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Nome: Júlia Sacramento Macedo de Carvalho
Instituição: UNIRB – Universidade regional da Bahia
Curso: Jornalismo – I Semestre – HCAFRO Quarta 
Profº : Paulo Moreira 
RESUMO REFERENTE AO TEXTO: DIVERSIDADE, IDENTIDADE, ETNICIDADE E CIDADANIA – PROFESSOR KABENGELE MUNANGA
Aprendemos desde cedo que o Brasil foi “descoberto” pelos portugueses no século XV e na tentativa de catequização de seus habitantes que eram índios, resultou em um processo doloroso de escravidão, a partir do momento que estes portugueses trouxeram os escravos da África para o Brasil.
É tudo baseado em uma hierarquia por cor de pele onde negros são mal vistos em relação aos brancos sendo que os mesmos foram sequestrados, amarrados, capturados e obrigados a sair de suas terras e abandonar suas origens para sobreviverem como escravos para os brancos, mas ainda assim, os brancos são bem vistos pela sociedade apesar de todo o sofrimento proporcionado à população negra e deixando até hoje resquícios de ódio, preconceito e discriminação.
Kabengele Munanga afirma que os afrodescendentes possuem dificuldade de entender sua própria identidade cultural devido às diversidades étnicas e biológicas, ou seja, a miscigenação. A miscigenação é definida pela mistura de raças diferentes e o Brasil é conhecido como o país da miscigenação, então fica o questionamento: do que adianta todo esse preconceito racial se a cultura e o sangue negro correm nas veias? 
Somos todos iguais, entretanto, somos diferentes em relação à cultura, identidade, sexo, gênero, costumes e afins. As diferenças ao mesmo tempo unem e desunem, assim, pessoas de determinada cultura vão optar por se unir com pessoas da mesma, porém o correto e ideal seria manter o respeito entre os semelhantes que é algo bastante raro. Temos como exemplo os homossexuais que em uma sociedade, considerada heteronormativa, aquele que se diferir será crucificado e alvo de discriminação.
De acordo com Munanga, negros e índios possuem uma imagem depreciativa em relação à sociedade onde muitos deles deixaram de resistir e foram forçados a acreditar no discurso opressor imposto pela sociedade branca e com isso, negando sua própria identidade e valores. Porém, para uma etnia que é massacrada desde os tempos primórdios sobreviva, além de resistência, é necessário reconhecimento, luta, respeito e representatividade. É preciso expandir nas escolas e instituições de ensino os valores, a importância e a influência da cultura negra e indígena em nossas vidas e em nosso cotidiano, para que com isso o preconceito seja reduzido e o respeito, igualdade, oportunidades e afins aumentem, tendo em vista que a população brasileira é composta por negros em sua maioria. 
Em relação à cidadania que foi se desenvolvendo ao longo dos anos e evoluiu em torno de três aspectos, são eles: os direitos civis (propriedade, liberdade de expressão e justiça), direitos políticos (votar, eleger e ser eleito) e o direito social (bem estar, seguridade econômica, vida plena, etc.). Dentre esses, o que - claramente – mais se contradiz são os direitos sociais, pois cansamos de nos deparar com situações degradantes de pessoas negras em sua maioria, vivendo as margens da sociedade enquanto os governos municipal, estadual e federal, e até mesmo a população mais abastada parece fechar os olhos para tal situação. Além disso, o serviço prestado a população periférica se difere dos outros, principalmente quando se trata de escola, transporte e saúde pública que no caso deveriam ser de melhor qualidade e com os profissionais muito bem qualificados já que são serviços prestados para o público, ou seja, toda a população. 
Além de abordar temas como a cidadania, identidade, diversidade e etnicidade, Kabengele Munaga também relaciona o feminismo com todos os outros temas quando explicita o embate entre feministas negras e brancas. Como cita Carlos Alberto Torres, “(...) a palavra negra aplicada a mulheres é um intensificador: se as coisas estão ruins para todo mundo, no sentido que estão ruins para as mulheres brancas, elas estão piores para as mulheres negras (...)” tendo está afirmação em vista, o esperado é a união. Como sabemos, o feminismo é um movimento político, filosófico e social onde predomina a luta por visibilidade e direitos iguais das mulheres em relação aos homens, porém, falta a sororidade entre elas que lutam pela mesma causa, sendo separadas pelo racismo e mais uma vez pela suposta hierarquia branca.
Antes, humanidade era vista apenas através da noção de igualdade e liberdade. Com o passar do tempo, primeiro vê-se a humanidade com uma natureza ou uma essência, o essencialismo, onde se define humanidade por possuir identidade especifica ou genérica, diferenciando os homens dos animais. Apesar dos conceitos sobre humanidade, tanto França como Estados Unidos passaram por cima disso e mantiveram a escravidão, prática reconhecidamente desumana. 
De acordo com o romantismo (século XVIII), existe uma identidade humana que é diversificada conforme a existência, modo de pensar, julgar e sentir próprias de cada grupo social. Ainda seguindo o romantismo, “O homem é um animal politico, o que significa de fato que o homem é um animal definido por sua pertença a uma comunidade na qual se reconhece e é reconhecido.”.
Em suma, não reconhecer a identidade alheia, em todos os sentidos, seja de sexo, raça, cultura, classe ou grupo social, entre outros, vai de encontro a tudo que se diz ou escreve sobre humanidade, mostrando um cenário que seria o da desumanização. Isto está implícito no conselho que o autor pontua no ultimo paragrafo do texto: desenvolver um currículo é uma pedagogia multicultural que se preocupam com a especificidade da diferença, ou seja, sejamos todos humanos.

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