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RESUMO AULA 01 O QUE É DIREITO:Conjuntomínimo decondições essências morais para amanutenção da paz e da segurança social, pois o direito nasce e se desenvolve através da sociedade. Teoria dos círculos concêntricos: O direito está contido na moral. Tudo que é direito é moral, mas nem tudo que é moral é direito. Teoria dos círculos secantes: O direito e a moral são independentes ligandose em alguns momentos. Ou seja, existem normas morais que não são jurídicas, existem normas jurídicas que não são morais, e existe normas que são jurídicas e morais. Teoria dos círculos independentes: O direito e a moral são distintos um do outro. Sendo o direito tem caráter normativo e a moral ético. Teoria tridimensional: O direito é formado por fato valor norma. O fato seria de relevância para o direito sobre o caso tratado; enquanto o valor estaria ligado amoral do mesmo caso; e a norma seria o fato valorado, que garantiria a necessidade social sobre fato social tratado. Norma moral: Unilateral(somente deveres), incoercível(não existe sansão), autônoma (nasce dentro do indivíduo a vontade de respeitar a norma). Norma jurídica: Bilateral (direitos e deveres), coercível (sansão), heterônoma (independente ou não da vontade do indivíduo devese obedecer a norma). FONTES DO DIREITO SEGUNDO PAULO NADER: É da onde provem, emana o Direito, que segundo o professor Paulo Nader podemos dividir em Históricas & Dogmáticas. HISTÓRICAS: Ficam a mercê da história do direito. Dos documentos e leis que foram criados no passado e que servem de referencia para orientar, nortear a aplicação do Direito hoje. DOGMÁTICAS: Estas falam da produção do direito e da forma que este chega a nós. De onde vem à expressão FONTES MATERIAS E FONTES FORMAIS. a)FONTES MATERIAIS: São as fontes de produção das normas jurídicas. São elas as responsáveis pela elaboração do direito. Simplificando o conceito buscase olhar a tripartição dos poderes (executivo, legislativo, judiciário). No qual cada um exerce a sua função prevista e se representa na esfera federal, estadual e municipal. Como exemplo o legislativo que elabora as leis e é representado pelos seus órgãos legiferantes nas três esferas. b)FONTES FORMAIS: É onde o direito se revela, se externaliza, se exterioriza, através do conhecimento, da cognição social. Ou seja, através da convivência social do desenvolvimento, dos valores e dos fatos sociais (econômico, religioso, politico, cultural...), geradores de necessidades sociais, sanadas pelo exercício do estado através de leis, costumes, doutrina, jurisprudência. Estas se dividem em principal e secundário ouimediato e mediato. PRINCIPAL IMEDIATO DIRETO: Na civil law são as leis e na common law os costumes. As leis são impostas pelo estado através do poder soberano com poder erga omines independente da vontade do particular; sendo impossível alegar sua ignorância. SEGUNDARIAS MEDIATAS INDIRETAS: Costumes, jurisprudência, analogia, princípios gerais do direito e Doutrina. (Art 1 CCF 88) COSTUMES: Prática de comportamento geral e aceito na sociedade que é reiterado pelo grupo social; é a mais antiga entre as fontes. JURISPRUDÊNCIA: É a prudência dos tribunais que aos poucos vai se tornandopacífica de reiteração devido a semelhança dos casos concretos julgados. ANALOGIA: É o Processo de raciocínio lógico pelo qual o juiz estende um preceito legal a casos não diretamente compreendidos na descrição legal. Ou seja, pesquisase a vontade da lei, para transportála aos casos que a letra do texto não havia compreendido. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO: São princípios mínimos que o estado espera de cada um. Viver honestamente, dar a cada um o que é seu e não lesar o próximo. DOUTRINA: É a interpretação das leis, pelos estudiosos da doutrina, levando em conta o comportamento humano e o contexto social de seu tempo. CONCEITO DE DIREITO NATURAL: Direito natural é direito inato. Já nasce com cada um de nós e compreende as regras de convivência humana que foram estabelecidas pela própria natureza. Tem como características básicas serImutável,Desinstitucionalizada euniversal. É defendido pelos Jusnaturalista. CONCEITO DE DIREITO POSITIVO: Direito positivo é um conjunto de leis vigentes que representa um grupo social que através de representantes as criou., Seja ele escrito (CIVIL LAW) ou não escrito (COMMON LAW), é aquele aplicado em determinada sociedade, seja ela qual for, independente da temporalidade de sua aplicação. CONCEITO DE DIREITO OBJETIVO: É a norma de ação, ou seja, a norma jurídica escrita, prevista no ordenamento jurídico que atende aos interesses do estado, tem comandos coletivos (erga omnis) e prevê uma sanção a quem a transgredir. CONCEITO DE DIREITO SUBJETIVO: Direito subjetivo ou facultas agendi, é aquelerequerido pela instituição ou pessoa, junto o estado através de