escala 1:100 de um desenho, que utilizou uma régua em centímetros (cm)? Significa que para cada 1 (um) centímetro medido no desenho, tem-se 100 cm ou 1 metro na escala real. Por exemplo, medindo o comprimento de um lado da parede no desenho abaixo, encontra-se um lado com 3 cm e outro com 4 cm. Na escala real, uma parede terá 4 metros de comprimento e a outra, 3 metros. Um desenho feito em uma escala qualquer, deverá usar a régua com a escala conveniente – 1:100, 1:75, 1:50, etc. A seguir estão apresentadas as 3 “plantas baixas” de uma residência mencionada neste subitem 2.3, a partir das quais, será elaborado um Projeto Elétrico, conforme apresentado nas Figuras 11, 12 e 13. Observação: foram suprimidos os seguintes dados nas “plantas baixa”: endereço do imóvel e as informações do Projetista. Figura 11 - Planta com a disposição da casa e cômodos, no terreno: Fonte: CEMIG - 2003 Planta com os móveis e utensílios, equipamentos e aparelhos elétricos, pontos de iluminação, interruptores, tomadas de uso geral e tomadas de uso específico: Figura 12 - Planta com Layout e marcação dos pontos elétricos Fonte: CEMIG - 2003 Planta com os pontos de iluminação, interruptores, tomadas de uso geral e tomadas de uso específico: Figura 13 - Planta com a disposição dos pontos de eletricidade Fonte: CEMIG - 2003 A partir do entendimento, análise e compreensão das “planta baixa” da residência e seguindo também os passos definidos anteriormente, deverão ser adotados os seguintes procedimentos: 1 - Calcular o perímetro e a área de cada cômodo; 2 - A partir do perímetro, calcular o número mínimo de tomadas de uso geral para cada cômodo conforme estabelecido no subitem 2.4 página 52. A disposição delas, deverá ser de acordo com a “planta baixa” que contenha os móveis e utensílios e equipamentos elétricos. É importante salientar, que o proprietário poderá desejar um número maior de tomadas além do calculado. Por isso é importante conversar com ele; 3 - A carga das tomadas de uso específico, deverá ser de acordo com a potência de cada equipamento elétrico. Por exemplo, a carga de um chuveiro elétrico é de 4.400 VA. Observação: existem chuveiros de potência maior. 4 - A carga de iluminação poderá ser calculada de acordo com tabela específica; 5 - Somar separadamente as cargas de tomadas de uso geral, tomadas de uso específico e de iluminação, em cada cômodo; 6- A partir dessa soma das cargas, poderá elaborar a divisão dos circuitos elétricos. E lembre-se: Um Projeto Elétrico deverá proporcionar: alternativas criativas, conforto, beleza, qualidade, segurança, proteção, economia, CAPÍTULO 3 – MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE COMPONENTES 3.1 – Introdução No módulo passado foram feitas diversas referências aos mais diversos materiais empregados em instalações elétricas. Desta forma, existem vários materiais de uso corrente, que serão detalhados com mais precisão neste módulo, através de explicações mais precisas, as exigências da Norma. Neste capítulo serão apresentados os mais diversos materiais e a tecnologia da utilização dos materiais e componentes utilizados nas instalações elétricas prediais. 3.2 – Materiais empregados 3.2.1 – Condutos São canalizações ou dispositivos destinados a conter condutores elétricos e são divididos em: Eletrodutos Dutos Calhas e canaletas (podem ser abertas ou fechadas) Bandejas ou leitos de cabos (condutos abertos) Molduras, rodapés e alizares A NBR 5410 estabelece que: “todos os condutores vivos, inclusive o neutro (se existir), do mesmo circuito devem estar agrupados no mesmo conduto”. A mesma Norma “exige” que os eletrodutos ou calhas contenham apenas condutores de um único circuito, exceto nos seguintes dois casos: A – Quando as quatro condições descritas a seguir sejam simultaneamente atendidas: Todos os condutores sejam isolados paraa mesma tensão nominal. Todos os circuitos tenham sua origem em um mesmo dispositivo geral de comando e proteção, sem a interposição de equipamentos que transformem a corrente elétrica, por exemplo, transformadores, conversores, retificadores, etc. As seções dos condutores fase estejam dentro de um intervalo de três valores normalizados sucessivos, por exemplo: 4 mm2; 6 mm2 e 10 mm2. Cada circuito seja protegido separadamente contra as sobrecorrentes. B – Quando diferentes circuitos alimentarem o mesmo equipamento, desde que todos os condutores sejam isolados para a mesma tensão nominal e que cada circuito seja protegido separadamente contra as sobrecorrentes. Esta situação é encontrada com maior facilidade, principalmente nos circuitos alimentadores, de telecomando, de sinalização, de controle e/ou medição de um equipamento comandado à distância. 3.2.1.1 – Eletrodutos São tubos destinados à colocação e proteção de condutores elétricos. 3.2.1.1.1 – Finalidades Proteger os condutores contra ações mecânicas e contra corrosão. Proteger o meio ambiente contra os perigos de incêndio, provenientes do superaquecimento ou da formação de arcos por curto-circuito. Constituir um envoltório metálico aterrado para os condutores (caso o eletroduto seja metálico), o que evita perigos de choques elétricos. Funcionar como condutor de proteção, proporcionando um percurso para a terra, caso o eletroduto seja metálico. 