ação, pois acredita ter seus direitos jurídicos violados ou lesados por outrem. DIREITO PÚBLICO: É tudo aquilo que se diz respeito a coisa pública. Ou seja ramos do direito que atende as relações entre o estado e os particulares ou outros estados. DIREITO PRIVADO: Se diz respeito a tudo que não for direito público. Ou seja, conflitos entre particulares e grupos sociais. DIREITO CIVIL: É a disciplina que orienta e regula as relações entre os particulares, pessoas físicas e jurídicas; e que se divide em relações familiares, patrimoniais e obrigacionais, estando disciplinada no código civil; Conhecido como “constituição do homem comum”. FENOMENO DA CODIFICAÇÃO: A teoria monista defende um Estado positivado, unitário, criado por ele mesmo e organizado com leis de caráter generalizado e abstrato, preventivas aos fatos sociais possíveis. ESTADO LIBERAL E CODIGO NAPOLEONICO: Sob regime liberal francês moldado pela liberdade, igualdade e fraternidade, O código civil francês foi instituído no governo do imperador Napoleão Bonaparte no ano de 1804. Código que fora baseado no código Justiano e nas institutas que apresentam noções gerais, definições e classificações em pessoas, coisas e ações. O referido código atendia principalmente a burguesia, tinha caráter patrimonialista, garantia a liberdade ampla, o irrestrito direito de contratar e o direito de propriedade. O contrato concedido entre as partes passa a fazer lei pact sunt servanda. CÓDIGO CIVILBRASILEIRO 1916:Precedido pelas ordenações Filipinas o código civil brasileiro de 1916, sob forte influencia da escola dos Pandectas e do iluminismo, dentro de um formato patrimonialista, dentro de um caráter de completude (fechado), entrou em vigor 1917 sendo elaborado pelo jurista Clóvis Beviláqua. Este era precedido pela LICC (lei de introdução do código civil) que apresentava os princípios gerais aos livros da parte especial. CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 2002: Elaborado por uma comissão de juristas liderados por Miguel Reale no ano de 1967, com 1063 emendas e o texto final 2046 artigos, O código civil de 2002 foi aprovado em 1984; Tendo a mesma estrutura do Código de 1916, ajustado aos valores sócias e éticos com atenção às jurisprudências do período elaborado. Este possui sistema misto (disposições rígidas e flexíveis), unifica o direito das obrigações, exclui matéria de ordem processual, adota o sistema de clausulas gerais e inclinase a zelar pela socialização e dignidade da pessoa humana. CONCEITO DE CLAUSULA GERAL: Norma jurídica elaborada propositalmente de forma vaga, aberta em sua semântica; os chamados conceitos jurídicos indeterminados; os quais serão incorporados, no momento da aplicação do direito, por valores filosóficos, sociais e econômicos; Podendose dividir em clausulas restrivas, regulativas e extensivas. PRINCÍPIOS DO CÓDIGO CIVIL: ETICIDADE (boafé, justa causa, equidade e outros critérios éticos), SOCIABILIDADE (valores coletivos, sociais), OPERABILIDADE (otimização para interpretação e aplicação; maior efetividade). CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL: Fenômeno querompe o caráter patrimonialista efetivando o personalismo ético no código civil; trazendo para o centro deste adignidade da pessoa humana; que repersonaliza o código civil elevando os princípios fundamentais do código civil ao plano constitucional. Impondo uma nova leitura do código civil, a luz da constituição federal de 1988. Transformando matérias inteiras em ramos do direito civil; como direito do trabalho, agrário, das aguas, habitação, O ECA, entre outros. DIREITO CIVIL CONSTITUCIONAL: Disciplina cogitada pela doutrina, a ser criada, na qual estudaria o código civil a luz dos princípios constitucionais. Nela constariam os princípios da dignidade da pessoa humana, solidariedade, isonomia ou igualdade e da erradicação da pobreza e da desigualdade social no código civil. EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: É a aplicação imediata do judiciário dos direitos fundamentais (CCF 88 art. V), nas relações privadas. Ou seja é a aplicação direta da constituição nas relações privadas. O que acaba sendo a mesma coisa que a constitucionalização do direito civil. CONCEITO DE CODIFICAÇÃO: Conjunto de normas sistemáticas específicas de um ramo específico do Direito (CC, CPC, CP, CPP...). CONCEITO DE CONSOLIDAÇÃO: É a reunião não sistematizada, já pronta, não editada e editável, das principais leis de um ramo específico ( direito administrativo, CLT). CONCEITO DE ESTATUTO: Norma criada para regular uma classe específica ( estatuto da ordem dos advogados, ECA, estatuto do idoso) CONCEITO DE COMPILAÇÃO: É a reunião de qualquer norma de forma não sistematizada, não editada ou editável, de qualquer ramo, separada em um livro; sejam normas costumeiras ou jurisprudenciais.
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