3.2.1.1.2 – Classificação Os eletrodutos podem ser: Rígidos Flexíveis 3.2.1.1.3 – Materiais Vários materiais podem ser empregados na fabricação dos eletrodutos, tais como: Aço Carbono Alumínio PVC Plástico com fibra de vidro Polipropileno Polietileno de alta densidade 3.2.1.1.4 – Proteção contra corrosão Para proteger os eletrodutos metálicos contra a corrosão, pode-se utilizar vários processos, tais como: Cobertura de esmalte a quente Galvanização ou banho de zinco a quente Cobertura externa de composto asfáltico ou plástico Proteção interna e/ou externa adicional de tinta epóxica 3.2.1.1.5 – Modalidades de Instalação e Tipos usados Os eletrodutos podem ser instalados conforme apresentado na Tabela 04. Tabela 04 – Instalação dos Eletrodutos Local Tipos Lajes e Alvenaria Eletrodutos metálicos rígidos ou de plásticos rígidos Enterrados no Solo Eletrodutos rígidos não metálicos ou de aço galvanizado Enterrados – Embutidos em concreto Eletrodutos rígidos não metálicos ou metálicos galvanizados ou revestidos de epóxi Aparentes – fixados por braçadeiras Fixados nos tetos, paredes ou elementos estruturais Eletrodutos rígidos metálicos ou de PVC rígido Local Tipos Aparentes – em prateleiras ou suportes tipo mão francesa Eletrodutos rígidos metálicos ou de PVC rígido Aparentes – Locais com atmosfera agressiva Instalados em locais onde a atmosfera contenha gases e vapores agressivos. Eletrodutos de PVC rígido ou metálicos com pintura epóxica Ligações de ramais Empregados nas ligações de motores e equipamentos sujeitos a vibrações. Eletrodutos flexíveis metálicos, também conhecidos como conduitis) formados por uma fita enrolada em hélice. Podem ser revestidos por uma camada protetora de material plástico, quando se teme a agressividade de agentes poluentes ou líquidos agressivos. Nota Importante 1: A NBR 5410 não faz referência ao uso de tubos de plástico flexível como eletrodutos. Em construções modestas e em obras de reforma, instaladores parem ignorar o que a Norma menciona o uso de tubos flexíveis de plástico. Nota Importante 2: Para os eletrodutos rígidos, a NBR 5410 menciona em seu texto a NBR 6150 aplicável para eletrodutos de PVC rígido. E, não faz nenhuma referência aos eletrodutos de materiais não metálicos flexíveis. Entretanto, esclarece que os eletrodutos metálicos flexíveis não devem ser embutidos nem utilizados nas partes externas das edificações ou de qualquer forma expostos ao tempo. 3.2.2 – Eletrodutos Metálicos Rígidos São normalmente encontrados no comércio em varas de 3m de comprimento, rosqueadas nas extremidades, e com uma luva em uma das extremidades. São encontrados eletrodutos dos seguintes tipos: Leve Esmaltado: denominados eletrodutos comuns. Podem ser encontrados no mercado nos tipos Leve I, Leve II e Leve III Pesado Extra Pesado Galvanizado Leve I Galvanizado Nota Importante 3: O tamanho nominal do eletroduto, no caso dos tipos leves LI, LII e LIII refere-se ao diâmetro externo, variando o diâmetro interno de acordo com a espessura do tubo. Na Figura 14, podemos observar dados importantes dos eletrodutos. Figura 14 – Estrutura do Eletroduto Para calcularmos a seção útil dos eletrodutos, na realidade a taxa de ocupação, pode-se utilizar a Fórmula 1: (1) 3.2.2.1 – Número de Condutores em um Eletroduto Segundo a NBR 5410, no interior dos eletrodutos SAP permitidos apenas condutores e cabos isolados, não sendo permitida a utilização de condutores a prova de tempo WP e cordões flexíveis. A taxa máxima de ocupação dos eletrodutos por cabos isolados, encontram-se nas Tabelas 05, 06 e 07. Tabela 05 – Taxa máxima de ocupação da seção transversal de um eletroduto por cabos isolados Número de Cabos Isolados Taxa Máxima de Ocupação Cabos sem Cobertura de Chumbo Cabos com cobertura de Chumbo 1 0,53 0,55 2 0,31 0,50 3 0,40 0,40 4 0,40 0,38 Mais de 4 0,40 0,35 Tabela 06 – Áreas dos eletrodutos rígidos de aço carbono, tipo pesado, ocupáveis pelos cabos Dimensão do Eletroduto Cabos sem cobertura de chumbo Tamanho Nominal (mm) Área Útil (mm2) 1 cabo 53% 2 cabos 31% 3 ou mais cabos 40% 17 134,7 71 41 53 21 221,6 117 68 88 27 386,9 205 119 154 33 619,8 328 192 247 42 1028,7 545 381 411 48 1404,6 744 435 561 60 2255,3 1195 699 902 73 3367,8 1784 1044 1347 89 5201,4 2756 1612 2080 102 6804,1 3606 2109 2721 Tabela 07 – Dimensões totais de condutores Pirelli isolados Seção Nominal (mm2) Pirastic Antiflam Pirastic-Flex Antiflam Diâmetro Externo* (mm) Área Total (mm2) Diâmetro Externo (mm) Área Total (mm2) 1,5 2,8 / 3,0 6,2 / 7,1 3,1 7,5 2,5 3,4 / 3,7 9,1 / 10,7 3,7 10,7 4 3,9 / 4,2 11,9 / 13,8 4,2 13,8 6 4,4 / 4,8 15,2 / 18,1 5,1 20,4 10 5,6 / 5,9 24,6 / 27,3 6,6 34,2 16 6,5 / 6,9 33,2 / 37,4 7,8 47,8 25 8,5 56,7 - - 35 9,5 71 - - 50 11,5 104 - - 70 13 133 - - 95 15 177 - - 120 16,5 214 - - 150 18,5 269 - - 185 20,5 330 - - 240 23,5 434 - - (*) Fio / Cabo
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